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Falas papper

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Marta: Na educação infantil é muito importante o trabalho com os sentidos das crianças. O contato com texturas, cores, formas e materiais diversos desenvolve e aprimora a percepção das crianças acerca de suas habilidades sensoriais e sua relação com o mundo, além de ampliar o repertório de imagens, elementos, vocabulário, entre outros. O tapete sensorial é um recurso pedagógico que contempla todos objetivos, e pode ser utilizado de diversas formas, dependendo da criatividade do professor. Com ele trabalha – se a coordenação motora fina, percepção sensorial (tátil, visual e auditiva) e óculo manual. Além de incentivar os bebês a explorar todo o tapete, tocando, produzindo sons, observando as figuras, interagindo com as crianças na identificação dos diferentes materiais encontrados no tapete.
(Depois da Elicleia): Tendo tudo isso em vista, compreendemos que estimulação sensorial e aprendizagem estão intimamente relacionadas, principalmente durante a primeira infância, fase na qual os sentidos estão em fase de amadurecimento e a integração sensorial acontece e evolui intensamente. Expondo as crianças a experiências nas quais possam se relacionar ativamente com o mundo, conseguiremos prepara-las para os desafios intelectuais e emocionais que se apresentarão durante toda a sua vida.
Dilva: A criança desde o seu nascimento, observa a reação das pessoas que estão envolvidas em seu cotidiano e, quanto mais ela participa de experiências afetivas, físicas, perceptivas e sociais, maior será o seu desenvolvimento. 
As práticas pedagógicas devem garantir experiências que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança. 
Segundo Fonseca (1995) é através das informações visuais, táteis, auditivas, cenestésicas e vestibulares reunidos no cérebro que o corpo realiza a composição da memorização de todas as partes do corpo e de suas possíveis experiências de movimentos, agradáveis ou desagradáveis. As experiências sensoriais são importantes para a formação e desenvolvimento cognitivo das crianças, respeitadas sua faixa etária e ritmo de aprendizagem.
Diana: Naturalmente, se quisermos provocar uma maior aprendizagem na criança pequena, precisaremos trabalhar o aparato sensorial, estimulando-o para que amadureça plenamente. O cérebro precisa de uma contínua estimulação sensorial para que se desenvolva. E isso só ocorre se o sistema sensorial estiver exposto a situações que ativem seus receptores. Quanto mais transmissões desses receptores para o cérebro, do cérebro para o corpo, maiores são as possibilidades de novas transmissões e de, ou seja, maior capacidade neurológica. Toda experiência sensorial é capaz de produzir uma resposta motora. Quanto mais complexa for uma atividade em termos de estimulação sensorial, mais neurônios são envolvidos a fim de se obter respostas corporais adequadas. Dessa forma, o que podemos chamar de estimulação sensório-motora durante a infância é o que vai estabelecer e criar mais e mais conexões entre os neurônios.
Elicleia: Nesse contexto, as brincadeiras são fundamentais, pois nessas experiências, a criança precisa organizar suas sensações e, ao fazer isso, ela se torna capaz também de controlar suas emoções. Brincando, assim, ela vai amadurecendo e criando a base necessária para futuras aprendizagens, pois, se os processos sensoriais são bem organizados, a criança terá mais facilidade para desenvolver habilidades mentais. Tendo isso em vista, podemos afirmar que as experiências sensoriais possuem um lugar de extrema importância no desenvolvimento infantil. Atividades simples como balançar um bebê, jogar uma criança para o alto, fazê-la acompanhar um objeto com os olhos, por exemplo, provocam respostas corporais adaptativas e, portanto, integração sensorial. Tocar e ser tocada, ter contato com objetos de diferentes texturas, cheiros e sabores vai despertar a criança para o mundo proximal e trazer segurança através do domínio e reconhecimento cada vez maior de pessoas, situações e lugares. Essas experiências irão colaborar para o desenvolvimento emocional, pois ajudam no fortalecimento de laços afetivos. Através desses estímulos, a criança se torna mais sensível, compreende melhor o mundo, desenvolve habilidades motoras e adquire mais saúde e bem-estar emocional.

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