Prévia do material em texto
Charles Robert Darwin A família de Darwin era uma família de classe média alta, seus avos foram dois dos homens mais famosos da Inglaterra. Seu pai era um homem muito rico (médico), e no final da adolescência percebeu que não teria que fazer nada na vida que não quisesse. Para o resto de sua vida fez exatamente o que lhe agradava. Quando criança Darwin não demonstrava indicações que seria um cientista tão dedicado e entusiasmado que o mundo viria a conhecer. Embora seu desempenho escolar fosse fraco, demonstrava interesse por historia natural e em colecionar moedas, minérios e conchas. Seu pai o mandou para a University of Edinburgh para estudar medicina, mas logo o jovem se mostrou entediado. Como resposta o pai disse- lhe que deveria tornar-se clérigo. Ele passou três anos na Cambridge University e achou a experiencia uma perca de tempo, pelo menos do ponto de vista acadêmico. No âmbito social, no entanto, achou fantástico, tendo sido este o período mais feliz de sua vida . Um de seus professores, o britânico John Stevwns Henslow, conseguiu uma indicação para Darwin como naturalista para fazer parte da excursão do HMS Beagle, um navio que o governo britânico estava preparando para uma viagem científica ao redor do mundo, Darwin quase fora recusado para trabalhar por causa do formato de seu nariz. Fitzroy, um homem extremamente religioso, desejava a presença de um naturalista a bordo para encontrar provas concretas sobre a teoria bíblica da criação. Escolhera o homem errado A viagem rendeu a Darwin a oportunidade impar de observar uma variedade de vida animal e vegetal e de coletar diversas espécies, além da enorme quantidades de dados. A viagem também parece ter mudado sua personalidade.. Darwin voltou a Inglaterra como um cientista com uma única paixão: desenvolver a teoria do evolução. Casou-se e mudou-se para o vilarejo Down. Darwin tinha um problema de saúde, onde os sintomas era aparentemente de fundo neurótico, provocados por qualquer interrupção na sua rotina diária. Darwin tinha motivos para se preocupar. A ideia de evolução vinha sendo condenada pelas autoridades religiosas conservadoras e até em alguns meios acadêmicos. Esperou 22 anos para apresentar publicamente as suas ideias, pois desejava ter a certeza de que, ao faze-lo, a teoria estaria perfeitamente apoiada em provas cientificas irrefutáveis. Em 1842 Darwin redigiu um esquema de 35 paginas de sua teoria da evolução. Dois anos mais tarde, expandiu as ideias de um ensaio de 200 paginas, mas ainda não esta satisfeito. Continuou a manter segredo da maior parte de seu trabalho, compartilhando as ideias apenas com os amigos mais íntimos, como geólogo Charles Lyell e o botânico Joseph Hooker. Por mais de 15 anos Darwin elaborou e trabalhou seus dados, conferindo, aperfeiçoando. Revisando, insistindo para que todos os aspectos de sua posição fossem inquestionáveis. Em 1859, foi publicado pela primeira vez o livro icônico de Charles Robert Darwin (1809- 1882), On the origin of species by means of natural selection or the preservation of favoured races in the struggle for life, no qual o naturalista inglês apresentou sua teoria evolutiva. Cinco outras edições foram publicadas, sendo a sexta e última datada de 1872. Sua teoria definindo evolução como "descendência com modificação guiada por seleção natural" provocou uma avalanche de críticas positivas e negativas nos primeiros anos que seguiram sua publicação. As posições a respeito da teoria darwiniana amadureceram. É apenas em 1868 que Darwin vem a publicar, pela primeira vez, sua teoria da hereditariedade, no último capítulo de seu livro The variation of animals and plants under domestication. Essa obra foi uma extensão do primeiro capítulo de On the origin, que, assim como ele, tratava de temas importantes a respeito da evolução na perspectiva da domesticação e da seleção artificial, esta última muito explorada por Darwin na proposição da seleção natural como uma importante força atuando sobre a transmutação das espécies. No capítulo 27 de The variation, nomeado "The provisional hypothesis of pangenesis" ("A hipótese provisória da pangênese"), Darwin transcreve a teoria na qual seus estudos a respeito de variação, herança, desenvolvimento e reprodução culminaram (Olby, 1963). Embora Darwin tenha identificado a pangênese como uma hipótese, é seguro se referir a ela como uma teoria. A origem das espécies por meio de seleção, para Darwin as espécies que não se adaptam não sobrevive. O segundo importante trabalho sobre a revolução foi the descent of man (1871), reunia as provas da evolução humana a partir das formas de vida mais simples, enfatizando a semelhança entre os processos mentais humanos e animais. Na obra the expression of the emotions in man and animals (1972) Darwin alegava que as expressões corporais eram "manifestações incontroláveis". O o trabalho de Darwin influenciou na psicologia contemporânea no final do século XIX, mediante que o enfoque na psicologia animal, que formou a base da psicologia comparativa; a ênfase nas funções e não na estrutura da consciência; a aceitação da metodologia e dos dados de diversas áreas; o enfoque na descrição e mensuração das diferentes individuais. A teoria da evolução suscitou a intrigante possibilidade da continuidade do funcionamento mental entre os humanos e os animais inferiores. Os psicólogos perceberam a importância do estudo do comportamento animal para compreensão do comportamento humano e concentraram a pesquisa no funcionamento mental dos animais, introduzindo um novo tópico no laboratório da psicologia. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702017000300707&lang=pt#B67