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Nexo de Causalidade em Direito Penal

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Nexo causal é a ligação entre a conduta do agente e o resultado que essa conduta produz. 
Concausas 
Absolutamente independente - quando o resultado se dá por outra razão, sem nenhuma ligação com a conduta que o agente cometeu (o resultado ia acontecer de qualquer jeito, portanto, exclui a causalidade) 
Se forem preexistentes - excluem o nexo de causalidade (a causa do resultado já existia antes da concausa) 
Exemplo: A queria matar B envenenado. A prepara o copo com o veneno para entregar a B, que estava na sala, e antes disso, o lustre cai na cabeça de B e o mata. (A causa do resultado morte não foi o veneno, portanto, A não responde pela morte de B, por isso o nexo de causalidade é quebrado) 
Se forem concomitantes - excluem o nexo de causalidade (a causa do resultado acontece junto com a causa do agente) 
Exemplo: X quer matar Y envenenado e, no momento que Y vai ingerir o veneno, é tomado por um disparo de arma de fogo vindo de C. (O resultado acontece por causa do disparo, mas Y morreria pelo veneno, se o mesmo tivesse tempo de fazer efeito. X não é responsabilizado pela morte, portanto, não há nexo de causalidade entre a sua conduta e o resultado) 
Se forem supervenientes - excluem o nexo de causalidade (a causa do resultado acontece depois da conduta do agente) 
Exemplo: Z dá veneno para B, querendo matá-lo. O veneno que B ingeriu só fará efeito em 8 horas. Uma hora após a ingestão de veneno, B sofre um acidente de carro e morre devido ao acidente. (O veneno o mataria apenas 7 horas depois desse acidente. A causa da morte foi o acidente, portanto a conduta de Z não tem nexo de causalidade com o resultado causado pelo acidente) 
Obs: Cabe responsabilização na forma tentada. 
Relativamente independentes - Quando as duas condutas tem ligação para fazer o resultado acontecer. Sem a existência dessa concausa, o resultado não ocorreria. 
Preexistentes - o agente responde pelo resultado (A causa do resultado já existia, mas a conduta do agente que a desencadeia. O que causa o resultado já existia, mas ela só acontece por conta da ação do agente que realiza a concausa) 
Exemplo: A quer matar B com um tiro. B é portador de hemofilia e, ao receber o tiro, morre em razão da doença preexistente. (B não morreria com o tiro de A, mas por conta de sua doença, veio a falecer. Se A não tivesse atirado, B não morreria. Portanto, há nexo de causalidade) 
Concomitantes - O agente responde pelo resultado (A conduta do agente e a concausa ocorrem juntas, mas a conduta do agente causa a concausa) 
Exemplo: Z vai assaltar um estabelecimento comercia e entra atirando no local, dando um tiro no responsável pelo local. O dono do estabelecimento tem um infarto devido ao susto do tiroteio e morre. (Z fez os disparos no momento em que o dono do local teve um infarto que o matou, mas esse infarto só aconteceu por conta do assalto) 
Supervenientes - Excluem a causalidade, mas o agente responde pelos fatos anteriores (Art. 13, § 1º, CP) (O agente realiza a conduta (e responde por essa conduta), mas o resultado se dá por uma causa posterior a conduta do agente, que excluem a causalidade, porque produz o resultado por si só) 
Exemplo: A fere B com um tiro no pé numa briga no local de trabalho. B é socorrido, mas no trajeto ao hospital, a ambulância capota devido a um acidente e B morre. (O tiro no pé talvez não matasse B, mas o ferimento foi a causa da ida até o hospital, e o acidente nada tem a ver com o tiro no pé, mas B mão morreria se não houvesse ocorrido a briga e o tiro. A será responsabilizado pelo tiro que deu, mas não pela morte causada por situação alheia a sua conduta – nesse caso, o resulta se dá por si só.)

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