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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA Camilla Carvalho Souza Rocha – B52CJE-0 Deborah Nara Lelis Barbosa – B523GB-2 Italo Fernando de Souza Lima – A972AI-1 Thayson Torres Lobato – B514BC-5 Concreto de Alto Desempenho GOIÂNIA 2014 Camilla Carvalho Souza Rocha – B52CJE-0 Deborah Nara Lelis Barbosa – B523GB-2 Italo Fernando de Souza Lima – A972AI-1 Thayson Torres Lobato – B514BC-5 Concreto de Alto Desempenho Atividades Práticas Supervisionadas para complementação das atividades acadêmicas de graduação em engenharia civil apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Professor: Alberto Boaventura GOIÂNIA 2014 SUMÁRIO Página 1. Introdução..........................................................................................................3 1.1 Conceito.............................................................................................................3 1.2 Histórico.............................................................................................................3 2.0 Obtenção do concreto de alto desempenho......................................................6 3.0 Utilizações do concreto de alto desempenho....................................................8 4.0 Dosagem do concreto de alto desempenho....................................................10 4.1 Cimento Portland.............................................................................................13 4.2 Agregados........................................................................................................15 4.3 Água.................................................................................................................16 4.4 Aditivos químicos.............................................................................................16 4.4.1 Superplastificantes...........................................................................................17 4.5 Aditivos minerais..............................................................................................19 4.5.1 Sílica ativa........................................................................................................20 4.5.1.1 formas disponíveis da sílica ativa.........................................................22 4.5.1.2 Os benefícios do uso da sílica ativa......................................................25 4.5.2 Concretos com adição de sílica ativa....................................................28 5. Escória de alto-forno........................................................................................30 5.1 Características.................................................................................................32 5.2 Escória de alto-forno granulada.......................................................................33 5.3 Utilização da escória de alto-forno no concreto...............................................34 6.0 Utilização da cinza volante no concreto..........................................................35 6.1 Benefícios do uso da cinza volante.................................................................36 6.2 Composição química da cinza volante............................................................37 7.0 Principais propriedades do concreto no estado fresco e no estado endurecido..................................................................................................................37 8.0 Conclusão........................................................................................................38 9.0 Bibliografia.......................................................................................................39 3 1. INTRODUÇÃO A realização deste trabalho visa apresentar um estudo sobre o Concreto de Alto Desempenho (CAD), um concreto conhecido por suas excelentes características, como alta durabilidade, alta resistência e boa trabalhabilidade. O concreto foi inventado em meados do século XIX e os primeiros edifícios em concreto armado foram construídos há pouco mais de um século (SERRA, 1997). Com o avanço tecnológico e das construções civis, houve também o avanço de estudos com intuito de aumentar a qualidade do concreto, surgindo assim, na Noruega, na década de 50 e utilizado no Brasil há cerca de dez anos, o Concreto de Alto Desempenho (CAD). O interesse na tecnologia desse concreto tem crescido bastante na última década devido às vantagens econômicas e estruturais que ele oferece e por ser um conceito de sustentabilidade dentro da construção civil. Essas vantagens são possíveis devido ao desenvolvimento de materiais cimentícios, adições suplementares e superplastificantes com alta resistência acrescidos em sua mistura. 1.1 CONCEITO Concreto de Alto Desempenho (CAD), possui tecnologia avançada e características como alta resistência (> 30,0 MPa) e alta durabilidade, resistência química, pouca deformabilidade, o que possibilita desempenho incomparável, reduzindo o peso próprio das estruturas, a quantidade de armadura, a área de fôrmas e assim reduz também o custo de uma estrutura. Possui também outras características como maior impermeabilidade, coesão e boa trabalhabilidade devido uso de aditivos hiperplastificantes, habitualmente recebe adições de Sílica ativa ou Metacaulim. 1.2 HISTÓRICO O concreto de alto desempenho surgiu em meados dos anos 60, Chicago – Estados Unidos. Era conhecido por concreto de alta resistência, uma vez que sua produção foi realizada visando apenas aumentar a resistência à compressão, porém, descobriu-se que o CAD possuía outras propriedades relevantes e aprimoradas como alta durabilidade e baixa porosidade. A utilização nos EUA de concretos de 4 “alta resistência” em edifícios altos passa a ocorrer de maneira mais significativa durante os anos 70, empregando-se, particularmente nos pilares, concretos cuja resistência era mais alta do que aquela dos chamados concretos usuais (AÏTCIN, 1998). A tecnologia utilizada nestes casos ainda era a mesma dos concretos convencionais, a não ser pela seleção cuidadosa e controlada dos materiais constituintes. Concretos de 100Mpa+ são relativamente comum nos EUA. Vários dos arranha-céus mais altos do mundo estão localizados nos Estados Unidos, onde é empregado o concreto de alta resistência há tempos, desde os anos 90. Geralmente o Fck gira em torno de 100Mpa ou mais. Presentemente, o Willis Tower (antiga Sears Tower), com 445 metros de altura, é o arranha-céu mais alto nos Estados Unidos, e a quinta estrutura mais alta do mundo.), com 445 metros de altura, é o arranha-céu mais alto nos Estados Unidos, e a quinta estrutura mais alta do mundo. *Willis Tower é o edifício mais alto da cidade e dos Estados Unidos desde 1974, e o edifício mais alto do mundo entre 1974 e 1998; anteriormente conhecida como Sears Tower. 5 No Brasil, já é comum o uso de CAD em pilares de edifícios altos (E-Tower, SP; Edifício Banco de Tóquio, BA), pontes e obras de arte especiais, peças pré- moldadas, pisos e pavimentos (pavimento da Ponte Rio-Niterói, RJ) e recuperações estruturais, entre outros. *Willis Tower é o edifício mais alto da cidade e dos Estados Unidos desde 1974, e o edifício mais alto do mundo entre 1974 e 1998; anteriormente conhecida como Sears Tower. *Ponte Rio Niterói 6 2. OBTENÇÃO DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO Basicamente, a tecnologia do CAD é obtida por meio da adição na dosagem do concreto de sílica ativa e aditivos superplastificantes para aumentar a trabalhabilidade, pois provoca quebra de tensão superficial da água, permitindo uma melhor distribuiçãodas partículas de cimento, evitando que se aglutinem formando flocos que retenham parte da água de amassamento em seu interio diminuindo a trabalhabilidade. A utilização de aditivos superplastificantes restringe-se a determinados limites, já que dosagens elevadas podem ocasionar efeitos indesejáveis sobre o tempo de pega, exsudação, segregação e conteúdo de ar incorporado. Nos concretos frescos, superplastificantes são indicados para aumentar a plasticidade sem adicionar mais água ou para reduzir o teor de água sem perder a plasticidade. Os superplastificantes disponíveis no mercado são geralmente classificados, de acordo com sua composição química, em quatro categorias: 1. Policondensado de formaldeído e melanina sulfonada (SMF), ou simplesmente melanina sulfonada 2. Policondensado de formaldeído e naftaleno sulfonado (SNF), ou simplesmente naftaleno sulfonado 3. Lignossulfonatos modificados (MLS) 4. Copolímeros – como os poliacrilatos e poliestireno sulfonado. Normalmente os CAD apresentam consumo elevado de cimento que provoca aumento do calor de hidratação (que pode ser amenizado com o uso de adições minerais como cinza volante, microssílica ou escória de alto forno) e elevado consumo de água (que pode ser diminuído com o uso de aditivos superplatificados). O tipo de cimento muito influencia o concreto, sendo aconselhado usar aqueles que apresentem propriedades e características mais constantes e menor dispersão nos ensaios de resistência à compressão. Geralmente é usado o Cimento 7 Portland comum, e aqueles com elevados teores de C3S e C2S e com baixa quantidade dos outros compostos químicos fundamentais, devendo-se usar o cimento que proporcione maior trabalhabilidade e redução de água no concreto. Se for usada microssílica deve-se usar o cimento que proporcione a melhor reação pozolâmica quando se quer considerar a resistência em idades mais avançadas. Usa-se, geralmente, consumo de cimento de 400 kg/m³ e no máximo 600 kg/m³, não devendo ser ultrapassado este valor devido ao elevado custo com estabilização e até diminuição da resistência (alto calor de hidratação, retração acentuada, e outros). A escolha dos agregados é fundamental para os CAD, pois deve ter a mesma ordem de grandeza da zona de transição pasta/agregado e da matriz de pasta de cimento, aconselhando-se agregados com resistência entre 120 e 140 MPa , não sendo aconselhados agregados de alta resistência (acima de 150 MPa) devido ao seu altíssimo módulo de elasticidade ser muito diferente do da pasta de cimento, ocasionando concentrações de tensões prejudiciais ao desempenho mecânico do concreto. Também é importante que as características físicas dos agregados contribuam de forma a minimizar o consumo de água sendo que o ideal é ser limpo, cúbico, britado, muito pouco liso (otimizar aderência) e angular (maior resistência mecânica), sendo que o tamanho e graduação dos agregados devem ser determinados pelo tipo de processo de moldagem utilizado e tamanho da estrutura a ser constituída. Deve-se usar intervalos de graduação nas areias e agregados graúdos para um melhor empacotamento entre as partículas: usar areia grossa com módulo de finura próximo a 3,0 para diminuir o tamanho dos agregados graúdos. Experiências mostraram que pode-se usar agregados graúdos maiores que 20 mm para CAD até uma determinada faixa de resistência a compressão (de 60 a 100 MPa) , e de 10 a 12 mm para resistências maiores (ou iguais a 100 MPa ), embora os de menor tamanho melhorem a trabalhabilidade. A escolha do agregado vai depender da disponibilidade e do custo, porém, trabalhos realizado sobre a influência da composição mineralógica na resistência e propriedades elásticas do CAD concluíram que apresentam desempenhos distintos alguns tipos de calcário e diabásio comparando a alguns tipos de cascalhos e granitos que apresentaram resultados mais baixos. 8 *Classes dos diferentes tipos de concreto de alto desempenho 3. UTILIZAÇÕES DO CONCRETO DE ALTO DE DESEMPENHO As principais aplicações do CAD na construção civil têm sido em edifícios de grande altura, plataformas submarinas, pontes, viadutos, pavimentos de rodovias e pisos industriais. Seu uso, principalmente em edifícios altos, proporciona estruturas mais esbeltas, redução significativa nas seções dos pilares com aumento da área útil dos pavimentos, diminuição do peso próprio da estrutura e, conseqüentemente, na carga das fundações, bem como aumento da velocidade de execução e redução na utilização de sistemas de formas (menor superfície de formas e maior rapidez na desforma). Além disto, apresenta elevado potencial ecológico devido à incorporação de vários resíduos industriais, como sílica ativa e/ou outras adições. Sua utilização nas estruturas não se justifica apenas pela elevação de suas propriedades mecânicas, mas principalmente pelo aumento da durabilidade, face à utilização de baixas relações água/aglomerante, que levam à diminuição da porosidade e, conseqüentemente, da permeabilidade do concreto, caracterizando-o como o material mais apropriado para garantir uma maior vida útil à estrutura e custos reduzidos de manutenção. O CAD é assim, apropriado para a crescente tendência da verticalização, com estruturas mais altas, esbeltas e arrojadas, de maiores vãos, localizadas em atmosferas densamente urbanas ou industriais carregadas de agentes agressivos. 9 Por todas estas qualidades, o CAD é um material que está sendo muito pesquisado e divulgado atualmente em diversos países, como Estados Unidos, Canadá, França, Suíça, Noruega, Austrália, Alemanha, Japão, Coréia, China e outros. Abaixo estão listadas várias formas de sua utilização: a) Como concreto impermeável: Podemos dizer que um concreto com mesmas características de Fator Água/Cimento e consumo de cimento, dentro das condições básicas de concreto impermeável, com adição de Sílica ativa ou Metacaulim na ordem de 5 a 12%, podemos garantir uma impermeabilidade de 10 a 20 vezes superior. Isso aumenta a vida útil das estruturas, mesmo em ambientes extremamente agressivos. b) Com alta resistência ao ataque cloretos e sulfatos: Altamente recomendável em estruturas expostas ao ataque de cloretos e sulfatos, por exemplo: estações de tratamento de esgoto, coletores de esgoto, estações de tratamento de água, obras marítimas, instalações portuárias, fábrica de adubos, etc. c) Com alta resistência inicial: Com facilidade se obtém resistências bastante elevadas em pequenas idades ou até em horas, normalmente utilizadas em estruturas emergenciais ou até em estruturas que se necessite dar um andamento acelerado no cronograma de obras. Indicado também para estruturas de pré-moldados, a qual se podem liberar as fôrmas rapidamente, aumentando a produtividade, além da vantagem da redução nominal das seções das peças. d) Com alta resistência Estruturas em concreto que até então eram calculadas com no máximo FCk 40,0 MPa, com o surgimento das adições e aditivos especiais, hoje é possível se obter resistências acima de 100 MPa. 10 As maiores vantagens de estruturas em concreto, calculadas com resistências acima de 30 MPa, é que se pode projetar prédios mais altos, reduzir as seções das estruturas, algumas vezes em até 50%, ganhando-se espaço interno, reduzindo volume de concreto, gasto com fôrmas e armaduras, aumento dos vãos, aumento da durabilidade destas estruturas e ainda alívio em fundações, etc. e) Pavimentos de alta resistência Em indústrias pesadas, onde exige tráfego intenso de empilhadeiras pesadas ou ruas e avenidas, paradas de ônibus, corredor de trolebus, etc., os concretos de alto desempenho são extremamente viáveis, pois aumentam a resistência a abrasão, ou seja, resiste ao desgaste superficial devido aação abrasiva de areias, ou quaisquer outros elementos não desejáveis, que os veículos dotados de pneus com alta pressão exercem sobre estes. Ainda confere alta resistência a tração na flexão, superior aos concretos sem estas adições. É comum também sua utilização em pavimentos de aeroportos. f) Recuperação Estrutural / Reparos Um concreto de alto desempenho aplicado sobre uma superfície limpa, rugosa e úmida de um concreto velho, confere aderência perfeita. Já foram feitos vários consertos ou aplicações práticas com a técnica de concreto com sílica ativa, como reparos em pisos, envelopamento de vigas e pilares, muito bom para enchimentos de ninhos ou recobrimento de armaduras expostas, etc. 4. DOSAGEM DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO Inicialmente, para se obter concreto de alto desempenho, é necessário verificar o panorama dos agregados disponíveis, uma vez que a resistência à compressão do concreto não é mais, necessariamente, governada pela resistência da pasta matriz, como ocorre com os concretos convencionais. No CAD o que define a resistência à compressão do material é o agregado ou sua interface com a pasta. Desta maneira, o agregado graúdo deixa de ser considerado apenas um material inerte e se torna o fator limitante da resistência do CAD, que passa a ser controlada 11 pelas suas características físicas, mecânicas e mineralógicas. Como, por motivos de economia, os agregados graúdos empregados no concreto usualmente são os disponíveis nas jazidas próximas à obra, é fundamental que se conheça o desempenho dos agregados produzidos na região. O CAD em geral tem como característica essencial a baixa relação água cimento, entre 0,25, e no máximo em torno de 0,40, o que exige a utilização de aditivos superplastificantes, para propiciar aumento da resistência e trabalhabilidade ao concreto. Porém ainda não foi desenvolvido um procedimento sistematizado de aplicação geral à dosagem de concreto de alto desempenho. As razões para isso incluem o fato de que até agora foram construídas poucas estruturas com concreto de alto desempenho (em relação aos concretos convencionais) e cada estrutura envolve materiais específicos e especialmente selecionados. A dosagem do CAD é um pouco mais complicada do que a doconcreto convencional. Embora o CAD utilize os mesmos componentes básicos, podendo entrar mais alguns complementares: superplastificantes, sílica ativa e eventualmente aditivos retardadores de pega. O CAD exige condições de produção e execução rigorosas, que deveriam ser padrão também para concretos convencionais, o que pouco ocorre, na prática. Conhecer as características de aditivos e adições ajuda a entender porque tanta preocupação. A sílica ativa propicia maior compacidade ao concreto, melhorando a aderência entre a pasta e os agregados graúdos devido à sua extrema finura, com diâmetro médio em torno de 19 mm. O excesso de impurezas na água pode provocar problemas na resistência, assim como o uso inadequado de aditivos. A seleção dos materiais que vão ser usados na mistura deve ser bem cuidadosa, haja vista que os ingredientes adicionados de forma inadequada levam a perder o objetivo da dosagem, que é obter o concreto de alto desempenho. O concreto de alto desempenho deve ser produzido, transportado e lançado da mesma forma que o concreto usual. Quando as qualidades do cimento e do superplastificante estão sobre controle, os demais parâmetros críticos que devem ser verificados são a granulometria e a forma do agregado graúdo, assim como a granulometria da areia e seu teor de umidade. Os materiais cimentícios também deverão ser cuidadosamente controlados com a mesma atenção dispensada aos outros materiais mencionados. Qualquer 12 falta de qualidade num dos insumos usados causará problemas, pois, no preparo do concreto de alto desempenho a margem de segurança não é grande. Dois pontos são importantes a serem levados em consideração. Em primeiro lugar, com concreto de alto desempenho a resistência muitas vezes é necessária após 28 dias de idade; isso deve ser levado em conta na consideração do critério de resistência. Em segundo lugar, o que se necessita em um concreto de alto desempenho é um elevado módulo de deformação. Para esse fim, é essencial que se use um agregado com elevado módulo de deformação, mas também é importante que se escolha um material cimentício que resulte uma aderência particularmente boa entre as partículas de agregado graúdo e a matriz. Os especialistas recomendam que o CAD seja produzido em centrais de concreto, pois exige controle rigoroso da massa dos materiais. Se a central estiver fora do canteiro, a mistura pode ser feita com todos os componentes exceto o superplastificante, que deve ser adicionado na última hora por ter efeito por tempo limitado. Por isso, deve-se dedicar especial atenção ao tempo de transporte desde a saída da usina até o local de aplicação. O traço do CAD varia em função das especificações,da resistência, do tipo de armaduras, da dimensão dos agregados, entre outros detalhes. A qualidade do produto entregue às obras exige, por isso, controle bastante preciso dos seus componentes e ensaios laboratoriais, haja vista que cada obra exige um traço específico que irá depender da sua aplicabilidade. Para uma boa dosagem de CAD é necessário manter uma consistente e baixa relação água/cimento juntamente com uma mistura eficaz. O controle rigoroso de todas as fontes de água na mistura é crítica. Estes incluem: 1- Água adicionada à mistura 2- Partículas de sílica em suspensão na água da mistura 3- Umidade dos agregados, pois interferem na relação água/cimento 4- Outras fontes de água (transporte) Os concretos de alto desempenho possuem os seguintes materiais: 13 4.1. CIMENTO PORTLAND Cimento é uma palavra que vem do latim Caementum que significa união. A origem do cimento remonta a cerca de 4500 anos. Os grandes monumentos do Egito já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado. O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em meados de 1700 com a calcinação de calcários moles e argilosos. No inicio de 1800 o inglês Joseph Aspdin patenteou o Cimento Portland por apresentar cor e propriedades de durabilidade e rigidez similar às rochas da ilha britânica de Portland. O cimento Portland é um material pulverulento, aglomerante hidráulico, composto basicamente de silicatos de cálcio e aluminatos de cálcio que misturados à água se hidratam e, depois de endurecidos, mesmo que sejam submetidos novamente à ação da água não se decompõem mais. Para a fabricação do cimento são empregados materiais calcáreos, como rocha calcárea e gesso, e alumina e sílica, encontradas facilmente em argilas e xistos. O processo de fabricação do cimento Portland consiste essencialmente em moer a matéria-prima, misturá-la nas proporções adequadas e queimar essa mistura em um forno rotativo até uma temperatura de cerca de 1450ºC. Nessa temperatura, o material sofre uma fusão incipiente formando pelotas, conhecidas como clínquer. O clínquer é resfriado e moído, em um moinho de bolas ou de rolo, até formar um pó bem fino (geralmente menor que 75 µm),com adição de um pouco de gesso, resultando o cimento Portland largamente usado em todo mundo. A mistura e moagem das matérias-primas podem ser feitas tanto em água quanto a seco, daí a denominação dos processos de via úmida e de via seca. Alguns materiais como areia, bauxita e minério de ferro, são adicionados como corretivos, cuja função é suprir de elementos que não se encontrem disponíveis nas matérias-primas principais. 14 Durante a queima ocorrem inúmeras reações de estado sólido entre as fases constituintes, reações envolvendo essas fases e a parte fundida do material e, ainda, a ocorrência de transformações mineralógicas emfunção do resfriamento, gerando os principais componentes do cimento, que quando hidratados fornecem as principais propriedades deste material. A última etapa de fabricação do cimento Portland constitui-seno resfriamento imposto aos nódulos produzidos, sendo de grande importância para a definição da reatividade e estabilidade das fases do clínquer. As reações químicas entre os silicatos e aluminatos a água são denominados de reações de hidratação do cimento e geram uma massa firme e resistente. Essas reações de dissolução e formação de novas fases ocorrem quase que instantaneamente, na medida em que se adiciona água ao cimento Portland. O C3S apresenta rápida hidratação, desprendendo uma quantidade média de calor, gera um gel de silicato de cálcio hidratado (C-S-H) e cristais de hidróxido de cálcio Ca(OH)(C-H). Este composto contribui para elevar a resistência inicial da pasta endurecida e aumentar sua resistência final. Já o C2S, que desprende uma quantidade pequena de calor durante sua lenta hidratação, também é responsávelpelo aumento de resistência nas idades avançadas e produz um volume menor de Ca(OH)2, em comparação com o C3S. Responsável pelas primeiras reações de hidratação, o C3A libera uma grande quantidade de calor para formar aluminatos hidratados. O C4AF também se hidrata rapidamente (semelhante ao C3A), mas exerce pouca influência sobre a resistência mecânica da pasta. Ressalta-se que um dos primeiros avanços no sentido de melhor compreender o 15 processo de hidratação do cimento Portland foi, inegavelmente, a análise em separado do comportamento exibido pelas diversas fases do clínquer em pastas hidratadas. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o cimento Portland em tipos e classes de acordo com os seus componentes e propriedades. A classe do cimento caracteriza sua resistência mínima potencial aos 28 dias, sendo dividida em três níveis: 25 MPa, 32 MPa e 40 Mpa. Diversos autores dão opiniões diferentes acerca da escolha do melhor cimento Portland para concreto de alto desempenho; autores enfatizam que, para cada situação específica de projeto, todas as condições deverão ser avaliadas detalhadamente, desde as especificações de projeto, condições de cura e aplicação, cronograma de execução, e o que mais se fizer necessário para que o cimento escolhido seja o mais adequado, contribuindo, desta forma, para o aumento da vida útil da estrutura de concreto. Enfim, para a escolha satisfatória do cimento Portland utilizado na produção do concreto de alto desempenho, exigi-se conhecimento técnico e científico deste material. 4.2. AGREGADOS 16 A escolha dos agregados é fundamental para os CAD, pois deve ter a mesma ordem de grandeza da zona de transição pasta/agregado e da matriz de pasta de cimento, aconselhando-se agregados com resistência entre 120 e 140 MPa , não sendo aconselhados agregados de alta resistência (acima de 150 MPa) devido ao seu altíssimo módulo de elasticidade ser muito diferente do da pasta de cimento, ocasionando concentrações de tensões prejudiciais ao desempenho mecânico do concreto. O tamanho e graduação dos agregados devem ser determinados pelo tipo de processo de moldagem utilizado e tamanho da estrutura a ser constituída. Deve-se usar intervalos de graduação nas areias e agregados graúdos para um melhor empacotamento entre as partículas: usar areia grossa com módulo de finura próximo a 3,0 para diminuir o tamanho dos agregados graúdos. A escolha do agregado vai depender da disponibilidade e do custo, porém, trabalhos realizado sobre a influência da composição mineralógica na resistência e propriedades elásticas do CAD concluíram que apresentam desempenhos distintos alguns tipos de calcário e diabásio comparando a alguns tipos de cascalhos e granitos que apresentaram resultados mais baixos. 4.3. ÁGUA A água introduzida no concreto como um de seus componentes tem duas funções. Uma parte, denominada água de amassamento, contribui para garantir uma trabalhabilidade adequada. A outra permite o desenvolvimento das reações químicas no concreto, tanto de hidratação do cimento Portland, quanto reações pozolânicas com os aditivos minerais e/ou constituintes do cimento empregado. Os mesmos requisitos de qualidade exigidos para água de concretos convencionais devem ser cumpridos no concreto de alto desempenho. 4.4. ADITIVOS QUÍMICOS Os aditivos químicos são usados no concreto para se alcançar inúmeros objetivos como: promover consistência (superplastificantes), controlar o tempo de pega (retardadores) e produzir proteção contra a deterioração pelos ciclos gelo- degelo (incorporadores de ar). 17 Deve-se ressaltar, que a ação dos superplastificantes é indispensável para a produção do CAD, visto que sem a aplicação destes não se consegue obter concretos trabalháveis com as baixas relações a/c requeridas. 4.4.1. SUPERPLASTIFICANTES Aditivos Superplastificantes são usados para aumentar a trabalhabilidade, pois provoca a quebrada tensão superficial da água, permitindo uma melhor distribuição das partículas de cimento evitando que se aglutinem formando flocos que retenham parte da água de amassamento em seu interior diminuindo a trabalhabilidade. A utilização de aditivos superplastificantes restringe-se a determinados limites, já que dosagens elevadas podem ocasionar efeitos indesejáveis sobre o tempo de pega, exsudação, segregação e conteúdo de ar incorporado. Nos concretos frescos os superplastificantes são indicados para aumentar a plasticidade sem adicionar mais água ou para reduzir o teor de água sem perder a plasticidade. Os tipos de superplastificantes mais comuns são: base de lignossulfonatos, base de malamina, base denaftalenoe base depolicarboxilatos. Têm sido utilizados com sucesso, individualmente ou em combinação. A dosagem dos superplastificantes pode ser muito elevada (até 3% da massa de cimento), a fim de alcançar a necessária funcionalidade. No mercado já existem os chamados superplastificantes de nova geração. São à base de policarboxilatos e éteres. Estes superplastificantes prolongam a trabalhabilidade do concreto, proporcionando o desuso de procedimentos antigos de avaliação de trabalhabilidade. Por exemplo, lançamento de apenas uma parte da dosagem, adições de superplastificantes comuns até obter a trabalhabilidade desejada.Dentre os superplastificantes, os lignosulfonatos são os mais conhecidos, produzindo concretos com resistência à compressão de cerca de 50,0a 60,0MPa. Inicialmente, esse produto era quase sempre usado para fluidificar o concreto comum no canteiro de obras imediatamente antes do lançamento. Uma das principais vantagens desses produtos, além da sua eficiência em fluidificar traços de concreto, era que eles podiam ser usados em dosagens muito mais altas do que os redutores de água anteriores, porque são produtos que não contêm impurezas. 18 O momento de colocação e a maneira como o aditivo é adicionado à mistura é fundamental para sua eficiência, e também para melhoria da consistência. O Superplastificante age mais efetivamente se for adicionado alguns minutos depois após a colocação da água de amassamento (MENDES apud HSU et al, 1999). A adição de superplastificante (parcialmente ou totalmente)na água de amassamento reduz sua eficiência, possivelmente devido à absorção pelos agregados durante a mistura, embora alguns fabricantes de superplastificantes orientem adicioná-los à água de amassamento. O superplastificante à base de policarboxilato atua de forma mais completa nas partículas de cimento. Somado à ação eletrostática conseguida pelo carregamento nas partículas de cimento de cargas de mesmo sinal, o policarboxilato possui longas cadeias laterais (“side chains”), responsáveis pelo chamado efeito estério.Essas longas cadeias laterais aumentam o espaço físico em um sistema de partículas de cimento, resultando em uma redução de água muito superior aos superplastificantes normais (acima de 40 %). Outra grande vantagem adicional ao concreto que se deve às longas cadeias laterais do policarboxilato é a manutenção da trabalhabilidade por longos períodos. Com o início do processo de hidratação do cimento, perde-se o efeito da repulsão eletrostática do aditivo mas, através da presença das mesmas, consegue-se minimizar esse efeito. Com sua química diferenciada, o policarboxilato se torna o produto ideal para certos tipos de aplicações, como o mercado de pré-moldados e permite fazer concretos auto-adensáveis ou Concreto Rheodinâmico®. Através do seu único desempenho consegue-se as seguintes vantagens: • Redução de água de até 45 % da água de amassamento • Deixa o concreto coeso porém trabalhável • Redução linear da água de amassamento • Possibilidade de se trabalhar com fatores a/c menores que 0,30 • Minimiza a exsudação 19 • Efeito mínimo no tempo de pega do cimento • Grande manutenção da plasticidade • Compatibilidade com todas as bases químicas • Aumento das resistências à compressão iniciais e finais • Aumento da durabilidade estrutural • Permite a execução de concretos auto-adensáveis com dosagens relativamente baixas. 4.5. ADITIVOS MINERAIS Os agregados minerais são compostos por uma mistura que pode reunir pó de quartzo, materiais metálicos, escória granulada de alto forno, sílica ativa, metacaulin, pigmentos e aditivos. O uso dessas adições tem proporcionado concretos cada vez mais resistentes e duráveis, com a simplicidade de apenas melhorar as propriedades já existentes no concreto tradicional. As adições minerais são partículas ultra-finas usadas para preencher os espaços entre de cimento. São chamadas ativas quando reagem quimicamente com os compostos hidratados do cimento e inertes quando provocam apenas efeitos físicos. As adições ativas podem ser divididas em quatro grupos: 1) Materiais cimentantes secundários (cinza volante com alto conteúdo de cálcio e escória granular de alto forno); 2) Pozolanas naturais (de origem vulcânica ou sedimentar); 3) Pozolanas artificiais (cinza de casca de arroz e cinza volante: resíduo da combustão de carvão); 20 4) Pozolanas artificiais de alto desempenho (microssílica: pó subproduto da indústria de silíciometálico e de ligas metálicas de silício e ferro). O uso de adições minerais traz grande benefício à sociedade, por dar um destino a esses resíduos e, principalmente, por reduzir o consumo de energia e poluição do ar gerados pela produção do cimento, ao substituir grande parte desse produto na indústria da construção civil. 4.5.1. SÍLICA ATIVA As dosagens de sílica ativa, geralmente empregadas no concreto de alto desempenho se encontram na faixa de 5 a 15% sobre a massa de cimento. Sílica Ativa é a terminologia brasileira aprovada pela ABNT adotada para a Microssílica ou Silica Fume. A sílica ativa (ou microsilica) é uma das substâncias químicas mais importantes quando se tem como objetivo deixar o concreto mais resistente e durável. Resistências superiores a 100Mpa são alcançadas usando essa substância, que além de elevar a resistência do concreto, ela também protege o aço da corrosão. Devido a esses e mais fatores, a sílica ativa vem sendo muito usada em locais que requerem altas resistências estruturais, alta resistência à abrasão e em estruturas expostas a condições comprometedoras. Existem dois métodos de incorporação de sílica ativa no concreto. O primeiro e mais utilizado é a substituição de parte da massa de cimento pela adição mineral. Desta maneira, é possível reduzir o consumo inicial de cimento, acarretando tanto benefícios de ordem técnica quanto econômica. O segundo método consiste na adição de um teor de sílica ativa à massa de cimento já especificada. Essa forma de uso resulta em aumentos significativos na resistência a compressão entre 3 e 28 dias quando comparado com os concretos sem adição. O processo de fabricação ocorre a partir da produção de ferro-ligas e silício metálico, através da redução do quartzo pelo carbono. No processo de fabricação do silício metálico, é gerado um gás (SiO) que, ao sair do forno elétrico oxida-se formando a sílica amorfa ( SiO2 ), que é captada em filtros de manga, em seguida armazenada em silos adequados e embalada em big- bags e sacos de 15kg. 21 *Processo de fabricação As partículas de Sílica Ativa são esféricas, vítreas e possuem um diâmetro médio menor do que 1 µm, apresentando altíssima superfície específica e uma massa específica aparente baixa. O alto teor de sílica das partículas e o tamanho extremamente reduzido tornam este material bastante apropriado como adição em concretos e argamassas. O efeito pozolânico da sílica ativa, associado ao efeito microfíler, propicia uma melhora na microestrutura dos materiais a base de cimento, diminuindo a porosidade e permeabilidade, densificando a pasta de cimento e melhorando as características da zona de transição pasta-agregado, o que aumenta o desempenho dos concretos e argamassas, tanto sob o ponto de vista de durabilidade, como das propriedades mecânicas. 22 4.5.1.1. FORMAS DISPONÍVEIS DA SÍLICA ATIVA A sílica ativa está disponível comercialmente em diversas formas. Todas as formas apresentam aspectos positivos e negativos que podem afetar o desempenho técnico, o manuseio, a eficiência e o teor de adição nos concretos. As diversas formas comercializáveis de sílica ativa são descritas a seguir: • Natural: Pó extremamente fino, sem nenhum tratamento, coletado em filtros manga, após captação e filtragem. Podem apresentar dificuldades no transporte e manuseio, devido à sua extrema finura e baixa massa específica aparente (192 a 300 kg/m³) (figura 2). Por outro lado, possui a vantagem da facilidade de mistura e dispersão das partículas no concreto. * Sílica ativa – Natural • Densificada: As partículas de sílica ativa são compactadas (normalmente por ar comprimido) após a filtragem, tornando-se suficientemente densas para serem transportadas, pois ocupam um menor volume por peso (500 a 700 kg/m³), (figura 3). Além disto, o processo de compactação reduz significativamente a nuvem de pó, comum na captação da sílica na forma natural. Seu uso, entretanto, no concreto pode apresentar maior dificuldade de dispersão na mistura. 23 * Sílica ativa – Densificada. • Sob forma de lama: Onde a sílica ativa é pré-misturada com água, geralmente em teores de 40 a 60% da massa, resultando em uma massa específica aparente de 1300 kg/m³ a 1400 kg/m³. Desta forma, elimina-se a formação da nuvem de pó, além de facilitar o bombeamento para o interior dos veículos de transporte. Possui como aspecto negativo a dificuldade de garantia da quantidade de água realmente empregada em relação aos sólidos, afetando a qualidade final da mistura, bem como o fato de se armazenar e transportar a metade da tonelagem em água. * Sílica ativa em forma de lama 24 • Pelotizada: similar à sílica ativa densificada porém é obtida com a adição de pequena quantidade de água suficiente para produzir micro-pelotas aglomeradas com massa específica aparente em torno de 700 kg/m³. Entretanto, as pelotas formadas são muito duras para serem quebradas facilmente durante o processo de mistura do concreto, o que a torna muito pouco utilizada. *Sílica pelotizada • Pré-misturada com cimento: adição de 6,5 a 8% de sílica ativa (natural, densificada ou pelotizada) sob a massa decimento. Possui como vantagem a facilidade de controle da dosagem e perfeita homogeneização dos materiais cimentantes,conforme figura 6. DAL MOLIN (1995) cita que, na época, o Canadá comercializava este tipo de cimento a um valor de 10-13% mais caro que ao do cimento Portland comum. 25 * Fabricação de sílica com cimento 4.5.1.2. OS BENEFÍCIOS DO USO DA SÍLICA ATIVA A sílica ativa melhora as características tanto do tipo de concreto fresco quanto do tipo de concreto já endurecido. Sendo assim, os benefícios do uso da sílica ativa em concreto são muitos, como: • Redução da permeabilidade do concreto Para a formação de um concreto resistente ao ambiente mais agressivo, a propriedade mais importante é a permeabilidade. A reação entre sílica ativa e o hidróxido de cálcio aplicados no cimento hidrata e proporciona uma estrutura de poros mais densa e impermeável. Apesar de a porosidade total do concreto de sílica ativa ser similar ao do concreto Portland, o tamanho médio dos poros é muito mais fino, conduzindo a uma grande redução da permeabilidade. • Melhoria do desempenho mecânico do concreto A sílica ativa reage com a pasta de cimento para formar adicionais fortes de silicato de cálcio hidratado (CSH), oferecendo maior resistência. A sílica ativa reduz o vazamento de água e aumenta o vínculo entre a pasta de cimento e os demais agregados. Graças ao seu efeito pozolânico (reação com Ca (OH) 2), este elemento 26 contribui, portanto, para a melhoria da força e da rigidez do concreto, podendo ser aproveitada na redução do teor de cimento da mistura. Além da economia de custo benefício, isso irá restringir o total de calor de hidratação e pode melhorar o desempenho do concreto em termos de resistência química. • Redução dos custos em termos de diminuição das peças concretadas e conseqüentemente o ganho de espaços nas edificações • Redução das seções de peças comprimidas, aumento da área útil de estacionamentos ou aumento de vãos • Redução do peso próprio da estrutura • Redução do volume de concreto • Redução da área de fôrmas • Redução das fundações e aumento da vida útil • Redução do consumo de aço e do custo final da obra • Ausência de exsudação (eflorescência de água durante o lançamento e adensamento do concreto) • Aumento da resistência superficial: menos porosidade, o que possibilita o aumento a coesão superficial e mais resistência à abrasão. (Melhor desempenho do concreto em ambiente marítimo: obras localizadas numa região sujeita à forte ação da maresia, o que prejudica a durabilidade e resistência do concreto, normalmente decide-se pelo emprego da Sílica Ativa na obra, graças à diminuição da permeabilidade. Isso aumentará a proteção contra o ataque de agentes agressivos ao concreto porque irá agir ativamente com os hidróxidos alcalinos dissolvidos na água, neutralizando a reação álcalis-agregado (RAA). 27 Um exemplo real é o mostrado na revista SOLUÇÕES TECNOSIL, na edição de agosto e setembro de 2012, onde mostra reportagens sobre construções para copa de 2014 no Brasil, utilizando a tecnologia da sílica ativa. Uma dessas construções é o estádio Arena Fonte Nova na Bahia. Uma construção da SPE Fonte Nova Negócios, que pela decidiu empregar a tecnologia da sílica ativa, devido à obra estar em ambiente marítimo. “A Tecnosil está orgulhosa de fazer parte desse momento, como principal fornecedora de Sílica Ativa no Brasil, América latina e América Central, e nesta edição preparou uma ampla cobertura sobre os empreendimentos em andamento nas diversas cidades que sediarão a Copa do Mundo” – Trecho da reportagem onde o Diretor Comercial Alciro Gomes Rores deseja uma boa leitura. FICHA TÉCNICA: Nome oficial: Estádio Octávio Mangabeira. Localização: Salvador, Bahia. Construção e operação: SPE Fonte Nova Negócios e Participações (consórcio OAS/Odebrecht). Arquitetura: Setepla Tecnometal Engenharia. 28 *Obra concluída De forma geral, maior vantagem do uso do CAD é a capacidade de carga por unidade. Devido a essa propriedade esse concreto é comumente usado em pilares de edifícios altos, no qual se consegue reduzir áreas e volumes das peças dos andares mais baixos (onde geralmente o carregamento é maior, exigindo grandes seções), isto proporciona ampliação da área útil, reaproveitamento e rápida reutilização de fôrmas, menor taxa de armaduras (reduzindo custos), além do aumento da velocidade da construção em altura oriunda da desforma rápida, proveniente do ganho rápido de resistência, podendo antecipar o carregamento das peças em menores idades. 4.5.2. CONCRETOS COM ADIÇÃO DE SÍLICA ATIVA A sílica ativa ao ser adicionada ao concreto atua de duas formas, em função das suas propriedades químicas e físicas. Devido ao alto teor de sílica com estrutura amorfa e à elevada superfície específica das partículas a sílica ativa possui efeito químico como material pozolânico de alta reatividade, reagindo rapidamente com o hidróxido de cálcio formado na hidratação do cimento. O composto resistente de silicato de cálcio hidratado, gerado na reação pozolânica, é semelhante ao 29 formado pela reação do cimento, que é o maior responsável pela resistência da pasta. O efeito físico (efeito microfíler) acontece pelo reduzido tamanho das partículas que se introduzem entre os grãos de cimento e se alojam nos interstícios da pasta, reduzindo o espaço disponível para a água e atuando como pontos de nucleação dos produtos de hidratação, o que proporciona um refinamento da estrutura de poros. A utilização da sílica ativa no concreto modifica suas propriedades tanto no estado fresco (trabalhabilidade, coesão, estabilidade, segregação, exsudação, etc.) como no estado endurecido (resistência mecânica e durabilidade). O seu efeito microfíler e pozolânico resulta em mudanças consideráveis na microestrutura e nas propriedades macroscópicas do concreto. A sílica ativa é capaz de contribuir para a resistência de um determinado concreto mesmo no período inicial da hidratação (1 a 3 dias), sendo que a contribuição mais significativa ocorre até os 28 dias de idade. Após este período, a contribuição da sílica ativa para a resistência final é relativamente pequena. Os efeitos benéficos da sílica ativa no concreto, de modo geral, podem ser descritos como: • Efeito microfíler As partículas da sílica ativa possuem formato esférico e tem diâmetro médio cerca de cem vezes menores do que os grãos de cimento. Esta característica permite à sílica ativa fazer um empacotamento dos grãos de cimento, reduzindo o espaço disponível para a água. • Efeito pozolânico As partículas da sílica ativa são compostas por dióxido de silício amorfo com uma área superficial específica elevada, a qual reage rapidamente com o hidróxido de cálcio que as envolve. Os produtos desta reação se assemelham aos produtos resultantes da hidratação do cimento. 30 *Concreto com e sem adição de sílica ativa Em concretos com alto consumo de cimento, a adição ou substituição de porcentagens de cimento por sílica ativa para melhorar o desempenho do mesmo, pode minimizar consideravelmente o valor agregado, diminuindo o volume total de concreto aplicado na obra, podendo inclusive deixar a estrutura (vigas, pilares, etc) mais esbelta, podendo dar um aumento significativo nos vãos entre pilares para garagens e estacionamentos. Redução do peso próprio da estrutura e conseqüentemente na carga das fundações. Aumento da durabilidade do concreto devido à baixa porosidade e permeabilidade e maior resistência aos agentes agressivos do meio ambiente. 5. ESCÓRIA DE ALTO-FORNO A fabricação de ferro gusa se realiza em unidades industriais chamadas Altos- Fornos, nas quais se reduzem os óxidos contidos nos minerais de ferro e se separam as impurezas que os acompanham. As escórias se formam pela fusão das impurezas do minériode ferro, juntamente coma adição de fundentes (calcário e dolomita) e as cinzas do coque. A escória fundida é uma massa que, por sua insolubilidade e menor densidade, sobrenada no ferro gusa e é conduzida por canais, até o lugar de resfriamento. 31 As Escórias de Alto-Forno podem ser resfriadas de 2 formas: • Esfriada ao ar ou Cristalizada São vazadas em estado líquido em pátios apropriados, onde são resfriadas ao ar. Por ser um processo lento, os seus componentes formam distintas fases cristalinas, e com isto não adquirem poder de aglomerante hidráulico. Essa escória recebe o nome de Escória Bruta de Alto-Forno, podendo ser britada ou utilizada como material inerte em diversas aplicações, substituindo materiais pétreos. • Resfriada com Água ou Granulada A escória líquida é transportada para os granuladores, que são equipamentos onde ela é resfriada bruscamente por meio de jatos de água sob alta pressão. Não havendo tempo suficiente para formação de cristais, essa escória se granula "vitrificando" e recebe o nome de Escória Granulada de Alto Forno. A Escória Granulada de Alto-Forno devido ao seu grande potencial hidráulico (endurecer, após moída, quando em contato com a água), tem um mercado amplo para esse produto, principalmente para cimenteiras e concreteiras, onde a Escória Granulada de Alto- Forno pode ser moída e utilizada na fabricação do cimento e concreto. *Alto-forno 5.1. Características A composição química das Escórias de Alto limites relativamente estreitos. Os elementos que (Ca), silício (Si), alumínio (Al) e magnésio (Mg). Temos ainda, em quantidades menores, FeO, MnO, TiO2, enxofre, etc... É importante ressaltar que essa composição vai depender das matérias primas e do tipo de gusa fabric composição química é de extrema importância e vai determinar as características físico-químicas das Escórias de Alto A composição química das Escórias de Alto-Forno produzidas varia dentro de limites relativamente estreitos. Os elementos que participam são os óxidos de: cálcio (Ca), silício (Si), alumínio (Al) e magnésio (Mg). Temos ainda, em quantidades menores, FeO, MnO, TiO2, enxofre, etc... É importante ressaltar que essa composição vai depender das matérias primas e do tipo de gusa fabric composição química é de extrema importância e vai determinar as características químicas das Escórias de Alto-Forno. 32 Forno produzidas varia dentro de participam são os óxidos de: cálcio (Ca), silício (Si), alumínio (Al) e magnésio (Mg). Temos ainda, em quantidades menores, FeO, MnO, TiO2, enxofre, etc... É importante ressaltar que essa composição vai depender das matérias primas e do tipo de gusa fabricado. A composição química é de extrema importância e vai determinar as características 33 Dependendo das características das Escórias de Alto-Forno, resultantes do tipo de resfriamento e composição química, registram-se várias aplicações para as Escórias de Alto-Forno ao longo de vários países no mundo (Arthur D. Little 1999): • Bases de estrada; • Asfalto; • Aterro / Terraplanagem; • Agregado para concreto; • Cimento (grande utilização da Escória de Alto-Forno granulada devido a sua hidraulicidade); • Aplicações especiais (lã mineral, lastro ferroviário, material para cobertura, isolamento, vidro, filtros, condicionamento de solo e produtos de concreto). 5.2. ESCÓRIA DE ALTO-FORNO GRANULADA A Escória Granulada de Alto-Forno apresenta-se, macroscopicamente, com um aspecto de uma areia grossa, porosa, de fratura vítrea observada com lupa, com um tamanho máximo do grão, de 5 mm, cor branca amarelada e marrom. A escória bem granulada é essencialmente amorfa. A característica mais importante da Escória Granulada de Alto-Forno é sua capacidade hidráulica potencial, que permite que, quando moída e em contato com a água, ela endureça (propriedade cimentante), podendo substituir o clínquer, material utilizado tradicionalmente na fabricação de cimentos compostos. 34 5.3. UTILIZAÇÃO DA ESCÓRIA DE ALTO-FORNO NO CONCRETO Escória granulada de alto forno e cimento portland (OPC) são normalmente combinados para formar dois produtos de cimento. Destes dois produtos, o mais utilizado é Cimento Portland de alto-forno (PBFC), que contém aproximadamente 30% de escória de alto forno. O produto é conhecido como Cimento Alternativo de Alto Forno (HSBFC), e que contém uma maior concentração de escória de alto forno, geralmente até 70%. Ambos os produtos são usados para fazer os lotes de betão pronto para aplicações estruturais. Existem vários benefícios para a utilização da escória granulada de alto forno em aplicações concretas. Estas vantagens vão além da sustentabilidade ambiental a ser adquirida com a utilização de um produto residual secundário, em vez de um material de fonte primária. A inclusão da escória de alto forno ajuda a evitar a entrada de cloreto à estrutura de concreto. O cloreto pode resultar em avançada corrosão dos membros de reforço de aço - uma condição conhecida como câncer de concreto. A aplicação de Escória Granulada de Alto-Forno pode trazer vantagens, também, para os concretos. Dentre estas vantagens, pode-se destacar maiores resistências finais e maior durabilidade, em função da aplicação a que se destina. Pode-se destacar: • Menor risco de fissuração (baixo calor de hidratação da Escória Granulada de Alto-Forno); • Melhor trabalhabilidade e plasticidade; • Maiores resistências finais: os concretos feitos com cimentos de Alto-Forno (CP III) tendem a apresentar valores finais de resistência mais elevados, se comparando com concretos produzidos com alguns tipos de cimentos; • Menores porosidade e permeabilidade: favorece a durabilidade; • Contribuição para prevenção de reações álcalis-agregado (ASTM C989 - 97); • Aumento da resistência à corrosão por cloretos e a sulfatos (NBR 5737). Financeiramente, o uso da escória de alto forno como uma mistura de concreto é geralmente menos caro do que misturas OPC padronizadas. O produto também é resistente ao ataque de sulfato e à reação álcali-sílica, que podem reduzir 35 significativamente a vida de uma estrutura de concreto. O betão pode também ser esteticamente mais agradável devido à aparência branca do produto curado, em comparação com a coloração opaca cinza fornecida por misturas regulares OPC. A inclusão da escória ao betão pronto significa que o produto requer um período maior de cura - o período necessário para o concreto atingir o seu rating de força - do que os produtos OPC. Embora isso possa ser uma vantagem quando se considera a redução do risco de juntas frias sendo necessário, o fato pode se tornar desvantajoso quando a entrega do material de construção pronto segue uma agenda apertada. Juntas frias ocorrer quando as secções de uma parede de betão ou de estrutura semelhante são deixadas a curar completamente antes que uma secção de encosto possa ser vertida. Como um resultado disso, a nova secção não será capaz de ligar corretamente à secção já existente, devido ao acabamento liso. Para ultrapassar isto, é necessário quebrar a superfície existente a fim de ter de volta um acabamento rugoso. Isto permite que a nova secção de ligação com a secção anteriormente vertida. 6. UTILIZAÇÃO DA CINZA VOLANTE NO CONCRETO Cinzas volantes são minerais produzidos a partir da queima de carvão mineral. A Usina Termelétrica de Candiota, RS produz aproximadamente 1.000.000 toneladas/ano de cinzas, sendo que 80% volantes e 20% pesadas. O aproveitamento deste material em compostos cerâmicos é altamente recomendável pois, como resíduo sólido da queima do carvão, sua disposição no meio ambiente acarreta vários problemas ambientais sérios e custos volumosos. Mineralogicamente as cinzas volantes são constituídas por mulita, quartzo e hematita,e material amorfo determinado por difração de raios X; na caracterização química foram determinados os elementos maiores e como menores Mn, Zn, Cu, Pb, Hg, Cr, Cd e Ni. Para a caracterização física realizou-se ensaios de análise granulométrica, superfície específica, MEG, limites de Atterberg e índice de atividade pozolânica (cimento e cal). É mais fácil trabalhar e concluir obras com concreto com cinzas volantes, porque ele pode ser misturado em proporções que tornam o acabamento do concreto no verão mais fácil e não afetam o acabamento no inverno. O concreto misturado com cinzas volantes precisa de menos água. Isso significa que há menos 36 encolhimento e rachaduras. As cinzas volantes criam um concreto com uma resistência superior à compressão ao longo do tempo do que o concreto sem cinzas, no entanto, a diferença não é significativa. Como cinzas custam menos do que cimento, o uso de cinzas volantes na mistura reduz o custo do concreto. O concreto com cinzas volantes também poderia ser chamado de concreto verde. Usando um subproduto da queima de carvão, o concreto com cinzas volantes economiza energia e material virgem. As cinzas volantes não ocupam o valioso espaço de aterros e ajudam a reduzir a poluição. Substituindo o cimento Portland, as cinzas volantes reduzem as emissões de dióxido de carbono. Pois o concreto é mais durável, o que significa que haverá menos restos de concreto criados ao longo do tempo, o que causará economia de energia, espaço e materiais virgens de aterro. Uma tonelada de cinzas volantes, retirada do fluxo de resíduos vai economizar bastante espaço de aterro para 455 de resíduos sólidos produzidos por um cidadão comum americano e reduzir as emissões de dióxido de carbono iguais a dois meses das emissões de um carro. Existem alguns inconvenientes com o uso de cinzas volantes, embora eles agora sejam compensados pelos benefícios. Os ganhos de resistência à compressão do concreto com cinzas volantes acontecem lentamente durante um longo período de tempo, do que os de concreto sem cinzas. Alguns relatos disseram que ele é mais difícil de ser finalizado. Ele também adiciona mais um produto que precisa ser misturado em uma certa proporção aos outros ao fazer a dosagem do concreto. Alguns estados não permitem o concreto com cinzas volantes ou têm restrições sobre o tipo de concreto em que podem ser usadas. Para empresas que trabalham através das linhas do estado, isso pode forçar a necessidade de criar misturas diferentes para os estados que restrinjam a utilização de cinzas volantes. 6.1. BENEFÍCIOS DO USO DA CINZA VOLANTE Melhora a trabalhabilidade e a coesão, diminuindo a exsudação e a segregação, facilitando a operação de transporte, lançamento e o acabamento, pois ocorre o retardamento do tempo de pega, baixo calor de hidratação; redução da permeabilidade e aumento da durabilidade. 37 6.2. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CINZA VOLANTE O material que constitui as cinzas volantes solidifica em suspensão nos gases de escape dos queimadores, sendo coletado por precipitadores eletrostáticos ou removido por filtração mecânica. A solidificação em suspensão num fluxo gasoso faz com que as partículas sejam esféricas, em muitos casos ocas, com dimensões que variam dos 0,5 µm aos 100 µm. Dada a sua origem nas impurezas minerais contidas no carvão, as cinzas são constituídas por dióxido de silício (SiO2), óxido de alumínio (Al2O3) e óxido de ferro (Fe2O3), sendo por isso uma interessante fonte de alumínio e silício para geopolímeros. Exibem também atividade pozolânica, reagindo à temperatura normal e em presença de água com o hidróxido de cálcio e com álcalis para formar hidratos de silicato de cálcio, compostos com capacidade de presa, isto é que atuam como cimento em agregados. Em função da sua composição e da sua atividade pozolânica, as cinzas volantes são classificadas pela norma ASTM C618 em duas categorias:1 (1) Cinzas volantes da classe F; e (2) cinzas volantes da classe C. A principal diferença entre aquelas classes é o teor em cálcio, sílica, alumina e ferro existente na sua composição, o qual por sua vez determina as propriedades físicas e químicas do material e em consequência as suas propriedades como material para utilizações tecnológicas. A composição química das cinzas está essencialmente dependente das características dos carvões queimados e das impurezas que contenham. A tabela ao lado dá, para os carvões mais comuns utilizados na geração de energia elétrica, a composição média das cinzas. 7. PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO NO ESTADO FRESCO E NO ESTADO ENDURECIDO • Estado fresco: São mais coesos e viscosos, com massa específica real superior a dos concretos convencionais, da ordem de 2,5 Kg/dm³. Devido a relação A/C ser baixa, geralmente não apresenta exsudação ou esta é quase nula, o que pode provocar o surgimento de fissuras devido a retração 38 plástica em ambientes de altas temperaturas, pouca umidade ou muita aeração, necessitando de uma atenção mais rigorosa em relação à cura. • Estado endurecido: Embora possa atingir resistência à compressão característica de 120 MPa, em utilizações praticas só atingiu em média 80 MPa, e sua resistência à tração não ocorre de forma proporcional à resistência á compressão, podendo atingir 10 MPa.O mesmo ocorre com o módulo de elasticidade,necessitando algumas reformulações de cálculo, e pode chegar a 50 GPa. A aderência é favorecida pelo fortalecimento e redução de uma região entre a armadura e a pasta de cimento. A fluência específica é reduzida chegando a 1/5 das mediadas nos concretos convencionais. O CAD possui uma resistência ao desgaste até dez vezes superior à dos concretos normais, favorecendo sua aplicação em pisos, pavimentos e estruturas hidráulicas sujeitas à abrasão. 8. CONCLUSÃO A construção civil com crescimento acelerado e o concreto como material de construção mais utilizado nas obras fazem se tornar viável a utilização do concreto de alto desempenho devido às propriedades que a evolução tecnológica oferece como redução das estruturas metálicas, durabilidade e baixo custo de manutenção, trazendo assim uma performance inigualável comparado ao concreto comum. Outro fator que faz com que o uso do concreto de alto de desempenho tenha aumento em sua utilização é o fato de também ser condizente com as necessidades que o desenvolvimento sustentável atual cobra para que as obras sejam menos impactantes no meio ambiente. 39 9. 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Sandro Eduardo da Silveira Mendes - UTFPR - Curitiba 2007 • Manual do Concreto – Concreto Cortesia • NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto 2ª Ed., São Paulo, PINI,1997. • http://www.ppgcc.ufpr.br/dissertacoes/d0010.pdf • http://prezi.com/ - Arquivo da Universidade do Vale do Itajaí • http://www.concrebras.com.br/index.php • http://www.concrecity.empresascity.com.br/ • http://www.cortesiaconcreto.com.br/index.html• http://www.tecnosilbr.com.br/produtos/ • http://engenharia.anhembi.br/tcc-08/civil-13.pdf • http://www.cst.com.br/produtos/co_produtos/catalogo_produtos/escoria_forno/ index.asp
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