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Live - Literatura - Modernismo Brasil - II

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Modernismo 
no Brasil - II
Quebra da Bolsa de NY - Impacto sobre a venda de Café no Brasil Getúlio Vargas, no centro da imagem, com uniforme militar, em 1930
Ditadura Getulista - Estado Novo
Ascensão do Partido Nazista da Alemanha Segunda Guerra Mundial - 1933-1945
Bomba Atômica
Manifesto Regionalista
Primeiro Congresso Brasileiro de Regionalismo reunido na cidade do Recife, durante o mês de fevereiro 
de 1926
Manifesto Regionalista Nosso movimento não pretende senão inspirar uma nova organização do Brasil. Uma 
nova organização em que as vestes em que anda metida a República - roupas feitas, roupagens exóticas, 
veludos para frios, peles para gelos que não existem por aqui - sejam substituídas não por outras roupas feitas 
por modista estrangeira mas por vestido ou simplesmente túnica costurada pachorrentamente em casa: aos 
poucos e toda sob medida. [...] 
Regionalmente deve ser estudada, sem sacrifício do sentido de sua unidade, a cultura brasileira, do mesmo 
modo que a natureza; o homem da mesma forma que a paisagem. Regionalmente devem ser considerados os 
problemas de economia nacional e os de trabalho. [...] 
Procurando reabilitar valores e tradições do Nordeste, repito que não julgamos estas terras, em grande parte 
áridas e heroicamente pobres, devastadas pelo cangaço, pela malária e até pela fome, as Terras Santas ou a 
Cocagne do Brasil. Procuramos defender esses valores e essas tradições, isto sim, do perigo de serem de todo 
abandonadas, tal o furor neófito de dirigentes que, entre nós, passam por adiantados e "progressistas" pelo fato 
de imitarem cega e desbragadamente a novidade estrangeira. A novidade estrangeira de modo geral. De modo 
particular, nos Estados ou nas Províncias, o que o Rio ou São Paulo consagram como "elegante" e como 
"moderno": inclusive esse carnavalesco Papai Noel que, esmagando com suas botas de andar em trenó e pisar 
em neve, as velhas lapinhas brasileiras, verdes, cheirosas, de tempo de verão, está dando uma nota de ridículo 
aos nossos natais de família, também enfeitados agora com arvorezinhas estrangeiras mandadas vir da Europa 
ou dos Estados Unidos pelos burgueses mais cheios de requififes e de dinheiro. Talvez não haja região no Brasil 
que exceda o Nordeste em riqueza de tradições ilustres e em nitidez de caráter. [...] 
(FREYRE, Gilberto. Manifesto regionalista. 7.ed. Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 1996.1 ) 
Motivo
Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço,
Não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
 E um dia sei que estarei mudo: mais nada.
Cecília Meireles
POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
HORROR
 Com os seus OO de espanto, seus 
RR guturais, seu hirto H, HORROR 
é uma palavra de cabelos em pé, 
assustada da própria significação.
Mário 
Quintana
Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Murilo Mendes
Soneto da Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Vinicius de Moraes
NO MEIO DO CAMINHO
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
POEMA DE SETE FACES
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo
Carlos Drummond de Andrade
Essa nega Fulô 
Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
no banguê dum meu avô
uma negra bonitinha,
chamada negra Fulô.
 Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!
Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
— Vai forrar a minha cama
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô!
Essa negra Fulô!
Essa negrinha Fulô!
ficou logo pra mucama
pra vigiar a Sinhá,
pra engomar pro Sinhô!
Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!
Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
vem me ajudar, ó Fulô,
vem abanar o meu corpo
que eu estou suada, Fulô!
vem coçar minha coceira,
vem me catar cafuné,
vem balançar minha rede,
vem me contar uma história,
que eu estou com sono, Fulô!
Essa negra Fulô!
“Era um dia uma princesa
que vivia num castelo
que possuía um vestido
com os peixinhos do mar.
Entrou na perna dum pato
saiu na perna dum pinto
o Rei-Sinhô me mandou
que vos contasse mais cinco".
Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!
Ó Fulô! Ó Fulô!
Vai botar para dormir
esses meninos, Fulô!
"minha mãe me penteou
minha madrasta me enterrou
pelos figos da figueira
que o Sabiá beliscou".
Jorge de Lima

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