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ROTEIRO DE ESTUDOS DIRIGIDOS EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE – NP1 Profa. Dra. Cibele Mara Dugaich Nome: Talita de Sousa Cruz RA: T559GI2 Sala: 105 INSTRUÇÕES Este Roteiro de Estudos Dirigidos deve ser respondido em letra cursiva e em folha de papel almaço. Deverá ser apresentado à professora, com folha de acompanhamento de Atividades Complementares preenchida como Extensão de Atividade Livre. Será corrigido na aula após o retorno. A Atividade valerá 05 horas de Atividades Complementares. Será avaliado com até 1 ponto para ser acrescentado na nota da NP1. • Ação Penal 1. Discorra sobre ação penal privada subsidiária da pública. R: É a aquela em que diante da inercia do ministério público em oferecer a denúncia, o outro órgão do ministério público oferecera a denúncia, temos aquela ação penal privada subsidiaria da publica que é se o ministério público não propor ação dentro do prazo legal, a vítima poderá propor. Isso é ação penal privada subsidiaria da publica permite que a vítima ou aquele que represente ofereça queixa no lugar da denúncia que seria feita pelo Ministério Público, por falta de manifestação do MP, com o prazo máximo de 6 meses para solicitar essa titularidade. • Decadência 2. Conceito. R: Decadência é a extinção de um direito por não ter sido exercido no prazo legal, ou seja, quando o sujeito não respeita o prazo fixado por lei para o exercício de seu direito, perde o direito de exerce - lo. 3. Qual prazo determinado? R: Desta forma, nada mais é que a perda do próprio direito pela inércia de seu titular. No direito penal, decadência é a perda do direito de representação ou de oferecer queixa- crime na ação privada quando passado o lapso temporal improrrogável exigido em lei, sendo este, via de regra, de 6 (seis) meses. 4. Qual o instrumento? R: Queixa Crime. Porem as decisões interlocutórias sobre decadência e prescrição são, para todos os efeitos, pronunciamentos de mérito. Por isso, o recurso cabível para impugnar essas decisões é o agravo de instrumento. 5. A perda do prazo faz alguma restrição quanto a quem deveria fazer a queixa- crime? R: Sim, com a perda do prazo o ofendido ou representante perde o direito de queixa. Segundo o art. 103 do CP, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação, se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contados do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º, do art. 100, (isto é, da ação privada subsidiária) do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. 6. No caso da ação penal privada por representação, o prazo é perdido definitivamente? R: Não. Assim que o representado completar maioridade penal (18 anos) e ter conhecimento da autoria do crime, ele terá o direito de fazer uma queixa-crime, com o mesmo prazo decadencial de 6 meses. 7. Qual a condição para o oferecimento da queixa-crime? R: A ação penal tem que ser privada. Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. 8. No caso da ação penal privada por representação, subsidiária da pública, o prazo é perdido definitivamente? R: Não. Como essa ação é subsidiária da pública, o Ministério Público pode voltar a ter titularidade exclusiva se o representante perder o prazo de 6 meses para iniciar a ação penal. • Perempção 9. Conceito: R: Perempção é a perda do direito ativo de demandar o réu sobre o mesmo objeto da ação. No direito criminal, a ação penal é considerada perempta quando a parte querelante deixar de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos, não cabendo recurso extraordinário. 10. Quais as condições de se extinguir a punibilidade por perempção? R: Por omissão em dar andamento ao processo por 30 dias, por não substituição no ativo em 60 dias no caso de morte ou incapacidade. 11. Caso sobrevenha morte ou incapacidade do ofendido, a ação se torna perempta? R: Não, desde que no prazo máximo de 60 dias alguém substitua o polo ativo dessa penal. 12. Existe alguma ação penal que não permite a sucessão em caso de morte ou incapacidade do ofendido? R: Sim, se a ação for de caráter personalíssima como exemplo uma ação por injuria. 13. No caso de ação penal privada subsidiária da pública, há alguma possibilidade de o juiz não declarar a extinção de punibilidade mesmo que preenchidas as condições para tanto? R: Sim, o juiz pode pedir que Ministério Publico retome a titularidade da ação, já que em determinado momento ele foi titular. • Renuncia 14. Conceito. R: O ofendido abre mão do direito de oferecer a queixa, sendo um ato unilatera,não depende da aceitação do ofensor. 15. Quais são as formas da renúncia? R: A renúncia pode ser tácita ou expressa. 16. Explique a renúncia tácita? R: Decorre de um ato do ofendido incompatível com o processo da ação, o ofendido começa a ter uma relação de amizade, de afinidade com o ofensor, deixando de maneira clara o desinteresse na condenação do ofensor. 17. Até quando a renúncia pode ocorrer? R: A renúncia pode ser feita antes do inicio da ação penal. 18. A renúncia leva a extinção da punibilidade no caso de se tratar de ação penal privada, subsidiária da pública? R: Não, a ação penal volta a ser pública. • Perdão do Ofendido 19. Conceito. R: O ofendido não tem mais interesse em prosseguir com a ação privada e perdoa o ofensor, sendo um ato bilateral, pois o ofensor deve aceitar esse perdão. O perdão é cabível quando a ação penal já se iniciou com o recebimento da queixa e pressupõe também que não tenha ocorrido trânsito em julgado da sentença condenatória. 20. Qual é a condição para que enseje extinção de punibilidade? R: O perdão em pauta é ato bilateral, só terá efeito de extinguir a punibilidade se for aceito pelo querelado. Desta forma, não basta o querelante conceder o perdão ao querelado, devendo ser aceita para que produza seus jurídicos efeitos. Quanto mais não seja, havendo concurso de pessoas, o perdão ofertado a um dos querelados, a todos se estenderá, ou dizendo de outra maneira, se o querelante ofertou o perdão a um dos agentes, mas não aos outros, todos terão oportunidade para aceitar ou rejeitar o perdão, nos moldes do artigo 51 do CPP. 21. No caso de concurso de agentes, como se concretiza o perdão? R: O ato de perdão feita pelo querelante se estende a todos os querelados, porem só extingue a punibilidade para aqueles que aceitou o perdão. 22. Até quando pode ocorrer o perdão do ofendido? R: O perdão deve acontecer antes da sentença condenatória. 23. No caso de ação penal privada subsidiária da pública, o Ministério Público pode intervir? R: Sim, pois não existe o instituto de perdão em ação privada subsidiaria da publica, dessa forma o Ministério Publico torna se titular da ação novamente. o Ministério Público poderá aditá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornece elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Nesse tipo de ação é inadmissível a ocorrência do perdão ofertado pelo querelante de acordo com o artigo 105 do Código Penal caso contrário, o Ministério Público deve retomar o seu lugar como parte principal. • Retratação 24. Conceito. R: Retratação significa voltar atrás no que disse, assumir o erro ao fazer uma imputação a alguém. Segundo o Código Penal, o querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. A retratação extingue a punibilidade se feita antes da sentença de 1ª instância. 25. Até quando pode ser feita a retratação?R: Pode ser feita antes da sentença condenatória. 26. A retratação depende de aceitação do querelado? R: Não, é um ato unilateral. 27. A retratação se estende a todos no caso de concurso ou não? R: Não, a retratação só extingue a punibilidade de que a fez. 28. Existe algum tipo penal que não admite retratação? R: Sim, no caso de crime de injuria não cabe retratação, pois é um crime personalíssima. • Morte do Agente 29. Explique. R: De acordo com o conceito constitucional, que nenhuma pena será passada da pessoa condenada, quer dizer que se a pessoa condena morre a sua pen se extingue junto com ela. 30. Qual documento que comprova a morte do agente? R: Certidão de óbito original e o Inventario a partilha de bens. 31. No caso de se tratar de atestado falso, o que defendem as correntes que se aplicam? R: De acordo com o entendimento do STF e STJ, no caso de atestado falso e sentença de extinção de punibilidade por causa dele, é que a ação penal poderá ser retomada apesar do trânsito em julgado da decisão, na medida em que a sentença foi fundada em fato. Inexistente. Com efeito, o que gera a extinção da punibilidade é a morte, e não o documento que a comprova.
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