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Trabalho sobre Globalização

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COMPONENTES: CINDY ALVES, ANDRESSA BUCAR, CLÁUDIA BUCAR, LAÍS SAMPAIO, GEOVANA MARQUES, LUMA MACEDO E ANA KAROLINE MOURA.
ARTIGOS SOBRE GLOBALIZAÇÃO
O artigo “José Saramago: Um olhar sobre a Globalização e a Sociedade da Informação”, escrito por Maria Irene da Fonseca e Sá (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil), evidencia que a capacidade de produzir cada vez mais e com mais qualidade está acelerada e, a cada momento, as tecnologias geram novos produtos de consumo. Desse modo, é certo que a globalização, propiciada pelo progresso, e a evolução das tecnologias provocam o aumento da produtividade e o crescimento econômico.Todavia esses processos tendem a provocar efeitos indesejados sobre a distribuição de renda da população. Assim, a desigualdade social gerada e o acúmulo de poder nas classes elevadas são desafios atuais discutidos por vários autores literários como Saramago, o autor das obras “A Jangada de Pedra”, “Memorial do Convento” e “O Homem Duplicado”. Nessas obras, o escritor encaminha seus leitores para a reflexão sobre o atuar do ser humano no mundo globalizado.
Ademais, elucida que a globalização presente no mundo atual é um “totalitarismo soft” isto é, “promete-nos tudo, vende-nos a sua felicidade e cria necessidades que não tínhamos”. O termo citado se refere a uma forma de domínio político, onde cidadãos não se apercebem ou não encontram forma de reagir, exemplificando que no mundo global, os poderes que atuam sobre o destino individual estão mal identificados, ocultos pelas redes multinacionais e pelas grandes organizações internacionais. Esse mundo – espetáculo no qual as vedetes são as figuras do ganhador, do ostentador – e seus palcos eletrônicos – mitifica o fugaz e o frágil. É neste mundo globalizado que o indivíduo tem sua vida tornada pública e a liberdade de consciência mutilada.
No artigo “Globalização, cultura e sociedade da informação” escrito por Ana Maria da Silva Rodrigues, Cristina M. V. Camilo de Oliveira e Maria Cristina Vieira de Freitas, é ressaltado, de início, que a globalização é um conjunto heterogêneo e complexo de fenômenos - de caráter político, social e econômico - que ocorreram na década 80 e ganharam impulso.Trata-se de um processo de desenvolvimento das civilizações, o qual interligou o mundo com as tecnologias.No entanto, o processo foi heterogêneo – seletivo e excludente – o que é percebido através da mudança na cultura material devido às novas tecnologias e informações em circulação. Além disso, é evidenciado a compreensão do conceito de sociedade da informação que ocorre a partir de critérios não mutuamente excludentes que a distinguem de outros tipos de sociedades. É importante destacar ainda a identidade cultural na era da globalização, onde as tendências sociais e políticas características da década resultam na construção da ação social e das políticas em torno das identidades primárias.O homem vê-se diante da crise que atinge também a esfera sócio-cultural, alcançando o espaço de construção e manifestação das diversas identidades culturais, nos níveis local-regional e mundial, impondo muitas vezes mudanças na sua trajetória.Portanto, para entender o homem no palco dessas transformações é necessária reflexão à luz de determinados conceitos, que identificam fenômenos como a internacionalização, a globalização e a mundialização.
Por fim, o artigo “Impactos da globalização no processo de internacionalização dos programas de educação em gestão”, das autoras Ana Christina Celano e Ana Lucia Guedes problematiza os impactos da globalização na educação em Gestão, com base nas alterações ocorridas no contexto internacional contemporâneo, principalmente em termos da inserção de países emergentes, como o próprio Brasil. A globalização permitiu que a divisão entre países nortistas e sulistas - centrada no comando territorial - fosse substituída por uma divisão muito mais complexa que passa a ser muito mais que uma divisão econômica e social do mundo. Esse processo associado à educação, demonstra a hegemonia das instituições e organizações dos países desenvolvidos que fomentam um mercado altamente lucrativo, indicando a possibilidade de produção e consumo de conhecimento em gestão inserindo os países emergentes. No entanto, a relação estabelecida entre educação e globalização, pode causar desequilíbrio e dominação imposta, devido a disseminação de conhecimento, aplicados, por exemplo na África e América Latina. Esse desequilibro é consequência da desigual distribuição de conhecimento entre os Estados, o que pode gerar um ciclo vicioso que tende a aumentar essa desigualdade, favorecendo os países “centrais” em detrimento dos países menos desenvolvidos ou “periféricos”.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir, portanto, que o primeiro artigo lido retrata mais a globalização e suas consequências, positivas e negativas.No segundo artigo, se dá mais enfoque no processo de globalização, como surgiu e como atinge as outras esferas da vida social. O último artigo dialoga com os impactos da globalização na educação e as mudanças que foram instauradas nas esferas da vida social e no contexto internacional contemporâneo. 
Em um mundo em constante transformação a humanidade é testada de diferentes formas e a todo momento. O caos no qual estamos mergulhados não é exatamente uma novidade, o que nos faz saltar os olhos são, na verdade, os modos distintos e inéditos que ele se afirma e o intervalo de tempo, cada vez mais curto, entre os momentos de desordem. Os argumentos apresentados na obra de Yuval Noah Harari são a prova disso. Ao pegarmos, por exemplo, as teses acerca do globalismo fica evidente que esse eterno estado de caos está estritamente relacionado com a condição humana, o que se altera com o passar do tempo é apenas a roupagem. A evidência fica explícita na substituição, apresentada pelo autor, da dicotomia esquerda-direita, implodida no decorrer das últimas décadas, pela dicotomia global-local. Porém esse processo de metamorfose das questões existenciais e interpessoais humanas não é isolado de demais fatores. Se permanecermos no campo do globalismo, e da própria globalização, é igualmente nítida a persistência dos riscos da exclusão no processo que aparenta ser tão natural. Essa aparência de naturalidade está calcada no período de tempo que um determinado processo leva para se consolidar, no caso do globalismo contemos no mínimo um século. Esses 100 anos de construção do internacionalismo contemporâneo trouxe não apenas a estabilidade e seguridade da ordem global reivindicada pelas Nações Unidas, mas também a exclusão daqueles que estão à margem do movimento. Uma alegoria pertinente à defesa desse argumento seriam os retirantes, uma representação exaustivamente utilizada no século XX pelos artistas brasileiros, desde as artes plásticas, com Portinari, até a literatura, com João Cabral de Melo Neto. Em “Morte e Vida Severina”, o autor traz como protagonista um sertanejo que, já no início da obra, se apresenta como apenas mais um, representando uma infinidade de não representados. Analogamente, esse processo de internacionalização da economia e da política deixa de fora uma série de Estados e Nações que por uma série de fatores não alcançam o timbre necessário para ter voz frente às demais comunidades hegemônicas. O resultado disso é o descompasso alarmante entre progresso e retrocesso que se perpetua e força a humanidade a se confrontar com seus próprios dilemas.

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