Buscar

SUS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Um dos serviços públicos mais frágeis no Brasil ainda é a saúde. O nosso país é o 
único do mundo que se propõe a oferecer um sistema de saúde público integral e igualitário 
para mais de 200 milhões de habitantes. 
O presente trabalho vem apresentar um sucinto das dificuldades encontradas para 
colocar o Sistema Único de Saúde (SUS) assistindo plenamente a população brasileira. 
Juntamente com as políticas que foram implementadas durante o surgimento do SUS 
adotaram-se também sistemas de administração com as funções de gerência para que tivesse 
sucesso o novo conceito de administração pública. 
Para alcançar o seu principal objetivo, o SUS analisou todos os pontos de cada 
problema e suas possíveis soluções, para que pudesse oferecer a população brasileira 
condições de prevenção e tratamento de doenças de maneira igualitária e integral. 
Segundo a Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) entende que todos 
os cidadãos tem direito a saúde, ou seja, direito a própria vida. 
O Estado, no que se refere ao SUS, garante as ações de serviços de saúde como um 
direito social que deve ser garantido a todos os cidadãos. A responsabilidade por este direito 
compete às três esferas de governo (federal, estadual e municipal), conforme a CRFB/88. 
Após 30 anos o SUS ainda não conseguiu alcançar seus objetivos. Muitos avanços 
foram conquistados, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. É preciso estudar os 
entraves ao funcionamento do SUS para que se proponham soluções para cada um deles. 
 
 
 
 
 
2 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 O SUS 
Nosso estudo quanto à adequação e ao funcionamento do SUS inicia com o 
entendimento da origem do sistema de saúde pública adotado no país e em seus princípios e 
diretrizes estruturadoras. A história da constituição do SUS no Brasil, conforme Gonçalves 
(2002) divide-se em três fases distintas: difusão, centralização e descentralização. 
A fase de difusão ocorreu antes de 1964 e se caracterizou por um momento no qual a 
sociedade rural sofreu mudanças importantes com o desenvolvimento industrial, gerando 
agravos na saúde da nossa população, como o aumento e a proliferação de doenças. O foco da 
atenção em saúde não era direcionado à população pobre, por isso irmandades assumiam essa 
função, por meio das denominadas Casas de Saúde. Nessa fase, os fundos de seguridade à 
saúde dos trabalhadores foram estabelecidos pelas companhias privadas. 
A segunda fase, denominada centralização (1964–1988), foi estabelecida no governo 
militar, com rígida centralização e repressão política. Os planos de segurança da saúde 
(Institutos de Aposentadorias e Pensões) passaram por uma fusão e foram agregados ao 
programa denominado Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em 1967. 
Posteriormente, o INPS se fundiria ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e 
Assistência Social (IAPAS) e se tornaria o Instituto Nacional de Assistência Médica e 
Previdência Social (INANPS) em 1978. A terceira fase, denominada descentralização, 
posterior a 1988, significou um momento de profundas transformações no sistema de saúde 
relacionadas à evolução política e institucional do Brasil. Tais transformações, como o fim do 
regime militar, deram início à elaboração da nova Carta Magna – a Constituição da República 
Federativa, de 05 de outubro de 1988. Essa Constituição, também conhecida como 
Constituição Cidadã, representou o direito ao acesso universal e igualitário aos serviços de 
saúde e o processo de democratização da saúde. 
“A CFRB/1988 estabelece em seu artigo 196 que a saúde é um direito de todos e dever 
do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de 
3 
 
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988)”. 
A assistência médica brasileira, no início do século XX simplesmente curava as 
doenças pelos médicos particulares ou instituições de caridades. Depois da década de 20, 
algumas empresas resolveram oferecer aos seus empregados assistência médica e 
aposentadoria através das caixas de aposentadorias e pensões ou CAPs. Nesta época o Estado 
era responsável por medidas preventivas como vacinações. Caixas de aposentadorias e 
pensões foram substituídas pelos institutos de aposentadorias e pensões, ou IAPs, que foram 
unificados em 1966, formando o conhecido INPS. 
“A saúde, portanto, era serviço de quem pagava por ela, fosse o trabalhador formal 
através de descontos previdenciários em seu salário, fosse quem tivesse condições de pagar no 
setor privado. (PAIVA E TEIXEIRA, 2014)”. 
“Os trabalhadores formais perderam seu serviço na década seguinte, pois um problema 
novo surgiu: a Previdência quebrou. A disciplina militar não foi forte o bastante para conter 
uma doença crônica brasileira: gastos acima da arrecadação. Os militares usaram, entre outras 
fontes, os recursos da previdência para auxiliar no custeio de obras como Itaipu, a ponte Rio – 
Niterói, e a Transamazônica. (PAIVA E TEIXEIRA, 2014)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2.2 OS DESAFIOS 
A história da administração da saúde no Brasil é marcada por reflexos dos contextos 
sociais em que estão inseridas. O regime militar consolidou-se, através da lei n°6.439/77, o 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), o qual delimitava 
dois grupos e restringia o cuidado da saúde a parcelas da população: a 1°classe era formada 
pelos contribuintes da previdência e seus dependentes, logo beneficiários do tratamento; e a 
2° classe, a dos não contribuintes, sujeitava-se às Santas Casas de Misericórdia. 
“O marco brasileiro da reforma do sistema de saúde foi a 8ª Conferência Nacional de 
Saúde, cujo lema era “Saúde, Direito de Todos, Dever do Estado”. As conferências de saúde 
foram instituídas pela Lei n. 378, de 13 de janeiro de 1937, e tinham como principal objetivo 
propiciar a articulação do governo federal com os governos estaduais, dotando-o de 
informações para a formulação de políticas, para a concessão de subvenções e auxílios 
financeiros (Noronha, Lima; Machado, 2008)”. 
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, em 1986 , o termo 
“saúde” foi usado para definir como resultante das condições de alimentação, habitação, 
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso a 
atendimento de saúde e posse da terra. 
“Tratava-se das bases para as discussões da Constituinte de 1987. Em outubro de 
1988, o SUS foi criado constitucionalmente, sendo que a seção que trata da saúde na 
Constituição vai dos artigos 196 a 200, sendo entre eles a universalização do acesso e a 
descentralização da gestão. Foi uma das maiores conquistas da sociedade brasileira, pois a 
partir deste momento, a saúde não era somente um direito da população, mas uma obrigação 
do Estado. Membros da Constituinte filiados a partidos com visões ideológicas que 
favoreciam apenas uma classe em detrimento de toda a sociedade, rechaçaram a Constituição, 
numa tentativa de negar aos brasileiros um dos direitos mais elementares a um ser humano 
(PAIVA E TEIXEIRA, 2014)”. 
“O SUS foi da Constituição para a lei durante a gestão de Collor, começando com a 
Lei 8.080 que atribuía os objetivos e funções das esferas do poder no sistema de saúde. 
Caberia à União definir as prioridades e formular políticas públicas de saúde, às Unidades 
Federativas a coordenação e aos municípios a execução. Porém a municipalização ficou 
apenas no papel. A transferência das responsabilidades para o município iniciou-se no fim do 
5 
 
governo Itamar Franco, através do seu ministro Jamil Haddad com os planos de comissões 
gestoras, formadas por membros da esfera estadual e municipal. (PAIVA E TEIXEIRA, 
2014)”. 
“A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e, posteriormente, o Decreto n.7.508, de 
28 de junho de 2011, também fundamentam os princípios definidos na CF/88, estabelecendo a 
organização do SUS, o planejamento da assistência à Saúde Pública no Brasil e a articulação 
interfederativa, com a criação das Regiões de Saúde. Cada região deve oferecer serviços de 
atenção primária, urgência e emergência, atendimento psicossocial, atenção ambulatorial 
especializada e hospitalar, além de vigilância em saúde (BRASIL, 2011)”. 
Os princípios do Sistema Único de Saúde, regulamentados pela CFRB/88, são 
divididos em dois grupos: o primeiro é composto de três princípios doutrinários – que 
asseguram a identidade do Sistema Único de Saúde e seus objetivos, conforme determinado 
pela CF/88; e o segundo grupo é composto de quatro princípios organizativos. Os princípios 
doutrinários do SUS, como falado, asseguram a identidade do sistema e seus objetivos, 
conforme determinado pela CF/88. São eles: 
• Universalidade: prevê o acesso universal e igualitário a todos os cidadãos; 
• Integralidade: prevê que o Sistema Único de Saúde deve prover ações e serviços de 
acordo com a necessidade de cada usuário; 
• Equidade: prevê o oferecimento de igualdade de condições ao cidadão. 
 Percebe-se que os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde são à base do 
seu funcionamento; porém, muito ainda deve ser feito para que seja efetivamente uma 
realidade para o cidadão brasileiro. 
Princípios Organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS) 
Os princípios organizativos se referem aos meios utilizados para atingir os fins 
determinados pelos princípios doutrinários. O segundo grupo de princípios diz respeito à 
organização do sistema de saúde (CARVALHO, 2007): 
 
6 
 
• Regionalização e hierarquização: “os serviços de saúde devem estar organizados em 
níveis crescentes de complexidade, planejados com base nas necessidades dos diversos 
usuários (MINAS GERAIS, 2009)”; 
• Descentralização e comando único: o Sistema Único de Saúde deve ser 
descentralizado, porém prevê a divisão de responsabilidades entre as três esferas do 
governo – gestores federais, estaduais e municipais. Assim, cabe geralmente ao 
município a administração direta dos serviços de saúde, enquanto os outros níveis 
(estadual e municipal) ficam responsáveis por outras funções, como formular e 
executar políticas e definir normas; 
• Municipalização: o fortalecimento da gestão municipalizada do Sistema Único de 
Saúde está fundamentado na gestão dos municípios e não centrado no Governo 
Federal, trata-se de uma estratégia fundamental para o acesso integral à promoção, 
proteção e recuperação da saúde por parte da população; e 
• Participação social: “a participação da comunidade está garantida nas questões do 
Sistema Único de Saúde por meio dos Conselhos e das Conferências de Saúde, 
divididos em segmentos de acordo com a natureza de sua inserção no sistema de saúde 
(usuários, gestores e trabalhadores). A participação da comunidade é uma diretriz do 
Sistema Único de Saúde assegurada pelo artigo 198 da CFRB/88 e regulamentada pela 
Lei n. 8.142/90”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2.3 OS OBSTÁCULOS PARA FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE 
2.3.1 1º Obstáculo: O subfinanciamento federal. 
O governo federal, em 1980, participava do financiamento público da saúde com 75%, 
e 25% ficavam a cargo dos Estados e dos Municípios. Logo após o novo pacto federativo 
constitucional de 1988 quem assume as maiores responsabilidades quanto ao financiamento 
público da saúde são os municípios e os estados, com um total de 54% e a união que 
participava com o maior percentual que era de 75%, passou a financiar apenas 46%. Em 1993 
ocorreu à supressão da contribuição previdenciária, e em 1996 foi criada a CPMF, e já em 
2000 houve o cálculo da parcela federal do PIB que estruturaram o subfinanciamento federal. 
O governo federal em 1999 obriga os estados e municípios a limitarem os seus gastos na área 
da saúde devido às altas taxas de juros. O governo federal obrigou os estados e municípios de 
maior porte a reservarem pelo menos 13% dos orçamentos para renegociação de dívidas 
respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Está Lei obriga os municípios e os estados a 
limitarem os seus gastos com pessoal, adequando à realidade fiscal e financeira, contratando 
empresas terceirizadas para executar os serviços. Com as imposições da união o Brasil foi 
classificado como um dos países que menos recursos públicos destinavam por habitante a 
cada ano investia menor porcentagem de recursos públicos na saúde e no PIB. Segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS), os países que programam os sistemas públicos de 
saúde de qualidade e universais, a média de investimento para a saúde é de 71% do valor do 
PIB. No Brasil são investidos 3,7% do PIB de recursos para a saúde. O Brasil está perdendo 
para a Argentina, Chile, Uruguai e Costa Rica. Entre 1981 e 2008, os atendimentos de saúde 
no Brasil que tinham financiamento público caíram de 70% para 60% em 2008, apesar da 
vigência do SUS a partir de 1990. Este subfinanciamento gerou desigualdades regionais, 
agravadas durante a ditadura e a saúde foi a mais prejudicada. 
 
 
 
 
8 
 
2.3.2 2º Obstáculo: Subvenção Crescente com Recursos Federais ao Mercado dos 
Planos Privados de Saúde. 
Esta subvenção vem sendo realizada por meio de: 
 a) renúncia fiscal ou gastos tributários (isenções e deduções no recolhimento de 
tributos de empresas, indústria farmacêutica e consumidores na saúde), 
 b) cofinanciamento público de planos privados de saúde aos servidores federais do 
Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo as Estatais, 
c) não ressarcimento obrigado pela Lei 9656/1.998. 
O valor desses auxílios que o governo federal dá a esses planos de saúde corresponde a 
30% do faturamento anual das empresas de planos privados da saúde, o que esta perto da 
metade dos gastos anuais do Ministério da Saúde. 
É o que se pode chamar de privatização por fora do SUS, isto é, o sistema privado 
externo ao SUS, que fatura nas mensalidades dos consumidores e nas subvenções públicas, e 
que falsamente proclama que alivia o SUS. 
2.3.3 3º Obstáculo: Grande Rigidez da Estrutura Administrativa e 
Burocrática do Estado. 
Este obstáculo mostra a distorção na execução e aplicação dos gastos públicos com 
saúde, sem as desastrosas esperas e com qualidade e eficiência voltada para as necessidades 
da população. É imposto pela política de Estado, de impedir a demonstração de que o Estado 
deve e pode organizar sua estrutura administrativa, orçamentária e financeira para atender 
com qualidade e presteza as demandas sociais básicas, lembrando que essa demonstração se 
choca com a 2º consequência do subfinanciamento federal. 
 
 
 
 
9 
 
2.3.4 4º Obstáculo: Privatização da Gestão Pública. 
O estado assume a privatização pública junto aos estabelecimentos públicos de saúde 
privada, insistindo que o setor público é incompetente para gerar os serviços públicos de 
saúde e que o setor privado é naturalmente o mais competente. 
Assim nasceram no período da ditadura as Fundações Privadas de Apoio a hospitais 
universitários públicos, e sociedades privadas para o desenvolvimento da Medicina, em 1.998, 
as OSs e OSCIPs e após, as PPP-parcerias público-privadas. Esta seria a privatização por fora 
e por dentro do SUS, que vai reduzindo o Estado, segundo Sônia Fleury, a financiadora de 
investimentos privados na capacidade instalada de saúde, por meio do BNDES e outras 
agências, e comprador de serviços privados. 
A omissão deste obstáculo e dos anteriores acaba por esconder que, sem eles o setor 
público ganharia força, mais competência e condições para identificar com transparência, 
situações especiais e excepcionais. Também iria poder possibilitar a realização de parcerias 
público-privada com entidades filantrópicas, de comprovada finalidade e controle públicos, 
sem qualquer proibiçãode negócios no mercado, como ocorre em sociedade mais civilizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O Sistema Único de Saúde desde a sua implantação enfrenta inúmeros problemas, os 
quais já foram relatados. A falta de recursos é uma das maiores dificuldades enfrentadas na 
atualidade pelo Sistema Único de Saúde. A debilitação da saúde por falta de recursos 
financeiros se da pela falta do repasse destes recursos aos municípios pelo Governo Federal, 
desvios de recursos e má aplicação dos mesmos. 
Ao longo desses anos foram alcançados diversos avanços na área da saúde, 
principalmente na área da Saúde da Família, no cuidado com a pessoa idosa, gestantes e 
crianças, na prevenção das doenças crônicas, na criação e elaboração de programas de 
prevenção e combate ao tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, no combate de uso as drogas, o 
controle nutricional e a oferta de vacinações, incluindo a vacina contra o HPV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4. CONCLUSÕES 
 A efetivação da saúde como direito universal é um desafio que só pode ser 
alcançado por meio de políticas sociais e econômicas que reduzam as desigualdades sociais e 
regionais em nosso país, assegurando a cidadania e o fortalecimento da democracia. 
 A saúde precisa ser uma prioridade real nas políticas nacionais. 
 Contudo, depois da pesquisa, pôde-se perceber que a precariedade dos recursos 
financeiros é o que mais vem atrasando o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, os 
recursos são escassos, desviados e mal aplicados. Precisamos de uma gestão mais profissional 
e menos política. 
 O SUS também enfrenta problemas com os recursos humanos. Faz-se necessária 
a ampliação do quadro de funcionários, qualificação e reciclagem dos que se encontram 
ativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALBUQUERQUE, C. e cols. – “A situação atual do mercado na saúde suplementar no 
Brasil e apontamentos para o futuro” - Rev. Ciência e Saúde Coletiva – v. 13, n. 5 – 
2008 
BAHIA, L. – “As contradições entre o SUS universal e as transferências de recursos 
públicos para os planos e seguros privados de saúde”. - Rev. Ciência e Saúde Coletiva 
– v. 13, n. 5 – 2008 
 
BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa Brasileira. 
Disponível em: . Acesso em 18 de set de 2018. 
 
CAMPOS, G.W.S. – “Modo de co-produção Singular do Sistema Único de Saúde: 
impasses e perspectivas” – Rev. Saúde em Debate – v. 33, n. 81 – 2009 
 
CARVALHO, Gilson C.M. - “Consolidado das Domingueiras” 2001-2011 – 
www.idisa.org.br 
 
CARVALHO, Gilson C. M. – “Repasses federais para AB, MAC e Blocos, 2001-2012: 
Evolução”. “Gasto Público Municipal em saúde -2011”. Domingueiras Jun-Jul-Ago/2012. 
www.idisa.org.br 
 
Economistas da UNICAMP – “Manifesto em Defesa da Civilização” – abaixo assinado-
http:// www.peticaopublica.com.br-Out/2012 
 
Especialistas em ciências econômicas, sociais e políticas públicas, e Representantes da 
Sociedade Civil- “Plataforma 21: Agenda Política Social para o Século 21” – 
Ago/2012-www.politicasocial.net.br 
 
FLEURY, S. “Um remédio para Salvar ou Matar o SUS”? – Plataforma de Política 
Social – www.politicasocial.net –Out/2012 – Le Monde Diplomatic 
 
MARQUES, B.M – “Breve crônica sobre o Sistema Único de Saúde 20 anos depois de 
sua implantação” – Rev. Saúde em Debate – v. 33, n. 81 – 2009 
 
NORONHA, J. C.; Lima, L. D.; Mac hado, C. V. O Sistema Único de Saúde – SUS. In: 
Giovan Ella, Lígia et al. (Org.). Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: 
Fiocruz, 2008. p. 435-472. 
http://www.idisa.org.br/
http://www.peticaopublica.com.br-out/2012
http://www.politicasocial.net/
13 
 
PAIM, J.S. – “Uma análise sobre o processo da Reforma Sanitária brasileira” Rev. 
Saúde em Debate – v. 33, n. 81 – 2009 
 
OCKÉ – Reis, C.O. e Sophia, D.C. – “Uma crítica à privatização do sistema de saúde 
brasileiro: pela constituição de um modelo de proteção social público de atenção à 
saúde.” – Rev. Saúde em Debate – v. 33, n. 81 – 2009 
 
OCKÉ – Reis, C.O. – “SUS: O Desafio de ser Único” – Valor Econômico, SP, A 12, 
02.Set.2009 
 
OCKÉ – Reis, Santos, F.P. – “Mensuração dos Gastos Tributários em Saúde” IPEA – 
Texto – Julho/2011 
 
MINAS GERAIS. Secretaria Estadual de Saúde. Manual do Gestor Municipal de Saúde. 
2009. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/ 
Images/documentos/manual_gestor_municipal_saude.pdf>. Acesso em:12 de set 2018. 
 
PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antônio. Reforma sanitária e a 
criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores. História, 
Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.21, n.1, jan.-mar. 2014, p.15-35. 
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-
00015.pdf>. Acesso em 10 de set de 2018. 
 
SANTOS, I.S., – “O Mix Público – Privado no Sistema de Saúde Brasileiro: 
Elementos para a Regulação da cobertura Duplicada” – ENSP/FIOCRUZ, Tese de 
Doutoramento, Ago/2009 
 
SANTOS, I.S.Ugá, M.A.D. e Porto, S.M. – “O mix público-privado no sistema de 
saúde brasileiro: financiamento, oferta e utilização de serviços de saúde.” – Rev. 
Ciência e Saúde Coletiva - v. 13, n. 5 – 2008 
 
SANTOS, N.R. – “O Estado que Temos e os Rumos que Queremos. Contribuição 
para Posicionamento com os novos Governos: Federal e Estaduais.” Ver. Saúde em 
Debate – v. 34, n. 87 – Out/Dez/2010 – Com Debatedores e Réplica. 
 
Santos, N.R. e Amarante, P.D.C. – Organizadores – “Gestão Pública e Relação Público 
– Privado na Saúde” – 300 págs. – CEBES, 2011 22. 
 
SILVA, S.F. –“Sistema único de Saúde 20 anos: Avanços e Dilemas de um Processo 
em Construção”- Ver. Saúde em Debate- v.33, n.81-2009. 
	1. INTRODUÇÃO
	2. DESENVOLVIMENTO
	2.1 O SUS
	2.2 OS DESAFIOS
	2.3 OS OBSTÁCULOS PARA FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
	2.3.1 1º Obstáculo: O subfinanciamento federal.
	2.3.2 2º Obstáculo: Subvenção Crescente com Recursos Federais ao Mercado dos Planos Privados de Saúde.
	2.3.3 3º Obstáculo: Grande Rigidez da Estrutura Administrativa e Burocrática do Estado.
	2.3.4 4º Obstáculo: Privatização da Gestão Pública.
	3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	4. CONCLUSÕES
	5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Continue navegando