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Aplicação da regra de ouro de Solow para economia brasileira


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Aplicação da regra de ouro de Solow para economia brasileira 
Marcelo Miranda de Melo 
Guaracyane Campelo 
Cleycianne Almeida 
O trabalho mostra baseado no modelo modificado de crescimento econômico de Solow a relação entre a baixa poupança da economia brasileira comparada a regra de ouro. Utiliza das variáveis crédito e capital para modificar o modelo básico de Solow. Inclui no artigo análise dos indicativos de PIB, Inflação e Poupança dos países da América Latina e/ou do BRIC comparando, no período de 1991 a 2012, com a economia brasileira.
Os autores encontram, a partir do modelo estimado, a poupança ótima de s = 42,94 (% PIB) conforme regra de ouro. Índice que destoa muito da poupança a época da economia brasileira que era de s = 13 (% PIB), portanto essa diferença entre a poupança brasileira para a ideal é uma das principais causas da estagnação econômica ao longo dos últimos anos.
1. Introdução
	No período pós crise de 2008, o mercado internacional começava a absorver a crise e seus impactos, inviabilizando grandes oportunidades de negocio para o Brasil, nesse momento o país se voltou para o mercado interno. 
Essa mudança de mercado foi preconizada pelo governo que adotou medidas do pensamento Keynesiano que concedeu mais crédito e aumento a liberdade do mesmo para os agentes econômicos, ademais, o estado alavancou sua participação nas relações de mercado, tornando-se pelas suas escolhas de intervenção um estado administrativo vultuoso.
 
Entretanto, a maior participação do governo auferiu melhoras na economia apenas no curto prazo, pois, os agentes utilizavam as implementações do governo para consumo ou atividades momentâneas. 
Diante disso, variáveis reais que implicam em crescimento sustentável econômico de longo prazo como infraestrutura não tiveram significativas melhorias. 
	A partir desse cenário econômico, a análise do credito é significativa na inclusão de variável que ajude a explicar o período abordado pelos autores.
2. Antecedentes da Pesquisa
3. Variáveis macroeconômicas brasileiras
	O cenário econômico brasileiro no período de 1988 a 2014, foi analisado pelas variáveis macroeconômicas como: PIB (%), Inflação – IPC, Crédito (% PIB) e Poupança Bruta (% PIB), per capitas.
	O PIB sofreu consideráveis variações durante os 35 anos, não é possível observar no crescimento econômico tendência ou sustentabilidade no período analisado. É visível alguma relação entre os gráficos de poupança bruta e PIB, porém não é possível afirmar, pelo gráfico, a causalidade das variáveis, se ambas possuem simultaneidade entre causa e efeito ou se o PIB é a causa da poupança ou a poupança é causa do PIB.
	A participação do Crédito tem aumento brusco, tendo em vista que foi a medida adotada pelo governo, após 2008, como medida anticíclica da crise que estava instalada, atingindo números nunca antes visto na economia brasileira. A inflação depois do plano real, em 1994, se estabilizou na casa dos dois dígitos.
4. Economia brasileira em comparação com parceiros econômicos	
	Dada as variáveis apresentadas comparou-se com os países da América Latina e do BRIC.
 	
Dentre os países da América Latina foram comparados: Chile, México, Argentina e Colômbia. O Brasil figura como maior PIB per capita, porém tem maior taxa de crescimento do PIB apenas em relação ao México e aufere menor taxa de poupança bruta (% PIB) entre os países.
	
	O Brasil foi comparado aos membros do BRIC, como: Índia, Rússia, China e África do Sul. Se assemelhou com a África do Sul, das quais tem as menores taxa de poupança bruta (% PIB), o Brasil figura abaixo de Índia e China na variável da taxa de crescimento econômico.
O Brasil parece ter controle sobre a taxa de inflação, mas a taxa de crescimento é insustentável. Apesar do relativo sucesso a curto prazo da política brasileira com a facilidade do acesso ao crédito, o crescimento a longo prazo não foi contemplado pela política e repercute com a instabilidade das taxas do PIB per capita. Com o aumento gradual da taxa de poupança bruta (% PIB), até o limite da regra de ouro, o crescimento tenderá a crescer de forma sustentável. 
5 A economia e a função de produção
	O modelo é desenvolvido baseado no modelo de crescimento econômico de Solow, a poupança é especificada com as variáveis: Capital e Credito, ambos per capita. Os pressupostos do modelo de Solow são mantidos, função Cobb-Douglas que apresenta rendimentos decrescentes de escala e concavidade. Após a maximização da função de consumo por trabalhador per capita em relação a taxa de poupança encontra-se a poupança ótima, conforme regra de ouro.
	
6 Resultados empíricos
	Foi utilizada regressão econométrica logaritmizada das variáveis do modelo. A taxa ótima de poupança que maximiza o bem-estar social de acordo com a regra de ouro do modelo foi de 42,94%.