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orientação profissional - av2

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ESTUDO DIRIGIDO – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – AV2 
A orientação profissional é uma área de atuação do profissional de Psicologia. Que auxilia a pessoa 
no autoconhecimento de suas competências, interesses e expectativas para a tomada de decisão da 
escolha profissional. 
1. A respeito do orientando e do meio, o que é importante em um processo de Orientação 
Profissional? 
A respeito do Orientando, é importante considerar o Autoconhecimento, Influência Familiar, Aptidões 
e Habilidades. A respeito do Meio, é importante considerar a Realidade Social, o Mercado de 
Trabalho e a Realidade Ocupacional. 
2. Defina trabalho, segundo Karl Marx: 
Karl Marx em “O Capital”, obra escrita em 1867/68, enfoca o trabalho como dispêndio de energia 
física e mental, contribuindo para a reprodução da vida humana, individual e social. Essa concepção 
significa que o trabalho constrói e transforma a sociedade e as relações que nela se estabelecem de 
um modo geral. 
3. Qual a importância do trabalho na nossa sociedade? 
Manutenção da vida, sobrevivência. Se você não for trabalhar, você morre de fome. Mesmo se você 
tiver alguém que te sustente, esse alguém tem que trabalhar. 
Trabalho é referencial para desenvolvimento emocional, social, ético. Define o sujeito e seu espaço 
na sociedade. O desemprego é uma fonte de tensão. 
4. Após a Revolução Industrial, através do Taylorismo, Fordismo e do Toyotismo, explique dois 
momentos das relações de trabalho: 
 
➔ Primeiro tempo – produção em massa. O empregado era reprodutor de ideias do gestor, 
era executor de tarefas. Opinião dele não importava. 
Taylor – administração cientifica - inovações técnicas e organizacionais – otimização da produção. 
Gestores (ideais) vs Funcionários (execução). 
Ford - produção e consumo em massa. Trabalho simplificado fragmentado – exigia pouca formação. 
Segunda revolução industrial – introdução de eletricidade, do motor à explosão da química orgânica, 
dos materiais sintéticos e da manufatura de precisão. Relações de trabalho: fragmentação do 
trabalho e relação de desigualdade e possibilidades de exclusão dos indivíduos com relação ao 
sistema produtivo. 
➔ Segundo tempo – Toyotismo – chegada das máquinas, Just in time. Os colaboradores faziam 
parte, contribuíam com as ideias da empresa. 
Ruptura do paradigma industrial e tecnológico. Advento da microeletrônica, avanço das 
telecomunicações, incremento da automação. 
Toyotismo – sua produção muito vinculada à demanda; sua variação e heterogeneidade; fundamenta-
se no trabalho operário em equipe, com multivariedade de funções; tem como princípio o Just in 
time, o melhor aproveitamento possível do tempo de produção. 
Controle de qualidade – trabalhadores discutindo sobre melhor desempenho. 
5. Como a Orientação Profissional pode reduzir o abismo entre as expectativas de carreira dos 
estudantes e a realidade de mercado? 
Lidar com o aumento do desemprego, por exemplo. Trabalhar as opções. A realidade do mercado. 
A visão mais comum da Orientação Profissional, no contexto brasileiro, é o de ajuda na escolha de 
uma profissão ou carreira, com vistas à satisfação individual, procurando conciliar os desejos 
pessoais com a realidade do mundo do trabalho. O enfoque principal, portanto, é centrado no 
indivíduo que escolhe. 
Cabe perguntar: quem é esse indivíduo? Pode ele realmente escolher? O que ele escolhe? 
Quanto à primeira questão, temos constatado que o indivíduo que possui acesso a uma possibilidade 
de escolha é, em grande proporção, considerando-se a sociedade como um todo, o jovem de região 
urbana, de classes média e média alta, aluno de escola particular, que tem o objetivo de integrar o 
mundo do trabalho no papel de um profissional de nível superior, passando, portanto, por um curso 
universitário. Essa, no entanto, é uma parcela ínfima da sociedade como um todo. 
Se esse jovem pode escolher tem sido uma dúvida que permeia as reflexões de alguns orientadores 
profissionais, pelo menos aqueles preocupados efetivamente em analisar o contexto económico e 
social vigente. Se considerarmos escolher fazer opções entre um número de possibilidades ilimitado, 
esse jovem estará fora de um processo de escolha. No entanto, se considerarmos escolher uma 
busca cuidadosa dentre todas as possibilidades, analisando as viabilidades, as contextualizações, as 
realidades e as prioridades, essa escolha pode existir, mas é bastante limitada. Guardadas as 
proporções, ele tem a chance de escolher entre possibilidades bastante limitadas. As 
limitações não residem somente na questão da situação da profissão frente ao mercado de trabalho 
presente e futuro, mas, muito mais do que isso, dentro de limites que vão desde os objetivos que 
cada um tem com a futura profissão até os preconceitos introjetados pelo indivíduo, pela família e 
pela sociedade a qual pertence, que cobram uma "adequação" sem perdão, geralmente vinculada ao 
objetivo de ter um bom nível de vida, economicamente falando, premissa para o encaminhamento 
das outras áreas da existência. 
O que esse indivíduo escolhe é, da mesma forma, limitado por objetivos que vão, desde as 
expectativas familiares, até o que existe de mais viável dentro da sua realidade, sendo, muitas vezes, 
até contraditório com seus desejos e possibilidades pessoais. 
O que normalmente não tem sido considerado pela sociedade e, inclusive, pelos profissionais da 
área, é a questão do conhecimento mais aprofundado do que realmente vem ocorrendo, no que se 
refere ao mundo do trabalho presente e futuro, com base na análise histórica e económica dessa 
realidade, ou seja, preocupações em conhecer o que determina a maior ou menor possibilidade ou 
chance de inserção do orientando no contexto profissional, premissa para uma busca mais eficaz 
quanto aos caminhos a seguir. 
Este parece ser um ponto fundamental que, até o presente momento, tem sido bastante inexpressivo 
no processo de Orientação Profissional: o tratamento, em uma abrangência maior, da escolha, no 
sentido de sair do individual, do que diz respeito apenas ao que é importante para a pessoa. A 
própria preocupação com o conhecimento da realidade externa - como estão as profissões no 
mercado de trabalho, o que cada profissão oferece, suas exigências, suas propostas - está centrada 
no indivíduo. É para o seu próprio bem-estar que um aprofundamento do conhecimento de cada 
profissão é buscado. 
A presente proposta, no que se refere à abrangência, reside na preocupação do significado do 
trabalho para a sociedade, na sua construção, na sua transformação, na formação de valores, no 
compromisso com a constituição de uma sociedade pautada em determinados princípios. A escolha 
de um trabalho, em princípio, tem toda uma relação com a postura do indivíduo no meio social, 
havendo espaço para que ele se coloque, enquanto seu fazer, de acordo com os princípios que 
podem ser construtores ou destruidores do que se entende por bem comum: não somente no âmbito 
do material, mas, muito além, dos valores 
que constroem as relações verdadeiramente humanas, de um compromisso ético. Nessa dimensão, 
a Orientação Profissional ainda não se faz expressiva. E é nessa medida, em nossa opinião, que ela 
necessita crescer. 
 
6. Qual a diferença entre Orientação Profissional e Educação Profissional Europeia? 
Orientação Profissional: face a face, individual; baseada na interação pessoal; aspirações pessoais; 
busca motivar o sujeito à escolha. 
Educação Profissional: geralmente em grupos. Dar suporte para o autoconhecimento; conduzir à 
consciência das oportunidades; aprender a decidir. 
 
 
7. Em 1920 é introduzida na Orientação Profissional Brasileira a Teoria do Traço e Fator, defina 
e apresente algumas críticas: 
Desde seu nascimento, em 1920, a Orientação Profissional Brasileira pautou-se pelo modelo da 
Teoria do Traço e Fator; isto é, pelas ideias de que o processo de Orientação Profissional é diretivo 
e o papel do orientador profissional é o de fazer diagnósticos,prognósticos e indicações das 
ocupações certas para cada indivíduo, o que foi feito, desde o início, com base na Psicologia 
Aplicada, especialmente na Psicometria. 
Essa teoria pauta sua ação e dá fundamento aos denominados testes vocacionais. Acredita-se que 
as aptidões, os interesses e os traços de personalidade são inatos. 
8. A Orientação Profissional é uma especialidade da Psicologia? 
Não. A orientação profissional pode ser realizada por psicólogos e pedagogos. 
9. Apresente os recursos técnicos da Orientação Psicológica Psicanalítica. Quais são seus 
objetivos? Como viabilizar esses objetivos? 
Os recursos técnicos da Abordagem Psicanalítica são: Entrevistas Abertas; elaboração de uma 
Hipótese Diagnóstica; elaboração de um Prognóstico; Informação Ocupacional. 
Seus objetivos são: compreensão da problemática pessoal e profissional; favorecimento da 
construção de um projeto de vida mais compatível com os reais interesses e potencialidades do 
orientando; retificação, complementação e ampliação dos conhecimentos do orientado relativos aos 
cursos oferecidos e às profissões exercidas no mercado de trabalho. 
Para viabilizar esses objetivos, é preciso que exista uma investigação da personalidade do sujeito, 
para que possam ser identificadas a estrutura e as situações de conflitos, assim como foram ou estão 
desenvolvidas as suas aptidões, os seus interesses e suas capacidades. É preciso, também, detectar 
as principais influências sofridas por ele na hora de fazer a escolha. 
10. Defina abordagem Psicopedagógica Gestalt? Quais as etapas? 
A abordagem aqui apresentada apoia-se em um enfoque psicodinâmico que enfatiza a compreensão 
do individuo como um ser ativo frente a sua existência e em processo contínuo de desenvolvimento. 
Considera que o homem constrói o mundo e nele se constrói, em constante dialética, tecendo, assim, 
uma complexa rede de vínculos e relações sociais. O exercício da profissão e cidadania caminham 
juntos. O indivíduo pode aprender a escolher sua profissão. 
As etapas do processo de desenvolvimento pessoal e profissional são: Autopercepção Dinâmica; 
Percepção Dinâmica do Grupo; Visão Prospectiva. 
- Etapa 1: Autopercepção Dinâmica 
Estratégias de ação: entender a escolha como um momento do processo histórico pessoal, 
integrando vivências passadas, o presente e as expectativas quanto ao futuro. Desbloquear, 
reconhecer e ampliar a compreensão das próprias características e do potencial para identificar áreas 
de interesses, resgatar aptidões e explorar possibilidades de agir e produzir. Pensar sobre si mesmo, 
em seu cotidiano, no que gosta de fazer, nas habilidades que tem e quer desenvolver, ampliando a 
consciência da autonomia. 
- Etapa 2: Percepção Dinâmica do Grupo 
Estratégias de ação: aumentar a gama de informações, a fim de dar à pessoa oportunidade de 
conhecer alternativas diversificadas e integradas à realidade. Fornecer informações objetivas do 
mundo e criar situações para a descoberta de novas opções, possibilitando a consciência do papel 
social no aqui-e-agora, ampliando a visão de mundo e a partir dos contextos familiar e social. As 
informações são trabalhadas de forma integrada com a realidade externa e com o momento atual da 
pessoa, levando em conta os fatores que possibilitam uma situação específica de escolha. 
- Etapa 3: Visão Prospectiva 
Estratégia de ação: experimentar a vivencia de um futuro papel profissional ou ocupacional, 
explorando e avaliando alternativas, definindo metas desejáveis e realizáveis. Tomar consciência dos 
fatores implicados nas alternativas que tem e da responsabilidade pessoal para elaborar um projeto, 
estabelecendo um plano de ação que possibilite selecionar, escolher e decidir profissões e ocupações 
que tragam satisfação. 
11. Apresente os princípios básicos da Teoria Desenvolvimentista de Donald Super: 
A teoria de Super mostra como o individuo tende a escolher carreiras que confirmem a percepção 
que ele tem da própria identidade pessoal (conjunto de interesses, habilidades e características de 
personalidade). 
A princípio, as concepções de Super (1957) centravam-se na passagem gradual e sistemática que 
os indivíduos faziam por estágios razoavelmente estáveis do desenvolvimento vocacional: 
1. Crescimento: esse estágio coincide com o período da infância e da pré-adolescência, em que as 
escolhas não são sistemáticas, mas fantasiosas e buscam o despertar de interesses e habilidades. O 
individuo descobre as primeiras capacidades e constrói o autoconceito por meio da identificação 
com figuras significativas da família (pais, avós, irmãos) e da escola (professores, colegas). Nesse 
estágio, as tarefas desenvolvimentistas são: começar a se preocupar com o futuro; aumentar 
progressivamente o nível de autonomia comportamental; convencer a si mesmo da importância das 
realizações escolares e profissionais; adquirir as primeiras habilidades e atitudes de trabalho. 
2. Exploração: as preferencias vocacionais são organizadas em torno da experimentação, do teste 
de hipóteses e do desempenho de papéis, delineando um processo de tradução de autoconceito em 
termos vocacionais. É um período de transição, em que a autoanalise das próprias características e 
habilidades é constante e o autoconceito não é tão estável. As tarefas de desenvolvimento são a 
realização de uma ampla exploração das ocupações, a tradução do autoconceito em escolhas 
ocupacionais-educacionais, a troca progressiva de uma escolha generalizada por uma escolha mais 
específica e a conversão dessa preferência em uma realidade concreta, por meio da educação 
especializada e do ingresso no mundo ocupacional. 
3. Estabelecimento: se faz uma implementação da escolha, isto é, a conversão das preferencias 
especificadas em uma realidade ocupacional, por meio do comprometimento com o mundo do 
trabalho. Há uma estabilidade do autoconceito em termos vocacionais e uma concentração de 
esforços para permanecer e progredir na área escolhida. O sujeito nesse estágio deve poder assimilar 
uma cultura profissional e organizacional, desempenhar suas tarefas adequadamente, encontrar um 
lugar satisfatório, consolidar a posição atingida e ampliar os ganhos alcançados, estabelecendo um 
padrão de carreira. 
4. Manutenção: representa a realização de tarefas da maturidade, com suas características de 
continuidade dos planos estabelecidos, em que já comportamentos de conservação do que foi 
alcançado e, mais recentemente, a capacidade de se manter atualizado e capaz de inovar, 
estabelecendo para si novos desafios. 
5. Desengajamento: relacionado à senescência, neste estágio, o indivíduo planeja sua retirada do 
mundo do trabalho, com o gradual enfraquecimento e posterior afastamento das atividades 
profissionais, criando um modo de vida fora do trabalho. 
Nesses estágios, seria necessário desenvolver habilidades especificas e efetivar o cumprimento de 
tarefas evolutivas que, de forma complementar, forjavam a continuidade da carreira e construíram 
uma trajetória de aprendizado que capacitaria o indivíduo a realizar escolhas profissionais. As etapas 
não são lineares. O momento em que ocorrem as transições de um estágio a outro do 
desenvolvimento vocacional podem variar muito de pessoa para pessoa. 
12. Diferencie OP individual e grupal quanto a: público/técnicas/objetivos. 
Nos últimos anos, tem crescido substancialmente a procura por Orientação Profissional, seja por 
adolescentes ou por suas famílias, seja mesmo por escolas preocupadas em assistir seus alunos no 
processo de escolha profissional. Especificamente, no que se refere à Orientação Profissional, duas 
modalidades de intervenção têm se destacado: a grupal e a individual. 
Toda Orientação Profissional é diretiva; manter uma orientação grupal só com entrevistas é 
impossível. 
• Orientação Profissional Grupal: 
A atividade em grupo é facilitadora do processo de identidade individual e grupal, oferecendomelhores condições na elaboração dos sentimentos referentes a atividade. Essa abordagem inclui 
procedimentos teóricos e técnicos de um trabalho de dinâmica de grupo. 
Possibilita identificações reciprocas entre os membros do grupo a partir de uma problemática 
(necessidade de escolher); o enriquecimento pessoal a partir da troca de ideias; o relato de 
experiências pessoais compartilhadas; a possibilidade de feedback entre os próprios membros do 
grupo. 
A modalidade grupal de atendimento em Orientação Profissional costuma ser adotada com mais 
frequência em escolas, cursos preparatórios para o vestibular e serviços de atendimento, haja vista 
a concentração de demanda. 
• Orientação Profissional Individual: 
A entrevista clínica é sua principal técnica. É fundamental a escolha teórica do orientador, que lhe 
dará as referências para a utilização das técnicas e para o manejo do processo. Temos as três técnicas 
básicas da abordagem psicodramática: o duplo, o espelho e inversão de papéis, e partir delas, outras 
derivadas, como a auto apresentação, a investigação do núcleo social, o solilóquio, a interpolação 
de resistências, a concretização, o onirodrama. A teoria sistêmica, por sua vez, emprestou-nos a 
técnica do genograma, que traz uma grande contribuição para o entendimento da dinâmica familiar, 
sua apropriação por parte do orientado e consequente percepção da influência da família na escolha 
profissional de seus membros, jovens ou adultos. 
É possível verticalizar a problemática da escolha. O objetivo principal da entrevista de orientação 
deve ser o de levar os orientandos a se interrogaram-se sobre suas formas de identificações e suas 
idealizações, bem como incentivá-los à busca de informações. O enfoque pode também ser o 
autoconhecimento. 
Questões como identidade profissional e identidade ocupacional, conforme definidas por ele podem 
ser trabalhadas com mais profundidade na modalidade individual. 
13. Levante os pontos fundamentais a se considerar antes de selecionar as técnicas para a 
montagem do projeto de Orientação Profissional: 
Não existe técnica boa nem ruim. Sua escolha e utilização devem ser respaldadas por alguns fatores, 
entre os quais: a boa “leitura” que o coordenador faz do grupo – para avaliar se e em que medida 
a técnica é mais adequada ao movimento e ao momento grupal; a “habilidade” do orientador na 
aplicação e no processamento da técnica, isto é, a consequência de sua formação teórica e técnica 
para tal. Se não houver o aquecimento adequado, por exemplo, a técnica “tão boa” pode ser um 
fracasso. O critério básico de escolha das técnicas deve ser o da definição dos objetivos gerais e 
específicos de cada uma das etapas do trabalho. 
Estabelecimento de um plano geral de trabalho, que consiste na definição dos objetivos gerais e 
específicos para cada encontro e que vai se modificando e se adequando às necessidades do grupo, 
da instituição e das possibilidades concretas do trabalho no decorrer dos encontros. Não é 
obrigatório que o planejamento seja seguido à risca. 
14. Quais são as etapas básicas para a construção do planejamento de trabalho? 
Um estabelecimento de um plano geral de trabalho é pré-requisito para a escolha de técnicas e 
construção desse trabalho de Orientação Profissional. O plano geral consiste na definição dos 
objetivos gerais e específicos para cada encontro e vai se modificando e se adequando às 
necessidades do grupo, da instituição e das possibilidades concretas do trabalho no decorrer dos 
encontros. 
Estabelecer um plano pressupõe quatro encaminhamentos básicos: 1 – Seleção dos Participantes do 
Grupo (permite que o psicólogo defina qual modalidade de trabalho deve ser adotada). 2 – 
Levantamento de Expectativas (perguntas que permitirão a verbalização e tomada de consciência 
das expectativas do jovem). 3 – Estabelecimento do Contrato Psicológico (acordos de trabalho, 
tarefas, tempo e custos. Possibilidades e limites do trabalho proposto). 3 – Avaliação Final do 
Trabalho (análise do alcance dos objetivos). 
15. Qual o papel do Orientador Profissional no grupo e como sua formação teórica influencia no 
processo de Orientação Profissional? 
Não basta estabelecer um plano de trabalho e escolher técnicas para desenvolvê-lo; é necessário 
que o Orientador assuma a direção do grupo a ser coordenado. A postura do profissional para 
realizar seu trabalho, além da criteriosidade na escolha e na utilização de técnicas, deve estar 
pautada, de modo semelhante, pela referência teórica utilizada, a qual deve fornecer-lhe elementos 
para formação e composição do grupo e para uma boa coordenação, a partir de uma adequação da 
leitura do funcionamento de cada grupo. 
A formação teórica é que vai indicar ao Orientador os tipos de intervenção a serem feitas, as técnicas 
às quais vai recorrer, bem como a maneira pela qual vai expressar sua compreensão acerca do 
funcionamento do grupo. 
A formação do Orientador, para que exerça um adequado papel de coordenador grupal, deve se 
realizar em diferentes âmbitos: teórico (formação teórica), prático (exige uma pratica supervisionada) 
e pessoal (conhecer e compreender os motivos que o levaram a escolher essa profissão). 
Qualquer atividade proposta pode ser considerada uma técnica, com o papel de levantar dados, 
fazer emergir sentimentos, permitir elaborações, dar-se conta de algo; enfim, facilitar a escolha. 
16. Qual a importância de se considerar a realidade política, cultural e histórica do grupo na 
montagem do projeto de Orientação Profissional? 
A intervenção em Orientação Profissional requer sempre uma aproximação aos sujeitos com quem 
trabalhamos, a fim de obter informações a respeito de sua dinâmica interna ou mesmo de facilitar a 
mobilização e a explicitação de sentimentos, dificuldades ou de dúvidas, encaminhando assim o 
trabalho. 
É fundamental, sempre, antes de iniciar um atendimento em orientação profissional, discutirmos a 
relatividade das técnicas, reconhecendo que são secundárias em relação à leitura do movimento 
grupal e de sua demanda a cada momento. Referenciado por sua formação teórica e prática, o 
orientador deve avaliar qual a melhor estratégia de trabalho para determinado momento do grupo. 
A clareza do orientador em relação ao objetivo para o qual a técnica foi prevista, bem como sua 
habilidade em realizar uma adequada leitura do movimento do grupo lhe indicarão a necessidade 
de modificar sua estratégia de condução grupal e de “correr atrás do grupo”, para não perder sua 
dinâmica. 
As diferentes técnicas embasadas na abordagem teórica poderão ser adaptadas às questões 
emergentes no processo de Orientação Profissional. 
Considerar estas realidades é um dos princípios do Código de Ética e todas as nossas ações em 
Psicologia devem considerar estas realidades. Caso não leve em conta pode cair na generalização, 
rotulação e limitação do processo. 
17. Qual sua opinião quanto ao uso de testes em Orientação Profissional? Explique. 
Ao procurar por Orientação Profissional, nossa clientela ainda espera a realização de uma bateria de 
testes que possam definir, ao final, qual a melhor profissão a ser seguida com a segurança de um 
diagnóstico científico e estatístico. Porém, não é seu resultado que trará uma resposta definitiva para 
o paciente e sim os dados encontrados durante todo o processo. O teste não irá resolver o problema 
da indecisão. Ele apresentará algumas informações que necessitarão de encaminhamento posterior, 
o qual é viabilizado pela participação em um processo de Orientação Profissional. 
18. Descreva duas técnicas de apresentação em Orientação Profissional. 
Técnica de Apresentação por meio de Telas Impressionistas ou Cartões Publicitários: trata-se de uma 
técnica que desperta inúmeros sentimentos de forma projetiva, pois, ao escolher a primeira figura 
que lhe chama a atenção, a pessoa, sem perceber, está se identificando com aquela situação.No 
comentário final, observamos que uma mesma figura apresenta significados diferentes para cada 
pessoa. Essa técnica é interessante de ser aplicada no primeiro dia como uma forma de apresentação 
diferente do habitual, e ao mesmo tempo, já traz elementos da dinâmica pessoal de cada participante 
do grupo. A técnica pode ser utilizada em qualquer modalidade de grupo. 
Técnica dos Interesses em Comum: geralmente, o primeiro encontro do grupo é um momento difícil 
de ser iniciado. É preciso criar uma situação que desiniba o grupo e faça todos se sentirem mais à 
vontade para falarem de si e oportunizar uma primeira integração do grupo. O objetivo é propiciar 
integração entre os membros do grupo, a partir da apresentação de interesses comuns identificados 
a partir de figuras. 
19. Descreva duas técnicas de autoconhecimento em Orientação Profissional. 
Técnica para Analisar Interesses e Potencialidades: tem como objetivos levar o individuo a conhecer-
se melhor a partir do levantamento de seus interesses atuais/futuros e de aptidões (competências), 
procurando analisar as profissões que possam estar relacionadas aos principais interesses. 
Determinantes da Escolha: tem como objetivos possibilitar às pessoas que percebam de que forma 
realizam suas escolhas, buscando identificar qual o nível de autonomia e quais os determinantes 
envolvidos nesse processo. 
20. Descreva duas técnicas de conhecimento das profissões em Orientação Profissional. 
Técnica Gincana das Profissões: proporciona, de uma maneira ativa, um maior conhecimento das 
diversas profissões existentes hoje no mercado, esclarecendo dúvidas e propondo novas 
possibilidades de atuação além das mais tradicionais. Tem como objetivos levar o jovem a conhecer 
um maior número de profissões, e o que fazem os diferentes profissionais; informar sobre as 
profissões de maneira dinâmica e criativa; despertar o jovem para buscar mais informações sobre as 
profissões a partir da constatação da grande quantidade de profissões existentes que ele não 
conhece. 
Stop das Profissões: tem como objetivos fornecer informação profissional de maneira lúdica; 
colocar o jovem em contato com grande número de profissões, levando-o a se interessar em 
conhecê-las melhor e, assim, procurar mais informações.

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