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APOSTILA+DRENAGEM+PLUVIAL

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I 
 
 

 
 
 
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
Introdução a Drenagem Urbana - 
Microdrenagem 
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

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Sistemas de drenagem de águas pluviais urbanas ............................. 01 
 
1.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 01 
 
1.2 PLANEJAMENTO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM .......................................... 01 
 
1.3 PARTES CONSTITUTIVAS DOS SISTEMAS DE DRENAGEM ........................... 02 
1.3.1 Sarjetas ......................................................................................................... 02 
1.3.2 Bocas-de-lobo ............................................................................................... 02 
1.3.3 Poços de visita .............................................................................................. 02 
1.3.4 Redes coletoras ............................................................................................ 03 
1.3.5 Dissipadores de energia ............................................................................... 03 
1.3.6 Galerias Pluviais ........................................................................................... 03 
 
 
2. METODOLOGIA DE CÁLCULO .............................................................. 04 
 
2.1 MÉTODO RACIONAL ............................................................................................ 04 
2.1.1 Vazões .......................................................................................................... 04 
2.1.2 Chuvas Intensas – Determinação de I .......................................................... 06 
2.1.3 Áreas de Contribuição ................................................................................... 08 
 
2.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DO SISTEMA ............................... 08 
2.2.1 Sarjetas ......................................................................................................... 08 
2.2.2 Bocas-de-lobo ............................................................................................... 10 
2.2.3 Poços de visita .............................................................................................. 12 
2.2.4 Redes coletoras ............................................................................................ 12 
2.2.5 Dissipadores de energia ............................................................................... 13 
 
2.3 PLANILHAS DE DIMENSIONAMENTO ................................................................ 13 
 
 
3. BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 15 
 
 
4. ANEXOS .................................................................................................. 16 
 
 
 
2 
 
 
1. Sistemas de Drenagem de Água pluviais urbanas 
 
Os sistemas de drenagem pluvial estão inseridos no conjunto de ações denominadas 
de saneamento básico. Esses sistemas compreendem a captação, afastamento e 
disposição final das águas provenientes das chuvas incidentes sobre uma determinada 
área de estudo. 
Um sistema de drenagem pluvial adequadamente projetado deverá captar as águas 
pluviais incidentes sobre a área a ser drenada, afastar e dispor essas águas após 
dissipação de energia, de forma a não erodir o solo nos pontos de lançamento. 
 
1.1. Introdução 
 
A implantação dos sistemas de drenagem produz, como conseqüências diretas e 
imediatas, a melhoria das condições de conforto da população beneficiada, 
principalmente de pedestres; melhoria das condições de tráfego de veículos durante as 
chuvas; redução dos custos de implantação e conservação dos pavimentos das vias 
públicas; propicia a solução viária, o rebaixamento do lençol freático e o saneamento de 
fundos de vale, e cria condições, nos fundos de vale, para a implantação de sistemas de 
intercepção dos esgotos sanitários produzidos nas áreas de montante urbanizadas. 
 
 
1.2. Planejamento dos sistemas de drenagem 
 
Os sistemas de drenagem pluvial se inserem no rol de responsabilidades 
constitucionais das prefeituras municipais, a quem compete implantar e operar esses 
sistemas. Em novos parcelamentos urbanos, usualmente os sistemas são implantados 
pelos empreendedores e os projetos e obras devem atender a normas estabelecidas 
pelas próprias prefeituras. 
 
É bastante freqüente as prefeituras das cidades de menor porte não disporem de 
normatização específica para os sistemas de drenagem pluvial. Nestes casos, os 
projetistas deverão adotar a metodologia que considerarem mas adequada para cada 
situação e justificar os parâmetros de cálculo adotados. 
 
Os custos de implantação dos sistemas de drenagem pluvial são bastante elevados. 
Assim sendo, compete aos projetistas reduzir os comprimentos de redes e demais 
componentes dos sistemas ao mínimo tecnicamente compatível com cada situação 
específica, como forma de minimizar os custos desses sistemas. 
Nas cidades de maior porte, as prefeituras estão melhor equipadas tecnicamente 
para tratar das questões urbanas sob sua responsabilidade. Muitas dessas prefeituras 
dispõem de Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano, documento de planejamento 
definido na Constituição de 1988 como obrigatório para cidades com mais de 20.000 
habitantes. Compete ao projetista se informar sobre a existência de Plano Diretor e 
 
3 
 
 
outras normas específicas da Prefeitura da cidade onde o parcelamento ou área de 
projeto está inserido e elaborar o projeto em conformidade com esses dispositivos 
normativos. 
 
Tem sido cada vez mais adotada pelos projetistas a postura de considerar os fundos 
de vale como áreas de preservação ou non aedificandi. Este conceito é relevante e 
adequado, na medida em que a preservação e proteção de fundos de vale ainda não 
ocupados reduz significativamente os elevados custos de implantação de canais pluviais 
de maior porte, além de assegurar a existência de parques e áreas de lazer para a 
população beneficiada. 
 
 
1.3. Partes constituintes dos sistemas 
 
 
1.3.1 Sarjetas 
 
As águas incidentes sobre os lotes escoam para os pontos mais baixos dos 
respectivos terrenos, devendo ser então tubuladas até os meio-fios mais próximos, 
desaguando nas sarjetas. As águas que caem sobre os passeios e as vias públicas 
escoam diretamente para as mesmas sarjetas. 
 
 
1.3.2 Bocas-de-lobo 
 
As águas escoadas pelas sarjetas, são captadas por bocas-de-lobo. As bocas-de-
lobo são constituídas de um sistema de captação da água composto por uma grelha e 
uma cantoneira (ou guia). A grelha é assentada sobre uma caixa, que receberá as águas 
captadas pela grelha. A caixa receberá ainda as águas captadas pela cantoneira. O 
fundo da caixa é dotado de um tubulação 300 ou 400mm de diâmetro e 2% de 
declividade, que conduzirá as águas captadas aos poços de visita. No Item 5 são 
apresentadas as principais características geométricas das bocas-de-lobo. 
 
1.3.3 Poços de Visita 
 
Os poços de visita são, portanto, caixas destinadas a receber as águas pluviais 
captadas pelas bocas-de-lobo. 
 
Deverão ser construídos poços de visita sempre que houver uma ou mais bocas-de-
lobo posicionadas no meio-fio, e em pontos notáveis tais como mudança de direção, 
encontro de duas ou mais redes, mudança de diâmetro, mudança de declividade, ou o 
comprimento do trecho for maior que 90m (ou o comprimento estabelecido pela 
Prefeitura). 
 
 
4 
 
 
Em situações especiais, ficando caracterizado que o trecho não estará sujeito a 
trabalhos freqüentes de manutenção, o poço de visita poderá ser substituído por uma 
caixa de passagem, que é, em síntese, um poço de visita sem tampão de acesso. Os 
padrões estabelecidos para esses dispositivos são apresentados no item 5.1.3.4 Redes Coletoras 
 
As águas recebidas pelos poços de visita são afastadas tubuladas através das 
redes coletoras até os pontos finais de lançamento. As tubulações são em concreto, 
tipo macho e fêmea ou ponta e bolsa (melhor), e possuem diâmetros oscilando de 500 a 
1.500mm, conforme padrões apresentados no item 5. 
 
1.3.5 Dissipadores de Energia 
 
Nas extremidades de jusante das redes coletoras, as águas pluviais são finalmente 
dispostas, usualmente em um curso d’água ou em um talvegue seco. Nesses pontos de 
lançamento, são implantados descidas d’água e dissipadores de energia. As 
descidas d’água visam dissipar parte da energia hidráulica do fluxo pluvial e propiciar um 
lançamento final com o menor impacto hidráulico possível. 
 
Os dissipadores de energia, como o nome indica, visam reduzir a energia hidráulica 
do fluxo pluvial para posterior lançamento, evitando erosões nesses pontos de 
lançamento, que poderiam comprometer a integridade das tubulações e outros 
dispositivos do sistema localizados próximos aos pontos de lançamento. Algumas 
possíveis soluções adotadas são mostradas nos desenhos anexos. 
 
1.3.6 Galerias Pluviais 
 
Quando as áreas a ser atendidas pelos sistemas de drenagem pluvial são muito 
grandes e tubulações de 1.500mm não comportam as vazões escoadas, devem ser 
projetados canais de concreto para o afastamento das águas pluviais. Estes canais, 
quando são definidos em avenidas, são fechados. Os custos elevados desses canais 
têm levado à proposição de soluções alternativas, como canais mistos de concreto e 
taludes laterais inclinados gramados ou concreto e gabião, sempre que for possível a 
implantação dessas estruturas sem seu fechamento. Esta solução quase sempre é 
possível em avenidas sanitárias. 
 
 
5 
 
 
 
2. Metodologia de cálculo 
 
Na bibliografia disponível sobre os sistemas de drenagem urbana, podem ser 
observadas metodologias as mais diversas para o dimensionamento dos sistemas de 
drenagem pluvial. A diversidade de metodologias pode ser observada no 
dimensionamento de praticamente todas as unidades que compõem os sistemas. 
 
Apesar disto, observa-se que, qualquer que seja a metodologia adotada, os 
resultados do dimensionamento são muito próximos e, o que é mais relevante, os 
sistemas operam adequadamente. Esses bons resultados se devem aos coeficientes de 
segurança implícitos nas metodologias, que são necessários dado o grau de incerteza 
das variáveis envolvidas no dimensionamento, compreendendo desde os valores de 
precipitações intensas até a rugosidade dos pavimentos, tubulações e dos dispositivos 
de captação das águas pluviais. 
 
Finalmente, deve ser ressaltado que o desempenho dos sistemas de drenagem 
pluvial é particularmente afetado por manutenções insatisfatórias. A falta de um 
esquema eficiente de manutenção preventiva, permite o entupimento total ou parcial das 
bocas-de-lobo e tubulações. Como conseqüência, o sistema passa a não comportar as 
vazões afluentes e as águas passam a escoar desordenadamente pelos pavimentos das 
vias, com sérios transtornos e desconforto para a população e o comprometimento das 
estruturas e pavimentos das vias. 
 
Face ao exposto, a metodologia apresentada a seguir deve ser entendida como uma 
das metodologias que podem ser adotadas no dimensionamento dos sistemas de 
drenagem pluvial. 
 
2.1. Método Racional 
 
2.1.1 Vazões 
 
As vazões a serem captadas pelos dispositivos projetados são determinadas através 
da fórmula: 
 
Q = C . I . A 
Onde: 
Q = vazão a ser captada, em l/s 
 I = intensidade pluviométrica, em l/s.mm 
A = área de contribuição, em há (Hectares) 
C = coeficiente de escoamento superficial (admensional) 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
Na literatura existente, sugere-se os valores de C2 apresentados no QUADRO 2.1. 
 
QUADRO 2.1 
COEFICIENTE VOLUMÉTRICO DE ESCOAMENTO 
- C2 - 
TAXA DE OCUPAÇÃO C2 
0,40 0,67 
0,50 0,77 
0,60 0,82 
1,00 1,00 
zona rural, com controle 0,40 
Fonte: INTERNET 
 
O valor do Coeficiente de Escoamento Superficial (C) pode ainda ser determinado 
de forma expedita em função do tipo de uso a ser dado para a área parcelada, podendo 
ser adotados os valores apresentados no QUADRO 2.2. 
 
QUADRO 2.2 
VALORES USUAIS PARA O COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL 
- C - 
 C 
CARACTERÍSTICAS DA ÁREA mín máx 
Pátios e estacionamentos 0,90 0,95 
Áreas cobertas 0,75 0,95 
Vias concretadas 0,80 0,95 
Vias asfaltadas 0,70 0,95 
Vias em calçada poliédrica 0,70 0,85 
Passeios 0,75 0,85 
Centros industriais pesados 0,60 0,90 
Centros industriais leves 0,50 0,80 
Áreas urbanas centrais 0,70 0,95 
 
 
QUADRO 2.2 (CONT...) 
 C 
CARACTERÍSTICAS DA ÁREA mín Máx 
Áreas urbanas periféricas 0,50 0,70 
Conjuntos habitacionais densos 0,60 0,75 
Conjuntos prediais 0,50 0,70 
Conjuntos residenciais 0,40 0,60 
Residências unifamiliares 0,35 0,50 
Lotes urbanos grandes 0,30 0,45 
Play grounds 0,20 0,35 
Áreas periféricas não urbanizadas 0,10 0,30 
Parques e cemitérios 0,10 0,25 
Terreno rochoso montanhoso 0,50 0,85 
Terreno rochoso plano ou ondulado 0,35 0,65 
 
7 
 
 
Relvado argiloso ondulado e montanhoso 0,25 0,35 
Relvado argiloso suavemente ondulado 0,18 0,22 
 
 
Relvado argiloso plano 0,13 0,17 
Relvado arenoso ondulado e montanhoso 0,15 0,20 
Relvado arenoso suavemente ondulado 0,10 0,15 
Relvado arenoso plano 0,05 0,10 
Florestas e matas caducifólias 0,30 0,60 
Florestas e matas coníferas 0,25 0,50 
Campos, prados e cerrados 0,35 0,65 
Pomares e chácaras 0,15 0,40 
Encostas com culturas permanentes 0,15 0,40 
Vales com culturas permanentes 0,10 0,30 
Fonte: Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais – COPASA /HIDROSISTEMAS - 1993 
 
 
 2.1.2 Chuvas Intensas – Determinação de I 
 
 
 
 
 O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) disponibiliza o manual 
“Precipitações Intensas no Estado de São Paulo”, elaborado pela equipe técnica do CTH 
(Centro Tecnológico de Hidráulica), sob coordenação do Engenheiro Francisco Martinez 
Júnior, com o objetivo de apresentar as equações de precipitações intensas a serem 
utilizadas para o dimensionamento de obras hidráulicas em geral, tais como: galerias de 
águas pluviais, canalizações de córregos, calhas de escoamento, bueiros, canais de 
irrigação e drenagem, vertedores de barragens. 
 
 Apresentaremos a seguir a equação de chuvas para o município de São José do 
Rio Preto, do referido manual. 
 
8 
 
 
 
 
Fonte: Martinez Jr. F., Magni, N. L. G. Equações de Chuvas Intensas do Estado de São Paulo. Convênio Departamento de 
Águas e Energia Elétrica e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Junho de 1999 – Edição Revisada em Maio de 
2.018. Disponível em: http://www.daee.sp.gov.br. Acessado em 13/03/20. 
 
 
 Determinação do tempo de concentração 
 
 É o tempo que a partícula de chuva que cai no ponto mais distante da bacia 
demora para chegar até a seção de interesse. O desnível e a distância entre esses dois 
pontos são expressos por (∆h) e (L). Para determinar o tempo de concentração (tc) há 
vários métodos.3 O DAEE recomenda a utilização da fórmula do “California Culverts 
Practice” (TUCCI, 1993): 
 
 
 onde: tc = tempo de concentração (min) 
 L = comprimento do talvegue do curso d’água (km) 
 ∆h= desnível do talvegue entre a seção e o ponto mais distante da bacia (m 
 
 
 A duração da chuva corresponde ao tempo de concentração das águas da chuva 
intensa sobre a bacia. O tempo de concentração pode ser determinado através da 
fórmula: 
 
tc = ti + tp 
Onde: 
tc = tempo de concentração, em minutos. 
 
tp = tempo de permanência em minutos, calcula através da fórmula: 
tp = L (extensão) (m) 
 Velocidade (trecho) (m/s) 
 
9 
 
 
 
ti = tempo inicial mínimo de = 10 minutos. 
 
A velocidade do trecho é calculada através da fómula de Izzard: 
 V = 0,75 * hhh2
22///333 *** III1
11///222n 
 Onde: V = velocidade da água na sarjeta, em m/s 
 h = enchimento máximo da água na sarjeta (m) 
 n = coeficiente de rugosidade do concreto (0,016) 
 I = declividade longitudinal da via, em m/m 
 
 
 2.1.3 Áreas de Contribuição 
 
Na fórmula Q = C . I . A, o valor de A corresponde à área de contribuição a cada 
dispositivo de captação da água pluvial. A delimitação das áreas de contribuição aos 
dispositivos de captação deve ser feita em função da topografia local, considerando o 
sentido de escoamento do fluxo pluvial. 
 
Existem diversos critérios para a delimitação destas áreas. Elas devem ser 
determinadas com a maior precisão possível, de forma a permitir o cálculo das vazões 
que efetivamente afluirão aos dispositivos de captação das águas. Deve ser considerado 
que, quando o terreno estiver em cota inferior ao greide da rua, as águas serão 
conduzidas à rua ou equipamento de tráfego localizado imediatamente abaixo. Este 
critério é mais preciso do que simplesmente dividir as quadras em áreas triangulares, 
como se fossem caimento de telhado de 4 águas. 
 
 
 2.2. Dimensionamento dos sistemas 
 
 2.2.1 Sarjetas 
 
Conforme exposto no item 1.3.1, as águas provenientes dos lotes, passeios e vias 
públicas escoam pelas sarjetas, até o primeiro dispositivo de captação, usualmente 
boca-de-lobo. Desta forma, as sarjetas se constituem no primeiro dispositivo de 
condução das águas pluviais. 
 
A capacidade de escoamento das sarjetas pode ser determinada em função da 
forma da sarjeta e das declividades transversal e longitudinal da via, pela fórmula de 
Izzard. 
 
10 
 
 
 
 
 
QUADRO 2.5 
COMPRIMENTO MÁXIMO DE UTILIZAÇÃO DAS SARJETAS, em m 
(sarjetas simples, em concreto, com declividade transversal das ruas igual a 3%) 
 
I 
 
V 
 
Q 
 
LARGURA DA VIA 
(m/m) (m/s) (l/s) 10 12 15 20 25 40 50 
0,005 0,48 20,11 20 19 17 12 11 9 8 
0,010 0,58 28,44 18 26 25 17 16 13 12 
0,015 0,83 34,84 34 32 30 21 20 15 14 
0,020 0,96 40,23 39 37 35 24 23 19 16 
0,025 1,07 44,97 44 42 39 27 23 21 18 
0,030 1,17 49,27 48 46 43 30 28 23 20 
0,035 1,27 53,21 52 49 46 32 30 24 22 
0,040 1,35 56,89 58 53 49 34 32 26 23 
0,050 1,51 63,60 62 59 55 38 36 29 26 
0,060 1,66 69,67 68 65 61 42 39 32 29 
0,070 1,79 75,28 74 70 65 45 42 35 31 
0,080 1,92 80,45 79 75 70 48 43 37 33 
0,090 2,03 85,33 84 79 74 51 48 39 35 
0,100 2,14 89,95 88 84 78 54 50 41 37 
0,110 2,25 94,34 92 88 82 57 53 43 39 
0,120 2,35 98,53 97 92 86 59 55 45 40 
0,130 2,44 102,58 101 95 89 62 57 47 42 
0,140 2,53 106,43 104 99 93 64 60 49 44 
 
11 
 
 
0,150 2,62 110,18 108 102 96 66 62 51 45 
0,160 2,71 113,78 112 106 99 68 64 52 47 
0,170 2,79 117,28 115 109 102 70 68 54 46 
0,180 2,87 120,68 118 112 105 72 68 56 49 
 
 
2.2.2 Bocas-de-lobo 
 
As primeiras bocas-de-lobo dos sistemas de drenagem pluvial são locadas nos 
pontos das sarjetas onde a capacidade de escoamento pelas sarjetas é alcançada. A 
partir daí, as bocas de lobo são posicionadas sempre que a capacidade de escoamento 
pela sarjeta é alcançada, antes das esquinas e em pontos notáveis, onde a água deve 
ser captada para não causar transtornos aos veículos e pedestres. 
 
A capacidade de engulimento das bocas-de-lobo pode ser obtida a partir da formula: 
 
 
 
Q = 1,71 * L * H 3/2 
Onde: 
Q = vazão, em m3/s 
L = comprimento da abertura, em metros 
H = altura da lâmina de água sobre a abertura (m), considerando-se 
0,13m no caso de padrão de sarjetas. 
 
Bocas de lobo sem cantoneira 
 
Para grelhas de ferro fundido de 100,0x41,5cm, tem-se: 
 
► Boca-de-lobo simples 
Q = 2,342 x Yo1,5 
► Boca-de-lobo dupla 
Q = 3,997 x Yo1,5 
 
Para grelhas de concreto armado de 99,0x45,0cm, tem-se: 
 
► Boca-de-lobo simples 
Q = 2,383 x Yo1,5 
► Boca-de-lobo dupla 
Q = 4,022 x Yo1,5 
 
A capacidade máxima de engulimento das bocas-de-lobo simples e duplas, 
considerando um enchimento de 12cm (altura da lâmina d’água no meio-fio) é de: 
 
► Boca-de-lobo simples BLS: Q = 97 l/s (ferro fundido) 
 
12 
 
 
Q = 99 l/s (concreto) 
 
► Boca-de-lobo dupla BLD: Q = 166 l/s (ferro fundido) 
Q = 167 l/s (concreto) 
 
Bocas de lobo com cantoneira 
 
A vazão absorvida pela cantoneira no meio-fio é dada pela equação 
 
Q = 1,1 x 103 x L.d1,5 
Onde: 
Q = vazão absorvida pela abertura, em l/s 
L = comprimento da abertura, em m 
D = altura da lâmina d’água, em m 
Para um comprimento L = 0,90m para as cantoneiras de ferro fundido e concreto 
armado, tem-se: 
Q = 990 x d1,5 para cantoneira simples e 
Q = 1.980 x d1,5 para cantoneira dupla 
 
O QUADRO 2.6 sintetiza as capacidades das bocas-de-lobo com cantoneiras, para 
diferentes alturas da lâmina d’água. 
 
QUADRO 2.6 
CAPACIDADE DE ENGULIMENTO DAS BOCAS-DE-LOBO COM CANTONEIRAS 
Q em l/s 
ALTURA DA 
LÂMINA D’ÁGUA 
FERRO FUNDIDO CONCRETO 
 (cm) Simples Dupla Simples Dupla 
3 17 31 17 31 
4 27 49 27 49 
5 37 67 38 67 
6 49 88 50 88 
7 61 111 62 111 
8 75 135 76 136 
9 90 161 91 162 
10 105 187 106 188 
11 121 218 123 219 
12 138 248 140 249 
 
 
2.2.3 Poços de visita 
 
Os poços de visita são caixas destinadas a receber as águas pluviais captadas pelas 
bocas-de-lobo e, ao longo das redes, direcionar o fluxo pluvial até o ponto de 
lançamento. Desta forma, os poços de visita são construídos quando houver mudança 
de direção, encontro de duas ou mais redes, mudança de diâmetro, mudança de 
declividade, ou o comprimento do trecho for maior que 90m. 
 
 
13 
 
 
A interligação das bocas-de-lobo com os poços de visita é feito através de 
tubulações de 400mm de diâmetro. 
 
As dimensões internas dos poços de visita são função dos diâmetros das tubulações 
afluentes e efluentes. Quando necessário, as tubulações de entrada dos poços de visita 
podem estar em cotas diferentes da tubulação de saída. Neste caso, os fundos dos 
poços de visita são inclinados, evitando o impacto das águas pluviais com o fundo dos 
mesmos, evitando sua erosão. 
 
As principais características dimensionais e detalhes construtivos dos poços de 
visita são apresentados no item 4. 
 
2.2.4 Redes coletoras 
 
As redes coletoras são projetadas e dimensionadas para escoar as águas pluviais 
que afluíram aos poços de visita. Os diâmetros dessas redes oscilam entre 500 e 
1.500mm, dependendo das vazões a serem escoadas. 
 
As redes coletoras são em concreto, tipo ponta-e-bolsa (melhor) ou macho-e-fêmea, 
assentadas sobre berço de concreto. O comprimento de rede entre dois poços de visita 
usualmente não ultrapassa os 90m, visando facilitar trabalhos de desobstrução. O 
recobrimento mínimo recomendado (medido a partir da geratriz superior do tubo) é de 
1,00m. 
 
O dimensionamento hidráulico das redes coletoras pode ser feito através da Fórmula 
de Manning: 
 
Q = A x RH 2/3 x I1/2 = A.V 
 n 
Onde: 
A = área da seção molhada em m3/s 
RH = raio hidráulico em m 
I = declividade da rede em m/m 
n = coeficiente de rugosidade = 0,016 
V = velocidade de escoamento em m/s 
 
A lâmina d’água máxima permissível usualmente adotada é de 80%, a velocidade 
máxima de escoamento deve ser menor que 4,0m/s e a velocidade mínima deve ser 
maior que 0,60 a 0,75m/s. 
 
De acordo com o manual de Azevedo neto, o diâmetro das galerias de águas 
pluviais podem ser calculados com atreves da formula de Manning, com expressões 
conforme abaixo apresentadas, válidas tanto para alturas de lâmina liquida de 0,90*D, 
quanto para seção plena. 
 
14 
 
 
 
D= 1,511 (n*Q* (I ^ -¹/²)) ^³/8 = lâmina liquida de 0,90*D; 
 
D= 1,548 ((n*Q* (I ^ -¹/²)) ^³/8 = para seção plena (I = declividade da galeria). 
 
 
 
2.2.5 Dissipadores de energia 
 
Os dissipadores de energia são posicionados nas extremidades de jusante das 
redes coletoras, antecedendo sua disposição no curso de água receptor. Obviamente, 
quando o lançamento das águas pluviais é feito em galerias pluviais de concreto, não há 
necessidade de construçãode dissipadores de energia. 
 
Como a finalidade dos dissipadores de energia, como o nome indica, é reduzir a 
energia hidráulica do fluxo pluvial para posterior lançamento, evitando erosões e o 
comprometimento da integridade das tubulações e outros dispositivos do sistema 
localizados próximos aos referidos pontos de lançamento, seu projeto é sempre 
constituído de dispositivos que reduzem a energia hidráulica das águas, tais como 
escadas, rampas dotadas de chicanas ou blocos de concreto, dentre outros. 
 
Algumas dessas soluções, são mostradas nos desenhos anexos (item 4). 
 
 
2.3 Planilhas de dimensionamento hidráulico 
 
As planilhas de dimensionamento hidráulico são usualmente anexadas ao memorial 
descritivo dos projetos de drenagem pluvial, por serem um instrumento simples de 
visualização e conferência das características geométricas das redes coletoras, poços 
de visita e outros dispositivos do sistema, além de permitirem aferir a adequabilidade do 
dimensionamento das redes coletoras. 
 
Um dos possíveis modelos de planilha é apresentado a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
16 
 
 
 
3. Bibliografia 
 
1. Azevedo Neto, J.M. Manual de Hidráulica. São Paulo, 8ª Ed. 1998, 12ª Reimp. 
2013.669p. 
 
2. CETESB - DRENAGEM URBANA – Manual de Projeto – 3. Ed. – São Paulo, 1986 - 
464p 
 
3. COPASA MG/ HIDROSISTEMAS – Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais 
– Belo Horizonte, 1993 – 264p. 
 
4. Martinez Jr. F., Magni, N. L. G. Equações de Chuvas Intensas do Estado de São 
Paulo. Convênio Departamento de Águas e Energia Elétrica e Escola Politécnica da 
Universidade de São Paulo - Junho de 1999 – Edição Revisada em Outubro de 1999. 
Disponível em: http://www.darrbauru.org/EquaChuvasIntensas.doc. Acessado em 
13/05/15. 
 
 
5. SUDECAP - Superintendência de Desenvolvimento da Capital. Prefeitura Municipal 
de Belo Horizonte. Caderno de encargos de Obras. Capítulo 19. Drenagem Pluvial – 
Belo Horizonte – 2019. 
 
6. TUCCI, C.E.M. (Org.) Hidrologia – Ciência e aplicação. Porto Alegre, Ed. Da 
Universidade, ABRH, EDUSP, 1993, 943p. 
 
7. WILKEN, P.S.- Engenharia de Drenagem Superficial – CETESB – São Paulo, 1978 - 
477p 
 
 
 
 
 
http://www.darrbauru.org/EquaChuvasIntensas.doc.%20Acessado%20em%2013/05/15
http://www.darrbauru.org/EquaChuvasIntensas.doc.%20Acessado%20em%2013/05/15

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