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Centro Universitário Leonardo da Vinci

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Centro Universitário Leonardo da Vinci
GABRIELA GARCIA PEREIRA
ZAIDA PAIM PEREIRA 
(PED 1837)
PROJETO DE ESTÁGIO II
RECORDAR É VIVER
CAXIAS DO SUL, RS 
2019
1 PARTE: PESQUISA
1.1 DELIMITAÇÕES DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA
	O presente projeto tem como área de concentração a formação e profissionalização docente cujo tema é o processo de ensino aprendizagem.
	O ensino fundamental nos anos iniciais consiste no desenvolvimento de um trabalho na formação dos educandos, sendo que o objetivo é que tornem-se aptos para viver numa sociedade multidiversificada e em constante mudança, a modalidade escolhida foi a educação de jovens e adultos, com uma visão desafiadora e diferenciada, eles já possuem noção de uma sociedade, já são aptos nela, porém por algum motivo pausaram os estudos e retornaram em uma segunda oportunidade, com muitos conhecimentos e desejos.
	É necessário que o professor tenha uma boa qualificação para receber todo o conteúdo que trazem com eles, pois não são como a educação infantil, porém precisam de atenção, talvez precisem de alguém para lapida-los, mudar conceitos errados, é preciso de um olhar avançado e especial.
	É através das atividades e dinâmicas que o educando é desafiado a ir ao encontro do novo, produzir, elaborar e reelaborar conhecimentos, sendo o professor o mediador deste processo. Ele que planeja as atividades produtivas para estabelecer a aprendizagem, a investigação e a pesquisa, o educando tem o desafio de colocar-se no lugar do aluno que estará ali, dele que provavelmente teve um dia agitado e só gostaria de estar em casa, mas por buscar melhorar está em uma sala de aula, muitas vezes estará com os pensamentos em outros problemas e é preciso que o professor tenha criatividade e busque coisas novas, atrativas, conteúdos que faça valer a pena ele estar ali.
	Tendo em consideração que a escola está trabalhando sobre as recordações, o passado dos alunos, a professora solicitou que continuássemos neste foco, buscando por dinâmicas e construções com eles, desta forma buscaremos realizar atividades que tornem ao passado, buscando lembranças boas e superando as lembranças ruins, também procuraremos confeccionar trabalhos diferentes para que os educandos se interessem pelas aulas.
1.2 OJETIVOS
	Objetivos do projeto são:
	- Analisar a importância da mediação entre o educador e o educando;
	- Estudar métodos e atividades diferenciadas para melhorar o processo de ensino aprendizagem, retirando o foco de ensino tradicional;
	- Aplicar os planos de aula com os educandos com métodos inovadores para que o educador visualize as possibilidade e facilitar a aprendizagem para os educandos, tornando as aulas atrativas e adquirindo boa interação. 
1.3 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
	Para que a aprendizagem ocorra é necessário que se institua em um ambiente onde o ajustamento afetivos seja a condição primordial. Existe interação entre o ambiente familiar e escolar como o segundo ambiente socializado.
	A Educação de Jovens e Adultos como uma modalidade de ensino, destina-se a um público que não pôde concluir os estudos nas etapas da educação básica na idade regular. Pelo fato de se tratar de um público específico, as propostas e ações educacionais devem ser elaboradas, respeitando o jovem e o adulto, suas condições de vida, suas necessidades e anseios, assim como, sua história de vida e o contexto sociocultural em que está inserido.
	Compreender o processo de ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos exige atentar que, muitos dos jovens e adultos que retornam à escola visam, não somente adquirir conhecimentos, mas, dar um novo sentido a sua realidade de vida. No entanto, a escola não parece cumprir, de forma profícua, com sua responsabilidade de formar o sujeito para toda a vida, habilitando-o para que atue de maneira crítica e ativa em sociedade. 
	Werneck (1999, p.23), compartilha desse mesmo pensamento ao afirmar: “muitas vezes a escola se apresenta aos alunos como um pesado elefante. A primeira impressão deixada para o estudante é de alguma coisa impossível de ser ultrapassada”. Frequentemente, esse sujeito vem à escola com uma carga de problemas que já negativam a sua aprendizagem. 
	Então, encontra também na sala de aula fatores que o deixam reprimido, como a mecanização e a repetição das aulas; tendo como consequência, a falta de estímulo e a sensação de incapacidade.
	De acordo com Oliveira (1999) podemos enfatizar que os altos índices de evasão e repetência na EJA são indicados pela falta de sintonia entre essa escola e os alunos, podendo ser considerado também fatores socioeconômicos que acabam por impedir que os alunos se dediquem plenamente a seu projeto pessoal e envolvimento na EJA. Neste sentido podemos considerar Muencher e Auler (2007) quando retratam que para não haver evasão dos alunos da EJA há possibilidade que o professor torne as aulas atrativas e interessantes, assim os autores compreendem que: 
Perder um aluno da EJA é muito fácil. Nesse sentido, é preciso que as aulas, acima de tudo, tenham significado e utilidade para este aluno, não apenas ofertando uma serventia futura. [...] Na EJA, estes alunos já são adultos, na maioria das vezes independentes, e a escola precisa ser alegre e prazerosa. [...] Acredita-se ser possível tornar as aulas interessantes e desafiadoras para todos os níveis de ensino. (MUENCHEN & AULER, 2007, p. 5) 
	Diante do exposto, entramos na área da didática, na qual compreendemos como sendo o campo da ciência que ajuda os profissionais da educação a organizarem suas práticas pedagógicas de forma articulada com o objetivo de ensino, ações, planejamentos, conteúdos e metodologia. Portanto, ao analisarmos a didática do professor entenderemos como é reconhecida por ele a função do ensino aprendizagem dos alunos da EJA.
	Com base, nestes planejamentos podemos perceber que o ato de planejar se faz viável. Nesse sentido nos remetemos a Farias (2008) quando diz que: 
O planejamento é ato; é atividade que projeta, organiza e sistematiza o fazer docente no que diz respeito aos seus fins, meios, forma e conteúdo. [...] Com o planejamento, esperamos prever ações e condições; racionalizar tempo e meios; fugir do improviso e da rotina; assegurar unidade, coerência, continuidade e sentido ao nosso trabalho. (FARIAS, 2008, p. 106-107)
	O ato de ensinar não pode ser percebido como algo mecânico, a forma de ensinar, os meios e a formar de avaliação devem passar por um processo que permita que a aprendizagem seja realmente alcançada.
	Aprender é o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento, desde o mais simples, onde aprende a manipular brinquedos até o mais complexo.
	Para que haja aprendizagens é preciso que tenha um processo assimilação onde o aluno com a orientação do professor passa a compreender, refletir e aplicar os conhecimentos obtidos, assim à aprendizagem é observada colocação em prática por patê do educando, conhecimentos esses que lhes foram transmitidos durante uma certa aula.
	Existe um fator de suma importância, que é a motivação que pode acontecer de duas formas distintas, intrínsecas e extrínseca, ela é um fator essencial para que aconteça a aprendizagem.
	Para que seja efetivado o processo de aprendizagem é preciso que o educador organize o conteúdo de maneira a atender as necessidades de cada aluno, para que assim descubra as suas reais possibilidades. O educando necessita ser estimulado com conteúdo de seu alcance, textos, atividades e brincadeiras que tratem de sua realidade, algo que seja visível diariamente.
	Somente quando o aluno demonstra através de ações alguma forma crítica pode-se dizer que realmente existiu a aprendizagem.
	Ensinar é a atividade que tem por finalidade que o outro obtenha conhecimento. Para que se tenha um ensino de forma que realmente agregue valor é preciso que o professor como sendo um transmissor de conhecimentos se utilize métodos e técnicas adequadas que tenham base, assim a necessidade básica será encarada com uma ponte e não como obstáculo.Como já nos mostrou Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é uma simples transmissão do professor para um aluno que aprende.” Ele mesmo concluiu que é algo diferente disso “é uma relação recíproca na qual se destacam o papel dirigente do professor e atividade dos alunos. Sendo assim percebemos que o ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de aprendizagem dos alunos. 
	Ensinar envolve uma estrutura que tem por finalidade alcançar a aprendizagem dos educandos através de conteúdo. A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base a memorização, por outro lado os educandos também não devem ser deixados de lado sozinhos procurando uma forma de assimilarem o assunto.
As condições na EJA 	
	O espaço escolar inicialmente criado para atender crianças e adolescentes acaba sendo o mesmo destinado à educação de pessoas jovens e adultas. É de causar estranhamento que na prática, ainda se pode optar por incorporar os alunos não-crianças nas turmas regulares do ensino fundamental. O que implica a realização de um trabalho pedagógico não direcionado para as demandas e as possibilidades próprias de outras faixas etárias que não aquelas para as quais aquele nível de ensino foi originalmente idealizado‖ (FONSECA, 2007, p. 18). 
	O funcionamento da escola dita regular, o projeto político pedagógico a estrutura dos tempos, espaços e currículos são pouco flexíveis. Somado a isto, existem os constrangimentos pelos quais os sujeitos da EJA acabam por passar, que vão do simples fato de estarem ao lado de crianças ou adolescentes que possuem outro ritmo, outros questionamentos, outras atitudes e inclusive outros tipos de respostas para as questões levantadas, até o incômodo do espaço físico. A maioria das instalações existentes nas escolas são dimensionadas para a acolhida de crianças, os mobiliários, a trilha sonora e as decorações acabam sendo direcionados para atender as especificidades infantis. 
	Sabe-se que a ação pedagógica de um educador deve diferenciar-se substancialmente quando dirigida a crianças e quando dirigida a adultos, porém a maioria dos professores de EJA trabalha mais de um período, dois, até três, e em algum deles acaba lecionando também com crianças. Vê-se de forma não rara, o uso da mesma abordagem metodológica para os dois públicos. Justificam-se afirmando que os sujeitos da EJA não tiveram muitas oportunidades de brincar quando crianças. Portanto, a escola agora lhes proporciona o resgate dos aspectos lúdicos da vida. Contudo ―o fato de terem brincado pouco quando criança, não deveria tornar-se o motivo para levá-los a participar de certas brincadeiras que os infantilizem e os constrangem‖ (ALVARES, 2010, p. 39).
É insignificante, falsa e açucarada a teoria do ―homem lúdico‖ ou da ―criança dentro do adulto‖, que precisa continuar brincando. Essa teoria incorre num erro duplo. Por um lado reduz as atividades criativas do adulto e a elaboração formal de suas vivências a um ―brincar de crianças‖. Por outro lado, também não leva a sério o brincar das crianças. Mas o sentido das brincadeiras infantis é sério. Mesmo quando fazem de conta, o fazer imaginativo é um fazer real, é um testar, um explorar certas situações. São ensaios. O ―brincar‖ deve ser entendido como ―experimentos de vida‖. Enfim, é um aprendizado. Talvez as atividades criativas dos adultos tenham sua origem no brincar infantil, no sentido de se desenvolver um potencial que já existe na criança. Seria apenas natural. Porém os dois níveis não são comparáveis. Representam mundos totalmente diferentes, de critérios, de vivências e intenções, de possibilidades e realizações. [...] Crianças são sensíveis, espontâneas, muitas vezes talentosas. Mas ainda não realizaram suas potencialidades. Nem as conhecem (OSTROWER, 1998, p. 263, Grifos do Autor). 
	A idade cronológica propicia oportunidades de relações e vivências que geralmente crianças e adolescentes ainda não passaram. Acreditamos que as estruturas socioeconômicas e culturais estão impondo a entrada cada vez mais prematura em algumas dimensões da vida adulta, todavia é bastante sensível a diferença de como as crianças, os adolescentes, os adultos e até mesmo os velhos são inseridos nessas dimensões. Diferentemente das crianças, o adulto chega à sala de aula com o caráter já construído ou formado. Sua concepção de mundo já está consolidada. A consolidação de suas concepções lhe dá instrumentos para lidar com o conhecimento em sua complexidade. Com esse sujeito maturo, o educador pode adentrar em áreas ditas de bloqueio mobilizando meios para soltar a ação do fazer nesse sujeito, de forma com que ele expresse sua formação, sua experiência de vida. O adulto tem muito mais dificuldades com as técnicas, entretanto possui maior facilidade de compreensão (ALVARES, 2010).
	A proposta da EJA oferece oportunidades para que as múltiplas áreas do currículo possam trazer para a discussão assuntos como necessidades básicas, cultura, meio ambiente, relações sociais, cidadania e participação, propondo assim, práticas que decorrem da ideia de formação profissional.
	Alguns discentes da EJA procuram uma instituição escolar inicialmente motivados pela expectativa de conseguirem um emprego melhor, e que na maioria das vezes esta esperança acaba se desfazendo devido a uma grande exigência imposta pelo mundo do trabalho. Ser alfabetizado hoje em nosso país, não é garantia de melhor emprego e muito menos, um mecanismo de ascensão social.
	Portanto, cabe ao Estado garantir a estes alunos a continuidade de seus estudos. Precisa-se de uma educação que seja capaz de dotar estes trabalhadores de autonomia e versatilidade, que sejam capazes de se comunicar facilmente, que possuam maior capacidade de interpretar e solucionar problemas, que dominem os meios tecnológicos, enfim, precisa-se de uma educação que esteja preocupada em promover a formação integral dos educandos preparando-os para a vida. Uma educação que lhe possibilite compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito‖ (PCN, 1998, p. 7).
	Esta educação se faz necessária para o enfrentamento de questões que atualmente estão postas no mundo do trabalho. Discussões sobre a exploração do trabalhador, desigualdade/estratificação social, má distribuição de renda, capitalismo, neoliberalismo e etc. devem se fazer presentes a fim de possibilitar ao cidadão uma visão mais consciente e crítica de sua realidade. Acreditamos também que seja necessário que o estudante tenha conhecimento de como o trabalho se constituiu ao longo do tempo, pois a nosso ver, essa informação o auxilia no entendimento e enfrentamento de algumas situações presentes.
Concebendo os métodos e técnicas de ensino 
	Quando se está em sala de aula o professor tem por objetivo que os alunos que ali estão presentes saiam com o conteúdo assimilado, este, portanto é seu objetivo, para que este objetivo seja alcançado o professor irá se utilizar de um método, que de forma simples é o caminho realizado para se atingir um objetivo, ou seja, os métodos são os meios para realizar objetivos (LIBÂNEO, 1994). 
	Os métodos que serão empregados vão depender do local, idade, nacionalidade, realidade social e diversos outros fatores que influenciam a forma de aprender do aluno. Assim, para algumas turmas o método expositivo será de maior aceitação e com uma melhor aprendizagem, já em outra turma pode acontecer que seja necessário a elaboração conjunta ou outros métodos. De qualquer 3 maneira a forma que a aula irá ser ministrada depende da turma e da forma que o professor encara seu local de trabalho. 
	Ressaltamos que o planejamento deve ser priorizado para que haja uma ação educacional pautada na evolução do aluno, adequando o processo de aprendizagem a suas necessidades para partindo desse pressuposto obter bons resultados,desse modo, podemos considerar Lopes (1988), quando realça que: 
Um planejamento deve ser dirigido para uma ação pedagógica crítica e transformadora possibilitando ao professor maior segurança para lidar com a relação educativa que ocorre na sala de aula e na escola como um todo. Nesse sentido, o “planejamento adequado” bem como o seu resultado- “o bom plano de ensino” - se traduzirá pela ação pedagógica direcionada de forma a se integrar dialeticamente ao concreto do educando, buscando transformá-lo. (LOPES, 1996, p. 43).
	Em sua tese Barroso (2015), traz a importância da escolha do método na realização de uma aula, é colocado como exemplo o ensino de jovens adultos, fica clara a necessidade de se adequar as aulas para uma classe que possui uma rotina diferente de alunos que cursam em horários como matutino e vespertino. Por isso o professor que se encontra com uma turma como essa tem que ter noção de que a forma que eles irão aprender é diferente da forma tradicional. 
	Não apenas no ensino de jovens adultos, como a educação para moradores de povoados, ou seja a educação do campo, ensino para presidiários, ensino para pessoas com deficiência, todas devem ser vistas de forma especial, e por esse motivo o professor deve estar preparado para uma nova forma de ensino que vise a aprendizagem dos alunos. 	Dito de forma resumida, os métodos que serão aplicados devem possuir em mente as necessidades dos alunos, só assim a aprendizagem será obtida de forma efetiva, pois o professor irá relacionar os conteúdos com base no contexto social de cada ambiente onde ele está inserido. De nada adianta querer transmitir conteúdos muito complexo para alunos que nem mesmo possuem o domínio da leitura ou não sabem realizar contas simples. Por isso o método é tão importante, o professor através da observação vai ser capaz de descobrir quais os pontos fortes e fracos da turma e qual a melhor maneira deles aprenderem. 
	Cada método possui uma função seja a de estimular o aluno ao debate ou de ajudá-lo a compreender algum conteúdo no âmbito de sua realidade local. Não existe o melhor método, o que existe são melhores momentos para se aplicar uma técnica de ensino. 
	Para a construção de uma aula o professor se utiliza de materiais como o livro didático, o quadro, filmes, slides, ou simplesmente a linguagem oral, Libâneo (1994) faz uma exortação quanto o domínio desses métodos, deve também ter consciência de que cada método ou técnica se adéqua a um conteúdo sendo necessário que o professor entenda que o mesmo método pode não funcionar com outro assunto. 
	Os professores precisam dominar, com segurança, esses meios auxiliares de ensino, conhecendo-os e aprendendo a utilizá-los. A forma de avaliar segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, 
A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre seu trabalho. [...] A apreciação qualitativa desses dados, através da análise de provas, exercícios, respostas dos alunos, realização de tarefas etc., permite uma tomada de decisão para o que deve ser feito em seguida. (LIBÂNEO, 1994, p. 196) 
 	Essa avaliação acontece através da verificação onde são coletados dados que irá ajudar a descobrir como está o aproveitamento dos alunos, através de provas, exercícios e tarefas ou até mesmo entrevistas. 
	Outra forma é a qualificação onde os resultados são comprovados e logo em seguida ocorre à atribuição de notas ou conceitos. A apreciação qualitativa é a avaliação propriamente dita dos resultados, referindo-os a padrões de desempenho esperados. As avaliações escolares cumprem pelo menos três funções, a pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle. 
	Cada uma dessas funções possui um papel importante no ambiente escolar. Assim, a função pedagógico-didática se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais específicos da educação escolar. Cumprindo sua função didática, a avaliação contribui para a assimilação e fixação, pois a correção de erros cometidos possibilita o aprimoramento, a ampliação e o aprofundamento de conhecimentos e habilidades e, desta forma, o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas. 
	Durante todo o processo de ensino se realiza avaliações que têm como finalidade um diagnóstico da turma, ou do aluno de maneira específica para corrigir as falhas e estimulando os acertos. Com relação à função de controle, esta se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico da turma com relação às situações didáticas (LIBÂNEO, 1994). 
	Este controle pode acontecer de diversas formas, como o controle sistemático e continuo que acontece durante todas as aulas onde o professor irá perceber a evolução da turma, sem, no entanto a qualificação de resultados. Da mesma maneira se pode ter o controle parcial onde no final de cada bimestre ou semestre, por exemplo, ocorre uma avaliação (LIBÂNEO, 1994). 
	A avaliação não pode ser vista como se funcionasse apenas de uma maneira, pois a diversas formas de avaliação que irão se adequar a realidade de cada ambiente escolar. Os equívocos avaliativos devem ser evitados, pois eles não ajudam na compreensão da aprendizagem do aluno, é claro que todo equívoco possui sua razão de existir, porém, o ato de avaliar deve ser encarado como parte do processo de ensino e não como a reta final. 	A avaliação deve ser vista como um instrumento do professor que ao se utilizar dela terá condições de atinar o que está acontecendo na turma, se seus métodos estão sendo adequados ou não, se a turma está tendo rendimento ou se houve algum regresso. 	Para Libâneo (1994, p. 201) “A avaliação possibilita o conhecimento de cada um, da sua posição em relação à classe, estabelecendo uma base para as atividades de ensino e aprendizagem”. Por isso a avaliação deve ser encarada como algo benéfico e não uma mera atribuição de notas após 5 uma prova ou atividade de sala, ela deve ser vista como um instrumento de auxílio do professor para que através de seus resultados algumas atitudes sejam tomadas ou deixadas de lado.
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO
2.1 METODOLOGIA
	
	A pratica de estagio realizar-se-á nas seguintes etapas, doze horas de observação e vinte horas de atuação em sala de aula, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Presidente Vargas, localizada na rua Visconde de Pelotas
bairro centro, 556, CEP 95020180, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, cujo contato pode ser feito através do número (54) 3221-4305, e-mail presvargas04cre@educacao.rs.gov.br, a qual tem por diretor Carlos Alberto Machado e coordenadora Rosana Cesa. A escola oferece atendimento para Anos iniciais (1ª a 4ª série ou 1º ao 5º ano), Anos finais (5ª a 8ª série ou 6º ao 9º ano) e Educação de Jovens e Adultos, sendo uma escola com uma boa localização no bairro, possuem 800 alunos ao total. 
	A escola possui uma sala de recepção, oito banheiros, um depósito de alimentos, um depósito de materiais, sala de biblioteca, sala de informática, SOE, sala de direção, vice direção, coordenação e sala dos professores, possui um refeitório, uma cantina, uma sala de vídeo, um pátio aberto e dois cobertos, 15 salas de aulas sendo ocupadas, a equipe é formada por 53 funcionários, na frente da escola possui um parquinho e uma quadra de esportes coberta.
	Apresentando seu aspecto físico conservado, estrutura de um prédio antigo, em bons estados de higiene, paredes pintadas, ambientes organizados e limpos, bem conservados, estão realizando a troca de fiação para melhor atender seus alunos.
	O PPP direciona as ações do cotidiano escolar, aprimorando as qualidades das ações pedagógicas e administrativas, ele indica direção, é construído com a participação de todos envolvidos neste processo ensino-aprendizagem, para proporcionar uma educação qualitativa e oportunizar o desenvolvimento integral do educando que é função da proposta pedagógica.
	A professora a ser observada Marta Conceição Gubiani, trabalha em uma turma de EJA, alfabetização2, com 12 alunos, na faixa etária de 15 a 60 anos. Sua formação acadêmica é magistério, atua há 23 anos, realiza seu planejamento com base no tema escolhido pela escola, o qual seus objetivos são definidos para o coletivo, tem bom relacionamento com os alunos, utiliza-se de alguns meios didáticos, quando surgem algumas limitações procura adaptar-se da melhor maneira, os alunos são bem receptivos e participativos.
	2.2 CRONOGRAMA
 	As observações e regência da turma Alfabetização 2 se realizará nos dias descritos no cronograma abaixo e serão divididos em 12 horas de observação realizados em quatro noites de 3h15min e 20 horas de regência divididas em 6 dias de 3h30min.
	DATA
	TURNO E HORÁRIO
	ATIVIDADE
	21/10
	18:15 ás 21:45
	Observação 1 
	22/10
	18:15 ás 21:45
	Observação 2
	23/10
	18:15 ás 21:45
	Observação 3
	25/10
	18:15 ás 21:45
	Observação 4
	18/11
	18:15 ás 21:45
	Regência 1
	19/11
	18:15 ás 21:45
	Regência 2
	22/11
	18:15 ás 21:45
	Regência 3
	25/11
	18:15 ás 21:45
	Regência 4
	26/11
	18:15 ás 21:45
	Regência 5
	29/11
	18:15 ás 21:45
	Regência 6
REFERÊNCIAS
ALVARES, S. C. Educação Estética para Jovens e Adultos, a beleza no ensinar e no aprender. São Paulo: Cortez, 2010. (coleção questões da nossa época; v.10).
BARREIRO, I. M. de F. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006. 
BARROSO, Betânia. Os Caminhos metodológicos. In. A constituição do sujeito de aprendizagem: uma experiência da aprendizagem situada no Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá – CEDEP/DF. Tese de doutorado (em andamento). Brasilia: UnB, 2019. 
BRASIL, Ministério da Educação, MEC, Salto para o futuro. Reflexões sobre a educação no próximo milênio. Secretária de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto. SSED, 1997.
COELHO, T. E. C. Portal Educação: A educação infantil e o processo ensino aprendizagem. Disponível em <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/educacao/9940.>, Acesso em: 28 de out de 2019.
CORTELLA, Mário Sérgio. Informatofobia e Iformatolatria: equívocos na Educação. http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbeonline/det.asp?cod=51889&type=p. Acesso em 26 de out de 2019.
FONSECA, M. C. F. R. Educação Matemática de Jovens e Adultos: especificidades, desafios e contribuições. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
LIBÂNEO, J. C. O processo de ensino na escola. São Paulo: Cortez, 1994. P. 77-118 LIBÂNEO, J. C. Os métodos de ensino. São Paulo: Cortez, 1994. P. 149-176 LIBÂNEO, J. C. A avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994. P. 195-220
OSTROWER, F. A sensibilidade do Intelecto. Rio de Janeiro: Campus, 1998
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis, [s. n.], v. 3, n. 3, p. 5 – 24 2005/2006.
SOARES, Suely Galli. Educação e Comunicação: o ideal de inclusão pelas tecnologias de informação: otimismo exacerbado e lucidez pedagógica. São Paulo: Cortez, 2006
VALENTE, José Armando (org.). O Computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas: UNICAMP/ Núcleo de Informática Aplicada à Educação- NIED, 1999.
WERNECK, Hamilton. Se a boa escola é a que reprova, o bom hospital é o que mata. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1999
ZEICHNER, K. M; LISTON, D. P. Formación Del profesorado y condiciones sociales de La escolarización. Madri: Ediciones Morata, 1993.
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