Buscar

Pessoa Natural - Conceitos e Propriedades

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

PESSOA NATURAL 
CONCEITO E CAPACIDADE 
 
Marcelo Galdino dos Santos 
RGM: 2373583-0 Período: Matutino 
 
1. CONCEITO 
 Pessoa natural é todo individuo capaz de obter direitos e arcar com deveres na 
esfera civil, assim como diz o artigo 1º do Código Civil: “Toda pessoa é capaz de 
direitos e deveres na ordem civil.”. Pessoa natural é o ser humano, sem discriminação 
de qualquer tipo como: idade; sexo; raça; nacionalidade; cor etc. 
 
2. COMEÇO DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL 
 Toda pessoa é dotada de personalidade. A personalidade da pessoa natural 
começa com o nascimento com vida do sujeito, assim como dispõem o artigo 2º do 
Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas 
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”. Como a lei põem a 
salvo os direitos do nascituro (aquele que vai nascer), logo ele tem proteção no 
sistema jurídico pátrio. O nascimento com vida é entendido como o ato do bebê 
respirar após a expulsão do feto do ventre da genitora (teoria natalista), Se o bebê ao 
nascer não respirar é considerado um natimorto - feto viável que foi expulso morto do 
útero materno. O exame utilizado para determinar se a criança sobreviveu ao parto 
chama-se docimasia hidrostática de galeno. A dúvida da origem da personalidade tem 
importância porque, com a natalidade, o homem se torna sujeito de direitos. 
 
3. CAPACIDADE DA PESSOA NATURAL 
 
 Graduando do Curso de Direito – Centro Universitário Módulo – Caraguatatuba / SP - 
marcelogaldino17.mgds@gmail.com 
 
A capacidade da pessoa natural significa competência para obtenção de 
direitos e deveres na ordem civil, ela se inicia com o nascimento com vida e é 
especifico a pessoa humana. A capacidade confere o limite da personalidade. O ser 
humano é sujeito de direitos, portanto, pode agir pessoalmente ou por meio de outra 
pessoa que o represente. 
 
3.1 Teorias sobre o início da personalidade jurídica: 
 a) Natalista – O sujeito obtém direitos e deveres apenas quando nasce com 
vida. (Posição descrita no Código Civil brasileiro de 2002, Artigo 2º) 
b) Condicional – O nascituro a partir da concepção tem direitos formais 
(proteção à vida) e ao nascer com vida adquire os chamados "direitos materiais" 
(patrimoniais). (Não adotada no Brasil) 
c) Concepcionista - A personalidade jurídica é obtida com o início da 
concepção. (Posição seguida pelo STF "Supremo Tribunal Federal") 
 
3.2 Capacidade de direito ou de gozo 
É particular da pessoa que tem personalidade. Possibilita que o indivíduo seja 
sujeito de uma relação jurídica. A capacidade de direito ou de gozo não pode ser 
rejeitada. A capacidade de direito de uma pessoa natural é limitada, pois a pessoa 
pode gozar de um direito, sem, no entanto, ter seu exercício. 
 
3.3 Capacidade de fato ou de exercício 
É a aptidão para exercer por si só os atos da vida civil. A capacidade de fato 
ou exercício leva em conta critérios como estado de saúde e idade. Por esse motivo 
nem todas pessoas possuem essa capacidade, sendo essas assistidas, 
representadas ou com curadoria (nesse caso são consideradas incapazes). 
 
3.4 Capacidade plena 
 
Quando a pessoa possui a capacidade civil cumulada com a capacidade de 
fato ou de exercício, isso significa dizer que ela possuirá capacidade plena. Isso pode 
acontecer no momento em que a pessoa completa 18 anos, ou quando ela é 
emancipada. Quem não é plenamente capaz precisa de outra pessoa, quer dizer, de 
outra vontade que substitua ou complete sua própria vontade no campo jurídico. 
 
3.5 Incapacidade da pessoa natural 
 A incapacidade é a ausência da capacidade de fato ou de exercício. Todos têm 
personalidade, mas nem todos são capazes para a prática dos atos da vida civil. 
Existem dois tipos de incapacidade civil. 
 
 3.5.1 Incapacidade absoluta 
 A pessoa necessita de estar representada por uma pessoa com a capacidade 
civil plena. As hipóteses de incapacidade civil absoluta estão dispostas no artigo 3° do 
Código Civil “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.”. 
 
 3.5.2 Incapacidade relativa 
 A pessoa é imposta a estar assistida por uma pessoa com capacidade civil 
plena. As hipóteses de incapacidade civil relativa estão dispostas no artigo 4° do 
Código Civil “São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
IV - os pródigos.” 
 
4. FIM DA PERSONALIDADE NATURAL 
 
 A existência da personalidade natural da pessoa termina com o fim da 
existência da pessoa natural, ou seja, com a morte da pessoa, que de acordo com o 
Artigo 6º do Código Civil, podendo a morte da pessoa natural ser inclusive presumida. 
 
4.1 Morte presumida 
 A morte presumida da pessoa pode ser determinada de 2tipos diferentes, com 
a decretação de ausência (Artigo 6º do Código Civil) ou sem a decretação da ausência 
(Artigo 7º do Código Civil). 
▪ Exemplo de morte presumida com decretação de ausência – Quando 
uma pessoa desaparece e não deixa notícias, então é aberto um processo 
judicial de ausência, que possui 3 fases: 
▪ 1º Curadoria; 
▪ 2º Sucessão provisória; 
▪ 3º Sucessão definitiva. 
Somente após aberta a Sucessão definitiva que vai ser presumida a morte 
da pessoa. 
▪ Morte presumida sem decretação de ausência – A morte presumida sem 
a decretação de ausência, ocorre em duas situações: 
➢ I Situação – Se for extremamente provável a morte a quem estava 
em perigo de vida. 
Exemplos: Acidente de avião; tsunami; catástrofe; etc. 
Ou seja, não é encontrado o corpo da pessoa, mas é tão provável 
que ela esteja morta, visto que ela estava envolvida naquele 
acidente, que após esgotadas as buscas o juiz irá declarar que essa 
pessoa está morta. 
➢ II Situação – Se alguém desaparece em campanha ou feito 
prisioneiro, se não for encontrado até dois anos depois do término da 
guerra. 
Exemplo: Prisioneiro de guerra. Visto que a guerra terminou faz dois 
anos, e está pessoa não retornou e nem foi encontrado o seu corpo. 
 
5. JURISPRUDÊNCIA 
 
Número do 1.0414.11.000573-6/001 Numeração 0005736- 
Relator: Des.(a) Luciano Pinto 
Relator do Acordão: Des.(a) Luciano Pinto 
Data do Julgamento: 17/01/2013 
Data da Publicação: 29/01/2013 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. 
MORTE DE NASCITURO. DIREITOS GARANTIDOS DESDE A CONCEPÇÃO. 
INDENIZAÇÃO DEVIDA. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. VALOR. 40 SALÁRIOS 
MÍNIMOS DA DATA DO SINISTRO. CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE O EVENTO 
E JUROS A PARTIR DA CITAÇÃO. 
Em prevendo, a Lei 6.194/74, o direito à percepção de indenização pelo seguro 
obrigatório DPVAT à pessoa vitimada, fez-se alcançar também o nascituro. Isso 
porque o Código Civil se reporta à lei para garantir, "desde a concepção, os direitos 
do nascituro" e, sobretudo, porque se o principal direito do nascituro é o direito à vida, 
naturalmente, sua morte, decorrente de acidente de trânsito, abre campo de 
incidência de indenização securitária do DPVAT. 
No caso de morte por acidente de trânsito ocorrido na vigência da 6.194/74, a 
indenização do seguro obrigatório DPVAT será no valor equivalente a 40 salários 
mínimos vigentes na data do sinistro, acrescido de correção monetária, inclusive com 
os expurgos inflacionários devidos, a partir da mesma data e juros de mora a partir da 
citação. 
 SÚMULA: "PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO REJEITADA. RECURSO 
PROVIDO EM PARTE" 
 
 
6. REFERÊNCIA 
DIREITO Civil I - Das Pessoas - Wikiversidade. Wikiversidade, 2020. Disponivel em: 
<https://pt.wikiversity.org/wiki/Direito_Civil_I_-_Das_Pessoas>. Acesso em: 10 Abril 2020. 
VENOSA, S. D. S. Direito Civil: ParteGeral. 17ª. ed. São Paulo: Atlas, v. I, 2017.

Continue navegando