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CASA ALFORRIA- CADERNO PREPARATORIO AV1

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CASA ALFORRIA 
2019 
 
 
 
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DISSENTE: ANA KAROLINE E ANDERSON 
BARCELAR 
DOSSENTE: LARISSA SCARANO 
UNIVERSIDADE SALVADOR, UNIFACS, CAMPUS 
FEIRA DE SNATANA. 
3° semestre arquitetura, turma matutino 
projeto LUGAR. 
 
CADERNO 
PREPARATORIO 
 
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PROLOGO: PAG 2 
 1. MEMORIAL JUSTIFICATIVO 
 2. 0BJETIVOS 
 3. CASA 
 
 SUMARIO: 
LOCALIDADE PAG 8 
 4. LOCALIZAÇÃO 
 5. HISTORICO 
 6. ANÁLISE DO ENTORNO 
 7. CONDICIONANTES AMBIENTAIS 
 8. DESCRIÇÃO DO LOTE 
 9. LESLISAÇÃO 
 10. TOPOGRAFIA 
EMBASAMENTO PAG 19 
 11. PERFIL 
 12. PROGRAMA DE NECESSIDADES 
 13. SETORIZAÇÃO 
 14. LIGAÇÕES 
 15. FLUXOGRAMA 
 16. CASOS SIMILARES 
 
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2 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIAÇÃO: PAG 32 
17. CONCEITO 
 
18. PARTIDO 
. 
19. ATOS PROJETIVOS 
 
20. IMPLANTAÇÃO 
 
21. VOLUME 
 
22. CONCIDERAÇÕES FINAIS 
 
4 
5 
SUMARIO. PAG 44 E 45 
 
PRÉ-DIMENCIONAMENTO 
 ARQUIVOS ANEXOS. 
 
 
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“É o mais feliz, seja ele rei 
ou camponês, aquele que 
encontra paz em seu lar.” 
 
– GOTHE 1820. 
 
 
 
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 PROLOGO 
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3
 
1. MEMORIAL JUSTIFICATIVO: 
O trabalho aqui exposto, visa conceituar, diagnosticar e estudar as diretrizes para um projeto 
residencial, apontando soluções para as enfermidades, fazendo um estudo volumétrico e 
bioclimático de base, formulando um ambiente ideal para os usuários propostos. 
 
2. OBJETIVO: 
O projeto visa formular um ambiente de acolhimento ao perfil de três jovens de cultura e hábitos 
distintos, e para isso, foram estudadas questões dos perfis, e do entorno, clima e outros fatores 
que eram ideais para criar um ambiente ideal para esse grupo, “familiar” nada tradicional. 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO GERAL: 
 Realizar estudos de entorno, clima, topografia, para compor um ambiente ergonômico, 
confortável, que caracterize o perfil, propondo uma solução bioclimática, com uma estética 
original. 
 
OBJETIVO ESPECÍFICO: 
• Caracterizar, estudar, e diagnosticar, pontos positivos e negativos do entorno, e assim 
estabelecer melhorias. 
• Estuda ventilação e insolação dos ambientes. 
• Propor um volume que se interaja ao ambiente e 
• tenha um alto 
desempenho 
termicos. 
 
 
 
 
3. CASA: 
Segundo o dicionario, CASA é substantivo feminino, que designa edifício de formatos e 
tamanhos variados, geralmente de um ou dois andares, quase sempre destinado à habitação, e 
tem relação com lar e familia. De froma geral, casa é um edifício para habitar, lugar que nos 
abriga, protegendo dos inteperismo, e ataques de terceiros. 
Desse modo, casa não é so um substantivo concreto, constituido de tijolo e argamassa, mas uma 
ideia ligada a sentimentalismo o sentimento de lar, que abriga não dó o individuo mas bem 
como seus ideais e perspectivas, não é atoa que os primeiros desenhos infantis são de uma casa, 
 “Considera-se que a adoção de medidas 
simples, com a composição de arranjos 
espaciais que valorizem a convivência intensa 
entre grupos de pares (...)” 
- CAVALCANTE, 2007 
 
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com uma porta, duas janelinhas, um telhado inclinado e uma chamine, pois é nessa edificação 
que todos se sentem seguros. 
“ O LAR DEVE SER O TESOURO DA VIDA” 
LE CORBUSIER. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 ORIGEM DAS CASAS: 
De forma sociológica, jean-Jaques-Rossou, fala que a propriedade e os conflitos sociais se 
iniciam quando o primeiro homem cerca um lugar, e diz que ali é seu, dai então cria-se a 
sociedade civil e todas suas consequências, assim as casas seriam o início do urbanismo e da 
própria sociedade civil, sendo uma construção política, histórica e social, tem relação com a 
classe, e conotação histórica, mesmo tento fins atemporais. 
Historicamente, a humanidade sempre buscou por abrigo, naturais como cavernas e grutas para 
se proteger do clima e dos animais, com os processos de sedentarismo do homem, isto é quando 
ele decide se estabelecer fixamente em algum lugar, começam a criar casas com os materiais 
disponíveis, adotando técnicas de construção dominadas por certos grupos através do 
planeamento e da arquitetura. Desde o aparecimento do Homem, a técnica e a arte de trabalhar 
a madeira têm evoluído, começando por um processo manual e primitivo, até à vasta e 
engenhosa indústria moderna. A madeira esteve sempre ao alcance do Homem desde os 
tempos remotos. A imaginação e a criatividade deste, permitiram-lhe tirar proveito para a 
execução de variados objetos, produtos e abrigos. 
3.2 CASAS E CULTURA: 
CASAS VERNACULARES AFRICANAS: 
No oeste da África, em Burkina Faso, existe uma pequena vila chamada Tiébélé. Lá moram as 
pessoas do grupo Kassena, que vivem praticamente isoladas do resto do mundo e mantêm 
uma identidade cultural bastante forte. 
Cada residência possui um certo padrão de pintura e cor, garantindo uma “cara” única para cada 
casa. Muitas delas não são habitadas por integrantes do grupo, mas por cadáveres. Os 
mausoléus ficam juntos às residências comuns e trazem sua própria beleza, também expressa 
por meio da pintura nas paredes, os símbolos são uma linguagem cheia de crenças e 
simbolismos. 
FOTO: ILUSTRAÇÃO INFANTIL DE CASA 
 FONTE: GOOGLE FOTOS 
 
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As casas são feitas de taipa de pilão e adobe, pintadas com tinta natural retirada de carvão e 
algumas sementes retintas. 
 
 
 
 
CASAS ASIATICAS: 
As casas tradicionais japonesas são um charme e possuem características arquitetônicas únicas 
que não são vistas em casas de estilo ocidental. Não é a toa que muitas pessoas que vem visitar 
o Japão, procuram os famosos ryokans, que são as hospedarias tradicionais japonesas que 
obviamente reúnem todas essas características em um só lugar. 
As casas tradicionais japonesas são chamadas de Minka (民家), que literalmente significa “casa 
do povo”. Esse estilo de casa remonta ao período Edo e variam muito em sua aparência de região 
para região, referindo-se a todas as casas não pertencentes à aristocracia ou à classe samurai, ou 
seja, geralmente pertenciam a agricultores, artesãos e comerciantes. 
Essas casas possuem salas com estilo japonês, chamadas de Washitsu (和室), que se caracterizam 
por ter tatami, portas de correr (fusuma) ao invés de portas articuladas entre os quartos, shoji, 
uma espécie de painel com papel translúcido colocado em uma armação de madeira, Tokonoma, 
uma área ligeiramente elevada em uma sala de recepção, etc. 
 
 
 
 
FOTO: CASAS TIPICAS MATRIZ AFRICANA. 
 FONTE: Fotógrafa Rita Willaer 
FOTO: CASAS TIPICAS MATRIZ AFRICANA. 
 FONTE: GOOGLE IMAGENS 
FOTO: CASAS ASIATICAS 
 FONTE: GOOGLE IMAGENS 
FOTO: CASAS ASIATICAS 
 FONTE: COISAS DO JAPÃO.COM 
 
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CASAS AMERICANAS CONTEMPORANEAS: 
Quem já visitou os Estados Unidos – ou pelo menos vê filmes e séries de lá – notou que, em sua 
maioria, as casas americanas são bons lugares para fazer um lar e criar os filhos. Geralmente sem 
muros, essas casas têm um longo quintal à frente, muito verde e espaço otimizado dos cômodos, 
que faz com que fique mais fácil manter o ambiente limpo. 
As casas são construídas com materiais mais práticos de montar, como madeira, gesso e 
compensado, o que faz com que fiquem prontas bem mais rápido do que as nossas tradicionais 
de tijolo e cimento. No entanto, quem quer ter uma casa americana no Brasil conta com a ajuda 
do meio ambiente, uma vez que,por aqui, é bem difícil ter terremoto, tufão, nevasca ou outros 
eventos naturais que facilmente podem comprometer uma estrutura mais fácil. 
O telhado sempre caindo em triângulos é o último detalhe que deixa a casa americana muito 
caracterizada na nossa memória. Lages e terraços estão fora de cogitação, pelo menos na 
fachada. O pé direito costuma ser mais alto do que o de apartamentos – e não se esqueça do 
porão, outra característica pontual das casas americanas. 
 
 
 
 
 
3.2. ARQUITETURA E OS PROCESOS DA MODERNIZAÇÃO: 
HIGH TECH 
O Hightech, abreviatura de high tecnólogo, ocorreu, como tendência arquitetônica, a partir dos 
anos 70 e se constituiu em uma utilização de métodos, figuras, tecnologia e materiais da 
arquitetura e engenharia industriais em programas comerciais e residenciais urbanos. 
Caracteriza-se pela exposição dos sistemas técnicos (elétricos. hidráulicos, climatização, 
circulação), uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos, vedações com painéis 
industrializados e vidro, nunca com processos tradicionais de alvenaria, por exemplo, grandes 
vãos e estruturas tensionadas. Esta exposição dos sistemas técnicos foi chamada, jocosamente, 
de poética do intestiníssimo. 
FOTO: CASAS AMERICANAS 
 FONTE: decoracaoonlinE.COM 
FOTO: CASAS AMERICANAS 
 FONTE: GOOGLE IMAGENS 
 
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Os espíritos de uma época tecnológica, o seiteis, cujos mais prezados artefatos referem-se à 
indústria, à comunicação, à guerra, às viagens espaciais, assim pensam os arquitetos adeptos do 
High Tech, não pode ter uma arquitetura com feições diferentes. Não pode utilizar imprecisos 
tijolos e concretos artesanais, quando pode lançar mão da perfeição do vidro e da precisão do 
aço.Os arquitetos High Tech não reivindicavam privilégios artísticos ou sociais. O critério de 
julgamento deve ser o desempenho, como o das ferramentas do cotidiano. O prédio deve ser 
funcional e eficiente, não artístico e simbólico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO: HING TECH FONTE: GOOOGLE IMAGNES 
 
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 LOCALIDADE 
2 
 
9
 
4. LOCALIZAÇÃO 
Localiza-se em Feira de Santana, Bahia, brasil, no bairro Santa Monica, cep 44135-000. 
Cordenadas: -12.261648, -38.935283. É um lote de esquina, onde em sua fronte há uma praça e 
ao seu lado apenas residencias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO: LOTE DESTACADO EM ROSA 
 FONTE: MAPA FOTOGRAFICO DE FEIRA DE SANTANA, ARQUIVO PESSOAL 
FOTO: LOTE DESTACADO EM AMARELOFONTE: GOOGLE EATH 
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5. HISTORICO DO BAIRRO: 
Santa Mônica é um bairro de Feira de Santana que fica na parte de dentro da Avenida do 
Contorno, no final da Avenida Getúlio Vargas. Existe também o bairro Santa Mônica II, que ao 
contrário da Santa Mônica (I), fica na parte de fora do anel de contorno. Dentre os locais 
importantes, podemos destacar 
Um dos bairros mais antigos do município. Seu nome está ligado a inauguração da água 
encanada em 1957, extraída da Lagoa Grande, próxima a este bairro, com a presença do prefeito 
João Marinho Falcão e do então presidente Juscelino Kubitschek. Aquele era o caminho 
obrigatório para quem ía para as atuais São Roque, Coração de Maria e Jaíba 
 
6. ANÁLISE DO ENTORNO: 
Fazer um estudo preliminar sobre o que cerca o lote é ideal, é através dos gabaritos que a 
ventilação passa a se alterar, e através do uso do solo que compreendemos o ritmo do bairro. 
 
6.1 USO DO SOLO: 
 
 
 
 
Na imediação do espaço estudado, foram identificados uma predominância residencial, pouco 
comercio, duas casas de eventos, e em um raio pouco maior, um lar e idosos. Devido a grande 
quantidade de casas, o bairro apresenta como: 
 
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1
 
▪ VANTAGENS: 
Torna-se um ambiente mais tradicional e familiar, no caso da praça, menos acelerado. 
 
▪ DESVANTAGEM: 
A criminalidade, assaltos, a ultilização da praça como ponto de trafico. E o baixo fluxo de 
pessoas. 
 
 
6.2 GABARITO: 
 
 
 
O entorno do terreno em estudo apresenta 
edificações com predominância térrea, com apena sum pavimento, de forma mais distante, há 7 
edificações com dois pavimentos, caracterizadas como sobrados. 
O baixo nível de altura das residências, beneficia todo bairro por não apresentar barreiras a 
circulação dos ventos, mantendo a qualidade interna do ar pela troca constante, criando 
ambientes salubres e confortáveis, também reduzindo os gastos energéticos. 
 
 
 
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2
 
6.3. INFRAESTRUTURA: 
 
 
 
 
 
Após analisar o entorno, foi possível identificar rede elétrica, passeios, redes de esgoto e água, 
iluminação pública, a rodovia encontra-se em um estado regular. De forma geral, a infraestrutura 
encontrasse em um nível agradável. 
 
 
6.4. VIAS: 
 
 
 
‘’Infraestrutura consiste em um conjunto de elementos 
estruturais que impulsiona o desenvolvimento 
socioeconômico de um determinado local. Os principais 
serviços que compõem a infraestrutura são transporte, 
energia, telecomunicações e saneamento ambiental.’’ 
(FRANCISCO, Wagner de Cerqueira) 
 
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3
 
 
 
 
 
6.5. MARCOS FISICOS RELEVANTES: 
 
 
 
O entorno residencial, deixa uma falta de explosões visuais chamativas e marcantes, com exceção 
de uma pequena praça (objeto de estudo do projeto urbanístico). Mapeada na imagem a cima. 
6.6. TRANSPORTE PUBLICO: 
O transporte público é um serviço fundamental para permitir o acesso às necessidades básicas 
do cidadão moderno, que precisa deslocar-se de um ponto a outro. Para que a cidade funcione 
bem é preciso que o transporte seja eficiente. Quanto menor o tempo de deslocamento, mais 
liberdade uma pessoa terá para realizar outras atividades, produtivas ou não. 
 Além disso, quanto mais agradável o meio de transporte, maiores os benefícios diretos para o 
cidadão ao longo do percurso realizado. O ponto de ônibus mais próximo encontra-se no são 
roque, e as linhas são: TOCA DO PAULO, PARQUE LAGOA, SANTA MONICA II. 
FOTO: PRAÇA E LOTE FONTE: ARQUIVO PESSOAL. 
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4
 
As linhas são muito escaças, por isso o pessoal acaba optando por vãns, ligerinhos, ou transporte 
privado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CONDICIONANTES AMBIENTAIS: 
O estudo dos condicionantes ambientais é extremamente importante para obter boas 
informações do local e do clima onde a edificação será implantada, é relevante para que se 
alcance um resultado de qualidade em termos de projeto e consequentemente de conforto e 
eficiência energética com relação à edificação à ser construída 
Feira de Santana encontra-se a 243 m acima do nível do mar e apresenta um clima tropical, com 
verões quentes e secos, invernos amenos e chuvoso. Os meses de Maio a Setembro apresentam 
uma estação fria e os meses de Outubro a Abril apresentam uma estação quente.É demonstrado 
através de alguns dados que a cidade de Feira de Santana apresenta a temperatura, em índices 
confortáveis, com a temperatura máxima em janeiro 30º e a mínima de 22,5º em junho, essas 
variações são diretamente relacionadas com a radiação mensal que reduz drasticamente nos 
meses de junho e julho. Conhecer como se comporta a temperatura é oprimeiro passo para o 
projeto bioclimaticoPor a urbe ser quente e tórrida, o projeto deve ser bem elaborado e 
estudado para melhor dispor os ambientes , vegetação, para manter a casa fresca e aconcheg 
 
FOTO: SIU FEIRA DE SANTANA 
 
FOTO: PROJETEEE 
 
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5
 
 
INSOLAÇÃO: 
Por feira de Santana estar localizada no sertão da Bahia, os raios solares são intensos. A carta 
solar da cidade de Feira de Santana, e sua insolação serão fundamentais para o desenvolvimento 
deste estudo. A carta solar é uma representação gráfica dos percursos aparentes do sol na 
abóbada celeste ao longo do dia em diferentes épocas do ano. Estes percursos são identificados 
através da transposição do azimute e da altitude solar sobre o plano. É uma ferramenta bastante 
prática para a obtenção das informações necessárias para avaliara penetração solar, sombras 
projetadas pelo entorno, e com isso determinar a melhor orientação da edificação e as proteções 
solares necessárias às aberturas as linhas pontilhadas correspondem ao azimute do gráfico, para 
localizar o sol, e suas intensidades. 
 
 
Tratando-se de períodos do ano, o seu temseu percurso maior entre os meses de janeiro a março 
e outubro a dezembro. E entre no mês de janeiro sua declinação é a maior, com um ângulo de 
25º. 
FOTO: TRAJETORIA SOLAR SOBRE A QUADRA 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FOTO: SOL-AR 
 
FOTO: PROJETEEE 
 
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6
 
 
VENTILAÇÃO: 
Os ventos predominantes na região são de leste e sudoeste, com baixa incidência nordeste, sua 
concentração média de até 2m/s pode chegar em até a 6m/s sentido sudeste, por ter baixa 
ventilação, principalmente entre os meses de maio a outubro, há um grande desconforto 
térmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O vento SUDESTE é o predominante, podendo variar de 4-6 m/s até 0-2 m/s. Dessa forma, estes, 
deveram ter melhor proveito, para trazer bem-estar e conforto térmico para o projeto, criando 
estratégias naturais de resfriamento do local. Posto isso, deve ser evitado a incorporação de 
barreiras/anteparos, como por exemplo árvores de grande porte, no sentido sudeste. Constando 
que parte do sudeste já é ocupada, deve-se criar mecanismos para redirecionar o vento. 
 
 
FOTO: PROJETEEE 
 
FOTO: VENTILAÇÃO SOBRE A QUADRA 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
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7
 
 
7. DESCRIÇÃO DO LOTE: 
É um lote de esquina com 454,34 m² e um perímetro de 87, 37 m, localizado no bairro de santa 
Monica no cruzamento entre Rua Anápolis(local) e porto príncipe(coletora). Terreno com quase 
todos os ângulos retos exceto por um com aproximadamente 92°. A frente do lote tem sentido 
norte, e sua outra esquina sentido oeste (poente), todas com passeio recular de acordo com as 
vias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. LESLIZAÇÃO: 
a. LOUS LEI DE USO E OCULPAÇÃO: 
Como já abordado, Lote esta inserido na zona 01, em uma via local (rua Anápolis) no bairro 
santa Monica. 
 
 
 
 
 
 
INDICE DE ULTILIZAÇÃO 
IU 4 
MAXIMO 1817,4 
M² 
OCULPADO 204,60m² 
INDICE DE OCULPAÇÃO 
IO 0,7 
MAXIMO 318,045M² 
OCULPADO 204,60m² 
INDICE DE 
PERMEABILIDADE 
P 0,2 
MINIMO 90,87M² 
OCULPADO 200m² 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
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8
 
 
 
• RECUOS: 
-FRONTAL: 4 metros, ocupando uma área de 80,55 m², DETERMINADO PELA VIA 
-LATERAL TESTADA: 3 m, seguindo os padrões da via local 
-LATERAL: 1,5 m 
-FUNDO: Quando em lotes uniresidenciais, populares ou não, o recuo de fundo poderá ser 
ocupado até o 2 pavimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi posto um recuo de fundo de um metro e meio afim de ventilação e trocas de ar, sendo uma 
fonte de ar frio 
9. TOPOGRAFIA: 
A área em estudo não apresenta desníveis notáveis no relevo do terreno. Não tendo assim, a 
topografia local grande interferência sobre o projeto. Logo o terreno apresenta-se estritamente 
plano. 
 
 
 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
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9
 
 
 
 
 EMBASAMENTO 
3 
 2
0
 
 
10. PERFIL: 
Foi dado a equipe um perfil de família nada tradicional, para a formulação de um programa de 
necessidades adequado foi realizado entrevista com pessoas que tem o perfil parecido: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL: 27 ANOS, SIGNO DE 
GEMEOS, ATEU, VEGANO. 
TRABALHO: COZINHEIRO, 
YOUTUBER.
HOBBIE: REUNIR AMIGOS, E É 
DRAGQUEEN
ENZO
PERFIL: 19 ANOS, AQUARIANO, 
BUDISTA, VEGANO;
TRABALHO: ESTUDNATE DE 
DIREITO, ESTAGIARIO DO MST;
HOBBIE: CORRER.
OBS: FUGIO DE CASA;
NOAH
PERFIL: 22 ANOS, SIGNO DE 
SARGITARIO, VEGETARIANA, 
CANDOBLESSISTA;
TRABALHO: ENFERMEIRA, MAS É 
HERDEIRA DE FAMILIA;
HOBBIE: DAR FESTAS
VALENTINA
MEMBROS: 
Quarto com closet;
um local para gravar;
e uma cozinha grande;
uma Horta.
ENZO
Local de meditação e 
oração;
Escrivaninha no quarto;
uma Horta.
* Quer ver o nascer do sol 
na area de oração
NOAH
Área com vegetação 
frutífera;
local para jogar tarô;
Area parareceber amigos, e 
fazer eventos.
VALEETINA
NECESSIDADES 
 2
1
 
11. PROGRAMA DE NECESSIDADES: 
 ATIVIDADE QUEM UTILIZA? CARACTERISTICAS MOBILIARIO INFRAESTRUTURA Nº 
garagem Abrigo para 
automóveis 
Os moradores não 
possuem carro, 
mas devera ter 
uma garagem para 
visitas, com uma 
vaga para carros. 
Amplo espaço 
com iluminação 
natural e artificial 
Espaço vazio Instalações elétricas, 
no portão e na 
iluminação 
1 
Sala de 
som 
Espaço comum 
de integração 
entre os 
moradores e 
visitas 
 Moradores e 
visitantes. 
Iluminação natural e 
artificial, espaço amplo 
e integrado a cozinha e 
sala de jantar, deve 
possuir ventilação 
natural 
Sofá, 
poltronas, 
rack, 
aparador 
como divizor 
de ambientes 
Instalações elétricas, 
e a cabo para a tv, 
iluminação pontual, 
rede de internet. 
1 
Sala de 
jantar 
Espaço comum 
de integração e 
socialização e 
refeições entre 
os moradores e 
visitas 
Moradores e 
visitantes 
Iluminação natural e 
artificial, espaço amplo 
e integrado a sala de 
som e cozinha, deve 
possuir ventilação 
natural 
Mesa, 
cadeiras, e 
uma pequena 
adega. 
Instalações elétricas 
de iluminação geral e 
pontual. 
1 
Cozinha 
e 
despens
a. 
Preparar 
refeições e ao 
mesmo tempo 
interagir e 
conversar; O 
ambiente deve 
manter 
alimentos 
frescos, 
Naturais. 
Moradores e 
visitantes. 
Iluminação natural e 
artificial, espaço amplo 
e integrado a sala de 
som e sala de jantar, 
pelo caráter integrado 
deve possuir uma área 
reservada para por os 
pratos sujos, esta unida 
a despensa. 
Cooktop, 
geladeira, 
armário, pia, 
forno 
elétrico, 
micro-ondas, 
bancos, 
coifa/sugar 
Instalações 
elétricas para 
iluminação e 
eletrodomésticos; e 
hidráulicas para a 
área molhada. 
1 
lavablo Espaço 
destinado a 
higiene, deve 
ser ligado a 
área interna e 
externa. 
Moradores e 
visitantes. 
Iluminação natural e 
Artificial. 
Pia, sanitário, 
Espelho. 
Instalação hidráulica 
e elétrica. 
1 
Jardim Espaço de 
integração 
entre amigos e 
natureza 
 
Moradores e 
visitantes. 
Espaço aberto Vegetação, 
bancos e 
redarios. 
Instalação hidráulica 
e elétrica. 
1 
horta Espaço 
destinado ao 
cultivo de 
turbeculos e 
vegetais. 
Voltado para 
moradores. Mais 
aberto a vizitantes 
Espaço aberto Recipientes 
de platação 
Instalação hidráulica. 1 
 2
2
 
12. PROGRAMA DE NECESSIDADES: 
 
13. ZONEAMENTO: 
Suíte 1 
enzo 
Espaço para se 
montar, dormir 
e relaxar. 
Morador, apenas 
enzo 
Espaço ventilado, e 
iluminado no período 
do dia. Deve ser 
aconchegante e 
acolhedor. 
Cama, 
penteadeira 
closet(com 
armários 
divididos em 
2 seções), e 
banheiro(pia, 
sanitário, e 
duc ha) 
integrado, 
espelhos. 
 
Instalação hidráulica 
(banheiro) e elétrica. 
1 
Suíte 2 
noah 
Espaço para 
estudar, relaxar 
e dormir. 
Morador, noah. Espaço ventilado, e 
iluminado no período 
do dia. Deve ser 
aconchegante e 
acolhedor. 
Cama, 
escrivaninha, 
banheiro, 
guarda-
roupa. 
 
Instalação hidráulica 
(banheiro) e elétrica. 
1 
Suíte 3 
valentina 
Local para 
dormir e relaxar 
Morador, valentina Espaço ventilado, e 
iluminado no período 
do dia. Deve ser 
aconchegante e 
acolhedor. 
Cama, 
escrivaninha, 
banheiro, 
guarda-
roupa. 
 
Instalação hidráulica 
(banheiro) e elétrica. 
1 
sala 
exoterica 
Espaço 
espiritual e 
místico, para se 
conectar com 
os ancestrais 
Moradores, 
valentina, e 
clientes 
Espaço com 
iluminação e ventilação 
natural 
Cortinas, 
tapete, mesa 
redonda, com 
tres cadeiras, 
estantes, 
poltrona, 
imagens de 
orixás, 
almofadas. 
 
Instalações elétricas 
sala de 
oração e 
metação 
Espaço 
espiritual e 
místico, para se 
conectar com a 
natureza e 
buscar o 
estado de paz 
espiritualMoradores, noah. Espaço com 
iluminação e ventilação 
natural. 
tapete, 
almofadas e 
cortinas, e 
estatua de 
buda. 
 
Instalações elétricas 
Setup 
para 
gravaçõe
s 
Local para 
gravação de 
vídeos e 
performa-se 
Morador e colabes Espaço iluminado 
artificialmente, e 
climatizado e com 
isolamento arcustico 
do meio externo 
Escrivaninha 
computador e 
estantes, 
cenário, tripé 
câmera, 
iluminação,. 
Instalação eletrica 1 
 2
3
 
INICIAL 
 
 
FINAL: 
 
14. LIGAÇÕES: 
 2
4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15. FLUXOGRAMA 
 
16. 
6. CASOS DE REFERENCIAS: 
 
 2
5
 
• CASA DAS MENINAS SUPER PODEROSAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casa com traços modernistas, da primeira fase do desenho, branca, janelas quadradas e 
redondas se integram a um volume simples geométrico, porém assimétrico. 
 
 
 
POR QUÊ? 
Essa casa é simples, porem excêntrica, brinca com formas e tonalidades claras, e incomum 
sem causar estranheza, se relaciona com o entorno e se adapta aos moradores (super-
heroínas que voam pela janelas), uso do vidro e largas janelas sem ter total transparências 
(visto que total transparência no brasil é culturalmente um problema). 
FONTE: PINTEREST 
FONTE: CREATOR HOUSES, 
powerpuff girls 
FONTE: CREATOR HOUSES, powerpuff girls 
 2
6
 
• FLEXHOUSE: 
 
 
 
Flexhouse, desenvolvida por Evolution designer, em Zurique na suíça, é tudo menos uma 
caixa quadrada. O projeto apresenta uma planta baixa que vai de largo a estreito para 
seguir as linhas ferroviárias e a forma do terreno. A impressionante fachada envolve o 
edifício, atraindo o olho continuamente para cima: a casa nunca se sente rígida ou parada, 
sempre há elementos que atraem seu olhar para todo o espaço e para as vistas. 
tem quatro paredes externas, três delas são amplas janelas de vidro. A curva da fachada 
branca em forma de fita dá à casa um fluxo incrível. Tem uma área de 173,73m² e tem 
muitos recursos eficientes em termos energéticos implementados pela Reynaers 
Aluminium. Os materiais utilizados incorporam concreto maciço, telhas de alumínio para o 
telhado, madeira em revestimentos in ternos, piso de parquete e janelas com vidros triplos 
com persianas externas.Tudo isso isola a casa termo e acusticamente do exterior, mesmo 
com transparência em 3 faces. 
FONTE: FLEXHOUSE, www.archdaily.com 
FONTE: FLEXHOUSE, www.archdaily.com 
FONTE: FLEXHOUSE, www.archdaily.com 
https://www.archdaily.com/
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POR QUÊ? 
É uma casa com espaço livre, que se integra ao interno e externo de forma harmônica, 
sendo flexível ao ambiente, uma residência que tem tudo mesmo tendo pouco, é moderna 
e original, se apropriou de um terreno que não seria usado, e devolve ao lugar um designer 
surpreendente. 
 
 
FONTE: FLEXHOUSE, www.archdaily.com 
FONTE: FLEXHOUSE, www.archdaily.com 
https://www.archdaily.com/
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 2
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• CASA MUNITA GONZALEZ: 
 
 
 
 
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa Munita Gonzalez localiza-se em uma área 
de expansão urbana a 20 minutos do centro de Santiago, em Batuco, Lampa. O projeto é 
de uma habitação unifamiliar de cerca de 275 m² situada em um terreno plano de 5000 m². 
A família é composta por 6 pessoas, para as quais foi desenvolvido um programa a partir 
dos espaços comuns, onde a cozinha-sala de jantar é o espaço principal, juntamente com 
o estar no pavimento térreo e com o estar para crianças no primeiro pavimento com pé-
direito duplo. Além disso, inclui um quarto principal com banheiro privado no primeiro andar, 
e ainda 3 dormitórios simples com banheiro compartilhado no primeiro pavimento e um 
quarto de serviço.O projeto visa impactar minimamente o meio ambiente e o usar ao 
máximo a energia passiva. Por isso é construído através de um sistema construtivo baseado 
no Terra-painel para garantir a eficiência térmica da casa, este sistema é constituído por 
painéis de malha de aço soldadas pregadas e então aterradas sobre uma estrutura principal 
composta por vigas e pilares de aço. Para o sistema de esgoto é utilizado o Sistema Tohá 
ou Lombrifiltro em que a água é reutilizada para irrigação. 
FONTE: CASA MUNITA GONZALES, www.archdaily.com FONTE: CASA MUNITA GONZALES, www.archdaily.com 
FONTE: CASA MUNITA GONZALES, www.archdaily.com 
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POR QUE? 
Por ser uma casa moderna e surrealista mesmo assim usar matérias vernaculares como 
solução bioclimática e partido estético, nos sérvio de referencia em como integrar o novo 
ao tradicional. 
FONTE: CASA MUNITA GONZALES, www.archdaily.com 
FONTE: CASA MUNITA GONZALES, www.archdaily.com 
FONTE: CASA MUNITA GONZALES, www.archdaily.com 
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• CASA DE TOMHIRO HATA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
esta casa de família japonesa se destaca em um bairro de arquitetura vernacular ortodoxa. 
Construído em concreto e pintado de branco, parece um pouco inspirado pelo estilo 
internacional; no entanto, o arquiteto emprega o uso de madeira de lei refinada, que 
adiciona uma sombra contrastante ao branco e cria uma sensação de conforto. Tomohiro 
repensa como ocupar efetivamente um pequeno pedaço de terra com os melhores 
resultados para seus habitantes humanos, que agora podem apreciar facilmente as 
características de sua paisagem urbana simplesmente habitando sua própria casa. 
FONTE: CASATOMIRO HATA, www.archdaily.com 
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POR QUÊ? 
Casa vernacular que mesmo com uma proposta moderna e estrangeira, não fugiu da 
origem dos seus moradores, buscou trazer aspectos culturais e dinâmicos. 
FONTE: CASATOMIRO HATA, www.archdaily.com 
FONTE: CASATOMIRO HATA, www.archdaily.com 
https://www.archdaily.com/
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 CRIAÇÃO 
4 
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7. CONCEITO: 
EMBASAMENTO HISTORICO: 
Com a centralização da burguesia, e a formulação de meios de transporte mais eficientes 
unido a invenção de tecnologias marítimas –como bússolas e luneta- possibilitaram 
processos dominantes e extrativistas no novo mundo com o objetivo de adquirirem matéria 
prima, e mão de obra barata (escrava). Ásia, África e América tiveram sua diversidade 
subjugada, suas peculiaridades ressignificadas e seu povo escravizado, retirado de sua 
terra pátria, sendo levado a outra colônia, abrindo precedentes a uma miscigenação 
compulsória, de povo e credo. 
Descrevemos os processos colonizadores com alguns objetivos como: civilizar, exterminar, 
explorar, povoar, conquistar e dominar, estes totalmente ligados a uma relação de poder, 
uma ordem comprometida com os interesses impostos pelo desenvolvimento mercantilista 
e o pacto colonial. 
Sociologicamente, esse meio condensou o fenômeno de aculturação, isto é pela interação 
social entre grupos de culturas diferentes, sendo que todos, ou um deles, sofrem 
mudanças, tendo como resultado uma nova cultura. Esta, por sua vez, terá como base 
elementos de suas matrizes culturais iniciais. É possível afirmar que a aculturação seria uma 
forma de transformação cultural promovida por fatores externos (contato entre padrões 
culturais diversos) – oposta daquele processo permanente que ocorre no interior da própria 
cultura, isto é, dentro da própria sociedade ao longo da história. 
Esse processo de simbiose cultural, é quase como um fenômeno físico de colisão elástica, 
ou seja, processos distintos que “chocam” por acontecimentos políticos, físicos, 
geográficos, ou antropológicos e resultam em um novo componente. 
 
PROCESSOSDE ALCULTURAÇÃO RELACIONADOS AOS PERFIS: 
Na américa, grupos nativos norte-americanos, descreviam um terceiro ou até sétimo 
gênero, que se travestia e exercia funções correspondentes a homens e as mulheres. Com 
a dominação europeia essas crenças foram ressignificadas e deram base para a criação 
da arte DRAG, se travestir do gênero oposto, já no século xix, as mulheres eram proibidas 
de atuar, desse modo para fins teatrais, homens resgataram a possibilidade de se travestir 
conforme o gênero oposto. 
NOVA CULTURA 
CULTURA COLONIAL 
PROCESSOS 
COLONIZADORES 
 3
4
 
Na Ásia, 500 a.c já se propagava ideias da busca pelo estado maior, como buda alcançou, 
os processos colonizadores absorveram e propagaram essas ideias na primeira onda de 
globalização -relação que toma proporções mundiais- sendo absorvida e integrada por 
vários outros grupos. 
Na África, religiosa que cultuam a natureza e os ancestrais foram trazidas as américas com 
os escravos e relacionadas com elementos católicos, dando origem a umbanda e ao 
candomblé brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO: 
Sendo assim, o conceito foi obtido, trazendo consigo particularidades conceituais, 
históricas, e sobretudo afirmadoras (no que se refere a identidade), e de liberdade de 
expressar sua cultura, a alforria, a libertação das colônias, da escravidão e de processos 
dominatórios, mais que político, é algo social, que será representado arquitetonicamente 
pela busca de elementos vernaculares e a inserção no novo. 
A casa, deixara de compor elementos europeus, não será mais a casa grande em que os 
colonos conquistam, mas a afirmação da liberdade da senzala, o tradicional e o profano se 
misturam, trazendo axé1, natureza, ancestrais, identidade e personalidade, em uma casa 
que traga todos esses elementos de uma forma elegante, e que fuja do obvio, traga o 
nirvana2, fugindo dos papéis tradicionais de casa3, tendo um pouco de cada morador, 
sendo um lar, não casa. 
 
 
1 Refere-se a força positiva presente em cada coisa ou ser, representa algo que vem do sagrado, dos 
orixás que te regem. 
 
2 Estado de elevação maior para o budismo. 
 
3 Fazendo alusão a arte drag, tratamos de isolar a cozinha como área de serviço, e sala para socializar, e 
integrar tudo isso em um único espaço com interação e liberdade total dos ambientes. 
FONTE: GOOGLE IMAGENS. EDIÇÃO GRUPO 
 
 3
5
 
8. PARTIDO 
Quando pensamos na criação de um volume, começamos a imaginar o conforto. O lado 
leste, e sul, é isolado por casas vizinhas, dessa forma a ventilação se faz escança, visto 
isso, pensou-se em um L para criar zonas de alta e baixa pressão e consequentemente 
criara trocas de ar. 
 
 
Foram definidos os acessos pela fachada menor, e pela hierarquia de vias, rua porto 
príncipes, e então setorizado -Definido onde ficaria cada ambiente- e comportando tudo 
dentro do volume seguindo as normas de recuos. 
Na fachada principal, oeste, foi preciso criar anteparos solares, desde de proteção verticais, 
dando um ângulo de 22°, e um horizontal de 70 cm de extensão com um ângulo Y de 22º 
criando uma área de sombra das 16H até as 17:30h. 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
 3
6
 
Na fachada norte foi recuada para proteger da insolação maior, e as janelas no alto com 
função de resfriar, isto é, o vento vai do sul-norte, se baixo para cima, 
 
 
as janelas lembravam as aberturas das senzalas, altas e com a liberdade inalcançável, mas 
para retirar isso foram postas outras na fachada sul, com um recuo de apenas um metro 
do muro, cria uma baixa preção, foram depositadas janelas baixais para captar o ar frio. 
 
 
O volume então foi obtido, era a pura miscigenação com a liberdade, templo e profano. Pôs 
isso há a busca por matérias. A casa foi por inteira feita de taipa, material vernacular, com 
ótima durabilidade e ótimo isolante termo-arcustico. No corredor de acesso aos quartos e 
áreas multiuso, não queríamos isolar totalmente, como era fachada norte a chuva é 
carregada para o sentido oposto então mantemos aberta apenas com bambos para criar 
divisória, e como cobertura um telhado de sapê. 
 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
 3
7
 
 
 
Na cobertura pensou-se em telha de fibra vegetal, com placas fotovoltaicas, telha reciclável 
com auto índice de isolante térmico, e de inercia térmica, tornando dias frescos e noites 
mais “quentinhas”. 
 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
 3
8
 
A casa é sobretudo livre, como uma carta de alforria aos moradores, não encosta no muro, 
seus espaços internos se relacionam com os externos, traz conforto e origem na mesma 
medida, é um convite a liberdade, a ser a sua essência, em um estado de pura 
contemplação a natureza e a si mesmo, o nirvana, ao desapego e a relação com os 
ancestrais, com um ar moderno e luxuoso. Traz o conceito em cada canto, no material, na 
forma livre, na relação com a vegetação e com os clientes, e integração e miscigenação de 
artifícios culturais. 
 
9. ATOS PROJETIVOS: 
Paredes de taipa de pilão, com 4 tipos de solo para dar as cores diferentes, 15 cm de 
espessura, portas e janelas com madeira compensada, divisórias de bambos, com pedras 
de ágata e seixos na base, isolando a casa de energias negativas, samambaias na 
platibanda. 
 
 
EFICIENCIA BIOCLIMATICA: 
A casa, tem materiais de alto índice de isolante térmico, mas por ser extremamente aberta 
e livre deve ter trocas de ar intensa, desse modo sempre se manterá fresca. Na área 
externa, terá a inserção de horta e arvores frutíferas, essas darão sombreamento e 
conduziram os ventos para a área interna da casa. 
JUSTIFICATIVA DE MATERIAIS: 
As samambaias nas paredes, absorvem as energias negativas, dos ambientes – isto é parte 
intima e área multiuso- e das pessoas que frequentam, é uma planta primitiva que carrega 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
 3
9
 
ancestralidade e misticismo. Se liga muitas vezes a imagem de buda, por se geminar em 
estatuas de barro ou cerâmica. 
A cobertura de sapê, é uma opção natural que traz proteção aos intemperes de forma 
vernacular e natural, tem aspecto rústico e milenar, lembra os povos nativos americanos, 
como tocas indígenas. 
A taipa de pilão, a taipa pode ser feita por meio de “pilar” ou como semi-blocos de madeiras 
apoiados me madeira, a primeira opção foi definida por ser algo da terra, como se o solo 
crescesse e desse abrigo aos moradores. 
Os bambus, trazem um ar asiático, e natural, com total liberdade entre os espaços, é um 
atestado de liberdade, como uma carta de alforria. O compensado de madeira, é uma 
madeira mais barata e amarelada, com aspecto jovial, como os moradores. 
IMPLANTAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 4
0
 
10. VOLUME: 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
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FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
FONTE: ARQUIVO PESSOAL 
 
 4
2
 
11. CONCIDERAÇÕES FINAIS: 
Com os a modernização, e os processos comerciais, as pessoas passam cada vez menos 
tempo em casa, mais tempo trabalhando, e mais tempo consumindo informações. A 
exaustão diária, e o fetichismo sobre feriados e finais de semana, como único dia para 
relaxar se tornou algo mecânico. Nesses dias há a busca por lugares novos, em que 
podemos nos encaixar, alguns vão as casas das matriarcas, alguns vão para locais 
religiosos, outros a festas, tudo isso, para poder contemplar e aproveitar a fugacidade da 
rotina. 
Quando, sua casa oferece uma proposta que te complementa, relaxa e diverte, isto é, com 
espaço para eventos, lazer, um lugar para espiritualidade, a contribuição vai além dos 
parâmetros estéticos. A arquitetura é ferramenta psicológica, usa da personalidade, 
hobbes, trabalho e estudo como meiosde se atingir o refúgio ideal, o lugar que acolha. 
O projeto aqui apresentado, da as diretrizes da formulação de uma casa, isto é, os primeiros 
passos. É posto aqui, desta forma para afins avaliativos e de aprovação, a proposta de 
conceito, partido, planta, programa de necessidades, desenvolvimento das atividades, e 
alguns materiais envolvidos. 
O projeto contou com inúmeras alterações e modificações até se estabelecer com a melhor 
proposta ao perfil dos clientes, se entrelaçando com um conceito. Foi estudado clima, 
entorno, e casos similares, leis tudo para a formulação do melhor projeto possível, 
devolvendo aos clientes um espaço dinâmico, aberto, funcional e intimista. 
 
 
 
 4
3
 
 
 
 
PRÉ-
DIMENCIONAMENTO 
5 
 4
4
 
 
 
 
 
 
 
PODER EXECUTIVO. LEI COMPLEMENTAR Nº 86/2014. 27 de agosto 
de 2015. Disponível em: 
<https://leismunicipais.com.br/a/ba/f/feirade-
santana/leicomplementar/2014/9/86/lei-complementar-n-86-
2014altera-modifica-amplia-e-da-novaredacao-a-lei-n-1615-92-
queinstitui-a-lei-do-ordenamento-do-uso-e-da-ocupacao-do-solona-
area-urbana-do-municipio-de-feira-de-santana-e-revoga-a-lei-
complementar-n-46-de-19de-agosto-de-2010-que-dispoe-sobre-o-
sistema-viario-das-areas-de-expansao-urbana-dacidade-de-feira-de-
santana>. Acesso em: 10/09/2019 
LEI COMPLEMENTAR Nº 3.473, E Nº 086, código de obras feira de 
Santana Ba. 
GOOGLE MAPS. Localização. Disponível 
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38.9477798,202m/data=!3m1!1e3>. Acesso em: 06/09/2019 
CORBUSIER, Le. Por Uma Arquitetura. 6.a ed. São Paulo: Perspectiva, 
2000. 
CERQUEIRA, Wagner de. Infraestrutura. . Data indisponível. Disponível 
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http://www.geocities.com/capitanias/paubrasil.htm> Acesso em 
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BUXTON, PAMELA. Manual do arquiteto, planejamento, 3C 
dimensionamento e projeto| São paulço:. (5°) quinta edição| 
editora: Grupo A 2016 Prompt, Cecília.Curso de Bioconstrução. 
Brasília: MMA, 2008.Disponível 
 
 
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http://www.archdaily.com/
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http://www.evolution-design.info/Home/Flexhouse-Zurich
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