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Fl(s). ___/___
RESUMO
Direto Internacional Humanitário
Em tempo de guerra, os homens devem observar certas regras de Humanidade, mesmo em relação ao inimigo. Neste sentido, o Direito Internacional Humanitário (DIH) é um ramo do Direito Internacional que tem como objetivo limitar os efeitos da violência em tempo de guerra.
Também conhecido como Direito dos Conflitos Armados ou Direito da Guerra, o DIH protege pessoas e objetos afetados ou passíveis de serem afetados pelas hostilidades, e limita métodos e meios de guerra em tempo de conflito.
O DIH e a sua evolução estão intimamente vinculados à história da Cruz Vermelha. De fato, foi graças a Henry Dunant e à I Convenção de Genebra de 1864 que foram lançadas as bases do DIH que se conhece hoje, sendo que atualmente as Convenções de Genebra protegem 4 categorias de pessoas: feridos, náufragos, prisioneiros e civis.
Regras básicas do Direito Internacional Humanitário
Existem algumas regras básicas de Direito Internacional Humanitário que têm de ser cumpridas pelas partes envolvidas no conflito, entre elas:
1. As pessoas postas fora do combate e aquelas que não participam diretamente nas hostilidades têm o direito ao respeito pelas suas vidas e da sua integridade física e moral;
2. É proibido matar ou ferir um adversário que se renda ou que se encontre fora do combate;
3. Os feridos e doentes devem ser recolhidos e tratados pela parte no conflito que os tem em seu poder. A proteção cobre igualmente o pessoal sanitário, os estabelecimentos, os meios de transporte, material sanitário e os emblemas da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho;
4. Os combatentes capturados e os civis que se encontrem sob a autoridade da parte adversa têm o direito ao respeito pela sua vida, da sua dignidade, dos seus direitos pessoais e das suas convicções;
5. Todas as pessoas se beneficiarão das garantias judiciárias fundamentais. Ninguém será tido como responsável de um ato que não cometeu;
6. As partes num conflito e os membros das suas forças armadas não possuem um direito ilimitado na escolha dos métodos e meios de guerra suscetíveis de causas perdas inúteis ou sofrimentos excessivos;
7. As partes num conflito devem sempre fazer a distinção entre população civil e os combatentes, de forma a poupar a população e os bens civis.
• Convenções de Genebra de 1949 e Protocolos Adicionais
As Convenções de Genebra de 12 de Agosto de 1949 são 4 tratados internacionais (ratificados por quase todos os países do mundo) que formam a base do Direito Humanitário moderno e determinam o tratamento de soldados e civis durante os conflitos.
Estas foram desenvolvidas e complementadas pelos Protocolos Adicionais de 1977 e pelo recente III Protocolo Adicional de 2005 referente ao novo emblema.
As Convenções têm por base o respeito pelo ser humano e pela sua dignidade.  Obrigam a que as pessoas que não participem diretamente nas hostilidades e aquelas que sejam postas fora de combate por doença, ferimento, cativeiro ou qualquer outra causa, sejam respeitadas. Obrigam também a que as pessoas sejam protegidas contra os efeitos da guerra e a que aquelas que sofrem sejam socorridas e tratadas sem distinção.
• I Convenção - Melhorar a situação dos feridos e dos doentes das Forças Armadas em campanha.
• II Convenção - Melhorar a situação dos feridos, doentes e náufragos das Forças Armadas no mar.
• III Convenção - Tratamento dos prisioneiros de guerra.
• IV Convenção - Proteção de civis em tempo de guerra.
Os Protocolos Adicionais I e II, de 8 de Junho de 1977, vêm distinguir os conflitos armados internacionais dos não-internacionais. Assim, de acordo com o Protocolo I, as guerras de libertação nacional têm de ser tratadas como conflitos de caráter internacional. Contudo, hoje em dia a maioria das guerras já não são travadas entre dois ou mais Estados, daí haver a necessidade de o Protocolo II vir especificar melhor algumas provisões aplicáveis nestes casos.
O III Protocolo Adicional de 8 de Dezembro de 2005 formalizou a adoção do terceiro emblema do Movimento, o Cristal Vermelho.
As Convenções da Haia de 1899 e 1907, trataram respectivamente sobre a Resolução Pacífica de Controvérsias Internacionais. Haia tornou-se num centro de encontros e conferências internacionais por estar situada nos Países Baixos, região de neutralidade de conflitos. 
Historicamente, os encontros internacionais em Haia são referidos como Convenção de Haia ou Conferência de Haia. As reuniões notáveis não estão atreladas somente as duas primeiras conferências, no fim do século XX, nos anos de 1993 e 1995, aconteceu a Convenção da Haia sobre a proteção das crianças e adoção internacional.
A primeira Convenção de Haia aconteceu 1899, dos 26 estados participantes na época, somente o México era da América Latina. Na segunda Convenção Haia, participaram 44 estados, sendo 18 da América Latina.
Entre as duas primeiras Conferências de Haia, realizaram-se duas conferências dos Estados Americanos, a primeira em 1901, na Cidade do México, e a segunda no Rio de Janeiro, em 1906, nas quais os demais países latino americanos não participantes em Haia endossaram as decisões e resultados de Haia.
A partir da II Conferência de Paz de Haia , os países latino americanos alcançaram importância no contexto universal dos debates entre as nações. A II Conferência aconteceu de 15 de junho a 18 de outubro de 1907, os latino americanos expressaram o sentimento de universalidade à conferência.
Os países latino americanos se preocuparam em discutir questões relacionadas à ao recurso à arbitragem e não utilização da força, igualdade jurídica entre Estados, fortalecimento da justiça internacional e a abertura do direito do indivíduo à justiça internacional.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Fundado em 1863, o CICV trabalha no mundo todo para levar assistência humanitária às pessoas afetadas por conflitos e pela violência armada e para promover as leis que protegem as vítimas da guerra. É uma organização independente e neutral e seu mandado deriva essencialmente das Convenções de Genebra, de 1949. Com sede em Genebra, Suíça, a organização tem cerca de 12 mil funcionários em 80 países; é financiada, sobretudo, por doações voluntárias dos governos e das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Tratados Internacionais de Direitos Humanos
A pós a Segunda Guerra Mundial, o número de conflitos regionais e consequentemente o aumento dos crimes condenados internacionalmente fez renascer a preocupação mundial de evita-los através de um Tribunal Internacional permanente, “capaz de aplicar o direito internacional aos acusados de cometerem tais crimes, evitando-se assim a impunidade e a seletividade dos mesmos” [1].
Com isso, em julho de 1998, foi então criado o Tribunal Penal Internacional, através da aprovação do Estatuto de Roma na Conferência Diplomática das Nações Unidas de Plenipotenciários, reunidos na sede da FAO (Food and agriculture Organization) em Roma.
Através do referido Estatuto, foram estabelecidas as regras materiais, processuais, de organização interna, as regras do Ministério Público, bem como a competência e as penas aplicáveis aos casos julgados pelo futuro Tribunal.
Todas essas regras, convergiram para um único ponto, a investigação e a punição dos responsáveis pelas violações aos direitos humanos, devendo o Tribunal ser encarado “como um tratado internacional de direitos humanos” [2], por combater as atrocidades cometidas contra estes direitos.
Os tratados internacionais de direitos humanos nasceram como uma resposta dos Estados as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial; a partir de então normas foram criadas com o intuito de prevenir que as antigas violações não mais ocorram.
O comportamento acima adotado provocou um processo de relativização da soberania absoluta dos Estados, pois passou-se a permitir formas de monitoramento e responsabilização internacional, quando os direitos humanos forem violados. O Tribunal Penal Internacional, como tratado internacional de direitos humanos, possuitodos os seus mecanismos de atuação voltados para que os referidos direitos sejam respeitados.
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Os tratados internacionais de direitos humanos nasceram como uma resposta dos Estados as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial; a partir de então normas foram criadas com o intuito de prevenir que as antigas violações não mais ocorram.
O comportamento acima adotado provocou um processo de relativização da soberania absoluta dos Estados, pois passou-se a permitir formas de monitoramento e responsabilização internacional, quando os direitos humanos forem violados. O Tribunal Penal Internacional, como tratado internacional de direitos humanos, possui todos os seus mecanismos de atuação voltados para que os referidos direitos sejam respeitados.
Ademais, não podemos deixar de mencionar o artigo 5º da CF que versa sobre os direitos fundamentais, cujo objetivo é a proteção dos direitos individuais e coletivos da pessoa humana, protegendo-a de lesões ou violações.

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