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Lei da Liberdade Econômica

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Lei da Liberdade Econômica - Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019
A aprovação da Lei da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874) sancionada em setembro de 2019 gerou mudanças em mais de 20 leis, as quais afetam trabalhadores, empresários e até o governo.
A medida sancionada pelo Governo Federal busca facilitar a vida das empresas e dar mais segurança jurídica na geração de empregos e gestão do capital humano. A expectativa é gerar 3,7 milhões de empregos em 10 anos, o que levaria ao crescimento de mais de 7% da economia no mesmo período.
A Lei propõe diminuir a burocracia nas atividades econômicas, simplificando os processos para empresas e empreendedores. Em resumo, a lei elimina alvarás para atividades consideradas de baixo risco e flexibiliza algumas normas trabalhistas. Como por exemplo, a obrigatoriedade de registro de ponto somente para empresas com mais de 20 colaboradores, Digitalização da carteira de trabalho e a separação do patrimônio dos sócios das dívidas de uma pessoa jurídica.
Alguns pontos foram vetados por sanção presidencial. Ficaram de fora a aprovação automática das licenças ambientais, a flexibilização de testes de novos produtos ou serviços e a criação de um regime de tributação – sem ser de direito tributário. Originalmente, também era previsto um período de 90 dias para adaptação à nova lei. Com o veto, as novas regras passam a valer imediatamente.
Passa a ser permitido o uso do registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Nesses casos são anotadas apenas folgas, horas extras, férias e faltas.
Na questão dos Alvarás, a lei favoreceu a dispensa do alvará para as atividades de baixo risco. Enquadram-se nesta categoria atividades de comércio, alimentos; roupas; prestação de serviço, como telemarketing; atividades industriais, como confecções.
Até a antiga Carteira de trabalho se modernizou com a nova lei, ficando instituída a criação da Carteira de Trabalho Eletrônica, emitida pelo Ministério da Economia. Essa será a forma preferencial, sendo que a impressão em papel será realizada apenas em casos de exceção e o prazo de anotação no documento por parte do empregador passa a ser de 5 dias úteis a partir da admissão do colaborador.
No caso das Cobranças de dívidas era muito comum a utilização judicial da “desconsideração da personalidade jurídica”. Esse mecanismo, criado no Código Civil de 2002, permitia a responsabilização das dívidas das empresas pelos sócios e proprietários. Dessa forma, elas podiam ser pagas por meio do bloqueio do patrimônio pessoal. A partir da Lei da Liberdade Econômica, a desconsideração só é possível em casos de atos ilícitos, desvio de finalidade e confusão patrimonial.
No caso dos Documentos digitais, antes havia a obrigatoriedade do arquivamento de documentos físicos por longos períodos. Isso invariavelmente demandava espaço e gerava custos de armazenagem. Agora, a digitalização abrange também documentos públicos. Assim, os arquivos digitais terão o mesmo valor probatório do documento original.
Fiscalização de negócios de baixo risco não é mais a obrigatória em negócios de baixo risco. Esta pode ser feita a posterior, em casos especiais. Isso é, por ofício ou motivada por denúncia aos órgãos públicos.
Também foi criado o conceito “abuso regulatório”. Trata-se da infração cometida pela administração pública, caracterizada pela edição de normas que “afete ou possa afetar a exploração da atividade econômica”. Dessa maneira, foram determinadas pelo texto as situações em que atos administrativos da gestão pública podem ser invalidados. Confira:
· Criar reservas de mercado para favorecer um grupo econômico em prejuízo de concorrentes;
· Exigir especificação técnica desnecessária para o objetivo da atividade econômica;
· Criar demanda artificial ou compulsória de produto, serviço ou atividade profissional – inclusive, de uso de cartórios, registros ou cadastros;
· Redigir normas que impeçam a entrada de novos competidores nacionais ou estrangeiros no mercado;
· Colocar limites à livre formação de sociedades empresariais ou atividades econômicas não proibidas em lei federal.
Além destas principais mudanças causadas pela Lei da Liberdade Econômica, também conta com medidas para Fundos de investimento, cujo a MP define regras para o registro, a elaboração de regulamentos e os pedidos de insolvência de fundos de investimentos e a Extinção do Fundo Soberano, uma antiga poupança formada com parte do superávit primário de 2008, que estava zerado desde maio de 2018.
Portanto, com base nos princípios fundamentas apresentados pela lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019 que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e estabelece normas de proteção à livre iniciativa, ao livre exercício de atividade econômica e disposições sobre a atuação, acredito que veio para cumprir o propósito de desburocratizar, modernizar e angariar ainda mais o empreendedorismo no Brasil, além de alavancar a economia, dando isonomia as relações trabalhistas. Minha expectativa é de que os impactos extremamente positivos referente à desburocratização e modernização para os negócios sejam sentidos em breve por todos da sociedade.
Fontes consultadas
https://ahgora.com/blog/lei-da-liberdade-economica-quais-areas-serao-afetadas/ em 30.04.2020 as 17:38 hs
Bibliografia 
https://www.conjur.com.br/2019-dez-30/direito-civil-atual-lei-liberdade-economica-bem-vinda
https://www.camara.leg.br/noticias/588685-bolsonaro-sanciona-a-lei-da-liberdade-economica/

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