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Acão do nucleo Joao da Silva morte presumida

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA CIVIL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO
 	A FULANA DE TAL brasileira, casada, profissional da área de domestica portadora do RG n.ºxxxx e do CPF n.º xxxx, residente e domiciliada na Rua xxxx., n.º xxx, Bairro xxx ,Cidade Rio de Janeiro., Estado Rio de Janeiro por intermédio de sua advogada e procuração em anexo – email ritoka_cdo@Homail,com com escritório profissional sito à Rua xx, nº xx, Bairro xx , Cidade xxx, Estado xxx, onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO DE DECLARAÇÃO JUDICIAL DE MORTE PRESUMIDA
Em face de 
João da silva brasileiro, casado, profissional pedreiro portador do RG n.º xxxx e do CPF n.º xxxxxxxxxxx residente e domiciliado em lugar desconhecido, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DA JUSTIÇA GRATUITA
		Inicialmente requer a Vossa Excelência que se digne a conceder em favor da parte autora os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA nos termos do artigo 4° da Lei 1060/50, inciso LXXIV, do artigo 5º da Constituição Federal (Doc em anexo).
DOS FATOS
.	
	João da Silva sumiu após ser levado por policiais militares para a sede da Unidade de Policia Pacificadora (UPP) durante a ‘‘Operação Paz Armada” entre os dias 02 e 03 de julho de 2014, Na UPP, teria passado por uma averiguação. Após esse processo, segundo a versão dos PMS que estavam com João da Silva, eles ainda passaram por vários pontos da cidade do Rio de Janeiro antes de voltar a sede da Unidade de Policia Pacificadora, onde as câmaras de segurança mostram as ultimas imagens de João da Silva, que segundo os polícias, teria deixado o local sozinho. De acordo com a família, João da Silva não retornou para casa desde então, e sabe-se que nesta operação este corria grande risco de vida, após averiguações descobriram que alguns policiais o torturaram, e que ate a presente data João da Silva não foi encontrado.
.	
A FULANA DE TAL e a legítima curadora do cônjuge ausente, conforme art. 25 do Código Civil contraiu núpcias com o Sr João da Silva, no dia xxx conforme documento juntado. E tiveram filhos do casal, com documentos em anexo
O Sr João da Silva deixou alguns em bens para ser inventariado. Um imóvel o qual encontra-se transcrito sob nº xxx as folhas xxx do livro xxx da xxx Circunscrição Imobiliária, para isso foi requerida a citação por Edital, conforme documentação anexada.
DO DIREITO
O art. 6 do Código Civil diz:
"A existência da pessoa natural termina com a morte. Presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva".
.		Em condições normais, o assento de óbito no Registro Civil das Pessoas Naturais (RCPN) é feito à vista de atestado médico. Excepcionalmente, se não houver médico, o assento de óbito será lavrado com atestado de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. art. 77, caput, da lei 6.015/7
.		 Porém há casos em que o cadáver não é encontrado e tampouco há testemunha da morte. É por isso que o ordenamento jurídico admite a morte presumida e a justificação do óbito, institutos de comprovação da morte perante o RCPN.
Morte presumida
.		Conforme os artigos 6º e 7º do CC, a morte presumida pode ser estabelecida: (1) com decretação da ausência (art. 6º) ou (2) sem decretação da ausência (art.7
A morte presumida com decretação da ausência O desaparecimento de uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens ou se deixou representante ou procurador e ele não possa ou queira representá-la- artigos 22 e 23 do CC) se dá quando a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Neste caso, a morte é reconhecida depois de uma sucessão de atos (declaração da ausência e curadoria dos bens, abertura da sucessão provisória e abertura da sucessão definitiva).
 Somente depois da abertura da sucessão definitiva é que se pode considerar a possibilidade de prática do ato registral que dá publicidade à morte presumida. Há necessidade de declaração judicial.
A morte presumida sem decretação da ausência será declarada por sentença: I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável da morte. 
Na morte presumida há a probabilidade da morte; não a certeza.Justificação de óbito
Por sua vez, a justificação do óbito tem cabimento para assento de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre, não for possível encontrar-se o cadáver para exame. Será também admitida a justificação no caso de desaparecimento em campanha, provados a impossibilidade de ter sido feito o registro, em livro próprio, dos óbitos verificados em campanha e os fatos que convençam da ocorrência da morte (artigo 88 da lei 6.015/73).
Na justificação do óbito há a certeza da morte; não a mera probabilidade. Menciona-se como exemplo a justificação dos óbitos das pessoas cujos cadáveres não foram identificados e, comprovadamente, estavam no avião da TAM, acidentado em 2007, no Aeroporto de Congonhas- São Paulo/SP.
Do registro
A sentença declaratória da morte presumida e o mandado decorrente do processo de justificação do óbito devem ser registrados no Registro Civil das Pessoas Naturais.
Civil da Sede da Comarca ou do 1º Subdistrito da Comarca onde o ausente teve seu último domicílio (item 112 do Cap. XVII das NSCGJ/SP). Por sua vez, algum questionamento pode se fazer quanto ao registro da sentença de morte presumida sem decretação da ausência (registro no Livro C- Registro de Óbitos ou no Livro E- Registro dos Demais Atos do Registro Civil?). O autor entende que o registro deva ser feito no Livro C, afinal trata-se de registro de óbito. Contudo, parece que as NSCGJ/SP indicam que a morte presumida sem decretação da ausência também seja registrada no Livro E (item 112 do Cap. XVII das NSCGJ/SP), a despeito de ter constado equivocadamente “morte presumida” no título da Subseção III (item 97 do Cap. XVII das NSCGJ/SP), quando deveria ter constado “Justificação do Óbito”, conforme artigo 88 da Lei nº. 6.015/73. É certo que o referido item 112 menciona como cartório competente para o registro no Livro E o Registro Civil das Pessoas Naturais do 1º Subdistrito da Comarca onde o ausente teve seu último domicílio.
O óbito deverá ser anotado, com as remissões recíprocas, nos assentos de casamento e nascimento.
.	É fundamental que se conheça o delineamento e o regramento dos institutos da morte presumida e da justificação do óbito nas Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça do respectivo Estado, pois as normas disciplinadoras dos respectivos procedimentos deverão ser observadas com rigor na prática do ato registral no Registro Civil das Pessoas Naturais
Sobre caso semelhante, assim pronunciou o Tribunal de Justiça do Estado do RIO DE JANEIRO:
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 52 CIRCUNSCRIÇÃO DO RCPN Processo n° 225.947 SENTENÇA Trata-se de pedido de justificação de morte presumida de AMARILDO DIAS DE SOUZA formulado pela companheira Elizabete Gomes da Silva e pelos filhos Ana Beatriz Gomes Dias, Alisson Gomes Dias de Souza, Milena Gomes Dias de Souza, Anderson Gomes Dias de Souza, Emerson Gomes da Silva e Amarildo Gomes da Silva. Afirmam os requerentes, em síntese, que Amarildo desapareceu quando estava em poder de agentes do Estado, após a realização da Operação Paz Armada, que mobilizou 300 policiais e entrou na Favela da Rocinha, nos dias 13 e 14 de julho, para prender suspeitos sem passagem pela polícia. Pedem a declaração de morte presumida e a lavratura do respectivo assento de óbito. Parecer ministerial às fls. 36/38, pela suspensãodo processo até que sejam esgotadas as buscas e averiguações da morte. DECIDO. O instituto da morte presumida está previsto no art. 7°, do Código Civil e no art. 88 da Lei de Registros Públicos. O artigo 7° do Código determina que pode ser declarada a morte presumida sem decretação de ausência: 1 - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Já o artigo 88 da Lei de Registros Públicos (6.015/73) permite a justificação judicial da morte para assento de óbito de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar o cadáver para exame. O caso presente não está previsto em nenhuma das situações elencadas. A morte pode ser presumida quando o desaparecimento da pessoa for cercado por circunstâncias tais que gerem uma certeza da morte. Pelo que consta dos autos e das notícias amplamente divulgadas pela imprensa, o desaparecimento teria ocorrido quando Amarildo se encontrava em poder de agentes do Estado, o que, por si só, não geraria perigo de vida. Não foi noticiado qualquer confronto armado, perigo real que justifique a declaração de morte presumida do mesmo. Isto posto, julgo improcedente o pedido inicial. P.R.I. Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2013. LUIZ HENRIQ 'EIRA MARQUES JUIZ DE DIREI
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) conceder o benefício da Justiça Gratuita à Autora,
como os pedidos
b) julgar liminarmente o pedido de levantamento de
valores das contas inativas do Requerido junto ao FGTS
e PIS, concedendo os respectivos Alvarás à Autora, por
se tratar de verbas que irão substituir os alimentos em
caráter emergencial;
c) determinar a citação edital do Requerido pelo prazo
de Lei;
d) intimar o DD. Representante do Ministério Público
para atuar no feito, nomeando curador ao Requerido, se
for necessário, conforme o entendimento do MM. Juízo;
e) julgando procedente o pedido de declaração Da Morte Presumida 
do Requerido, requer-se a expedição de Ofício
ao órgão da Previdência Social, para que proceda ao
pagamento do benefício da Pensão Provisória à Autora;
f) expedir Mandado de Averbação da sentença
declaratória da Morte Presumida ao Sr. Oficial dos Registros
Públicos,
Pretende provar o alegado por todos os meios de prova
em direito admitidos, incluindo depoimento pessoal,
testemunhal e documentos, além dos já acostados.
Dá à causa o valor de R$ 2.000,00
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
.				.Advogada 
				OAB

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