Trabalho ppb

Prévia do material em texto

8
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
GABRIEL COSTA ZAPAROLI – N264BD7
ANA CAROLINE DE SOUZA ANDRADE – T1934J8
ISABELLA NARDON GONGORA – T7931G9
MAYARA CAROLINE DE OLIVEIRA BATISTA - N230975
LUCIANA FERNANDES - D5324H0
PERCEPÇÃO
	Projeto/ Relatório apresentado para disciplina de Processos Psicológicos Básicos, sob a orientação da Professora Marisa Silva
Campus Assis – São Paulo
2018
INTRODUÇÃO
Trata-se de trabalho apresentado à disciplina Processos Psicológicos Básicos, por alunos do 1/2º semestre do curso de Psicologia da Universidade Paulista /UNIP. O referido trabalho consiste na realização de um mini experimento sobre a temática “Percepção”, cujo problema de pesquisa é a investigação do fatores que interferem no processo perceptivo de pessoas em diferentes faixas etárias”, no caso, fase adulto jovem dos 20 aos 40 anos de idade meia idade dos 40 aos 60 anos de idade. O presente trabalho apresenta a seguinte hipótese para o problema a ser investigado: “ Os fatores que interferem no processo perceptivo diferem conforme a faixa etária.”
DESENVOLVIMENTO
Segundo David Myres, a percepção é a energia física do ambiente que codificamos como sinais neuronais, portanto a todo momento estamos transformando a energia em percepção.
Nossa percepção é seletiva, focamos nossa atenção em algum aspecto que mais nos chama a atenção no momento, e deixamos de notar os demais.
Através de um experimento de Ulric Neisser 1979 comprovou que nossa atenção quando está voltada para algo é como se não conseguíssemos detectar as outras. O experimento se tratava de mostrar a algumas pessoas videoteipes de um minuto, com três homens jogando basquete, todos de camisa preto, e paralelo a essa imagem havia mais três homens de camisa branca fazendo a mesma coisa, jogando basquete. Quando os espectadores vissem os jogadores de camisa preta com a bola. Enquanto essa atenção estava voltada aos jogadores e as cores de suas camisas, entra uma mulher carregando um guarda-chuva passando sobre a tela, e a
maioria dos espectadores não notam essa mulher, pois sua atenção estava voltada a outra coisa. Quando a fila foi passada novamente, então todos conseguiram ver a mulher e ficaram surpresos ao vê-la. Dessa forma concluímos que a qualquer momento estamos conscientes de uma quantidade limitada de tudo o somos capazes de perceber. A partir desse século um grupo de psicólogos alemães começaram a estudos sobre como a mente organiza as percepções e sensações, dando início a outra abordagem de estudos chamado então de Gestalt, palavra que significa “forma” ou um “todo”. Dessa forma os psicólogos apresentaram demonstrações convincentes de sobre a percepção e a sensação.
Para os Gestaltistas percebemos os objetos da mesma maneira, com proximidade (partes próximas no tempo dá a impressão de uma única forma) continuidade (elementos fluindo em uma direção particular) semelhança (partes parecidas tendem a ser vistas juntas) complementação (completamos uma figura incompleta) simplicidade (tendemos ver uma figura boa quando possível sobre a condição do estímulo) e figura/fundo (tendemos a organizar percepções do objeto observado a figura e o segundo plano contra o qual ela se destaca o fundo), esses princípios estão presentes nos nossos próprios estímulos.
METODOLOGIA
Para fazer o trabalho, o grupo foi à campo aplicar um mini experimento. Os integrantes do grupo foram divididos em dois subgrupos, onde, três pessoas aplicaram o experimento em uma faixa etária com mais de 40 anos e o outro ‘’grupo’’ trabalhou com uma faixa etária menor de 40 anos. Ambos os participantes serão aqui denominados individualmente como sujeitos. À todos eles foram apresentadas e assinadas as Cartas de Apresentação junto ao respectivo Termo de Consentimento livre e Esclarecido, os quais seguem anexos a este trabalho. Foi apresentada aos indivíduos uma figura previamente selecionada em classe com a professora, conforme modelo anexo.
Cada aluno mostrou a figura para o colaborador e pediu que ele descrevesse o que viu, onde as respostas foram anotadas.
Foram verificadas e anotadas também as reações dos colaboradores ao verem as figuras, como: se o sujeito não viu as duas (ou mais) imagens da figura, se girou a figura, se aproximou e afastou do rosto, etc.
Foram anotadas também as verbalizações do colaborador.
Em seguida foi perguntado ao sujeito o que pensou que influenciou a sua percepção, sendo as respostas devidamente anotadas.
RESULTADOS
Após a realização do mini experimento foram obtidos os seguintes
resultados:
Sujeito A
Idade: 27 anos
Profissão: Assistente de Compras
O que viu: declarou ter visto na imagem que se vista de longe ela viu um casal de senhores idosos um homem e uma mulher com lenços no ombro e olhando de perto ela viu um homem com chapéu mexicano tocando violão e uma mulher com algo na cabeça e uma garrafa e outra mulher no fundo saindo de uma porta os mesmo estão sentados no chão e o motivo pelo qual ela viu estas imagens é devido as cores na hora do manuseio da imagem ela não virou a imagem em vários ângulos.
Sujeito B
Idade: 60 anos
Profissão: Aposentado
O que viu: A primeira imagem que ele viu segundo as palavras dele, um velho com um violão, depois olhando com mais firmeza, um casal de idosos olhando um para o outro,  neste momento faz uma brincadeira, que não via mais nada, só artrite e artrose, por estar vendo tantos velhos. Viu um vaso entre os velhos, o indivíduo ficou bastante intrigado, virou o papel várias vezes, em vários ângulos, porque tinha a certeza que podia ter mais imagens. Depois disso relatou que na orelha do velho principal, via uma mulher em pé numa porta, passou um bom tempo analisando a imagem, ainda querendo ver mais figuras, até que finalizou dizendo que não via mais nada, mais que tinha certeza que mais figuras tinha no retrato.
Sujeito C
Idade: 45 anos
Profissão: Manicure
O que viu: Disse que se tratava de duas pessoas idosas se olhando, com uma paisagem ao fundo, olhando melhor, relatou que na imagem havia de um lado a figura de um homem, tocando um instrumento musical e do outro, uma mulher em repouso, com um objeto sobre a cabeça. Ao olhar a imagem mais detalhadamente, disse que no lado direito da imagem, havia um local, parecendo ter uma porta baixa, de onde saia uma mulher, tenho que se curvar para sair se dirigindo em direção ao homem. Por fim, descreveu seu entendimento da figura, como sendo duas pessoas interagindo, sentadas, sobre um piso estampado, onde ao lado da mulher havia um garrafa no chão e onde pareciam ser às estruturas de duas cabeças humanas, era na verdade parte de um saguão, com uma janela. A pessoa ao ser questionada sobre o que havia influenciado sua observação reportou ter sido os detalhes coloridos da imagem, tendo a manipulado e virado de vários ângulos.
Sujeito D
Idade: 31 anos
Profissão: Social Media
O que viu: Inicialmente ela relata ter visto dois idosos se olhando, segundo ela, porque se preocupou em olhar a imagem como um todo sem se resumir aos detalhes, posterior aos idosos, ela se atentou ao violão e a mulher. Quando questionada sobre o motivo que a levou e enxergar a cena, ela se refere ao fato de também tocar o instrumento e que isso lhe chamou muita atenção.
Sujeito E
Idade:49 anos
Profissão: Professora de Educação Infantil
O que viu: A colaboradora no primeiro momento se deparou com um senhor e uma senhora de frente um para o outro, mas ao observar com mais tempo conseguiu ver que onde forma o rosto dos senhores tem mais pessoas, sendo um jovem com um instrumento no rosto do idoso, e uma moça segurando um jarro no rosto do idoso. A mesma observou também que onde é no primeiro momento a orelha do senhor tem uma moça que está saindo de dentro dela, e quando se observa apenas isso é como se fosse uma porta e não uma orelha. E por fim no meio dos senhores ela enxergou uma vaso claro, para separar eles. O motivo da sua percepção ser esse, foi que ao observar mais detalhamentoviu que não era só dois rostos, mas que havia mais figuras devido ao traços da imagens e os objetos que se detectava cada vez que se observava mais e diante disso veio a sua mente que dentro de cada velho existe um jovem.
DISCUSSÃO DE DADOS
Sujeito A: Com relação ao conteúdo estudado em Gestalt a percepção depende muito do cognitivo da pessoa e isso possibilita com que a mesma tenha compreensão e interpretação do que está sendo observado. Considerando ainda que as vivencias e experiências da pessoa influenciam muito no modo que a pessoa irá interagir com o meio.
Sujeito B: Segundo Mayers no nível da percepção consciente, qualquer coisa que chame sua percepção, receberá sua atenção por inteiro, (ex é o momento que o colaborador relata que está vendo um monte de velhos), o autor afirma que fatores internos e externos afetam a atenção seletiva. Outro ex (o momento que o entrevistado intensifica  a atenção na figura, virando ela para todos os ângulos, pois tinha certeza, que existia  mais coisas a ser vista) Neste momento podemos  perceber mais um relato do autor, que não percebemos pode nos afetar. Nossa mente obedece a certas regas de agrupamento de estímulos,  Nesta parta entra a  questão do entrevistado ter visto tantas pessoas numa só figura. Segundo Mayers nossas expectativas e suposição podem nos dar um conjunto perceptivo, ou predisposição mental, que influencia  e muito o que percebemos. Dentro dos  conceitos sensação e percepção o relato do entrevistado,  pelo ponto de vista dele, acreditamos  que ele possua uma percepção mais imediata e outra mais detalhada, quando vai analisando a imagem e mostrando a sim a certeza de que existiria  mais imagens.