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Unidade I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Prof. Guilherme Cardoso Introdução à Resistência dos Materiais A resistência dos materiais se baseia nas leis da estática e serão aplicadas para corpos rígidos. A estática está fundamentada nas leis de Newton, que estudam corpos rígidos sob ação de forças em equilíbrio. Fonte: livro-texto. Introdução à Resistência dos Materiais Unidade de medidas – Sistema Internacional: Múltiplos e submúltiplos da unidade: Grandeza Unidade Símbolo Massa Quilograma Kg Força Newton N = kg.m/s2 Peso Newton N = kg.m/s2 Pressão Pascal Pa = N/m2 Tensão Pascal Pa = N/m2 Prefixos Símbolo Fator Giga G 109 Mega M 106 Quilo K 103 Centi c 10-2 Mili m 10-3 Introdução à Resistência dos Materiais Resultante de uma força: Fonte: livro-texto. Resultante de uma força Decomposição de forças: Utilizando a trigonometria para esta situação: tg Fx Fy FsenFy FFx cos 22 FyFxF Fonte: livro-texto. Resultante de uma força Exemplo Dadas duas forças sobre um parafuso, determine a resultante atuando. Fonte: livro-texto. Resultante de uma força 22 FyFxF tg Fx Fy FsenFy FFx cos Fonte: livro-texto. Resultante de uma força 1 1 2 2 1 2 cos(35º 15º ) 200*0,643 128,6 cos(15º ) 50*0,966 48,3 176,9 Fx F kN Fx F kN Fx Fx Fx kN cosFx F Fonte: livro-texto. Resultante de uma força cosFx F 1 1 2 2 1 2 cos(35º 15º ) 200*0,643 128,6 cos(15º ) 50*0,966 48,3 176,9 Fx F kN Fx F kN Fx Fx Fx kN Fy Fsen 1 1 2 2 1 2 (35º 15º ) 200*0,766 153,2 (15º ) 50*0,269 12,94 166,14 Fy F sen kN Fy F sen kN Fy Fy Fy kN Fonte: livro-texto. Resultante de uma força cosFx F 1 1 2 2 1 2 cos(35º 15º ) 200*0,643 128,6 cos(15º ) 50*0,966 48,3 176,9 Fx F kN Fx F kN Fx Fx Fx kN Fy Fsen 1 1 2 2 1 2 (35º 15º ) 200*0,766 153,2 (15º ) 50*0,269 12,94 166,14 Fy F sen kN Fy F sen kN Fy Fy Fy kN Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Resultante de uma força 166,14 arctan 43, 2 176,9 Fy tg Fx 2 2 2 2176,9 166,14 242,68 F Fx Fy F kN Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Momento estático Momento é definido como a grandeza física que dá medida da tendência de uma força “F” provocar rotação em torno de um eixo fixo. A determinação do momento deve levar em consideração o módulo da força “F” e a distância da força em relação ao eixo fixo. Fonte: livro-texto. Momento estático Este conteúdo sempre irá considerar como positivo o sentido anti-horário. Fonte: livro-texto. Cálculo do momento estático O momento escalar é definido como a relação do vetor “F” que atua sobre um corpo rígido fixo no ponto “O”. M é o momento escalar F é a força O é o polo ou centro de momento d é a distância perpendicular de “O” da linha de ação de “F” A unidade de momento no sistema internacional de medidas é N.m (Newton metro) M d x F Uso do momento no dia a dia Exemplo: aplicação da força para se abrir uma porta. Fonte: livro-texto. Uso do momento no dia a dia Exemplo: troca de um pneu de carro. Fonte: livro-texto. Momento estático Determine o momento da força em relação ao ponto “O”. Fonte: livro-texto. Momento estático Determine o momento da força em relação ao ponto “O”. 3 300 2,5 500 350 . ( anti- ) M x x M N m sentido horário Fonte: livro-texto. Momento estático Determine o momento da força em relação ao ponto “O”. Fonte: livro-texto. Momento estático Determine o momento da força em relação ao ponto “O”. 1 2 3 3cos(30º ) 2 (60º ) 5 cos(36,87º ) 5 (36,87º ) 433,01 1299,04 2000 900 2832,05 N.m 2832,05 N.m (sentido horário) M Fxd M F x F sen x F x F sen M M M Fonte: livro-texto. Interatividade Determinar o momento resultante no polo O. a) M = - 500 N.m b) M = - 1500 N.m c) M = - 1549 N.m d) M = - 1732 N.m e) M = - 2000 N.m Fonte: livro-texto. Resposta Determinar o momento resultante no polo O. a) M = - 500 N.m b) M = - 1500 N.m c) M = - 1549 N.m d) M = - 1732 N.m e) M = - 2000 N.m Fonte: livro-texto. Equilíbrio das estruturas Estruturas são sistemas compostos de uma ou mais peças ligadas entre si e ao meio exterior de modo a formar um conjunto estável. Exemplos: máquina industrial, um automóvel, um avião, um edifício etc. As estruturas podem ser classificas dependendo de sua geometria, ou seja, em função das dimensões de comprimento, espessura e altura. Unidimensionais Bidimensionais Tridimensionais Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Equilíbrio das estruturas As estruturas também podem ser classificadas quanto ao seu equilíbrio estático, sendo classificadas como: Isostáticas Hipostáticas Hiperestáticas Para estruturas isostáticas e hipostáticas, os esforços internos e externos são determinados utilizando as três equações: ΣFx=0 ΣFy=0 ΣM=0 A unidade I da disciplina de Resistência dos Materiais abordará somente situações de problemas isostáticos ou hipostáticos. Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Vínculos ou apoios Para uma estrutura em equilíbrio estático, deve-se impedir o deslocamento de pontos da estrutura introduzindo nela vínculos (barreiras). Estes vínculos reagirão às forças aplicadas à estrutura em sentido contrário. Esta força é conhecida como reação de apoio. Um corpo rígido qualquer tem três graus de liberdade de movimento: deslocamento em duas direções e rotação. Dependendo do tipo de apoio, ele impedirá o movimento. Vínculos ou apoios Apoio simples ou de primeiro gênero (apoio móvel): Articulação ou apoio de segundo gênero (apoio fixo): Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Vínculos ou apoios Engaste ou apoio de terceiro gênero (apoio engastado): Fonte: livro-texto. Tipos de carregamento Para a análise das reações de apoio é necessário levar em consideração como a carga (força) é aplicada na estrutura. Fonte: livro-texto. Carga uniformemente distribuída Carga concentrada Carga linearmente distribuída Momento concentrado (carga momento) Cálculo de reações de apoio Um corpo está em equilíbrio quando a resultante de todas as forças que nele atuam é nula. 0Fx 0Fy 0M Cálculo de reações de apoio Calcule as reações de apoio da estrutura: Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Cálculo de reações de apoio Calcule as reações de apoio da estrutura: 0Fx 0bxR 0Fy 200 100 0 112,5 300 187,5 kN.m ay by ay ay R R R R 0AM 0 200 2 100 5 8 0 8 200 2 100 5 900 8 112,5 ay by by by by R R R R R kN Fonte: livro-texto. Cálculo de reações de apoio No cálculo de reação de apoio, deve-se concentrar a carga distribuída no centro de gravidade da área da carga distribuída. Exemplos: Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Cálculo de reações de apoio No cálculo de reação de apoio, deve-se concentrar a carga distribuída no centro de gravidade da área da carga distribuída. Exemplos: Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto.Cálculo de reações de apoio No cálculo de reação de apoio, os momentos pontuais são somados ao cálculo de somatória dos momentos, considerando seu sentido de giro. Exemplos: 0MA 40 8 0 8 40 40 8 5 by by by by R R R R Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Interatividade Uma empilhadeira de 2.800 kg é usada para levantar um caixote de 1.500 kg. Determine a reação em cada uma das duas rodas dianteiras A e traseiras B. a) RA = 12 kN ; RB = 31 kN b) RA = 6 kN ; RB = 15,5 kN c) RA = 31 kN ; RB = 12 kN d) RA = 15,5 kN ; RB = 6 kN e) RA = 21,5 kN ; RB = 21,5 kN Fonte: livro-texto. Resposta Uma empilhadeira de 2.800 kg é usada para levantar um caixote de 1.500 kg. Determine a reação em cada uma das duas rodas dianteiras A e traseiras B. Duas rodas dianteiras e duas traseiras, as reações são divididas por dois. d) RA = 15,5 kN ; RB = 6 kN 15 1,3 0,9 28 0,3 0 0,9 27,9 27,9 0,9 31 x Rayx x Rayx Ray Ray kN 43 31 43 12 Ray Rby Rby Rby kN 0MB 0Fy Fonte: livro-texto. Esforços solicitantes Efeito da força ao longo de toda estrutura Forças de tração ou compressão (forças normais). Forças cortantes (cisalhantes). Momentos internos (momento fletor). Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Determinar os pontos de máximo valor das forças e momentos: Força cortante (V): Momento fletor (M): Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Os exemplos a seguir demonstraram de forma prática a construção dos diagramas de força cortante (V) e momento fletor (M). Construa o diagrama de força cortante (V) e momento fletor (M) para seguinte estrutura: Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Primeiro passo – reações de apoio: 0AM 0 100 3 150 6 10 0 10 100 3 150 6 1200 10 120 ay by by by by R R R R R kN 0Fy 0Fx 0bxR Fonte: livro-texto. 100 150 0 120 250 130 N.m ay by ay ay R R R R k Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Segundo passo – fazer os cortes na estrutura: Intervalo: 30 x 63 x 106 x Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Segundo passo – fazer os cortes na estrutura: Intervalo: 30 x 0Fy 0130 V kNV 130 0aMa xM Mx .130 0.130 Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Segundo passo – fazer os cortes na estrutura: Intervalo: 0Fy 0100130 V kNV 30 0bMb 300.30 0300.100.130 03.100.130 xM Mxx Mxx 63 x Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Segundo passo – fazer os cortes na estrutura: Intervalo: 0Fy 106 x 0150100130 V kNV 120 0cMc 1200.120 0900.150300.100.130 0)6.(1503.100.130 xM Mxxx Mxxx Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Terceiro passo – construção do diagrama de força cortante e momento fletor: Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Exemplo para carga distribuída: Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Exemplo para carga distribuída: Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Exemplo para carga distribuída: Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal O diagrama de força normal apresenta o efeito da força que age no sentido de compressão ou tração na peça ou estrutura: A convenção de sinais adotada considera a força normal como positiva se seu efeito for de tração, e negativo se o efeito for de compressão. Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Diagramas de força cortante, diagrama de momento fletor e diagrama de força normal Exemplo de diagrama de força normal: 0Fx kNRax Rax 25 025 Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Interatividade Determine a força cortante (V) e o momento fletor na seção a-a, localizada a 3 m do engastamento. a) V = 100 kN; Mf = 400 kN.m b) V = 400 kN; Mf = 300 kN.m c) V = 300 kN; Mf = 400 kN.m d) V = 100 kN; Mf = 300 kN.m e) V = 100 kN; Mf = 100 kN.m Fonte: livro-texto. Resposta Determine a força cortante (V) e o momento fletor na seção a-a, localizada a 3 m do engastamento. a) V = 100 kN; Mf = 400 kN.m b) V = 400 kN; Mf = 300 kN.m c) V = 300 kN; Mf = 400 kN.m d) V = 100 kN; Mf = 300 kN.m e) V = 100 kN; Mf = 100 kN.m Fonte: livro-texto. Tensão e deformação Tensão é o resultado da ação de cargas externas sobre uma unidade de área da seção analisada na estrutura, submetida a solicitações mecânicas. Área Força Tensão Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Tensão Tensão normal: F Newton (N) A Metros quadrados (m2) N/m2 (Pa) Múltiplos (MPa , GPa) A F Fonte: livro-texto. Deformação A deformação como a relação entre a variação do comprimento da peça (L) e comprimento inicial da peça (Lo). Lo LoL Lo L Fonte: livro-texto. Diagrama tensão x deformação O ensaio de tração consiste em aplicar uma força variável em um corpo de prova cujas dimensões são padronizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Diagrama tensão x deformação Os materiais podem ser divididos em material frágil e material dúctil devido às suas propriedades. Material frágil Concreto, vidro, giz, ferro fundido, cerâmica. Material dúctil Latão, alumínio, aço. Fonte: livro-texto. Lei de Hooke O curso de resistência dos materiais abrange a parte inicial do diagrama tensão x deformação, ou seja, a peça ou estrutura projetada não deve ultrapassar o limite de escoamento do material. “E” representa o módulo de elasticidade ou módulo de Young. .E MATERIAIS Limite de Escoamento (MPa) Módulo de Elasticidade (GPa) Aço ASTM-A36 247 200 Alumínio – Liga 2014-T4 290 73 Latão-C23000 124 115 Bronze – C76100 331 105 Titânio (6%Al,4%V) 727 114 Exemplo de aplicação Determine o diâmetro dos cabos para sustentar um motor de massa = 300kg, sabendo que são feitos de aço com tensão de escoamento de 220 MPa. Considere um fator de segurança = 3,0 para aplicação. Aceleração da gravidade = 10 m/s2. Fonte: livro-texto. Exemplo de aplicação 0Fy N sen F senF senFsenF 32,2121 )º45(.2 3000 3000)º45(.2 03000)º45(.)º45(. MPaadm 33,73 0,3 10.220 6 25 6 10.892,2 10.33,73 32,2121 mA F A A F adm Fonte: livro-texto. 2 54.2,892. 4 d A d 36,07.10 6,07d m mm Interatividade Uma barra de seção circular é tracionada por uma carga 100 kN. Determine o diâmetro dessa barra, considerando um fator de segurança de 3,0 e que o materialda barra é de aço estrutural com limite de escoamento de 247 Mpa. a) D ≈ 10 mm b) D ≈ 20 mm c) D ≈ 30 mm d) D ≈ 40 mm e) D ≈ 50 mm Fonte: livro-texto. Resposta Uma barra de seção circular é tracionada por uma carga 100 kN. Determine o diâmetro dessa barra, considerando um fator de segurança de 3,0 e que o material da barra é de aço estrutural com limite de escoamento de 247 Mpa. a) D ≈ 10 mm b) D ≈ 20 mm c) D ≈ 30 mm d) D ≈ 40 mm e) D ≈ 50 mm Fonte: livro-texto. ATÉ A PRÓXIMA!
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