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Percepção: Diferenças entre Adultos e Crianças

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SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3
1. PERCEPÇÃO: as diferenças perceptivas entre adultos e crianças ......3
2. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO ..............................................................7
2.1. Material .....................................................................................................7
2.2. Procedimentos...........................................................................................7
2.3. Participantes .............................................................................................7
3. ENTREVISTAS REALIZADAS ...................................................................8
3.1. Entrevistas com adultos ...........................................................................8
3.2. Análise das entrevistas com adultos ......................................................11
3.3 Entrevistas com crianças ........................................................................13
3.4. Análise das entrevistas com crianças ....................................................16
CONCLUSÃO ................................................................................................19
ANEXO A .............................................................................................................20
REFERÊNCIAS .............................................................................................................21
INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste em apresentar de forma teórica o tema percepção, seus principais autores e suas características. Trata-se de uma fundamentação teórica, a qual, servirá como base para a posterior pesquisa de campo, a fim de observar as diferenças perceptivas entre adultos e crianças quando observam figuras ambíguas. Segundo Immanuel Kant, (apud SCHULTZ & SCHULTZ, 2009, p. 321): “alegava que, quando percebemos o que chamamos de objeto, encontramos os estados mentais que parecem compostos de partes e pedaços.” 
1. PERCEPÇÃO: as diferenças perceptivas entre adultos e crianças
A percepção é uma função cerebral que atribui significados a estímulos sensoriais, captados através dos órgãos do sentido, ou seja, as Percepções visuais, Percepções auditivas, Percepções gustativas, Percepções tátil, Percepções temporais e Percepções espaciais, onde nós filtramos, organizamos e interpretamos o impulso sensorial, também chamado de processo cognitivo. Os estímulos são percebidos pelos receptores sensoriais, onde a sensação detecta e codifica as energias do ambiente. Após essas energias serem traduzidas, esses impulsos vão para regiões específicas do cérebro, assim ocorre o processo de percepção, leva a consciência à sensação. Temos as organizações perceptivas, que são: forma, profundidade, movimento e constância perceptiva. Diante de uma informação cada um tem a percepção, quando vemos uma imagem o modo que analisamos define o que nós somos. Wertheimer, (apud SCHULTZ & SCHULTZ, 2009, p. 329): 
“[...] alegava que percebemos os objetos do mesmo modo que observamos o movimento aparente, como unidades completas e não como agrupamentos de sensações individuais. Esses princípios da Gestalt seriam as regras fundamentais por meio das quais organizamos nosso universo perceptual.” 
O processo de percepção gera um comportamento natural no cérebro, disto se desenvolveu a teoria e a lei da Gestalt. Desta forma, o cérebro percebe, interpreta e reconhece as informações transmitidas pela imagem. Em teoria as Leis são: semelhança, preenchimento, proximidade, continuidade, simplicidade e figura e fundo. 
Para Wertheimer, (apud SCHULTZ & SCHULTZ, 2009, p. 331): “Esses princípios de organização não dependem dos processos mentais superiores nem de experiências passadas, pois estão nos próprios estímulos”.
A pesquisa tem como objetivo vivenciar as práticas de observação sobre a percepção de figuras ambíguas aprendidas em sala de aula, além de aproximar o estudante da prática psicológica de modo que este possa experimentar práticas significativas a fim de desenvolver habilidades necessárias visando a futura profissão.
Sempre que se realiza qualquer tipo de pesquisa, subentende-se a apresentação de resultados, sejam eles positivos ou negativos. Fato é que atingir os objetivos são o ponto fundamental de uma pesquisa, pois contribuirão sobremaneira para a formação acadêmica e profissional do psicólogo. Quando se fala em pesquisa sobre percepção logo nos vem a mente as ideias da Gestalt que apresenta os princípios que norteiam a pesquisa.
Max Wertheimer foi um dos fundadores da Gestalt tendo começado seus experimentos com um estroboscópio de brinquedo e analisando assim o movimento sem que ele realmente estivesse acontecendo, com Köhler e Koffka ele desenvolveu um projeto envolvendo a percepção do movimento aparente, que falava sobre uma: “...ilusão de que dois focos fixos de luz piscante estão em movimento de um lugar para outro.” (SCHULTZ & SCHULTZ, 2009, p. 324), a qual ele chamou de fenômeno Phi. 
Depois do estudo de percepção do movimento aparente alguns psicólogos da Gestalt produziram a “Constância Perceptual: qualidade de integridade ou plenitude da experiência perceptual, que não se altera mesmo com a mudança dos elementos sensoriais.” (SCHULTZ & SCHULTZ, 2009, p. 328). 
A Psicologia como ciência que estuda o comportamento, está intimamente ligada a pesquisas. Leva seus “pesquisadores” a refletir, discutir e compartilhar experimentos como no caso de Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, que além disso começaram uma longa e frutífera relação, como afirma Koffka: (apud SCHULTZ & SCHULTZ, 2009, p. 325):
“Pessoalmente, a simpatia era recíproca, tínhamos o mesmo entusiasmo, o mesmo tipo de formação e nos encontrávamos diariamente para discutir todas as questões, sob o sol (...) ainda [posso] sentir a emoção da experiência quando começou a me ocorrer o verdadeiro significado [do fenômeno phi]. (...) e que agora, no formato final, torna-se objeto manipulável, finalmente ingressou no sistema da psicologia”. (apud ASH, 1995, p.120,131)
Com foco em pesquisas, destacamos a afirmação: Feldman, 2006:
“A pesquisa – uma investigação sistemática voltada para a descoberta de novos conhecimentos – é um ingrediente central do método científico em psicologia. Ela fornece a chave para compreender o grau em que as hipóteses (e as teorias por trás delas) são precisas. 
Assim como podemos aplicar diferentes teorias e hipóteses para explicar o mesmo fenômeno, podemos usar diversos métodos alternativos para realizar pesquisa.” (FELDMAN, Robert S., 226, p. 28)
É importante considerar alguns aspectos de pesquisa para que a mesma não apenas apresente dados e resultados quantitativos, mas também qualitativos. 
“Como a psicologia é uma ciência cujo objetivo é explicar todo comportamento humano de maneira geral, seus estudos devem usar participantes que sejam plenamente representativos da população geral em termos de gênero, idade, raça, etnicidade, condição socioeconômica e nível de instrução. Para encorajar uma faixa mais ampla de participantes, o Instituto Nacional de Saúde Mental e a Fundação Nacional de Ciência – as principais fontes de financiamento para pesquisa psicológica nos Estados Unidos – agora exigem que os experimentos abordem questões das populações diversas”. (FELDMAN, apud Carpenter, 2002; Lindley, 2006).
Considerando os fundamentos teóricos relacionados ao tema, Percepção: as diferenças perceptivas entre adultos e crianças, foram feitos alguns levantamentos de pesquisas recentes, os quais contribuíram para o abranger e aprimorar a visão em relação ao experimento proposto.
A pesquisa: FIGURA AMBÍGUA E DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO, desenvolvida por: ALONSO, Lílian B.; LAMAS, Fabiana M. G.; SAMPAIO, Paulo R. S.; REHDER, José R. L., levou em conta um grupo de 39 escolares, selecionados aleatoriamente, sendo que deste total, 13 crianças eram portadoras de Dislexia do desenvolvimento. Após a pesquisa concluíram que o processamento visual das criançascom dislexia da aprendizagem é alterado em comparação às demais, observando que estas crianças percebem um menor número de figuras. 
A pesquisa: PERCEPÇÃO E LINGUAGEM: DESCRIÇÃO DE FIGURAS AMBÍGUAS POR ALUNOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA BIOLÓGICA, desenvolvida por: BASBAUM, Sérgio R.; SANTOS, Rafael P.; BARROS, Rafael F.; CAMILO, Lujani A.; JUNIOR, Alfredo P. Um total de 86 alunos participaram de maneira voluntária do experimento, que tinha por objetivo identificar temas como: Percepção de Natureza, de máquina, de Híbrido e de Metáfora. Os resultados apontam para uma incidência de visão naturalista, comum no contexto da área biológica. Por se tratar de um estudo descritivo, não foram realizadas análise mais aprofundada de resultados.
Um fato curioso que nos despertou a tratar do tema escolhido, foi a dificuldade em encontrar pesquisas e matérias que tratem da percepção em figuras ambíguas, mais especificamente no universo infantil.
Sabe-se que as crianças são muito criativas, curiosas e têm um modo peculiar de ver o mundo que a cerca, deste modo, nossa pesquisa se baseou em observar e relatar os resultados de observação da figura ambígua a crianças das faixa etária de 3 a 6 anos e fazer um comparativo destes resultados com a observação da mesma figura por adultos. Tanto adultos como crianças foram convidados aleatoriamente, sempre respeitando os limites da faixa etária, a disponibilidade e vontade de participar e contribuir, bem como colhendo a assinatura dos pais ou responsáveis pelas mesmas.
2. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
O experimento foi baseado na teoria em sala de aula e seguiu as orientações do professor, que contribuiu para o desenvolvimento das habilidades de observação da capacidade perceptiva do ser humano, sem distinção e em diferentes faixas etárias. 
2.1 Material
Para a realização do experimento apresentamos uma imagem ambígua (ANEXO A), com duplo sentido, através da qual, foi possível observar as diferenças de percepção entre adultos e crianças. 
2.2. Procedimentos
Após esclarecimento sobre o experimento, foi solicitado uma autorização por escrito dos participantes/responsáveis, constando seu consentimento livre e esclarecido.
A análise do experimento se deu da seguinte forma:
· Maneira que o participante observa a figura; 
· Questionamento sobre a figura (O que você vê nesta imagem?)
2.3. Participantes 
Foram selecionados de maneira aleatória e indiscriminada, em diferentes locais, quinze adultos entre 20 e 50 anos e um grupo de quinze crianças com a faixa etária entre 5 e 11 anos.
3. ENTREVISTAS REALIZADAS
O grupo apresentou a imagem anexa para adultos e crianças, selecionados de maneira aleatória e indiscriminada, sendo adultos entre 20 e 50 anos e crianças com a faixa etária entre 5 e 11 anos, desta forma foram obtidos os seguintes resultados:
3.1. Entrevistas com Adultos:
1. Feminino, 35 anos.
O que você vê nesta imagem?
Pegou nas mãos, colocou a folha mais perto do rosto e retirou do plástico.
Visualizou primeiro “dois mexicanos” e em seguida “um senhor e uma senhora”, sua terceira visualização viu “uma moça encostada na porta”, viu também “uma garrafinha”, ficou pensativa e não soube dizer se via “uma lamparina” ou “uma luz”, e por último enxergou “um lençol entre os senhores”.
2. Masculino, 20 anos.
O que você vê nesta imagem?
Vejo duas pessoas de idade, há tem mais pessoas, um homem e uma mulher. Ele está tocando violão.
3. Feminino, 36 anos.
O que você vê nesta imagem?
Visualizou primeiro um “homem tocando violão”, em seguida uma “garrafa”, a terceira coisa que enxergou foi “uma mulher de vestido com a mão na cabeça”, visualizou a seguir “uma mulher ao fundo”, neste ponto retirou a imagem do plástico e colocou-a perto do rosto enxergando então “ um casal ( homem e mulher)”, enxergou “na mulher uma criança” e por último “uma garrafa”.
4. Feminino, 36 anos.
O que você vê nesta imagem?
A primeira imagem que viu foi “duas pessoas jovens” e em seguida “duas pessoas mais velhas”, visualizou então uma “garrafa”, olhando não soube distinguir se via “uma pessoa ou um anjo”, visualizou uma “casa antiga com uma pessoa ou anjo saindo dela”, nesse momento pegou a imagem nas mãos e se aproximou enxergando um “pôr do sol”, “algo estranho no canto” e por fim “a boca da mulher idosa”.
5. Feminino, 45 anos.
O que você vê nesta imagem?
Um casal de mexicanos, o homem está com um chapéu grande e toca um violão, já a mulher tem um turbante na cabeça. Tem também uma moça saindo de uma janela logo ali atrás e um cálice.
6. Masculino, 21 anos.
O que você vê nesta imagem?
Vejo um cálice, um casal de idosos e outro casal sentado, ela segurando um objeto na cabeça e uma garrafa ao lado e ele com um grande chapéu na cabeça e logo ali atrás uma moça que sai de uma porta. O entrevistado nem para pra respirar, ansioso, procura mais alguma imagem até encontrar o cálice.
7. Masculino, 22 anos.
O que você vê nessa imagem?
Homem tocando violão sentado em frente a uma mulher com a mão na cabeça, atrás do homem tem uma mulher saindo da porta. Olhando de longe a imagem reflete um senhor de idade olhando para uma senhora “edêntula”. 
8. Feminino, 21 anos
O que você vê nessa imagem?
4 pessoas, uma com violão, dois velhos “edêntulos”, um com a mão no chapéu e uma mulher na porta.
9. Masculino, 24 anos.
O que você vê nessa imagem?
Um casal de idosos com aparência triste, o nariz é formado por duas pessoas de aparência mexicana, a imagem de perfil dos senhores forma um vaso de fundo, há também uma mulher na janela como se estivesse procurando algo. Parece que estão dentro de um túnel.
10. Feminino, 28 anos.
O que você vê nesta imagem?
De imediato parece um “veio” e uma “veia”, vendo de perto um mexicano e uma mexicana tocando violão. Olhando melhor vejo uma taça que representa a igreja. Parece que os “veio” tão tomando uma bebida, mas pode ser o brinco dela. 
11. Masculino, 21 anos.
O que você vê nesta imagem?
Um casal de idosos. No homem, um chapéu mexicano, na parte do nariz, olhos e boca, no cabelo e orelha consigo ver um arco, (tipo arco do triunfo) e alguém encostado na entrada. Na mulher, na parte dos olhos, nariz e boca, outra pessoa sentada e no brinco dela tem como se fosse uma garrafa. Entre o casal tem um cálice dourado. Acho que é isso.
12. Feminino, 41 anos.
O que você vê nesta imagem?
Um homem cantando e tocando viola, a mulher parece que não está gostando. No meio deles tem um vaso. Perto da orelha da mulher tem uma garrafa. Parece que os dois estão se abraçando.
13. Feminino, 42 anos.
O que você vê nesta imagem?
Vejo muita coisa. Vejo um casal de velhos idosos, não sei, mas parece mexicano, com um chapéu, com bigode, tocando violão e o outro sem bigode tem uma garrafa do lado. Vejo um cálice, uma parede com muro e como se fosse uma romana, sei lá, tipo ninfa do Hércules. Que mais, “perai”... porque uma imagem vai formando outra, muito doido, tipo a cabeça como se fosse um portal e parece que estão se abraçando debaixo de um cobertor. Oh! Fazendo sexo, isso não coloca ai não! (risos). Observo que é noite! E o violão do homem forma o bigode do “senhorzinho”. A velha não tem dente. O chapéu é a sobrancelha deles. Ah, a cabeça da senhora é uma cortina voando. Os dois estão sentados num tipo de portal. Aff que confuso, muita coisa né, achei interessante. Gostei.
14. Feminino, 35 anos.
O que você vê nesta imagem?
Vejo um casal de velhos, mulher com o braço na cabeça, um homem de chapéu mexicano, uma mulher em uma porta e uma garrafa.
15. Masculino, 40 anos.
O que você vê nesta imagem?
Casal de idosos, uma mulher sentada com a mão na cabeça, um homem sentado com uma viola e um chapéu mexicano, uma moça em uma portinha, uma garrafa, um vaso, ou um tubo, uma luz no meio dos dois, tem uma parede no fundo, parece um castelo.
16. Feminino, 45 anos.
O que você vê nesta imagem?
Um senhor olhando para uma senhora, na orelha do senhor tem um retrato de uma mulher, é um senhor calvo e a senhora tem bastante cabelo. Tem um mexicano tocando uma viola, e o mexicano está dechapéu, ele tem bigode e está inserido na mesma imagem do senhor idoso, a imagem tem duplo sentido, se tirar o mexicano idoso fica sem rosto. O chapéu do mexicano representa a orelha do senhor idoso.
O rosto do mexicano representa os olhos, o braço representa o nariz do idoso, a viola e as pernas representa a boca e o queixo.
Na imagem da senhora tem uma pessoa com um vaso na cabeça, o vaso representa a testa da senhora, o chapéu a sobrancelha, no tronco vejo o rosto e os olhos, o braço o nariz e as pernas representam a boca e o queixo.
3.2. ANÁLISE DAS ENTREVISTAS DOS ADULTOS
3.3. Entrevistas com crianças:
1. Infantil, masculino, 11 anos.
O que você vê nesta imagem?
Estou vendo uma mulher saindo de uma porta ali atrás. Estou vendo uma mulher e um homem tocando violão.
2. Infantil, masculino, 10 anos.
O que você vê nesta imagem?
De primeiro momento ele diz: não vejo nada! Depois sorri e fala vejo uma mulher e um homem cantando “música” o homem tem um chapéu grandão e o violão é bonito.
3. Infantil, masculino, 10 anos.
O que você vê nesta imagem?
Vejo uma velhinha e um velhinho, também vejo um homem e uma mulher. O homem toca violão e a mulher com uma bacia na cabeça. Tem uma taça e diz não ver mais nada com um semblante de dúvida.
4. Infantil, masculino, 9 anos.
O que você vê nessa imagem?
Dois homens velhos em lua de mel. Parecem bruxos porque os dois tem verruga no nariz, a imagem me dá medo porque são estranhos.
5. Infantil, masculino, 10 anos.
O que você vê nessa imagem?
Dois velhos tristes e sem dentes, parece que estão doentes. Estão dividindo a mesma blusa de frio. A mulher da janela é a filha que está cuidando deles.
6. Infantil, masculino, 8 anos.
O que você vê nessa imagem?
Homem tocando violão feliz, é estranho porque está na cara do velho. A velha está brava. Uma moça olhando os vizinhos na janela.
7. Infantil, masculino, 5 anos.
O que você vê nessa imagem?
Eu vejo índios, uma viola e um chapéu. Vejo também que essas formas parecem gente. Tem uma pessoa na porta e uma fonte dourada no meio.
8. Infantil, masculino, 5 anos.
O que você vê nesta imagem?
Ficou um pouco tímido, pegou nas mãos e começou a examinar, tirou do plástico e visualizou então “duas velhinhas”, em seguida “uma pessoa” e o “sol”, depois disso enxergou ainda “a roupa”, “o brinco” e por último “uma casa quadrada”.
9. Infantil, feminino, 8 anos.
O que você vê nesta imagem?
Um mexicano tocando violão, uma mulher com um jarro na cabeça, um homem e uma mulher mais velhos, tem uma outra mulher no fundo, tem uma luz no meio deles e tem uma garrafa na orelha da mulher.
10. Infantil, masculino, 9 anos.
O que você vê nesta imagem?
Tem dois idosos, no olho da senhora tem um homem de chapéu e ele tem uma roupa igual a um deus grego dos desenhos que assisto. O brinco da senhora é uma garrafa e no olho do homem tem um mexicano com um violão e está sem roupa, mas tem sapato. No cabelo do homem velho tem uma porta com uma mulher, e tem uma rua bem antiga. Tem uma luz no fundo. 
11. Infantil, feminino, 8 anos.
O que você vê nesta imagem?
Visualizou primeiro “uma cidade com 3 pessoas” e em seguida “um homem e uma mulher”, visualizou por mais um tempo, mas não viu mais nada. 
12. Infantil, feminino, 8 anos.
O que você vê nesta imagem?
A primeira coisa que notou foram “dois senhores”, em seguida “mexicanos cantando”, visualizou “uma casa”, segurou então a figura mais próxima ao rosto e visualizou “uma taça”, quis olhar a figura mais um pouco e viu “uma garrafa”.
13. Infantil, feminino, 11 anos.
O que você vê nesta imagem?
A primeira coisa que visualizou foi “duas pessoas”, decidiu então pegar a imagem na mão e se concentrou por um tempo, notou “algo amarelo” e em seguida “uma cruz”, visualizou “um tapete” e por fim “duas pessoas com “cabeçona””. 
14. Infantil, masculino, 5 anos.
O que você vê nesta imagem?
Ficou um pouco tímido, pegou nas mãos e começou a examinar, tirou do plástico e visualizou então “dois velhos”, sem dente, sol, coberta em tem um chapéu.
15. Infantil, masculino, 8 anos.
O que você vê nesta imagem?
A primeira coisa que visualizou foi “duas pessoas”, uma luz, tartaruga, violão e uma garrafa.
16. Infantil, feminino, 7 anos.
O que você vê nesta imagem?
A primeira coisa que viu foi os “dois senhores”, em seguida enxergou um “mexicano com a viola e uma mulher ao lado”, visualizou a seguir “uma mulher em uma casa”, notou então que o “brinco da senhora parece uma garrafa”, examinou a imagem por mais algum tempo, mas não visualizou mais nada.
3.4. Análise das entrevistas com as crianças
CONCLUSÃO: 
Com base nos resultados das pesquisas realizadas, o grupo notou que os adultos analisam com mais rapidez, são mais objetivos e a imaginação não afeta na percepção, só falam realmente o que veem, já as crianças permitem que a imaginação faça parte da sua percepção, são mais detalhistas e precisam de mais tempo para analisar. Desta forma, fica claro que a percepção varia muito de uma pessoa para a outra, algumas são mais detalhistas outros nem tanto, independente de ser adulto ou criança.
Nas entrevistas realizadas pudemos perceber que as crianças têm uma noção de proteção muito maior que os adultos, tendo elas percebido com maior frequência uma casa ou caverna, algo que pudesse servir de abrigo. 
É relevante mencionar que a figura ambígua foi interpretada de acordo com as vivências e experiências de cada participante.
Analisando os dados coletados, percebemos que, as crianças trazem pra si a visão da maneira como elas reagem ao meio em que vivem, mencionando desenhos, usando a imaginação, e a proteção, com uma percepção totalmente voltada para o modo que elas têm de entender o meio em que estão relacionadas, é também importante mencionar o fato das limitações da idade, e comparando as interpretações dos adultos entrevistados podemos perceber que :
As figuras ambíguas são importantes para ampliarmos a compreensão da percepção visual de cada indivíduo, relacionando adultos e crianças, podemos notar que o cérebro de cada participante, de ambos os grupos, tem maneiras diferentes de interpretar as informações, devido à idade e experiências requeridas junto ao meio em que vivem.
ANEXO A 
REFERÊNCIAS
FELDMAN, Robert S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
SCHULTZ, D. P. & SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson Learning, 2011.
ALONSO, Lílian B., LAMAS, Fabiana M. G., REHDER, José R. L. e SAMPAIO, Paulo R. S. Figura ambígua e dislexia do desenvolvimento. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0034-72802008000200002>. Acesso em 28 de setembro de 2018.
Barnes J., Hinkley L., Masters S. e Boubert L. Visual memory transformations in dyslexia. Percept Mot Skills. 2007; 104 (3 Pt 1): 881-91. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17688144>. Acesso em 28 de setembro de 2018.
<http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8277/6038>Acesso em 28 de setembro de 2018.
SANTANA, Ana Lúcia. Gestalt. In: Info escola. Disponível em: <https://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/>.Acesso em 25 de setembro de 2018.

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