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Caso 3 - AV1 Prática Simulada

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ – RJ 
GERSON (NOME COMPLETO), brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade n° XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF/MF sob o n° XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado (endereço completo, Vitória - ES), por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), para fins do artigo 77 inc. V do CPC, vem a este juízo propor 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
pelo procedimento comum, em face de BERNARDO (NOME COMPLETO), nacionalidade, viúvo, profissão, portador da carteira de identidade n° XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado (endereço completo), e JANAINA (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade n° XXX, residente e domiciliada (endereço completo, Macaé - RJ), pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor 
I - DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Neste ato, o autor faz a opção pela realização da audiência de conciliação, prevista no art. 334 do CPC. 
II - DOS FATOS 
O autor é credor do primeiro réu, conforme nota promissória acostada, já vencida desde o dia 10 de outubro de 2016. 
Logo após o vencimento da referida dívida, o primeiro réu de maneira ardilosa, doou os seus dois imóveis para a segunda ré, o primeiro situado na cidade de Aracruz – ES e o segundo na cidade de Linhares – ES, ambos avaliados em 300.000,00 (trezentos mil reais).
No mencionado contrato de doação, foi inserida uma cláusula de usufruto vitalício em favor do primeiro réu, além da cláusula de incomunicabilidade conforme conta na certidão de ônus reais. 
Cumpre salientar que as dívidas do réu ultrapassam a soma de 400.000,00 (quatrocentos mil reais), ressaltando-se que o imóvel doado a segunda ré está alugado por terceiros. 
III - DOS FUNDAMENTOS
O negócio jurídico celebrado entre o primeiro e o segundo réu é incontestavelmente anulável, em razão da transmissão gratuita dos bens só ter ocorrido com o intuito de lesar os interesses os interesses do autor, que é credor do primeiro réu, com dívida já vencida, eivando o negócio e defeito, conforme previsão contida no art. 158 do CPC.
O primeiro réu possui dívidas que totalizam o montante de 400.000,00 (quatrocentos mil reais), sendo certo que o negócio gratuito por ele efetivado com a segunda ré, incontestavelmente, o reduziu a insolvência. 
Com base no exposto, o autor, como credor do primeiro réu, tem a plena faculdade de pleitear a anulação expressa no mencionado dispositivo legal. 
Nesse ínterim, leciona o doutrinador Flávio Tartuce. 
“Constitui fraude contra credores a atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à transmissão. 
TARTUCE, Flávio
Manual de Direito Civil
Ed. Método: 2018, p. 269”
APELAÇÃO. AÇÃO PAULIANA. FRAUDE PREORDENADA PARA ATINGIR CREDOR FUTURO. INEFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO POSSIBILIDADE. EXEGESE DO ART. 185 DO CÓDIGO CIVIL. Preliminar rejeitada. Apelo desprovido. Unânime. (Apelação Cível Nº 70036795342, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Genaro José Baroni Borges, Julgado em 16/03/2011)
(TJ-RS - AC: 70036795342 RS, Relator: Genaro José Baroni Borges, Data de Julgamento: 16/03/2011, Vigésima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 09/05/2011)
Diante o exposto, há motivo suficiente para a anulação do negócio jurídico celebrado devido a defeito, conforme previsto nos arts. 158 a 165 e no art. 171, inc. II do Código Civil. 
Desta forma, não restou alterativa à autora, senão recorrer ao judiciário para ver resguardados os seus direitos. 
IV – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: 
a) Seja designada audiência de conciliação e intimação dos réus para seu comparecimento 
b) Citação dos réus para que integrem a relação processual 
c) Intimação do ministério publico na forma do art. 178, II do CPC. 
d) Seja julgado procedente o pedido para anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes 
e) Seja julgado procedente para condenar os réus nos ônus sucumbenciais 
V – DAS PROVAS
	Requer a produção d todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos arts. 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a testemunhal e o depoimento pessoal dos réus sob pena de confissão. 
VI – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa o valor de 300.000,00 (trezentos mil reais)
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Nome do Advogado (a)
OAB/UF

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