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AULAS_03 PESSOA JURÍDICA

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PESSOA JURÍDICA 
 
Cristiano Chaves de Farias 
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia 
Professor de Direito Civil do CERS 
 
 
1. Noções conceituais. 
Agrupamento de pessoas/destinação patrimonial, finalidade específica e lícita, constituição na forma da lei. 
Registro e retroatividade. 
 
Art. 45, CC: “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder 
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.” 
 
Direitos da personalidade. Direito autoral. 
A questão da gratuidade judiciária (novo CPC 98 e 99). STJ, AgRg no AREsp 202.953/RJ. 
 
A questão do imóvel pertencente à empresa, onde reside o empresário, ser bem de família: “A impenhora-
bilidade do bem de família no qual reside o sócio devedor não é afastada pelo fato de o imóvel pertencer à 
sociedade empresária.” (STJ, Ac. 4ª T., EDcl no AREsp 511.486/SC, rel. Min. Raul Araújo, j. 3.3.16) 
 
2. As associações. 
Noções gerais. Finalidade social. 
Possibilidade de tratamento diferenciado de associados. 
Exclusão de associado. 
Destinação do patrimônio remanescente. 
 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens 
especiais. 
 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimen-
to que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o 
caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins 
não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição 
municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da 
destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as 
contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. 
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver 
sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá 
à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. 
 
3. As fundações. 
 
3.1. Noções gerais e as diferentes fases constitutivas. A finalidade fundacional e a polêmica da taxatividade do 
CC. 
 
Art. 62, CC: “Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de admi-
nistrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: I – assistência social; II – cultura, 
defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico III – educação; IV – saúde; V – segurança alimen-
tar e nutricional; VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvi-
mento sustentável; VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização 
 
 
 
 
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de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; VIII 
– promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; IX – atividades religiosas” 
 
Enunciado 8, Jornada: “Art. 62, parágrafo único: a constituição de fundação para fins científicos, educaci-
onais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no CC, art. 62, parágrafo único.” 
 
3.2. Fase de instituição (dotação e insuficiência. Transferência contra a vontade do instituidor e tutela específica). 
 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo 
não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a 
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial. 
 
3.3. Fase de elaboração dos estatutos. A atuação do MP. 
 
3.4. Fase de aprovação dos estatutos. A atuação do MP e a atuação supletiva do Judiciário (procedimento de 
jurisdição voluntária). 
 
A redação imprecisa do art. 764 do novo CPC: 
 
Art. 764, nCPC: 
“O juiz decidirá sobre a aprovação do estatuto das fundações e de suas alterações sempre que o requeira 
o interessado, quando: 
I - ela for negada previamente pelo Ministério Público ou por este forem exigidas modificações com as 
quais o interessado não concorde; 
II - o interessado discordar do estatuto elaborado pelo Ministério Público. 
§ 1º O estatuto das fundações deve observar o disposto na Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código 
Civil). 
§ 2º Antes de suprir a aprovação, o juiz poderá mandar fazer no estatuto modificações a fim de adaptá-lo 
ao objetivo do instituidor.” 
 
3.5. Fase de registro. 
 
3.6. Fiscalização das fundações pelo MP. A inconstitucionalidade reconhecida pelo STF, ADin 2794/DF. 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distri-
to Federal e Territórios. 
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo 
Ministério Público. 
 
3.7. Alteração estatutária. 
 
Art. 67.” Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: I - seja deliberada por 
dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; II - não contrarie ou desvirtue o fim des-
ta; III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do inte-
ressado.” 
 
Art. 68. “Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fun-
dação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria 
vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias”. 
 
3.8. Extinção fundacional e destino do patrimônio remanescente. 
 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de 
sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorpo-
 
 
 
 
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rando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra 
fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
4. Classificação da pessoa jurídica quanto à função exercida: de direito público e de direito privado (o critério 
definidor, a responsabilidade civil e o regime patrimonial dos bens). 
Critério da exclusão. 
 
Art. 41, CC: “São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha 
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas 
deste Código.” 
 
Art. 44, CC: “São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações; 
IV – as organizações religiosas; 
V – os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.” 
 
A natureza
associativa das organizações religiosas e dos partidos políticos. 
 
As empresas públicas e sociedades de economia mista. Responsabilidade civil (STF, RE 179.147/SP)e regime de 
impenhorabilidade dos bens (STJ, REsp 894.730/RS ). Legitimidade delas para requerer suspensão de segurança 
(STJ, AgRgAgRg SLS 1.955/DF). 
 
As EIRELI’s: bifurcação do patrimônio do empresário individual: patrimônio pessoal e patrimônio da pessoa jurídi-
ca. Figura nova, características singulares, impondo adaptação do clássico Direito Empresarial. 
É um empresário individual com responsabilidade limitada (facilitação da constituição de empresas e diminuição 
de fraudes). 
Exclusividade para a constituição com pessoas físicas. 
O capital social mínimo é de 100 vezes o valor do salário mínimo (CC 980-A). 
Mas, não é possível usar direitos da personalidade do empresário (nome, voz, imagem...) para a integralização do 
capital social da empresa individual. Enunciado 473, Jornada. 
Não é um tipo de sociedade, mas um novo tipo de pessoa jurídica. 
Podem funcionar como microempresa ou empresa de pequeno porte (Lei Complementar 123/06). 
Para garantir interesses de terceiros, deve constar do nome social (ou razão ou denominação) a expressão EIRE-
LI. A omissão gera ineficácia do tipo empresarial, assumindo o empresário individual responsabilidade ilimitada. 
Possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica (Enunciado 470, Jornada). 
 
5. Desconsideração da personalidade jurídica (disregard doctrine ou disregard theory). 
 
CC 50: “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela con-
fusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe cou-
ber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendi-
dos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.” 
 
CDC 28: “O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do 
consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos 
estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de 
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
§ 2º - As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas são subsidiariamen-
te responsáveis pelas obrigações decorrentes deste Código. 
§ 3º - As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste 
Código. 
 
 
 
 
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§ 4º - As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
§ 5º - Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma 
forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.” 
 
 
5.1. Fundamentos: abuso do direito associativo e reafirmação do princípio da separação (independência da per-
sonalidade e patrimônio). 
A simples prática de atos ultra vires (excesso de mandato ou poder) pelo sócio não justifica, por si só, a desconsi-
deração, mas viola a boa-fé objetiva e gera responsabilidade da empresa – STJ, REsp. 448.471/MG. 
Igualmente: “o encerramento das atividades ou dissolução da sociedade, ainda que irregulares, não são causas, 
por si sós, para a desconsideração da personalidade jurídica”. (STJ, Ac. unân. 3ª T., AgRgAREsp.711.452/SP, 
rel. Min. João Otávio de Noronha, j. 6.10.15, DJe 9.10.15). 
 
5.2. A desconsideração da personalidade jurídica e o direito brasileiro. 
Previsão expressa: 
 
a) CDC 28 e Lei 9.605/98 – Lei Ambiental 4º 
b) CC 50 
c) A Lei nº 12.529/11 – Lei de Defesa da Concorrência, art. 34 (adota teoria maior, ao exigir abuso, infração da 
lei, ilícito ou violação estatutária ou, ainda, por conta de falência, insolvência civil ou encerramento de atividades 
decorrentes de má gestão). 
d) A Lei nº12.846/13 - Lei Anticorrupção, art. 14, contemplou, expressamente, uma outra possibilidade de des-
consideração da personalidade jurídica. Âmbito do procedimento administrativo de responsabilização, podendo 
ser utilizada, por exemplo, no caso de inadimplemento da multa imposta por decisão motivada do Tribunal de 
Contas ou com vistas a impedir que determinada empresa, ou grupo empresarial, participe de certames licitató-
rios. 
 
Art. 14, Lei n 1º 12.846/13: “A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com 
abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática de atos ilícitos previstos nesta lei ou para 
provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídi-
ca aos seus administradores e sócios com poderes de administração, observados o contraditório e a am-
pla defesa.” 
 
5.3. Alcance: o sócio ou adminstrador que praticou o ato de abuso da personalidade. 
Cabimento da desconsideração das pessoas jurídicas sem fins lucrativos e das EIRELE’s. 
 
Enunciado 7, Jornada: “Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática 
de ato irregular, e, limitadamente, aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido”. 
 
5.4. A desconsideração inversa e o seu fundamento de admissibilidade. O novo CPC. 
 
Jornada 283: “É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” para alcançar bens 
de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.” 
 
Art. 133, nCPC: “§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da per-
sonalidade jurídica.” 
 
5.5. Incidente processual de desconsideração no novo CPC 
 
i) Provocação do interessado. 
 
Jornada 285: “A teoria da desconsideração, prevista no art. 50 do Código Civil, pode ser invocada pela 
pessoa jurídica em seu favor.” 
 
Art. 133, novo CPC: 
“O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Minis-
tério Público, quando lhe couber intervir no processo. 
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídi-
ca.” 
 
 
 
 
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ii) Requerimento em sede de processo de execução ou conhecimento (ou atividade executória) e necessidade de 
respeito ao devido processo legal (incidente em apartado). Enunciado 60, Jornada de Direito Civil: “é cabível a 
aplicação da desconsideração da personalidade jurídica, inclusive na fase de execução”. 
 
Art. 134, novo CPC: 
“O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumpri-
mento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devi-
das. 
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida 
na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. 
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. 
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para descon-
sideração da personalidade jurídica.” 
 
Art. 135, novo CPC: 
“Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas 
cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.” 
 
Art. 136, novo CPC: 
“Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.” 
 
A aplicação do novo procedimento nos Juizados Especiais Cíveis: 
 
Art. 1.062, nCPC: “O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de 
competência dos juizados especiais.” 
 
6. Responsabilidade civil e penal da pessoa jurídica. 
 
4.1. A responsabilidade penal-ambiental (Lei 9.605/98).
Não cabimento do uso de HC, mas, sim, de mandado de segurança (STJ, AgRgHC 244.050/PE). 
Posição anterior do STJ: A demonstração do dolo através da presença simultânea do sócio da empresa no polo 
passivo da demanda penal (STJ, RHC 24.239/ES). 
Nova posição do STF: “O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal 
da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese respon-
sável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação. (...) Condi-
cionar a aplicação do art. 225, § 3º, da Carta Política a uma concreta imputação também à pessoa física 
implica indevida restrição da norma constitucional, expressa a intenção do constituinte originário não 
apenas de ampliar o alcance das sanções penais, mas também evitar a impunidade pelos crimes ambien-
tais frente às imensas dificuldades de individualização dos responsáveis internamente pelas corporações, 
além de reforçar a tutela do bem jurídico ambiental”. (STF, Ac. 1ª T., RE 548.181/PR, rel. Min. Rosa Weber, 
j. 6.8.13, DJe 30.10.14). 
 
4.2. A responsabilidade civil. 
 
a) Pessoa jurídica de direito privado: regra geral, responsabilidade subjetiva. Prazo prescricional para ser respon-
sabilizada: 3 anos. 
Exceções: dano ambiental, dano ao consumidor e a Lei nº12.846/13 que estabelece a responsabilização objetiva 
civil e administrativa das pessoas jurídicas pela prática de atos contra a Administração Pública, nacional ou es-
trangeira (art. 1º). Ex: fraude, suborno, propina... Responsabilidade da empresa não exclui a responsabilidade 
civil, penal e administrativa do agente que praticou o ato. Legitimidade do MP e do Poder Público para requererem 
medidas de responsabilização. Sanções podem ser restituição de bens/valores, suspensão de atividades e, até 
mesmo, dissolução compulsória. 
 
b) Pessoa jurídica de direito público (CF 37, Par.6º). 
 
Alcance das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público – STF, RE 179.147/SP. 
 
 
 
 
 
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Lei 13.286/2016: alterou a redação do art. 22 da Lei nº 8.935/94 (Lei dos cartórios) prevendo que a responsabili-
dade civil dos notários e registradores passa a ser SUBJETIVA e que o prazo prescricional fica reduzido para 3 
anos. 
 
Direito de regresso contra o agente causador do dano. 
 
Prescrição: 5 anos (STJ, REsp. 1.251.993/PR). 
 
Inadmissibilidade de denunciação da lide (STJ, REsp.44.840/SP). 
 
A questão da imprescritibilidade: “1. É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de 
ilícito civil. 2. Recurso extraordinário a que se nega provimento.” (STF, Ac. Tribunal Pleno, EDclRE 669.069/MG, 
rel. Min. Teori Zavascki, DJe 30.6.2016) 
 
 
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