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Resenha crítica do filme Sócrates O filme de Roberto Rosselini fala de algumas passagens da vida do filósofo Sócrates, em Atenas. O filme conta desde o período de dominação da cidade por Esparta até a morte do filósofo. Sócrates no filme é retratado como um velho, com perfil despreocupado, com um comportamento diferenciado em relação aos demais membros da cidade. Sempre acompanhado por um grupo de jovens, Sócrates caminhava discutindo as mais variadas questões, sempre supondo a crítica do assunto abordado. Em Atenas, devido a intensa vida pública e o apego as questões da dimensão social da cidade, como a ética e a política na construção do cidadão ateniense, as ruas das cidades se tornavam espaços para discussão sobre os assuntos mais variados e o filósofo sempre estava presente nessas rodas, contestando os mitos e trazendo sua abordagem dialética que fazia com que o interlocutor, através do processo constante de construção e desconstrução. O filme também trata da vida cotidiana de Sócrates, com sua esposa Xantipa e seus filhos. Esta queixa-se sempre da ausência do marido e da situação da família. Por passar muito tempo cultivando o intelecto ou acompanhando os jovens, o protagonista não era um pai presente. Mas Sócrates sempre contornava. Sua esposa também contestava o fato de não lucrar nada com o ensino dos jovens. Ao comentar sobre um fato ocorrido, o filósofo disse que as duas pessoas que haviam falecido eram seus discípulos e morreram porque se mantiveram em silêncio e não fizeram uso da razão. Sócrates levava as pessoas a pensar, refletir e aprender a buscar a verdade. Utilizava oratórias para o convencimento Ao final do filme Sócrates é morto por eleição popular e democrática, seus ensinamentos e pregações foram considerados inúteis e incabíveis diante à sociedade.
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