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Funções e Características do Caule

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3 - CAULE
3.1) Funções
O caule tem como funções a sustentação das partes aéreas do vegetal e a ligação destas ao sistema radicular, além de ser o responsável pelo crescimento e propagação vegetativa, produção de folhas, flores e frutos. O transporte de água, sais e compostos orgânicos é exercido por meio dos vasos lenhosos e liberianos, os quais compõem a estrutura interna do caule. Seu potencial econômico é reconhecido na alimentação, medicina, indústria e no setor madeireiro.
3.2) Características morfológicas 
	Possui nó, ponto de inserção entre as folhas; entrenó, região entre dois nós sucessivos; gemas, conjunto de células meristemáticas que quando estimuladas originam e determinam o alongamento dos ramos e formam as folhas e flores. Podem ser terminais, situada no ápice ou gema lateral, situada na axila da flor. As gemas são constituídas por escamas. Presença de folhas e botões vegetativos. Geralmente aclorofilados, com exceção dos caules herbáceos.
3.3) Consistência
a) Herbáceos - são caules tenros, carnosos, suculentos e com pouca consistência. Predomina o colênquima como tecido de sustentação, cujas células são ricas em celulose.
b) Lenhosos – são rígidos ou flexíveis e bastante consistentes. Predomina o esclerênquima como tecido de sustentação, cujas células são ricas em lignina.
3.4) Quanto a localização no Meio Ambiente:
a) Aéreos – erguidos
 rasteiros
 trepadores
b) Subterrâneos
c) Aquáticos
→ Aéreos erguidos
a) Haste – geralmente verdes, característicos de vegetais de pequeno porte;
b) Tronco – é um caule lenhoso e ramificado. Geralmente em vegetais de médio e grande porte;
c) Colmo – é um caule cilíndrico, apresentando nós e entrenós bem evidentes. Os colmos são denominados vazios, quando são ocos, como no bambu, e cálamo, quando os entrenós são cheios, como na cana de açúcar.
d) Estipe – é um caule cilíndrico, geralmente não ramificado, com entrenós curtos e folhas localizadas no ápice. Ex. Palmeiras.
e) Cladódios – são clorofilados, áfilos ou com folhas rudimentares ou ainda transformadas em espinhos. Podem apresentar-se suculentos e dilatados, ricos em reservas nutritivas e água. Ex. Cactus. Quando achatados e laminares são chamados de filocládios. Ex. Carqueja.
f) Escapo – o que sai de rizoma, bulbo; não ramificado; sustenta flores na extremidade. Ex. Margarida.
→ Aéreos Rasteiros
São apoiados e paralelos ao solo, com ou sem raízes. Ex. Abóbora.
→ Aéreos Trepadores 
a) Sarmentosos - são os que sobem num suporte, por meio de elementos de fixação, como gavinhas. 
b) Volúveis – enroscam-se, mas sem um elemento de fixação. 
c) Lianas ou Cipós – crescem apoiando-se no substrato. Não possuem órgão de fixação.
→ Subterrâneos
a) Rizoma – desenvolve-se paralelo à superfície, emitindo brotos aéreos foliosos e floríferos. Dotados de nós e entre-nós, gemas e escamas, podendo emitir raízes. Ex. bananeira, bambu, espada-de são-jorge.
b) Tubérculo – são hipertrofiados pelo acúmulo de substâncias nutritivas. Geralmente com gemas nas axilas de escamas. Ex: batata inglesa.
c) Bulbo – formado por um eixo cônico que constitui o prato (caule), dotado de gema, rodeado por catáfilos e em geral com acúmulos de reserva. Túnicas concêntricas envolvendo o prato. Podem ser tunicados (folhas ou escamas), quando os catáfilos mais externos recobrem totalmente os mais internos. Ex. cebola. Ou podem ser escamosos, quando os catáfilos mais externos recobrem parcialmente os mais internos. Ex. Lírio.
d) Pseudo-bulbo - dilatação bulbosa das bases caulinares e foliares. Ex. orquídeas.
→ Aquáticos 
 Desenvolvem-se no meio líquido. 
3.5 Quanto ao desenvolvimento
a) Erva – pouco desenvolvida.
b) Arbusto – ramifica a partir da base; tamanho inferior a 5 m.
c) Árvore – parte ramificada constitui a copa; lenhoso; acima de 5 m.
d) Liana – cipó trepador, atingindo muitos metros de comprimento.

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