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Aula_4_-_Leguminosas_Forrageiras_IZ 118

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FABFABÁÁCEAS OU CEAS OU 
LEGUMINOSAS TROPICAIS
Prof. Carlos Augusto Brandão de Carvalho
DNAP-IZ - UFRRJ
Disciplina: IZ 118 – Forragicultura e Pastagens
FABACEAS OU LEGUMINOSAS
► Utilização na alimentação animal
● Corte e oferta no cocho;
● Fenação;
● Ensilagem;
● Banco de Proteína;
● Consórcio (gramínea x leguminosas).
Principais Leguminosas Forrageiras Tropicais:
- Arachis pintoi
- Calopogonium mucunoides
- Centrosema pubescens
- Desmodium sp.
- Macroptilium atropurpureum
- Neonotonia wightii
- Pueraria phaseoloides
- Stylosanthes guianensis
- Cajanus cajan
- Gliricidia sepium
- Leucaena leucocephala
Nome Vulgar: AMENDOIM FORRAGEIRO
NC.: Arachis pintoi
● Cultivar: Amarillo e Belmonte;
● Origem: América do Sul
● Fertilidade do solo: de Baixa a Média;
● Propagação: sementes e mudas;
● Tolerância a encharcamento: Baixa; 
● Produção de MS: 5 a 8 t./ha, anualm.; 
● Valor nutritivo: alto (15 a 22% PB) e 
digestib.: Boa (>60%);
● Qualidade: excelente (alta palatab.);
● Utilização: pastagem, cobertura verde, feno? (ramos);
● Consorciações: gramíneas de porte médio a baixo;
● Fixação anual de N: 60 a 150 kg/ha).
Nome Vulgar: AMENDOIM FORRAGEIRO
NC.: Arachis pintoi
• Planta estolonífera, herbácea, de ciclo perene.
• Planta de forte enraizamento nas gemas dos ramos
mais velhos, formando um denso “tapete” de estolões;
Nome Vulgar: AMENDOIM FORRAGEIRO
NC.: Arachis pintoi
● Crescimento: prostrado e, após 50 cm, torna-se mais ereto; 
função dos fatores ambientais e região de cultivo.
estolonífero
Ascendente
Nome Vulgar: AMENDOIM FORRAGEIRO
NC.: Arachis pintoi
● Fertilidade do solo: vegetam em solos com pH (H2O) de 4,5 a 
7,2 (crescimento reduzido em pH abaixo de 5,4);
● Precipitação pluviométrica: Ideal de 1.500 a 2.000mm anuais;
sobrevive em 1.000 mm/ano; cresce com mais de 1.500 mm/ano;
● Tolerância à seca: média (até 4 meses de seca);
● Tolerância a solos mal drenados: tolera inundação temporária, 
mas não cresce em áreas inundadas permanentemente;
● Tolerância ao sombreamento: alta; possui > cresc. sol pleno;
● Cobertura do solo: boa (áreas abertas ou sob árvores);
● FBN: culturas anuais e forrageiras.
Jardinagem
Braquiária (Brachiaria decumbens) 
+
Arachis pintoi cv. Amarillo
Cultivo solteiro
ou
consorciados
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tmArachis pintoi
Paspalum notatum
+
Arachis pintoi
Proteção do solo área sombreadas
cv. Amarillo com cobertura do solo;
Nome Vulgar: ESTILOSANTES, MINEIRÃO
NC.: Stylosanthes guianensis cv. Mineirão
● Origem: Brasil Central
● Ciclo vegetativo: Perene
● Porte: médio (arbustivo - 1,2 a 1,6 m);
● Fertilidade do solo: baixa (pH >4,5); 
● Precipitação pluviométrica: 700 a 1500 mm 
● Tolerância a encharcamento: Baixa; 
● Crescimento: semi-ereto a ereto (cespitoso);
● Produção de MS: 10 a 13 t./ha, anualm.;
● Valor nutritivo: alto (12 a 18 % PB) e digest. (>60%);
● FBN: 30 a 196 kg/ha, anualm.
Nome Vulgar: ESTILOSANTES, MINEIRÃO
NC.: Stylosanthes guianensis cv. Mineirão
VANTAGENS:
• Adaptação a solos ácidos e de baixa 
fertilidade (responde à adubação);
• Alta retenção de folhas no período seco;
• Resistência a pastejo;
• 200 g/dia na seca como banco de proteína;
• Baixa demanda por P, tolerante ao Al e Mn;
• Facilidade para estabelecimento;
• Crescimento semi-ereto (facilita o corte);
• Alta capacidade de ressemeadura natural.
Nome Vulgar: ESTILOSANTES, MINEIRÃO
NC.: Stylosanthes guianensis cv. Mineirão
DESVANTAGENS: 
- Não tolera pastejo com alta taxa de lotação
(Lotação rotacionada e ↓ frequência de pastejo);
- Susceptível ao frio;
- Na produção de sementes ocorre debulha
antecipada, reduzindo a colheita.
cv. Mineirão
Colheita de sementes
Colheita forragem 
para suplemento
Nome Vulgar: SIRATRO
NC.: Macroptilium atropurpureum
Ciclo: perene; Raíz principal profunda e grossa;
Crescimento: volúvel (caule trepador e 
entrelaçado).
Folhas: compostas, trifoliadas; 
Nome Vulgar: SIRATRO
NC.: Macroptilium atropurpureum
Nome Vulgar: SIRATRO
NC.: Macroptilium atropurpureum
Flores: Violeta escura; 
Nome Vulgar: SIRATRO
NC.: Macroptilium atropurpureum
Origem: Austrália e introduzido no México
Fertilidade do solo: de baixa a alta (função do cv.);
pH entre 5,0 a 8,0 (Média tolerância a Al e Manganês);
Precipitação pluviométrica: de 600 a 1800mm, anuais; 
Tolerância à seca: boa (raiz principal profunda);
Tolerância ao sombreamento: baixa (intolerante);
Produção de MS: 5 a 6 t./ha, anualm.;
Tolerância ao encharcamento: baixa;
Tolerância ao frio: baixa (susceptível a geadas e baixas 
temperaturas).
Cv. Siratro consorciado com Panicum maximum
cv. Siratro +Paspalum plicatulum
PB DIVMS 
material velho 12% 45%
Material jovem 25% 65%
Folha Colmos
Altura – 15 cm
PB 25% 15%
P 0,26% 0,22%
FDN 24% 41%
% de folha na MS: 76%
Nome Vulgar: SIRATRO
NC.: Macroptilium atropurpureum
Nome Vulgar: SOJA PERENE
NC.: Neonotonia wightii
● Origem: Ásia
● Ciclo vegetativo: perene 
● Precipitação pluviométrica: 700 a 1500 mm 
● Fertilidade do solo: alta (solos eutróficos e pH > 6,0);
● Propagação: sementes;
● Tolerância a seca: média; 
● Porte: baixo (40 a 60 cm); 
● Crescimento: de prostrado (rasteiro) a volúvel; 
● Produção de MS: 5 a 6 t./ha, anualmente; 
● Valor nutritivo: alto (16 a 21% PB) e digest. (>60%); 
● FBN: 180 a 200 kg/ha, anualmente; 
● Utilização: pastagem (banco do proteína), feno.
Nome Vulgar: SOJA PERENE
NC.: Neonotonia wightii
VANTAGENS:
- Produtiva, perene;
- Boa produção de semente;
- Alta palatabilidade sob pastejo;
- Persistência por vários anos em pastejo moderados.
DESVANGENS:
- Restrito para solos neutros e fertéis;
- Baixa nodulação e estabelecimento;
- Não tolerante ao frio. 
SOJA PERENE
Neonotonia wightii
● Origem: África tropical ocidental;
● Ciclo: anual, bianual (depende do manejo);
● Crescimento: ereto (cespitoso);
● Propagação: sementes;
● Precipitação pluviométrica: 500-2000 mm; 
● Fertilidade do solo: baixa a média; 
● Tolerância a seca: Alta; 
● Tolerância a solos mal drenados: Baixa;
● Produção de MS: 15 t./ha, anualmente (3 a 4 cortes);
● Valor nutritivo: excelente (10-15% PB) e digest. (>60%);
● Qualidade: excelente (boa palatabilidade, inclusive na seca);
● FBN: 40 a 100 kg/ha, anualmente; 
● Utilização: pastagem (banco de proteína), adubo verde;
Nome Vulgar: GUANDU
NC.: Cajanus cajan
Nome Vulgar: GUANDU
NC.: Cajanus cajan
● Sistema radicular: muito vigoroso e desenvolvido 
que lhe garante boa resistência à seca;
● Adaptação: muito boa, quase todo tipo de solo, 
exceto encharcados; rústica e pouco exigente;
● Tolerância ao frio: baixa (baixa resistência a geada);
Vagem verde e madura
+
Flores
Ramos quebradiços quando 
pastejados
Nome Vulgar: GUANDU
NC.: Cajanus cajan
VANTAGENS:
- Tolerante a seca;
- Duplo propósito (grãos e forragem);
- Tolerante a solos de baixa fertilidade;
- Excelente para adubo verde e estruturação de solo.
DESVANGENS:
- Vida curta como planta perene;
- Sob pastejo = muita quebra de ramos;
- Baixa tolerância ao frio e geadas.
Nome Vulgar: LEUCENA
NC.: Leucaena leucocephala
● Origem: América Central
● Cultivares: Cunningham (Salvadorenho X Peru);
● Crescimento: ereto (cespitoso);
● Porte: de médio (arbustivo até 2,5 m) a alto (arbóreo – até 15 m);
● Fertilidade do solo: média a alta, pH >6,0;
● Precipitação pluviométrica: 500 a 1.700 mm anuais;
● Tolerância à seca: boa; 
● Tolerância ao frio: baixa (>20ºC);
● Produção de MS: 20-30t./ha (planta toda), anualmente;
● Valor Nutritivo (Folhas): alto (PB: 18 - 25%; DIVMS: 55-70%); 
● Qualidade: excelente (excelente palatabilidade);
● Utilização: pastagem (banco do proteína), forragem verde e feno.
Folhagem, flores e vagens
Vagens maduras cv. cunningham
Vagens maduras e sementes
Plantio em linha Leucena + P. maximum
Pastejo vários anosPastejo
Nome Vulgar: LEUCENA
NC.: Leucaenaleucocephala
VANTAGENS:
- Forragem de alto valor nutritivo;
- Alta produção em solos férteis;
- Tolerante a período de estiagem prolongada;
- Permite o uso em vários sistemas de produção.
DESVANTAGENS:
- Baixa adaptação a solos ácidos e inferteis;
- Queda de folhas com o amadurecimento;
- Crescimento reduzido em época fria e não resiste a geada;
- Relativamente frágil quando jovem (estabelecimento lento);
- Presença de tanino e mimosina (tóxico > 40% dietas).
Nome Vulgar: GLIRICÍDIA
NC.: Gliricidia sepium
● Origem: Ásia e África (autores);
● Ciclo: perene 
● Crescimento: ereto (cespitoso);
● Porte: alto (arbóreo - 12 a 15 m);
● Propagação: semente e estacas;
● FBN: alta (grande número de nódulos);
● Produção de MS: 6-12t./ha (folhas), anualmente;
● Valor nutritivo (Folhas): alto
DIVMS: 60-65% PB: 18-30%
● Qualidade: excelente (ótima palatabilidade);
● Utilização: pastagem, forragem verde e feno (bovinos, 
caprinos e ovinos);
Flores - inflorescências nos
galhos velhos.
Flores- inflorescência terminais
Folhas pinadas
Nome Vulgar: GLIRICÍDIA
NC.: Gliricidia sepium
VANTAGENS:
- Planta de multi-uso
- Ampla adaptação climática e de solo
- Facilidade de estabelecimento (estacas) e/ou sementes
- Alto potencial de produção de MS (20 ton/ha – planta toda).
- Alto teor proteíco e valor nutritivo para ruminantes
DESVANGENS:
- Necessidade de adaptação em animais que nunca consumiram
- Possibilidade de intoxicação em animais monogástricos
- Baixa resistência ao frio e geadas
- Potencial de planta daninha.
Cerca viva e Rebrote da
gliricídia podada
Consorcio Gliricídia-Braquiaria
Gliricídia + B. decumbens
Gliricídia cortada p/ ovinos Reserva forrageira
Gliricídia cortada p/ bovinos
Escolha da espécie ou cultivar 
forrageiro
Adaptação a solos de baixa fertilidade
• Brachiaria decumbens (capim-braquiária; braquiárinha cv. Basilisk);
• Brachiaria humidicola (capim-quicuio da amazônia);
• Andropogon gayanus (capim de gamba; cv. Planaltina e Baetí);
• Melinis minutiflora (capim gordura)
• Stylosanthes guianensis (Estilosantes cv. Mineirão);
• Calopogonium mucunoides (Calopogônio).
Escolha da espécie ou cultivar 
forrageiro
Alta produção de forragem, exigência em 
fertilidade, responsivas à adubação nitrogenada
• Pennisetum purpureum (capim-elefante, cv. Napier, Guaçu, etc.);
• Panicum maximum (cv. Tanzânia, Mombaça, Tobitã, Massai, etc.);
• Brachiaria brizantha (cv. Marandú, MG 4, MG 5, etc.);
• Cynodon spp. (Tifton-85, Florakirk, Coast cross, estrela africana, etc.).
Escolha da espécie ou cultivar 
forrageiro
Tolerância à Seca
• Cenchrus ciliaris (capim buffel);
• Andropogon gayanus (capim Andropogon; cv. Planaltina e Baetí);
• Cynodon dactylon cv. Aridus;
• Stylosanthes guianensis (Estilosantes cv. Mineirão);
• Calopogonium mucunoides (Calopogônio);
• Leucaena leucocephala (Leucena).
Escolha da espécie ou cultivar 
forrageiro
● Tolerância à pragas e doenças
Pragas: cigarrinha
Brachiaria brizantha (capim braquiarão ou marandu)
Andropogon gayanus (capim andopogon; cv. Planaltina e Baetí)
Doenças: Antracnose
Stylosanthes guianensis cv. Mineirão.
● Tolerância ao sombreamento
Arachis pintoi (amendoim forrageiro)
Brachiaria decumbens cv. Basilisk
Panicum maximum cv. Aruanã
Tolerância à solos mal drenados:
Brachiaria humidicola (capim quicuio da amazônia; capim-agulha);
Brachiaria mutica (capim fino, capim-angola);
Brachiaria arrecta (Braquiaria do brejo, Tanner grass);
Setaria anceps cv. Kazungula (capim setária, cv. Kazungula);
Hemarthria altissima cv. Floralta, Bigalta
Com problemas específicos para animais
Brachiaria decumbens;
Brachiaria arrecta;
Leucaena leucocephala;
Pennisetum americanum.
Escolha da espécie ou cultivar 
forrageiro

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