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resumo av1 Orientação profissional

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AVI – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Definição Orientação Profissional:
A Orientação Profissional é considerada como “ o processo pelo qual o indivíduo é ajudado a escolher e a se preparar para ingressar e progredir em uma ocupação.”
O papel do Orientador consiste em auxiliar o indivíduo não só a desenvolver uma imagem verdadeira de si mesmo e do mundo do trabalho, mas em auxiliá-lo também a verificar essa imagem em contato com a realidade e atualizá-la de modo satisfatório.
- Compreender para onde vai?
- Etapas pelas quais deve passar?
- O que pode influenciar suas decisões quanto à carreira?
- Natureza das tarefas
- Condições que facilitam ou dificultam o desempenho
Objetivo Central da OP:
Instrumentalizar a escolha e a construção da identidade profissional pela via do autoconhecimento e da articulação entre o conhecimento dos aspectos implicados no “mundo do trabalho” e o universo subjetivo de cada orientando.
Momentos do Processo de Orientação Profissional
Diagnóstico
Momento de identificação das dificuldades do orientando para a escolha profissional.
O diagnóstico permite o planejamento do processo de intervenção. Pode-se aplicar testes psicológicos como instrumento para auxiliar no diagnóstico. No trabalho em grupo, há técnicas que podem ser utilizadas para auxiliar o orientador no diagnóstico.
Elaboração
Momento de trabalhar as dificuldades de escolha profissional identificadas durante o diagnóstico.
Entre as questões a serem trabalhadas podem estar: interesses, aptidões, valores, autonomia, comportamento exploratório, autoconceitos, influências da família, crenças, idealizações, estereótipos, conceitos das profissões, projeto profissional, responsabilidade sobre a escolha.
No trabalho em grupo, existem técnicas para trabalhar estas diversas questões. No trabalho individual, estas questões geralmente são trabalhadas através da entrevista, mas técnicas de dinâmica de grupo podem ser adaptadas para uso individual.
Informação Ocupacional
Momento de trabalhar com informações sobre o mundo do trabalho: o papel social adulto de trabalhador, as possibilidades de estudo e trabalho, o mercado de trabalho. O momento de informação ocupacional não consiste apenas na tarefa de oferecer informações de forma passiva para o orientando, mas inclui: a busca ativa de informação pelo orientando; o esclarecimento das distorções, estereótipos e preconceitos relacionados com a informação que o orientando possui sobre trabalho, sobre as profissões e sobre o mercado de trabalho.
A informação ocupacional pode ser buscada através de: material informativo impresso ou disponível na internet (ex.: http://guiadoestudante.abril.com.br); entrevista com profissionais; visita à universidades e diferentes locais de trabalho e formação. 
No trabalho em grupo, existem técnicas para trabalhar o informação ocupacional que podem ser adaptadas para o trabalho individual.
Tempo de Duração do Processo de Orientação Profissional
O processo de orientação profissional dura em média 2 meses de 08 a 10 encontros semanais. Alguns orientadores profissionais determinam previamente o número exato de sessões, outros determinam o número de sessões de acordo com o andamento do trabalho.
Âmbitos de Atuação em Orientação Profissional
Consultórios e Clínicas Psicológicas
Geralmente o trabalho é feito com adolescentes e adultos através da modalidade de intervenção individual. A maioria dos orientadores profissionais brasileiros está associada com a abordagem clínica de Bohoslavsky e o referencial teórico psicanalítico, e é descrito como terapia breve focal. Pode ser realizado a partir de outros modelos teóricos e técnicos.
Escolas
Pode ser realizado com crianças, adolescentes e adultos jovens, alunos dos ensinos fundamental, médio e superior e geralmente envolve a modalidade grupal de intervenção. A legislação brasileira afirma que a educação básica e a educação superior devem promover a preparação para o trabalho, mas na prática isso não acontece e trabalhos de orientação ou informação profissional ficam a cargo de iniciativas individuais dos psicólogos e orientadores educacionais dos estabelecimentos de ensino.
A atividade do orientador profissional nas escolas poderia estar ligada as funções de implementação e coordenação da preparação para o trabalho dos alunos.
Em outros países há políticas públicas de Educação de Carreira, em que o trabalho de orientação profissional pode ser feito da forma tradicional (com atendimentos individuais ou em grupo), através da preparação de professores para inclusão de questões sobre trabalho e escolha profissional nas disciplinas curriculares ou através de uma disciplina específica para auxiliar os estudantes no conhecimentos das possibilidades profissionais e no processo da escolha.
O trabalho nas escolas pode ser feito desde a educação infantil (com a inclusão de atividades que ensinem sobre as profissões).
Durante o ensino fundamental e médio o trabalho de orientação profissional pode envolver discussões sobre cursos técnicos e de nível superior. O orientador profissional na escola também pode trabalhar a ansiedade frente ao vestibular (ENEM) dos alunos do ensino médio e realizar trabalhos com pais e professores para que estes possam auxiliar o estudante no momento da escolha.
Organizações
Realizado com adultos, geralmente funcionários da organização. Não é uma atividade comumente realizada pelas organizações. 
Pode ter como objetivos o desenvolvimento profissional dos funcionários dentro da organização através da troca de funções de acordo com o plano de carreira, a preparação para o desligamento da organização em função da perda do emprego ou da aposentadoria.
O trabalho de orientação profissional nas organizações pode ter um papel importante na saúde mental do trabalhador através da promoção de saúde e da prevenção de doenças.
Instrumentos utilizados na Orientação Profissional
Entrevista
É o instrumento mais utilizado em atendimentos individuais. No atendimento em grupo, a entrevista individual é utilizada no início e no final da intervenção e, se necessário, durante o processo.
Na abordagem psicométrica tem como principal objetivo levantar informações sobre o indivíduo para auxiliar o orientador na indicação de uma profissão. 
Nas abordagens do desenvolvimento e clínica tem como objetivos levantar informações para realização do diagnóstico, auxiliar o orientador no planejamento da intervenção e ser o espaço privilegiado para a realização de tarefas que levem a mudança de comportamento através do desenvolvimento do autoconhecimento e do conhecimento do mundo do trabalho.
O orientador não assume uma atitude passiva, mas interage com o orientando de forma mais diretiva do que em uma entrevista psicoterápica.
Testes
Ferramenta que auxilia o orientador profissional no processo de intervenção. A escolha do teste depende da teoria utilizada, das informações que o orientador pretende obter e do uso que o orientador pretende fazer dessas informações.
· Modelo Centrado no Resultado
Utilizado pela Abordagem Psicométrica. Tem como objetivo levantar o perfil do indivíduo para a identificação e indicação da profissão mais adequada. 
Costumam ser usadas baterias de aptidões múltiplas e inventários de interesses.
Baterias de Aptidões Múltiplas: para avaliação de aptidões específicas (inteligência; raciocínio numérico; raciocínio abstrato; raciocínio mecânico; atenção concentrada; percepção espacial; fluência verbal).
Inventários de Interesses: fazem a relação entre diferentes atividades (figuras, fotos, lista de atividades, títulos de livros) e áreas de interesse (social, burocrática, artística, científica, comercial, agrícola, administrativa), que geralmente são associadas a determinadas profissões.
Outros testes podem ser utilizados, como testes de inteligência e inventários de personalidade.
No Brasil, grande parte dos testes disponíveis não possui estudos de validação e normas de interpretação dos resultados atualizadas. A maior parte deles foi submetida à avaliação do Conselho Federal de Psicologia e recebeu parecer desfavorável;alguns não foram submetidos à avaliação 
Das 4 baterias de aptidões múltiplas comumente utilizadas nos processos de orientação profissional, apenas uma das avaliadas recebeu o parecer favorável do CRP ( a Bateria de Provas de Raciocínio BPR5 ).
Dos 8 inventários de interesses comumente utilizados nos processos de orientação profissional, nenhum dos avaliados recebeu o parecer favorável do CRP.
· Modelo Centrado no Processo
Utilizado pelas Abordagens do Desenvolvimento e Clínica. Seu uso é facultativo. Tem como objetivo levantar informações sobre o indivíduo para auxiliar o orientador na realização do diagnóstico no qual o processo de intervenção será construído.
Abordagem do Desenvolvimento: Escala de Maturidade para Escolha Profissional (EMEP) (parecer favorável do CRP).
Abordagem Clínica: Teste de Fotos de Profissões (BBT) (parecer favorável do CRP); Teste Projetivo Ômega (TPO) (parecer desfavorável do CRP); Teste de Apercepção Temática (TAT) (parecer favorável do CRP); QUATI (parecer favorável do CRP).
O Teste de
Apercepção Temática – TAT é considerado uma técnica projetiva que consiste em apresentar uma série de pranchas, selecionadas pelo examinador ao sujeito que deverá, assim, contar uma história sobre cada uma das pranchas . Para criar o T.A.T, o autor partiu do princípio de que diferentes indivíduos, frente a uma mesma situação vital, a experimentam cada um a seu modo, de acordo com a sua perspectiva pessoal .
Essa forma pessoal de elaborar uma experiência revela a atitude e a estrutura do indivíduo frente à realidade experimentada. Assim, expondo-se o sujeito a uma série de situações sociais típicas e possibilitando-lhe a expressão de sentimentos, imagens, ideias e lembranças vividas em cada uma destas confrontações, é possível ter acesso à personalidade subjacente.
Esse procedimento, nas situações apresentadas, favorece a projeção do mundo interno do sujeito.
Técnicas
Principal instrumento utilizado no processo de orientação profissional em grupo. Podem ser adaptadas para uso em atendimento individual (mas perdem a riqueza proporcionada pela interação).
As técnicas são ferramentas que auxiliam no processo de orientação profissional, e não o objetivo da realização do processo de intervenção. O uso das técnicas não deve ser feito de forma indiscriminada. É preferível que as técnicas sejam escolhidas de acordo com as demandas do grupo e não determinadas antes do processo de intervenção (relatividade da técnica).
A escolha da técnica depende dos objetivos da intervenção. É importante que o orientador tenha habilidade para escolha e aplicação da técnica. Podem ser utilizadas técnicas de dinâmica de grupo e psicodramáticas conhecidas ou podem ser criadas novas técnicas conforme a necessidade. Objetivo da técnica é sensibilizar os integrantes do grupo para a discussão da questão que se quer trabalhar. 
O caráter lúdico das técnicas ajuda a despertar a espontaneidade e a autenticidade da fala dos participantes do grupo. O uso da técnica envolve: 
1. a preparação para realização da técnica (explicação do que será feito);
2. a realização da técnica (com o objetivo de proporcionar uma vivência no momento presente que leve à reflexão sobre a questão que o orientador pretende trabalhar);
3. a troca de impressões e sentimentos entre os participantes da experiência vivenciada;
4. a compreensão da experiência em nível cognitivo (aspecto didático).
Abordagem Desenvolvimental de Super (1953)
Para a Abordagem Desenvolvimental de Super, a escolha profissional deixa de ser vista como um fato que ocorre em um determinado momento da vida (final da adolescência ou início da idade adulta) e passa a ser vista como um processo que ocorre ao longo da vida (passando por diversos estágios de desenvolvimento).
A relação entre indivíduo e profissão é flexível, já que ambos mudam ao longo do tempo: preocupação com adaptabilidade do indivíduo frente às mudanças e não com adaptação do indivíduo à profissão. Percepção do indivíduo como um sujeito ativo no processo de escolha profissional e não como um objeto passivo frente a determinantes biológicos e ambientais.
A teoria de desenvolvimento de carreira de Super possui uma dimensão temporal e uma dimensão espacial. A dimensão temporal é composta por estágios de desenvolvimento de carreira pelas quais o indivíduo passa durante o ciclo vital – max ciclo – e envolve a resolução de tarefas específicas de cada fase do desenvolvimento.
Para Super existem 5 estágios do desenvolvimento de carreira: crescimento (4 -13 anos), exploração (14 –24 anos), estabelecimento (25-44 anos), manutenção (45-64 anos) e retirada ( ou declínio ou desengajamento) (após 65 anos).
Crescimento (4-13)
Preocupação: início da preocupação com o futuro.
Controle: aumento do controle sobre a própria vida
Convicção: crença na importância de obtenção de êxito na escola e no trabalho.
Competência vocacional: aquisição de bons hábitos e atitudes de trabalho.
Exploração (14-24)
Cristalização: de autoconceitos vocacionais expressos; preferências profissionais
Especificação: tradução dos autoconceitos em uma escolha profissional
Implementação: da escolha profissional.
A realização destas tarefas é fortemente caracterizada pela capacidade de exploração do indivíduo.
Estabelecimento (25-44)
Estabilização: ( até 30 anos) buscar segurança na posição profissional conquistada –capacidade de assimilar a cultura organizacional e desempenho adequado –mudança de posição, de emprego, e não de campo ou ocupação propriamente dita.
Consolidação: ( após 30 anos) consolidar a posição profissional conquistada –ampliar ou reforçar os ganhos alcançados –demonstração de hábitos produtivos e boas relações de trabalho.
Avanço ou progresso: progredir além da posição profissional conquistada –alcançar niveis mais elevados de responsabilidade profissional.
Manutenção (44-65)
Muitas vezes antes do indivíduo atingir esse nível de desenvolvimento de carreira, ele pode questionar a possibilidade de renovar suas escolhas – “É isto que quero fazer para o resto da vida?”.
Conservação: se o indivíduo opta por manter sua forma de atuar.
Inovação: se o indivíduo opta por mudar sua forma de atuar.
Retirada (após 65)
Desaceleração: diminuição da energia e do interesse na profissão.
Planejamento da Aposentadoria: planejamento da aposentadoria até o desligamento da profissão.
Vida de Aposentado: reorganização da vida após o desligamento da profissão.
A cada reformulação das escolhas profissionais do indivíduo ao longo do ciclo vital, há uma reedição dos estágios e de suas respectivas tarefas –mini ciclo. A dimensão espacial é composta por papeis sociais assumidos pelo indivíduo durante o ciclo vital (envolve a relação entre o papel de trabalhador com os demais). A escolha profissional depende da maturidade vocacional e dos autoconceitos vocacionais do indivíduo.
Maturidade vocacional é o grau de desenvolvimento de carreira do indivíduo, que é expresso pela comparação entre as tarefas a serem realizadas em cada fase do desenvolvimento e os recursos cognitivos e afetivos do indivíduo para resolução dessas tarefas – influencia o rocesso de escolha profissional.
Autoconceitos vocacionais são os conceitos que o indivíduo têm de si e que acredita serem relevantes para a escolha de uma profissão. É o produto da interação das aptidões herdadas, constituição biológica, oportunidades para observar e desempenhar vários papeis, e avaliações do quanto este desempenho encontra aprovação de outras pessoas –influencia o conteúdo da escolha profissional.
Abordagem Tipológica de Holland (1959)
Para a Abordagem Tipológica de Holland, a escolha profissional é baseada nos interesses do indivíduo, que são, por sua vez, o reflexo de sua personalidade. A congruência entre o perfil de personalidade do indivíduo e o perfil do ambiente de trabalho garante maior satisfação, eficiência e estabilidade no trabalho.
Para Holland, existem 6 tipos de personalidade e de ambiente de trabalho: realista, investigativo, artístico, social, empreendedor e convencional. Os tipos são representadosatravés do modelo hexagonal (RIASEC).
Realista
O tipo realista é objetivo e pouco sociável, prefere resolver problemas práticos que envolvam a utilização da coordenação manual e da destreza física. Tem aversão a situações ambíguas e carregadasde subjetividade. Sente-se pouco à vontade em situações sociais ou de conteúdo emocional, sendo mais reservado, inflexível e conformista. 
Possíveis áreas de atuação:engenharia, mecânica, agronomia.
Investigativo
O tipo investigativo é introvertido, reflexivo, ponderado, curioso, observador, detalhista e metódico, prefere realizar tarefas teóricas desafiadoras, não estruturadas e não rotineiras, que permitam liberdade de pensar e agir com independência de vínculos grupais.
Possíveis áreas de atuação:física, biologia, matemática, sociologia;
Artístico
O tipo artístico é sensível e emotivo, possui grande capacidade de empatia, gosta de expressar suas ideias e sentimentos e utiliza sua intuição, criatividade e imaginação para resolver problemas e realizar tarefas. Aprecia o contato interpessoal, quando está seguro de poder expressar-se livremente. Senão, é tímido e introvertido. É aberto a estímulos subjetivos e emocionais, capaz de perceber as reações das pessoas através decompreensão empática.
Possíveis áreas de atuação:música, artes plásticas, teatro, literatura.
Social
O tipo social é sociável, expansivo, sensível e responsável, interessado em ajudar os outros e resolver problemas sociais. Se interessapelos vínculos humanos e manifesta sensibilidade e responsabilidade na busca de auxiliar, orientar, tratar e resolver as dificuldades dos outros. Gosta de se sentir aceito e respeitado em suas atividades, ter a atenção para si através de seu jeito expansivo.
Possíveis áreas de atuação: enfermaria, trabalho social, professor.
Empreendedor
O tipo empreendedor é extrovertido, otimista, ambicioso, decidido, persuasivo e tem boa capacidade de liderança, valoriza suas capacidades, gosta de situações novas e desafiadoras, tem destreza no trato com os demais e é hábil em resolver problemas que não envolvam reflexão intelectual. gosta das habilidades verbais para a persuasão e controle de outras pessoas. Deseja o poder e ter status. Extrovertido tem iniciativa e quer assumir a liderança.
Possíveis áreas de atuação: gerência, advocacia, política.
Convencional
O tipo convencional é aplicado, organizado, prudente e observante de regras, gosta de atividades que exijam precisão, organização e planejamento, preocupa-se com reconhecimento, posição social e ganho material. Tende a controlar os afetos e a sentir-se à vontade no âmbito interpessoal somente quando em atividades rotineiras e estruturadas. Identifica-se com tudo que outorgue status e poder, mas tende a exercer a posição de subordinado.
Possíveis áreas de atuação: contabilidade, administração, vendas, organização.
Os perfis de personalidade do indivíduo e do ambiente de trabalho são obtidos através da combinação entre os tipos. Normalmente há uma maior combinação entre os tipos adjacentes do modelo do que entre os tipos opostos. Mais uma vez, o hexágono de Holland ilustra os aspectos mais importantes na tipologia:
A tabela a seguir ilustra de forma clara e sucinta as principais características dos seis grupos:
Abordagem Psicométrica
3 passos do processo de Orientação Profissional (Frank Parsons)
· A análise das características do indivíduo, como aptidões, habilidades, interesses, ambições, capacidades e limitações (baseada na autoanálise do cliente, com possível uso de testes psicológicos, ainda não sistematizados e validados cientificamente);
· A análise dos requisitos das profissões, como características pessoais necessárias, vantagens e desvantagens, oportunidades, remuneração (provavelmente baseada no senso comum e em estereótipos das profissões);
· A orientação do indivíduo com base na relação entre suas características e os requisitos da profissão.
O processo de orientação profissional tinha como objetivo o ajustamento do indivíduo ao mundo do trabalho para garantir a satisfação pessoal e o aumento da eficiência e da produtividade.
O modelo de Parsons entendia a escolha profissional como uma escolha definitiva, ligada a um momento específico da vida, o final da adolescência ou início da idade adulta. O modelo de Parsons não estava focado na indicação de uma profissão, mas pretendia auxiliar o indivíduo no processo de escolha profissional.
Teoria do Traço e Fator
O modelo de orientação profissional de Frank Parsons foi influenciado pelo desenvolvimento da Psicologia Diferencial e da Psicometria nas décadas de 1920 e 1930, recebendo o nome de Teoria do Traço e Fator. O processo de orientação profissional continuou sendo guiado pelos três passos propostos por Parsons. 
O objetivo do processo de orientação profissional continuou a ser o ajustamento do indivíduo ao mundo do trabalho, visando a satisfação pessoal e o aumento da eficiência e da produtividade no trabalho.
A escolha profissional continuou a ser vista como definitiva e ligada a um momento específico da vida, o final da adolescência ou início da idade adulta. Mas, sob influência da Psicologia Diferencial e da Psicometria, e da crença no seu poder de predição e controle, o processo de orientação profissional deixou de ser visto como uma forma de auxílio ao processo de escolha profissional do indivíduo para se preocupar com a indicação da profissão mais adequada para o indivídu.
A teoria de Parsons beneficiou-se das diferentes contribuições de autores que estudaram os traços de personalidade, que são os componentes da personalidade que os testes se propõem a medir. Beneficiou-se também da análise fatorial, um processo estatístico que, por meio de correlações e rotações de eixos, reduz o número de traços medidos pelos testes a um número menor, aglomerando- os em grupos de traços semelhantes.
A orientação profissional era caracterizada por ser um processo de aconselhamento diretivo, em que o orientando mantinha uma postura passiva frente à escolha profissional. Era feito um diagnóstico das características do indivíduo baseado em testes psicológicos padronizados e validados cientificamente, (podiam ser utilizados testes de inteligência, aptidões, personalidade, interesses), não havendo preocupação com a auto avaliação do indivíduo.
Era feito um cruzamento do perfil do indivíduo com o perfil das profissões (geralmente baseados no senso comum e em estereótipos). Era feito um prognóstico de adaptação do indivíduo à profissão. Era feita a indicação da profissão mais adequada ao indivíduo.
Criticas
Com o tempo, questionamentos e críticas sobre essa teoria foram levantados. Questiona-se a ação da Orientação Profissional nessa abordagem:
"para diferenciar-se daquilo que o indivíduo pode fazer sozinho, vem revestida de uma certa aparência de ciência ao utilizar instrumentos que só o orientador pode manipular e que carrega a ideia de que o indivíduo tem uma essência que só um profissional pode descobrir" (Bock, 2001, p23).
Esse modelo foi considerado um "modelo estático", porque preconiza que os perfis dos profissionais dificilmente são alterados, mesmo acontecendo transformações sociais, políticas, tecnológicas, econômicas, etc.
Traça-se o perfil de um determinado profissional e usa-se este por vários anos, sem alterar nenhum aspecto.
Esse modelo é ainda classificado dessa forma por defender a estaticidade dos perfis dos indivíduos, por esperar que a pessoa não mude muito a partir do fim da adolescência, mantendo suas características pessoais durante toda a vida.
Outro ponto criticado é que a preocupação maior dessa abordagem parece ser o fornecimento de uma espécie de critério racional de escolha, não dando ênfase, dessa forma, à maneira como vai ocorrer a formação da personalidade do indivíduo e a interferência dos contextos social, histórico e econômico nessa formação

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