Buscar

Aula 3 celebração casamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO – Prof. Paulo Henrique de Oliveira
Im
p
o
rt
ân
ci
a 
d
a 
ce
le
b
ra
çã
o
 
“O casamento, instituto fundamental do direito de família, é a fonte de importantes efeitos de ordem pública e
privada. É o eixo em trono do qual se movimenta grande parte do sistema jurídico familiar. A sociedade preocupa-se
por isso pela sua celebração, nela intervindo com especial interesse, procurando cercá-la da maior solenidade.” (W. B
MONTEIRO)
Princípios da 
celebração 
Publicidade
Consentimento “A publicidade representa garantia essencial. É matéria de casamento [...], ela é
de ordem pública.” (W. B MONTEIRO)
R
ea
liz
aç
ã
o
Após o processo de habilitação 
Dia Qualquer dia Inclusive feriados e domingos
H
o
rá
ri
o “Não é de se permitir a efetivação do ato em altas horas noturnas, ou pela madrugada, posto que, em tais
hipóteses, cerceia a publicidade, ou a possibilidade da presença de interessados, com o oferecimento de
impugnações.” (A. RIZZARDO)
Imagem: http://t-colection.blogspot.com.br/2011/05/ele-nao-e-exatamente-um-marido-que-se.html
R
ea
liz
aç
ão
Lo
ca
l 
Sede do próprio 
cartório 
“Não deve ser permitida a realização de casamento em prédios e apartamentos, seja salão de festas, seja na unidade condominial,
ainda que permaneçam com as portas abertas, uma vez que a insegurança que principalmente nas cidades mais populosas faz com
que o ingresso nos prédiso seja controlado pelo serviço de portaria.” (C. R. GONÇALVES)
Local escolhido 
pelos nubentes 
“não se admitem locais impróprios para o comparecimento, ou inacessíveis, como em um navio, ou numa aeronave, eis que situações
que inviabilizam por inteiro o requisito da publicidade, senão de assegura o acesso ou a presença do público.” (A. RIZZARDO)
Ato Sempre a portas abertas
Autoridade Conforme lei local
Testemunhas 
DUAS: Se realizado no cartório 
QUATRO Se realizado em local diverso do cartório 
Se um dos nubentes não souber ou não puder escrever 
M
o
m
en
to
 d
a 
ce
le
b
ra
çã
o
 
Presença simultânea dos nubentes 
(ou procuradores) 
Casamento por procuração
Instrumento público
Eficácia de 90 dias
Revogação até a celebração (também por instrumento público)
Consentimento dos 
nubentes
“...o consentimento dar-se-á verbalmente, não devendo o juiz contentar-se com o mero silêncio dos contraentes[...]. Se um deles se
conversa calado, quando o juiz lhe dirige a pergunta fundamental, não chega a manifestar o consentimento, o casamento inexiste.” (W. B.
MONTEIRO)
Su
sp
en
sã
o
 d
a 
ce
le
b
ra
çã
o
 d
o
 
ca
sa
m
e
n
to
“... o casamento é resultado de uma decisão firme, livre e íntegra dos nubentes, devendo ser imediatamente suspensa a celebração caso notar a autoridade
oficiante a mínima oscilação [...]. A simples demora em externar o assentimento, ou a clara aparência de indecisão, e mesmo um nervosismo que traduza
insegurança, justificam a suspensão da cerimônia pelo juiz de paz.” (A. RIZZARDO)
“A suspensão impõe-se, ainda que a negativa ou reticência tenha sido manifestada por chacota. A seriedade do ato não se harmoniza com o escárnio.” (S.
S. VENOSA)
Declaração pela autoridade 
celebrante 
CC Art. 1535: “ De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu,
em nome da lei, vos declaro casados.”
Consumação do 
casamento
CC Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo
conjugal, e o juiz os declara casados.
“são as declarações de vontade dos nubentes que constituem o vínculo matrimonial e não a participação do Estado, que é importante apenas do
ponto de vista formal. O casamento resulta da vontade dos nubentes, e não de um ato de vontade do órgão público [...] apesar da argumentação
exposta se efetiva o casamento quando a autoridade celebrante profere a fórmula do art. 1.535.” (A. RIZZARDO)
Fo
rm
as
 d
e 
ce
le
b
ra
çã
o
Casamento em caso de moléstia grave
Casamento nuncupativo
Casamento consular
Casamento religioso de efeitos civis
CASAMENTO EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE
Previsão legal CC Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda
que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
Conceito “pressupõe-se que já estejam satisfeitas as formalidades preliminares do casamento e o oficial do registro civil tenha expedido o certificado de habilitação ao
casamento, mas a gravidade do estado de saúde de um dos nubentes o impede de locomover-se e de adiar a cerimônia. Neste caso, o juiz irá celebrá-lo na casa
dele ou ‘onde se encontrar’ (no hospital, p. ex.), em companhia do oficial., ‘ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever’. Só em
havendo ‘urgência’ é que o casamento será realizado à noite.” (C. R. GONÇALVES)
CASAMENTO NUNCUPATIVO 
Previsão legal CC Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato,
nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha
reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Conceito “é a de casamento em iminente risco de vida, quando se permite a dispensa do processo de habilitação e até a presença do celebrante.” (C. R.
GONÇALVES)
“O casamento nuncupativo ou in extremis vitae momentis, ou in articulo mortis é uma forma especial de celebração de casamento em que, ante a
urgência do caso e por falta de tempo, não se cumprem todas as formalidades estabelecidas...” “trata-se de um casamento subordinado à habilitação a
posteriori e homologação judicial.” (M. H DINIZ)
Requisitos Iminente risco de morte de contraente
Presença de SEIS testemunhas que não sejam parentes em linha reta e colateral até SEGUNDO grau 
Procedimento Após a celebração as testemunhas devem em DEZ dias comparecer perante o juiz para declarar; faz-se a “processo de habilitação”; após oitiva do MP o 
juiz homologa determinando o registro. 
CASAMENTO CONSULAR
Previsão legal LINDB: Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de
Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
Art. 7o [...] § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
CC Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado
em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício
da Capital do Estado em que passarem a residir.
Possibilidade Possível somente entre co-nacionais conforme suas leis
CASAMENTO RELIGIOSO DE EFEITOS CIVIS 
P
re
vi
sã
o
le
ga
l 
CRFB: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
CC Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio,
produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. § 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser
promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja
sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.§ 2o O casamento religioso, celebrado
sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitoscivis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação
perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. § 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver
contraído com outrem casamento civil.
LEI Nº 1.110, DE 23 DE MAIO DE 1950 ( Regula o reconhecimento dos efeitos civis ao casamento religioso) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
Fundamento “... o casamento religioso com efeitos civis foi instituído por força do espírito religioso do povo brasileiro, tomando foros de importância porque a tradição incutiu
uma consciência de que a única forma que libera as relações sexuais entre os cônjuges.” (A. RIZZARDO)
Eficácia “A prática não tem relevância jurídica. Nossa sociedade persiste no costume de realizar duas cerimônias, perante sua Igreja e perante a autoridade civil. [...] Os
raros casos de registro civil de casamento religioso são os efetuados por autoridades religiosas me situação de matrimônio nuncupativo.” (S. S. VENOSA)
Religião “A lei não distingue a modalidade de religião, todos os credos moralmente aceitos que não contrariem a ordem pública são válidos.” (S. S. VENOSA)
“ – celebrado por ministro católico, protestante, ortodoxo, israelita etc., jamais presidente de centro espírita –.” (M. H. DINIZ)
“Saliente-se que qualquer casamento religioso, celebrado em conformidade com os credos tradicionais, como a religião católica, e com as novas e
desconhecidas religiões ou seitas, presta-se para trazer os efeitos civis [...] Mas parece que pode exigir o oficial do registro civil a apresentação de alguma
prova ou elemento pelo menos sobre a existência da religião e a legitimidade da representação, dentro do credo celebrante.” (A. RIZZARDO)
Formas de 
casamento religioso
Com habilitação prévia
Sem habilitação prévia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
Com habilitação prévia 
Certidão 
Habilitação 
Pedido de 
Habilitação 
Celebração religiosa 
90 dias 90 dias
Registro 
Após 90 dias nova 
habilitação 
Sem habilitação prévia 
Requerimento de 
Habilitação 
Registro Celebração religiosa 
Eficácia retroativa do casamento religioso com efeitos civis reconhecido os efeitos civis a celebração religiosa seus efeitos retroagem a esta data.
Regime de bens Na ausência de pacto antenupcial prevalece o regime da comunhão parcial, salvo os casos em for obrigatório o da separação de bens (causas suspensivas)
CASAMENTO PUTATIVO 
Conceito “É o casamento que, embora nulo ou anulável, foi, todavia, em boa-fé contraído por um só dos cônjuges. É o casamento declarado inválido, ma que a lei outorga efeitos de
casamento válido.” ( W.B. MONTEIRO)
Formas
boa-fé de ambos Art. 1.561: “Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos,
produz todos os efeitos civis até o dia da sentença anulatória.”
boa-fé de um dos 
cônjuges 
Art. 1.561: § 1º: “ Se um só dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos
aproveitarão.”
má-fé de ambos os 
cônjuges 
Art. 1.561: § 2º: “Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.”
Efeitos Produção dos efeitos do casamento até a anulação/nulidade. Ex. Alimentos e regime de bens...
PROVA DO CASAMENTO E POSSE DO ESTADO DE CASADO
Provas do 
casamento 
Direta específica: Certidão do registro (Casamento consular – deverá ser registrado em 180 dias da volta de um dos cônjuges ).
Direta supletória: Falta ou perda do registro (Docs. como passaporte, certidão de proclamas).
Indireta: Prova da posse do estado de casado
P
o
ss
e
 d
o
 e
st
ad
o
 d
e 
ca
sa
d
o
 
Conceito “...situação em que se encontram aquelas pessoas de sexo diferente, que viviam notória e publicamente com marido e mulher, isto é, coabitando,
apresentando-se juntos nas relações públicas e privadas, como esposos legítimos... (M. H. DINIZ)
Esclarecimento “ Não se trata de conferir o status de casamento a circunstância de mera convivência ou coabitação, ainda que haja filhos, mas induzir a existência
de casamento, que não pode ser provado pro certidão de registro...É uma situação de fato, de vivência more uxorio que serve como prova de
casamento que tenha sido celebrado.” Somente pode ser invocada em caráter de exceção para beneficiar a prole ou sanar falha no assento (C.R.
GONÇALVES)
Pressupostos Morte dos cônjuges, ou se vivos impossibilitados de manifestar-se
Se os cônjuges, cujo casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido a posse do estado de casados
Requisitos
Nomem: mulher usava o nome do marido
Tractus: que se tratavam publicamente como marido e mulher
Fama: de que gozam de reputação de pessoas casadas

Continue navegando