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Membrana Eritrocitária e sua Importância Médica

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Artigo: Membrana dos eritrócitos.
“Este artigo descreve as estruturas e funções da membrana eritrocitária e sua importância na medicina transfusional. A membrana eritrocitária é uma das membranas mais conhecidas em termos de estrutura, função e genética. Como qualquer membrana plasmática, tem como função mediar transportes e, ainda, fornece ao eritrócito resistência e maleabilidade. Essa revisão da membrana eritrocitária é importante para um melhor entendimento das reações transfusionais, onde a formação de anticorpos contra antígenos de alta frequência dificulta a transfusão compatível. O estudo da diversidade antigênica, a caracterização bioquímica de diferentes proteínas trará uma contribuição para o estabelecimento da saúde, assim como para o diagnóstico, desenvolvimento de tecnologias, como a produção de anticorpos monoclonais e conduta terapêutica para muitas enfermidades.”
“Cientificamente que os grupos sanguíneos pertencem ao capital hereditário que cada um de nós recebe que eles são transmitidos dos pais aos filhos, seguindo as leis da genética, que alguns são constantes e diversos, constantes no mesmo indivíduo, diversos na coletividade, distribuídos segundo certas proporções através dos séculos. A intrincada diversidade expressa na membrana eritrocitária define a identidade biológica de cada um, reconhecendo o caráter único do ser humano.”
A membrana eritrocitária: constituída de lipídeos e proteínas. Consiste em uma bicamada fosfolipídica, que representa aproximadamente 50% de sua massa total e forma a barreira entre dois compartimentos líquidos, intra e extracelular. Trocas através de bombas, canais de trocas de ions e transporte molecular como o da glicose. Função de transporte de funções de transporte de O2 dos pulmões e remoção do CO2 dos tecidos para os pulmões. Esta capacidade de transporte depende das condições de adaptação circulatória e também da hemoglobina citosólica e de um polipeptídio maior da membrana: a banda 3 ou proteína de troca de íons. Media as trocas de Cl-/HCO3-, aumentando então a capacidade sangüínea de transporte de CO2, garantindo a homeostase e o equilíbrio ácido-básico.Todas as proteínas de transporte da membrana do eritrócito são produzidas nos estágios primordiais dos eritroblastos. 
O modelo estrutural de membrana eritrocitária mais aceito: Singer e Nicolson em 1972.
Proteínas de membrana: As proteínas que compõem a membrana eritrocitária são estruturalmente classificadas em integrais ou transmembranárias e periféricas ou extramembranárias. Fazem parte destas as proteínas de transporte, como a banda 3, denominada proteína transportadora de íons, e as glicoforinas A, B, C, D, que possuem receptores de membrana e antígenos que participam do reconhecimento célula-célula na extremidade externa e auxiliam na estabilização do citoesqueleto através de ligações com a proteína 4.1 na face interna da membrana. Proteínas da membrana eritrocitária, o domínio citoplasmático da banda 3 se destaca como um grande centro organizacional que interage com muitas outras proteínas periféricas ou ligantes.
PROTEÍNAS INTEGRAIS
Banda 3, anion exchanger 1 (AE1): implicada no mecanismo de transporte de muitas moléculas e situada no compartimento extramembranário, a citocromo-β -5-redutase, que participa do mecanismo de redução da metaemoglobina. Está expressa na membrana plasmática de todos os eritrócitos e pode ser detectada também na membrana basolateral das células intercaladas nos túbulos distais e nas alças de Henle, proximal e distal. Atuação na retirada de CO2 dos tecidos, regulando também o transporte de HCO3- (bicarbonato). Além disso, regula o metabolismo da glicose, mantém a morfologia eritrocitária e remove células senescentes. 
Mutações da banda 3: associada esferocitose hereditária e acidose tubular renal. Tem sido considerada, ainda, como receptora para a malária (Plasmodium falciparum).
Casos de malformação congênita com proeminência frontal e alterações periféricas do Sistema Nervoso Central têm sido associados à deficiência de glicosilação do tipo Ig. Esta deficiência compromete a glicosilação da proteína banda 3 da superfície da hemácia. Nos casos de refratariedade, observaram que as hemácias dos pacientes, após o ato cirúrgico, mantinham mais de 140 moléculas de IgG fixadas e, portanto, continuavam sendo opsonizadas. Neste caso, o paciente era portador de deficiência na banda 3.
GLICOFORINAS - têm três domínios: um domínio externo, onde estão os oligossacarídeos, um segmento incluído no interior da bicamada e um segmento interno citoplasmático.
Glicoforina A (GPA): É a maior sialoglicoproteína transmembrana dos eritrócitos. Parece estar presente de forma maciça nas linhagens celulares eritróides e pode ser detectada em diferentes fases da divisão celular em eritroblastos basófilos e normoblastos.
Glicoforina B (GPB): é codificada pelo gene localizado no cromossomo 4q28-31. Expressa determinantes para os antígenos S e s. Está presente em todas as hemácias e seus precursores. A função das hemácias parece ser normal mesmo em indivíduos com deficiência de GPA e GPB. 
Glicoforina C (GPC): A GPC é o menor componente protéico da membrana eritrocitária. É codificada pelo gene GYPC localizado no cromossomo 2.
PROTEÍNAS PERIFÉRICAS
Espectrina: é a mais abundante proteína periférica do citoesqueleto. Recebe esse nome por servir de sustentação à membrana e ser a proteína periférica responsável pelo fenômeno dos ghosts eritrocitários. São responsáveis tanto pelo formato do glóbulo vermelho quanto pela sua deformabilidade, além de constituírem elementos estabilizadores da bicamada lipídica. 
Anquirina, banda 2.1 ou sindeína: possui três domínios estruturais: domínio funcional, que se liga à subunidade β da espectrina; um segundo domínio funcional que interage com a banda 3; um domínio regulador que controla a função dos dois precedentes. Arritmias cardíacas ocorrem devido a mutações da anquirina-B, também conhecida como anquirina 2. 
Banda 4.1: é uma proteína do citoesqueleto com genética e localização típicas e diversas. Esta proteína pode ser encontrada, além da membrana plasmática, em outras localizações intracelulares e no núcleo. É integrante de uma família de proteínas definidas sobre a membrana do eritrócito como "organizadores" do sistema de aderência. 
Banda 4.2 ou palidina: desempenha um papel organizacional na membrana. É um importante componente no citoesqueleto da membrana eritrocitária porque regula a estabilidade e flexibilidade dos eritrócitos. 
Banda 4.9 ou dematina: é fosforilada por várias proteínas quinases (PK) do eritrócito. Foi encontrada, ainda, em fibras corticais de cristalino e em neurônios cerebrais de aves.
Banda 5 ou actina: é o maior componente protéico do citoesqueleto da maioria das células eucariontes. É abundante e localiza-se logo abaixo da membrana citoplasmática.
Banda 6: corresponde à enzima gliceraldeído-fosfato desidrogenase (GAPD). 
Banda 7: É uma banda composta principalmente por tropomiosina. Essa proteína integra o complexo juncional associado à actina. 
Artigo: História da Hemoterapia no Brasil.
“A transfusão de sangue teve dois períodos: um empírico, que vai até 1900, e outro científico, de 1900 em diante. No Brasil, em 1879, um relato discutia se a melhor transfusão seria com sangue de animais para humanos ou entre seres humanos.”
Era "pré-científica": surgiu o primeiro relato acadêmico sobre Hemoterapia no Brasil.
1879: tese é uma monografia descrevendo experiências empíricas, realizadas até aquela época sobre a transfusão de sangue, onde se discute se a melhor transfusão seria a do animal para o homem ou entre os seres humanos. O aspecto interessante deste trabalho é a descrição detalhada de uma reação hemolítica aguda, com alterações renais e presença da hemoglobina na urina.
Na "era científica" da transfusão de sangue, após a descoberta dos grupos sangüíneos, por Karl Landsteiner, em 1900. Mas o melhor relato desta época ocorreu em Salvador (Bahia) – professor Garcez Fróes, fez a primeira transfusão de sangue, usando oaparelho de Agote, improvisado por ele, transfundindo em uma paciente operada. Pouco depois surgem serviços especializados, de organizações simples, constando de um médico transfusionista e de um corpo de doadores universais, de indivíduos do grupo sanguíneo universal (O), que eram selecionados e examinados, para comprovação de suas boas condições de saúde. 
Na década de 40, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a Hemoterapia brasileira começou a se caracterizar como uma especialidade médica. Foi na década de 40 que os primórdios da Hemoterapia no Brasil apresentaram destaques científicos importantes, como dois eventos que merecem ser citados: O Curso de Hematologia promovido por Walter Oswaldo Cruz e de agosto de 1949, o I Congresso Paulista de Hemoterapia, promovido por Carlos da Silva Lacaz e Oswaldo Mellone.
Nos anos 50, o fato mais importante foi a fundação da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH), possibilitando a consolidação das duas especialidades irmãs. Em 1950, a partir de iniciativa do Banco de Sangue do Distrito Federal, foi promulgada a lei nº 1075, de 27 de março de 1950, que dispõe sobre a Doação Voluntária de Sangue. Também neste ano foi fundada a Associação de Doadores Voluntários do Brasil. 
1980 - extinção da doação remunerada de sangue no Brasil, que eram realizadas por presidiários em troca de cigarros, ou por mendigos em busca da remuneração. 
A Constituição de 1988 - artigo 199, estabeleceu que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção dos órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus componentes, vedado todo tipo de comercialização.
1981 - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS). 
“A hemoterapia brasileira desde os seus primórdios demonstra a busca por uma organização e modelo característico de nosso país. Destacam-se o pioneirismo das artesanais transfusões realizadas por alguns cirurgiões na tentativa de salvar vidas, a criação dos primeiros Serviços de Transfusão nos anos 40, o advento da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia em 1950, a Campanha da Doação Voluntária da SBHH de 1980 e o Programa Nacional de Sangue com a criação de hemocentros. O hemoterapeuta vam deixando um papel passivo tornando-se um especialista de destaque na comunidade médica, hospitalar e universitária, implementando tecnologia e conhecimento em benefício dos pacientes.”
Banco de sangue agora chamado de agencia transfusional.
Terapia com sangue consiste num ciclo de sangue, do doador até o receptor.
HEMOTERAPIA
Hemocomponentes - São produtos que são componentes do sangue, Concentrado de He (CH); Concentrado de Plaquetas (CP); Plasma Fresco Congelado (PFC); Criopreciptados( CRIO). Onde o tipo O é receptor universal.
Hemoderivados - Derivados do CP: fatores de coagulação; Proteínas (Albumina)
Auto hemoterapia - Estimula o controle do processo inflamatório (ex: artrite reumatoide), estimulando as células de defesa a fagocitar (aumentando o controle da inflamação). Esse método é só utilizado para processos inflamatórios e não infecciosos, pois necessitariam de antibioticos.
DOENÇA HEMOLITICA DO RECÉM NASCIDO
Quando a mãe é Rh negativo e o feto é Rh positivo, a mãe acaba sendo imunizada caso o sangue deles se encontrem na hora do parto, e numa segunda gestação se o feto também for Rh negativo, o sistema de defesa o atacará.
TIPAGENS
Tipagem direta: Utiliza o antígeno da hemácia - Se a hemácia foi tipo B, ela ira aglutinar se adicionar soro anti B. Tem a prova direta, que é a pesquisa dos antígenos e a prova reversa (indireta) que é a pesquisa dos anticorpos. Só que as crianças com menos de 1 anos ainda não formaram aqueles anticorpos naturais anti-A e anti-B, então quando faz a prova reversa da negativo, e o que conta mesmo é a prova direta (que mostra os antígenos que elas tem, A, B ou nenhum).
Tipagem reversa: Utiliza os anticorpos do soro do paciente - Caso o soro for anti A e aglutinar, provavelmente a hemácia é tipo B.
HALOIMUNIZAÇÃO - é a maior capacidade de gerar anticorpos. Onde a base, não estimula (Caso Rh - ou Nulo). Mas se a pessoa tem anti A ou B, não pode receber antígenos A ou B ou AB. Se no soro não tiver nada pode doar pra todos. Há no mínimo 12 tipos diferentes de antígenos de superfície.
GRUPOS SANGUINEOS
Cada grupo sanguineo é um antigeno eritrocitario ( Compostos por Carboidratos, proteinas, glicoproteinas, glicoporinas). E possuem anticorpos eritrocitários - IgA, IgG, IgE, IgM, IgD (Fazem ligações de antigenos, fixação do complemento, opsionização e fixação de receptores.
A maior preocupação numa transfusão de sangue é a produção de anticopos do tipo IgG e IgM (que são os maiores fixadores de complemento, estimuladores de LT e LB, que fazem resposta em cadeia.
Dentro de todos os antigenos, existem alguns que estimulam mais o sistema imune do que outros, isso é chamado de IMUNOGENICIDADE. Podendo estimular mais e durar por mais tempo no corpo. 
 Rh: tem auto índice de imunogenicidade.
Quando o paciente recebe uma vez na vida a transfusão, com a analise apenas do sistema ABO e rh, não há controvérsias, mas se o paciente for recorrente, a pessoa cria anticorpos.
O D é o mais imunogênico, se tiver ele é Rh positivo, se n tiver é negativo. Aí o C e o E são menos imunogênicos, então só são importantes se realizar mais de uma transfusão.
SISTEMA ABO- são compostos de carboidratos. Onde seu precursor é o gene H, que forma a base na membrana da hemácia para os outros antígenos, também é chamado de antígeno H.
Se no gene precursor for A, vai ser produzido antigeno A, formando complexo H + A. 
E se for B ou AB a mesma coisa, podendo ser uma base para cada antígeno ou uma base para os dois. 
Porem se tiver só o antígeno H é considerado só o tipo O.
Fenotipo de bombay: não há formação do antigeno H, que só é descoberto através do teste de fenótipo do antígeno H.
Dentro do sistema de Bombay, há 4 tipos sanguineos, A, B, AB, O.
ANTICORPOS DO SISTEMA ABO
Grupo A e B: produzem IgM, se for B produz o tipo anti A, e se for A produz tipo Anti B, e se for AB, não produz nenhum. 
Grupo O: produz IgG e IgM, do tipo Anti A e anti B. 
Fenotipo de bombay: produz IgG e IgM, para H, A, B. 
Todos os anticorpos são produzidos naturalmente. Onde o IgG é um forte fixador de complemento. E para os outros grupos, são apenas após a exposição.
IMAGEM – erro antígeno – no grupo O deve ser representado antígeno H. 
Prova direta - Trabalha com as hemácias do paciente, os Ag A, B, AB ou O. Com sangue total num tubo com ETDA
Prova reversa - Pesquisa de anticorpos no soro do paciente, Anti A, B, H, o teste é realizado com hemacias conhecidas. Num tubo seco para a separação. Tem a prova direta, que é a pesquisa dos antígenos e a prova reversa (indireta) que é a pesquisa dos anticorpos. Só que as crianças com menos de 1 anos ainda não formaram aqueles anticorpos naturais anti-A e anti-B, então quando faz a prova reversa da negativo, e o que conta mesmo é a prova direta (que mostra os antígenos que elas tem, A, B ou nenhum)
Sistema Lewis - Os antígenos desse sistema são carboidratos e só são expressos a partir do gene Le (ou não, se o gene for recessivo) na hemácia depois de 2 a 3 meses do nascimento. E os anticorpos IgM desse sistema não são reativos a 37 graus, que é a temperatura corporal.
Sistema MNS - São glicoporinas, e podem possuir mias de 20 antigenos diferentes dependendo da combinação Gene M e N são mais ativos e antitéticos, possuem um fenótipo convencional, MS, Ms, NS, Ns. Anticorpos: M e N são IgM e não reativos a 37ºc. E S é IgM reativo a 37ºC e possui alta importância clinica para pacientes dependentes de transfusão sanguínea, pois por causa desses antígenos, vai ocorrer uma alta atividade celular fazendo aumentar a temperatura (febre).
ANTIGENO ERITROCITARIO PROTEICO
Sistema Rhesus - possui 46 tipos de antigenos, onde os mais importantes são o C, D e E, por alta capacidade de gerar resposta imune(imunogenicidade), reagem a 37ºC. E o D que é o mais importante - pode ser visto como D (+), e d(-), c e C, E e e pelo coneito de Fisher race.
Sistema Kell - Formadas por Glicoproteinas, e tem 22 tipos de antigenos diferentes, onde os principais são, K1, K2, K3, K4 e K6 e K7. São altamente imunogenicos. Anticorpos IgG, e reativos a 37ºC, e com apenas 100ml fazem imunização.
Sistema Kid (JK) - Apenas 3 tipos de antígenos. JK1, JK2, JK3. Anticorpos - IgG reativos a 37ºC e média imunigenicidade, precisam de varias transfusões para haver imunização. Anticorpos IgG - Pacientes com tratamentos que consideram múltiplas transfusões sanguíneas devem ser fenotipados para o sistema Kidd.
Lutherhan - Baixa imunogenicidade, e reativo a menos de 21ºC.
Uma bolsa de sangue dura no organismo humano de 21 a 25 dias, por isso é necessário os tipos certos de antígenos, pois a imunogenicidade leva em torno de 7 dias para ocorrer. Geralmente os anticorpos que reagem a 33º ou 34º, dão urticaria ou embolos,
Sistema de Duff (FY) - Tem 6 antígenos diferentes formados por glicoproteína, com média imunogenicidade. E os mais importantes são FYA e FYB. Anticorpo - IgG, com alta fixação do complemento. Reativo a 37ºC o que leva uma fagocitose mais agil.
As transfusões de maiores importâncias são aquelas por Poli trauma, no ato cirúrgico, crime de arma branca e arma de fogo.
HEMOTERAPIA
Hemocomponentes - Produtos gerados a partir do sangue total. Por meio de centrifugação, congelamento e centrifugação refrigerada.
Hemoderivados - Produtos obtidos através de fracionados do plasma.
Coleta > Após a coleta de sangue -> centrifugação do sangue total -> separação dos hemocomponentes.
PRESERVAÇÃO - Por anticoagulantes
CPDA 1 - conserva ate 35 dias o sangue total. E se adicionar aditivos conserva até 42 dias.
ACD, CPD, CPD2 - conserva até 21 dias.
TIPOS DE TRANSFUSÕES
Concentrado de Hemácias - Hemocomponente, pode se esperar até 18 horas pós coleta para fazer a transfusão em 2 a 6ºC com variação de 2ºC. O volume a ser transfundindo por bolsa, é de 22oml a 280ml. Com o coagulante tem validade de 32 a 42 dias. Podem ser desleucocitatos (por irradiação, filtração - pois leucocitos tendem a dar reações transfusionarias) Hemacias lavadas (he + sol salina -> centrifuga-> tira sol salina e repete os processos até restar apenas a hemacia.)
Concentrado de plaquetas – uso em casos de hemorragia, quimioterapia, perda de sangue. 
Plasma fresco congelado – transfusão em caso de sangramento em segundo de deficiência de fatores de coagulação ou prevenção de para procedimentos invasivos. 
Concentrado de granulocitos - apenas quando a leucometria estiver baixa em tratamentos de leucemia, porem o concentrado de granulocitos gera muita reação adversa.
Plaquetaferése. 
TIPOS DE CONCENTRADOS
Padrão: Obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total e da remoção da maior parte do plasma; validade 35-42 dias. 
Concentrado de hemácias congeladas: Conservadas em temperaturas iguais ou inferiores a 65 ºC; negativos, na presença de um agente crioprotetor (glicerol ou amido hidroxilado) ; Validade de dez anos.
Hemácia lavada: concentrados de hemácias que se obtém após efetuar lavagens sucessivas das hemácias com solução isotônica de cloreto de sódio, com a finalidade de remover a maior quantidade possível de plasma.
Hemácias desleucocitarias - no máximo 500 mil leucócitos por bolsas.
INDICAÇÕES
Anemia: com Hemoglobina abaixo de 7 g/dl com hipoxia tecidual. Hemoglobina menor que 10g/dl, mas depende de cada caso.
Anemia falciforme: fazendo sangria e introduzindo sangue novo até chegar a 11g/dl .
Hemorragias: Perda de volume acima de 25% e 30% do total de sangue no corpo, por volta de 1,5L
ORIENTAÇÕES: A hemoterapia é apenas para correção da hipóxia, até a hemoglobina atingir o normal ou próximo sabendo que irá aumentar.
VANTAGENS DO SANGUE TOTAL: Reduz sobrecarga circulatória, diminui reação imunologica pelos anticorpos, diminui os metabolitos: ac latico, amonia, Na, K, Citrato.
CONTRAINDICAÇÕES: Promover o bem estar; promover cicatrização de feridas, se a hmoglobina estiver boa. Uso apenas se estiver abaixo de 5g/dl; Profilaxia; Expansão do volume vascular, quando a capacidade de oxigênio estiver adequada (o corpo vive 3 minutos sem oxigênio, 3 dias sem agua, e 30 dias sem alimento).
QUESTÕES
Uma das principais soluções preservadoras/aditivas utilizadas pelas indústrias de bolsa de sangue é a CPDA 1 (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina). A principal função do citrato de sódio na preservação de concentrados de hemácias é? 
Rompe com o mecanismo de coagulação. O Citrato de Sódio é o anticoagulante utilizado nos exames que avaliam a coagulação e que necessitam do uso do plasma do paciente. O papel principal do citrato de sódio é formar um quelato com o cálcio, ou seja, ele irá se ligar aos íons cálcio da amostra e a cascata da coagulação será interrompida.
Quais os principais grupos sanguíneos e qual a sua importância na Hemoterapia?
ABO, RH, sistema de LEWIS, por que na transfusão sanguínea é preciso saber quais são compatíveis para não ter reação, ABO é o mais importante, ele tem Ac naturais, á nasce com Ac, se não for compatíveis terá reação, o RH ele também é importante é imunogênico, LEWIS mais importante em imunogenicidade, para pacientes que fazer transfusões sanguínea, não temos anticorpos naturais para ele. 
A doença do recém-nascido (DHRN) - Explique DHRN e suas complicações.
Patologia causada pela incompatibilidade entre o fator Rh da mãe e o do fator Rh do feto. Acontece quando uma mulher Rh-, sensibilizada imunologicamente, seja por já ter gerado um filho Rh+, seja por transfusão indevida, gera um feto Rh+. Essa sensibilização, nada mais é, que a presença de anticorpos irregulares no sangue, ou seja, anticorpos ocorrem de maneira natural, mas patológica. Esses anticorpos agem normalmente na defesa do organismo quando em contato com antígenos correspondentes. Pode causar a morte do bebê durante a gravidez ou após o parto. Em casos extremos em que não há morte da criança, poderão ocorrer lesões no sistema nervoso, acarretando numa paralisia, deficiência mental, surdez, etc.
Quais os testes pré transfusionais realizadas na amostra dos pacientes antes de transfusão de 01 unidade de concentrado de hemácias? 
Prova direta (utiliza o soro do receptor paciente, e hemácia do doador), ABO e RH. 
Cite pelo menos 03 tipos de testes realizados em amostra de doadores de sangue e qual a sua importância no tratamento hemoterapico? 
A importância de todos os testes é evitar reação transfusional, todos os níveis, no doador são feitos os testes para saber sobre ABO e RH, e também o teste do anticorpo irregular (PAI), no doador é feito o TAD, pesquisa anticorpo ligado na membrana da hemácia, e a hemácia que vai para o paciente. Testes sorológicos capazes de identificar as seguintes infecções: HIV, HTLV I e II, hepatite B (HBV), hepatite C (HCV), sífilis e Chagas.
A hemoterapia é importante nos processos de recuperação após graves acidentes com sangramento agudo, pergunta-se: Qual a importância da imunofenotipagem nesse processo, por quê?
A imunofenotipagem só é importante em casos crônicos, ou seja, quando um paciente realiza transfusões sanguíneas recorrentes, e não em casos de acidentes.
Em relação aos grupos sanguíneos cite e explique 03 grupos sanguíneos de relevância para a medicina transfusional.
Tem-se o sistema Rh, que possui agentes eritrocitários proteicos, correspondente ao “CDE”, é um dos sistemas mais comuns utilizados em transfusões. O sistema MNS são compostos por glicoporinas e correspondem a (Ms, MS, Ns, NS). O sistema Kidd corresponde a 3 antígenos ( JK1, JK2 E JK3), no caso este sistema é importante fazer fenotipagem (imunofenotipagem) para fazer uma transfusão. Mas o sistema principal de utilização é comum o sistema ABO.
Os testes pré transfusionais são obrigatórios para a realização do procedimento de transfusão de hemocomponentes. Para a realização da transfusão de 01 unidade de concentrado de hemácias,quais os testes pré-transfusionais são obrigatórios? 
São obrigatórios os testes pré-transfusionais: o teste de coombs direto (TAD), teste de coombs indireto (PAI), prova cruzada, ABO e Rh. 
Em relação à transfusão de um concentrado de hemácias justifique a seguinte afirmação. Paciente O negativo são doadores universais e pacientes AB+ são receptores universais. 
Pacientes O negativos não possuem os antígenos A, B e D, então, não haveria reação com anticorpos de qualquer receptor. Os pacientes AB positivos não contém anticorpos contra esses antígenos porque os possuem, então podem receber qualquer tipo sanguíneo que não ocorrerá reação.
Por que Rh- não pode receber de Rh+?
A pessoa Rh – não possui o complexo Rh no sangue, portanto seu sistema imunológico não reconhecerá um sangue Rh+. Isso se deve ao seu anticorpo de defesa Anti-Rh, que ao entrar em contato com o sangue Rh+ trata ele como um corpo estranho e causa aglutinação. A reação de no Rh- só acontecerá a partir do segundo contato com o sangue Rh+, por que no primeiro contato com R+ que ativa a produção de anti-Rh.

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