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Resenha individual sobre os dois mecanismos de elaboração onírica e a sua relação com a repressão (recalcamento). Primeiro falaremos da repressão, que segundo Freud é um dos mecanismos de defesa que é responsável por não deixar escapar do inconsciente ideias e/ou impulsos indesejáveis e inaceitáveis pela sociedade e até mesmo pelo próprio indivíduo, seja por causa da ética, moral, religião, entre outros. A repressão age suprimindo e impedindo a exposição destes, e considera-os acidentes patogênicos. Estes impulsos indesejáveis moram no inconsciente e por vezes tentam se mostrar através de sonhos, chistes e atos falhos, porém o consciente comandado pelo ego reprime-os e usa os mecanismos de defesa para contê-los a todo custo com a intenção de evitar o incomodo e o desprazer. Um modo de encobrir esta forma de resistência é a hipnose, e isso dá ao terapeuta acesso à um determinado setor mental, contudo, as resistências são como guardas e estão sempre em atividade prontos a reprimi-los para assim proteger o campo psíquico. Se torna importante salientar que nem todo mundo é hipnotizável, é necessário que o paciente acredite e aceite ser hipnotizado. Freud passou a usar também a estratégia de pedir ao paciente para dizer o que não sabe, ou seja, associação livre. Neste não se pode ter critério, nem senso de certo e errado, é necessário que diga tudo o que vier a mente mesmo que seja algo repugnante. A finalidade da terapia é fazer com que o consciente e o inconsciente conversem sem brigar, sem entrar em conflito. Como dito anteriormente, as ideias, pensamentos e desejos que a resistência tenta barrar muitas vezes aparecem através dos sonhos, a partir daí que aparecem os mecanismos de elaboração onírica o que possui forte relação com a repressão, um age ajudando o outro, fazendo com que o trabalho seja bem sucedido. Quando esses acidentes patogênicos aparecem nos sonhos, a elaboração onírica entra em ação; seja através da condensação – em contato com o sonho latente a condensação faz uma fusão de vários conteúdos em um só, isto ocorre em grande parte dos sonhos, mas não em todos, então pode se afirmar que o que se lembra dos sonhos são fragmentos. Entretanto não é uma tradução do conteúdo latente para o conteúdo manifesto; seja pelo deslocamento – pode se dizer que é uma das formas de funcionamento do inconsciente, é a substituição de uma energia carregada em outra mais leve, Freud vai se referir ao deslocamento como alusão, ambos tendem a fazer com que tudo fique confuso e o indivíduo não tome conhecimento do que realmente acontece no inconsciente. Os desejos se manifestam com muito mais força no inconsciente, e em contato com a consciência a tendência é enfraquecer esta manifestação. Dito isto, a interpretação dos sonhos é tida como um caminho para o conhecimento do inconsciente. Aluna: Roberta Ingrid Mello Lima Matrícula: 2017103294
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