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O quarto de Jack sob a perspectiva de piaget

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 UNIVERSIDADE PAULISTA 
MARIANA BUENO DE SOUSA OSÓRIO F027EA-7
ERIC HIDEO SILVESTRE TOBITA F04FEJ-2
 ANÁLISE DO DESENHO INFANTIL
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2019
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
MARIANA BUENO DE SOUSA OSÓRIO F027EA-7
 ERIC HIDEO SILVESTRE TOBITA F04FEJ-2
 ANÁLISE DO DESENHO INFANTIL
Trabalho referente a disciplina de Psicologia Contrutivista, sob a supervisão da Prof. Ana Carla
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2019
RESUMO
O trabalho tem como objetivo analisar desenhos realizados por duas crianças e relacioná-los ás teorias dos estudiosos sobre desenhos infantis, mais especificamente Piaget e Luquet. Além disso, iremos discorrer sobre todas as fases do desenho infantil para ambos os autores, pontuando cada uma separadamente.
Palavras-chave: Desenho. Luquet. Piaget. Infantil. Criança. Estágios
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 4 
2 DESENVOLVIMENTO......................................................................... 6 
2.1 Fases do desenho infantil segundo Piaget.................................. 6
2.1.1 Garatuja......................................................................................... 6
2.1.2 Pré-esquematismo......................................................................... 6
2.1.3 Esquematismo............................................................................... 7
2.1.4 Realismo........................................................................................ 7
2.1.5 Pseudo naturalismo....................................................................... 7
2.2 Fases do desenho infantil segundo Luquet................................ 8
2.2.1 Realismo fortuito........................................................................... 8
2.2.2 Realismo fracassado.................................................................... 8
2.2.3 Realismo intelectual..................................................................... 9
2.2.4 Realismo Visual............................................................................ 9
3 ANÁLISE DO DESENHO................................................................... 10
3.1 Primeiro desenho........................................................................... 10
3.2 Segundo desenho.......................................................................... 11
4 CONCLUSÃO.................................................................................... 12
5 REFERÊNCIAS.................................................................................. 13
INTRODUÇÃO
Vários pesquisadores são profundamente interessados nas fases do desenho infantil desde meados do século XIX. Piaget foi um desses pesquisadores. Sempre muito engajado em estudos sobre as fases da criança e seu desenvolvimento, o desenho não ficou de for a de sua área de interesse. Na visão piagetiana, o desenho infantil passa por cinco etapas (que serão aprofundadas ao decorrer do texto) chamadas garatuja (desordenada e ordenada), pré-esquematismo, esquematismo, realismo e, finalmente, pseudo naturalista.
Piaget sempre se interessou pelo desenvolvimento infantil, criando também uma teoria dos estágios de desenvolvimento infantil onde mostrava características da criança ao longo de sua vida e desenvolvimento. Os estágios eram divididos em sensório-motor (que se estende do nascimento até os dois anos de idade), pré-operatório (do dois aos sete anos), operatório concreto (dos sete aos onze anos) e operatório formal (dos onze em diante). Entenda que as características próprias de cada estágio não serão aqui listadas, pois o intuito era simplesmente mostrar a ligação entre Piaget e os estudos sobre o desenvolvimento. (Piaget-1919)
É importante dizer que Piaget não foi o único a se aprofundar nas pesquisas sobre o desenho infantil e como ele se desenvolve. Outros grandes pesquisadores que criaram trabalhos sobre isso são: Berson, Lowenfeld e Luquet (que também será abordado ao longo do texto)
Para Luquet a criança passaria não por cinco, mas sim por quatro fases no desenvolvimento do desenho, sendo estas chamadas de realismo fortuito, realismo fracassado, realismo intelectual e realismo visual.
Luquet utilizou a análise de desenhos infantis como tese de seu doutorado, onde defende o seu estudo dizendo que a criança busca a realidade enquanto desenha e construindo o mundo em sua mente. (Luquet-1969)
O que justifica a escolha do desenho como um material de estudo vem do fato de que o desenho é uma das primeiras representações internas da criança que está expressa em papel. Mesmo assim, muitos professores não dão a devida atenção aos desenhos, por serem tratados como complemento da matéria em curso. É por meio do desenho que a criança entra em contato com a imaginação, além de representarem suas próprias realidades. Estes estudos estão com um foco no desenvolvimento pedagógico, ou seja, observam a relação entre o desenho e o desenvolvimento escolar, se preocupando em detalhar o desenvolvimento da criança por meio do grafismo.
Em nosso trabalho, houve a busca por aplicar as pesquisas dos teóricos base em nosso trabalho (Piaget e Luquet) ao analisar desenhos de crianças usando as fases do desenho criadas por cada um deles.
DESENVOLVIMENTO 
2.1 Fases do desenho infantil segundo Piaget
Agora iremos nos aprofundar na visão Piagetiana do desenho infantil. Como já citado no início deste trabalho, Piaget divide o desenho em cinco fases, sendo elas: Garatuja (que é dividida em desordenada e ordenada), pré-esquematismo, esquematismo, realismo, pseudo naturalista. Iremos nos aprofundar em cada uma delas a seguir.
2.1.1 Garatuja
Na garatuja a criança desenha simplesmente pelo prazer de desenhar. As cores tem um papel secundário. O sol não precisa ser amarelo, ele pode ser da cor que a criança mais gostar. A figura humana também não tem a mínima importância para a criança nesta fase. Aqui existe a divisão entre garatuja desordenada e ordenada
A garatuja desordenada se refere a movimentos desordenados. A criança não se preocupa com o desenho em si, pois desenha várias vezes em um mesmo lugar, desenhando sobre outros desenhos antigos na folha
Já em sua fase ordenada, os movimentos são mais distantes e circulares. A criança tenta utilizar todo o espaço disponível, mas sem sair das margens da folha. Aqui não há preocupação com a posição ou tamanho, mas sim com as formas. Quanto a presença de figura humana, ela tem uma formação imaginaria, onde a criança desenha o que ela pensa sobre o objeto, não havendo relação entre o desenho e a realidade. Por isso, um mesmo desenho pode mudar de forma ao longo do tempo. Uma linha que era uma cama, antes do fim pode ser uma arvore
A garatuja é relacionada com a fase sensório-motora (nascimento até os dois anos) e parte da pré-operatória (dois aos sete anos). (Lowenfeld-1947)
2.1.2 Pré-esquematismo
A segunda fase do desenho é o pré-esquematismo, relacionada ao estádio pré-operatório. Nesta fase há a relação entre desenho, realidade e pensamento. Esta descoberta parte do emocional da criança. Os traçados ou cores não tem relação com a realidade, utilizando de sua imaginação no desenho.
Neste estágio surge o homem girino, que possui vários “tentáculos” (ou estruturas parecidas) em seu corpo. Nesta fase, além de quererem imitar o adulto em sua escrito (podem fingir escrever com rabiscos), a criança pode ser levada ao prazer de desenhar por poder levantar e abaixar seu lápis, o que leva a traços diferentes (o próprio homem girino, por exemplo)
2.1.3 Esquematismo
A terceira fase é o esquematismo. Esta fase é caracterizada pelo aparecimento de novas formas. A criança cria, a cada categoria de objetos, uma nova forma de expressão e compreensão. Neste estágio há a descoberta da linha de caderno como um “chão”, uma base para a escrita, facilitando-a. Aqui a relação cor e objeto é descoberta,pois até então se usava a emoção e não a realidade.
Já a figura humana, mesmo agora possuindo um conceito, passa por desvios em seus esquemas de representação (são exageradas, entre outras possibilidades) aparecendo, desta forma, fenômenos como a transparência (desenhar o bebe na barriga da mãe, como se fosse possível vê-lo) e o rebatimento.
Esta fase é relacionada ao período operatório concreto, que ocorre dos sete aos dez anos
2.1.4 Realismo
A quarta fase é o realismo, período final das operações concretas. Aqui há surgimento das consciências dos sexos e a autocrítica pronunciada. As crianças fazem a diferenciação ao colocar roupas de seus personagens para podermos identificar o sexo deles. Ainda assim, a consciência não concebe as diferenças características (coisas que são para meninos ou para meninas)
As crianças abandonam a linha de base (presente no esquematismo) e se apegam a representação de formas geométricas, agora muito mais presentes. Há a descoberta do plano e da superposição (colocar os objetos como podem ser vistos na realidade). (Piaget-1919)
2.1.5 Pseudo naturalismo
A quinta e última fase do desenho para Piaget é o pseudo naturalismo, onde a ideia de arte como atividade espontânea desaparece e uma investigação de sua própria personalidade se inicia
Tem como características o realismo, a objetividade, a profundidade, o espaço subjetivo e o uso de cor de forma consciente. Ao contrário da fase anterior, a figura humana aparece com traços sexuais exagerados, articulações e proporções corretas. O pseudo naturalismo tem uma riqueza maior nos detalhes. (Piaget-1919)
2.2 Fases do desenho infantil segundo Luquet
Luquet possui quatro fases do desenho. As fases são o realismo fortuito, realismo fracassado, realismo intelectual e realismo visual. Luquet iniciou seus trabalhos com a filha Simone e, a partir daí, define os estágios do desenho. Veremos as fases do desenho de Luquet de forma mais aprofundada.
2.2.1 Realismo fortuito
O realismo fortuito é o começo das produções gráficas. Aqui, o prazer é o principal motivo para que a criança desenhe. Luquet acredita que a criança descarrega seu desejo, tendo vontade de repetir a ação. A repetição é destacada como ato da ação. A criança vê adultos e tenta imitá-los, sendo assim, ela desenha pela imitação e repete por prazer. Aos poucos ela compreende que, ao desenhar, constrói uma simbologia e assemelha aquilo que foi desenhado com algum outro objeto.
Do involuntário, a criança passa para a premeditação, que é a passagem para a intencionalidade.
Este estágio é responsável pelos rabiscos. A criança nessa fase desenha por desejo e descobre semelhanças entre as suas linhas e o objeto desenhado, começando a nomear esses desenhos
2.2.2 Realismo fracassado 
Como visto no estágio passado, a criança desenha fazendo relações com a vida dos adultos ao seu redor. Porém, na busca por esse realismo, ela passa por vários obstáculos que dificultam esta tarefa. O autor classifica estes obstáculos em duas ordens. A primeira ordem é a física, que é a deficiência na execução por parte da criança. A segunda ordem é psíquica, que ocorre quando a criança, mesmo percebendo os detalhes do objeto, não consegue executá-los. É isto que nomeia este estágio
Neste estágio se encontram os sucessos e fracassos ao desenhar. Este estágio ocorre por volta de três a quatro anos.
2.2.3 Realismo intelectual.
Ao contrário do estágio passado, aqui as crianças conseguem alcançar o desenho realista. Agora ela consegue transmitir os elementos da realidade, já que sua consciência compreende mais do que só o concreto. Mesmo que ela não veja o alvo de seu desenho, ela consegue desenhar por aquilo que está internalizado nela, tudo o que a criança sabe e conhece.
Para Luquet mesmo que as crianças não considerem as imperfeições do seu trabalho, estes são essenciais para o desenvolvimento da aproximação com a realidade, pois através dos erros elas se tornam capazes de alcançar o real. Também há aqui, características desenvolvidas por eles que representam o espaço em um único desenho.
O realismo intelectual refere-se não só ao que a criança vê, mas sim a aquilo que ela já sabe desenhar. Aqui, dois processos são ressaltados. O primeiro é a transparência, já pontuado também na visão piagetiana do desenho. A transparência é desenhar o bebê dentro da barriga da mãe, ou a casa por dentro e por fora, como se estes objetos fossem transparentes de fato. O outro processo é o plano deitado, onde alguns objetos parecem deitados no desenho, como uma árvore à beira de uma estrada. Esta fase acontece entre os dez, doze anos
2.2.4 Realismo Visual
O último estágio, onde os outros se consolidam. No Realismo Visual de Luquet, o humor da criança se perde e tende a se juntar com as produções adultas, desta forma o desenho infantil chega ao fim, e o grafismo vai se empobrecendo acontecendo entre os doze anos e muitas vezes antecipam aos oito anos de idade. (Luquet-1969).
3 ANÁLISE DO DESENHO
3.1 Primeiro desenho
Nome: M.B
Idade: 6 anos
Escolaridade: 2°ano
Sexo: feminino
No desenho feito por M.B se observa o esquematismo, o que comprova a teoria no ponto de vista piagetiano. Diz-se isso pois, podemos observar o uso da linha de base e a descoberta da relação cor, objeto.
Partindo agora do ponto de vista de Luquet, acreditamos que também comprova a teoria, pois estaria no estagio do realismo intelectual onde, mesmo não observando os pequenos erros (dimensões) estes detalhes levarão à evolução do desenho.
3.2 Segundo desenho
Nome: J.P
Idade: 12 anos
Escolaridade: 7º ano
Sexo: Masculino
No desenho de J.P pode ser observado o pseudo naturalismo, onde as cores se mostram adequadas ao desenho feito, sendo compatíveis com a cor original. É o fim da arte como atividade expontânea e muitos desistem de desenhar nessa etapa. Sendo assim, é adequado na visão piagetiana.
No ponto de vista de Luquet, acreditamos se tratar do realismo intelectual. Dizemos isso pois é marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa as suas leis, dai um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas. (Luquet-1969).
CONCLUSÃO
Ao longo de nosso trabalho, e com a realização dos desenhos com M.B e J.P, pode se observar que os desenhos apresentam características citadas de Piaget e Luquet.
Segundo dados coletados, mostram que as fases do desenho infantil realmente foram observadas em suas idades esperadas. Sendo assim, podemos concluir que as crianças apresentam o desenvolvimento do desenho esperado nas fases correspondentes segundo os autores estudados.
REFERÊNCIAS
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Tradução Maria Alice Magalhães D’Amorim. 23ª edição. Rio de Janeiro. Forense Universitária. 1998
MELO, Lucimara; O DESENHO INFANTIL E SUAS ETAPAS DE EVOLUÇÃO -https://portal.fslf.edu.br/wp-content/uploads/2016/12/tcc_2.pdf
FLORENCE DE MÈREDIEU: O desenho infantil; 1974- editora cultrix

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