Buscar

APS GRAFISMO INFANTIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Paulista – UNIP
APS – ATIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA
Brenda Briene - D941330
Caroline de Almeida - NA575C7
Gabriella Pereira – D91HHJ4
Milena Rodrigues - D9289G9
SOROCABA - SP
2020
Brenda Briene - D941330
Caroline de Almeida - NA575C7
Gabriella Pereira – D91HHJ4
Milena Rodrigues - D9289G9
APS – ATIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
GRAFISMO INFANTIL
Atividades Práticas Supervisionadas - trabalho apresentado como exigência para avaliação do segundo bimestre em disciplinas do 3º semestre do curso de Psicologia da Universidade Paulista, sob orientação da professora Alexandra, de Psicologia Construtivista.
SOROCABA - SP
2020
Sumário
1.0 INTRODUÇÃO	7
2.0 IMPORTÂNCIA DO GRAFISMO INFANTIL	8
3.0 TEORIA PIAGETIANA SOBRE O DESENVOLVIMENTO INFATIL	9
3.1 JEAN PIAGET E OS ESTÁGIOS	9
3.1.1 Sensório-motor - (0 à 2 anos)	9
3.1.2 Pré-operatório - (2 a 7 anos)	10
3.1.3 Operatório Concreto - (7 a 12 anos)	10
3.1.4 Operatório Formal - (12 anos)	11
4 GRAFISMO SEGUNDO LUQUET	11
4.1 OS ESTÁGIOS	12
4.1.1 Realismo Fortuito - (2 anos)	12
4.1.2 Realismo Fracassado - (3 à 4 anos)	12
4.1.3 Realismo Intelectual - (4 a 8 anos)	12
4.1.4 Realismo Visual - (9 a 12 anos)	13
5 GRAFISMO SEGUNDO LOWENFELD	13
6.1 OS ESTÁGIOS	14
6.1.1 Estágios das Garatujas (2 a 4 anos)	14
4.1.2 Pré-Esquemática (4 a 7 anos)	14
4.1.3 Fase Esquemática (7 a 9 anos)	14
4.1.4 Fase Realismo (9 a 12 anos)	15
4.0 ANÁLISE DO DESENHOS	16
4.1 DESENHOS	16
4.1.1 Desenho 1	16
4.1.2 Desenho 2	17
Criança de 4 anos e 2 meses	17
4.1.3 Desenho 3	18
4.1.4 Desenho 4	20
4.1.5 Desenho 5	22
4.1.6 Desenho 6	23
5.0 Conclusão	24
6.0 Referências	25
1.0 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade apresentar sobre o grafismo infantil e qual a importância dos desenhos no desenvolvimento da criança. Tendo em via disso citaremos as teorias de Jean Piaget, Luquet e Lowenfeld. Para dar ênfase as teorias analisamos 6 desenhos, sendo um do sensório motor, um do pré-operatório, dois operatório-concreto e dois do operatório formal.
Durante o processo de desenvolvimento do ser humano, segundo Piaget existem quatro estágios do desenvolvimento cognitivo: Sensório Motor, Pré-Operatório, Operatório Formal e Operatório Concreto. 
Lowenfeld ressalta a extrema importância de estimular o desenho na infância, e diz que não se deve perguntar a uma criança o significado do desenho dela, pois pode causar polissemia, e então causar a impressão que você quer passar aquilo para as palavras, algo que é abstrato; 
Luquet afirma que é de natureza se expressar através dos desenhos e procura entender o que e como a criança desenha, em sua teoria são encontrados cinco estágios: Realismo Fortuito, Realismo Falha do Realismo Gorado, Realismo Intelectual e Realismo Visual. 
De acordo para Piaget fase pré-escolar é a fase de ouro, enquanto a criança é livre de imposições e padrões da sociedade, à medida que cresce ela vai perdendo essa essência, quando é imposto que a escrita é mais importante que o desenho, e assim , gradativamente, vai se perdendo essa riqueza e esse habito, até a fase adulta onde raramente desenhamos. 
2.0 IMPORTÂNCIA DO GRAFISMO INFANTIL
O grafismo infantil não é um conjunto de rabiscos, ou desenhos desprovidos de significados, mas sim uma representação simbólica que a criança manifesta da sua visão do mundo enquanto inserida num determinado contexto sociocultural e num determinado nível de desenvolvimento.
Segundo Piaget, a criança ao decorrer do tempo desenvolve habilidades e passam por estágios do desenvolvimento onde precisam da interação com o meio para passar por cada estágio e os desenhos é uma maneira de observar em qual estágio do desenvolvimento a criança se encontra.
De acordo com a autora Novaes (1972), todas as crianças são únicas na maneira em que se expressam, dentro da sua realidade e até mesmo no seu campo vasto da imaginação. Entretanto, o local que a criança está inserida é considerado para observamos a potência que ela terá para desenvolver a sua criatividade. A autora reforça que dando oportunidades específicas para cada criança, todas serão capazes de terem a sua habilidade em criação aumentada.
Hoje em dia, infelizmente, as crianças ainda não são vistas como seres pensantes e que se expressam. Então, é evidente a importância dos estudos sobre os desenhos infantis, já que o ato da criança desenhar é uma das maneiras que ela encontra para comunicar suas expressões reais e imaginárias. 
É de grande importância para quem trabalha em seu cotidiano com crianças, ter um conhecimento sobre o grafismo infantil. Pois eles são um meio onde elas conseguem expressar seus pensamentos, medos, angústias, realidade etc.
3.0 TEORIA PIAGETIANA SOBRE O DESENVOLVIMENTO INFATIL
3.1 JEAN PIAGET E OS ESTÁGIOS
Jean Piaget (1896-1980) foi um grande psicólogo e filosofo suíço, famoso por seu trabalho voltado ao desenvolvimento infantil. Passou a maior parte de sua vida profissional se relacionando com crianças e estudando seus processos de raciocínios. Seus estudos foram de grande valia para o campo da Psicologia e da Pedagogia.
Em seu trabalho, Piaget nomeia quatro estágios para o desenvolvimento infantil. Cada estágio é um período onde o pensamento e o comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio. Esses estágios são identificados como: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
3.1.1 Sensório-motor - (0 à 2 anos)
· Neste estágio a criança explora o seu ambiente e o mundo com os seus sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato). Por isso há a necessidade de cheirar, pegar e levar a boca os objetos. 
· O primeiro reflexo adquirido é a sucção.
· Também é adquirido a noção de espaço, aprendendo a engatinhar.
· Aos poucos a criança vai se desenvolvendo e sua percepção vai aumentando.
· É dividido em 6 subestádios:
· 1ª - Exercício reflexo: coordenações sensoriais e motoras, com um mês de vida exerce os primeiros reflexos para serem construídos os esquemas.
· 2ª - Reações circulares primárias: até os 4 meses, onde o bebê passa a repetir os movimentos, criando-se hábitos (chupar a mão, levar objetos à boca etc.).
· 3ª - Reações circulares secundárias: até os 8 meses, o bebê observa os comportamentos que tiveram efeito, assim, consegue estabelecer uma ação de causa e efeito.
· 4ª - Coordenação dos esquemas secundários: até os onze meses passa a utilizar meios para atingir seus objetivos.
· 5ª - Diferenciação de esquemas de ação: até dezoito meses consegue explorar novos meios para atingir seus objetivos.
· 6ª - Início da interiorização dos esquemas: após dezoito meses adquire a inteligência prática, onde passa a pensar antes de fazer algo.
3.1.2 Pré-operatório - (2 a 7 anos)
· Esta fase é marcada pela inserção da linguagem. A criança passa a ter recursos para explorar e conhecer o mundo. Neste processo de descoberta a linguagem e outras funções de representação são muito importantes, em razão disso, é que caracterizamos o desenvolvimento como um fator simbólico.
· Pensamento egocêntrico, onde tudo gira em torno dela.
· Pensamento intuitivo: nesta fase a criança se mostra muito curiosa, é conhecida como a fase dos “porquês?”
· Desenvolve o ato da imitação (por exemplo: imitar a mãe fazendo comida ou o pai no trabalho), além de desenvolver a dramatização e o desenho.
· Nessa fase a criança acredita que as coisas simplesmente acontecem, sem precisar de uma explicação lógica, ou tudo foi feito pelo homem/divindade; é o chamado Artificialismo.
3.1.3 Operatório Concreto - (7 a 12 anos)
· A principal característica deste estágio é que o pensamento deixa de ser pré-lógico e a criança passa a ter uma capacidade cognitiva de coordenar pontos de vista, ou seja, a capacidade de refletir.
· Por conta da socialização, pela entrada na escola e em outros lugares, a acriança se libertara do egocentrismo.
· Passa a ter compreensão de jogos de regras.
· O pensamento lógico da criança é indutivo, onde parteda experiencia. As conclusões sobre os fatos dependem de suas experiências individuais.
· Faz operações como classificação, seriação (ordenar grandezas crescentes e decrescentes) e compensações simples (conhecimento físico e lógico matemático).
3.1.4 Operatório Formal - (12 anos)
· A característica principal é a distinção do real e do possível.
· Passa a conseguir pensar sobre coisas não reais, consequentemente, desenvolve ideia e questionamentos.
· Consegue usar os cálculos e a percepção sem precisam de algum objeto palpável.
· A vida afetiva do adolescente se firma através da dupla conquista da personalidade e de sua inserção na sociedade.
4 GRAFISMO SEGUNDO LUQUET
Em 1913, Georges Henri Luquet (1876-1965) filósofo francês, dedicou-se a entender o desenho infantil. Onde defendeu o seu estudo a partir dos desenhos de sua filha Simonne. Entende que ao desenhar a criança busca a realidade, construindo o real em sua mente, e acredita que o desenho “não mantém as mesmas características do princípio ao fim. Pois, convém sobressair o caráter distintivo das suas fases sucessivas” (LUQUET, 1969, p.135). Baseia-se, portanto, seu estudo no realismo, denominando quatro estágios: realismo fortuito, realismo falhado, realismo intelectual e o realismo visual.
4.1 OS ESTÁGIOS
4.1.1 Realismo Fortuito - (2 anos)
· Nesta fase, o prazer é o ponto principal que faz a criança querer desenhar. Resumidamente, ela desenha por imitação e repete a ação por prazer (realismo fortuito involuntário). Aos poucos a criança vai introduzindo dentro de si as simbologias, fazendo relação do objeto desenhado com um objeto real (realismo fortuito voluntário), com isto passa a dar nome para os desenhos.
4.1.2 Realismo Fracassado - (3 à 4 anos)
· É nele que a criança encontra o fracasso e o sucesso no desenhar, fazendo representações de objetos ora com sucesso, ora com fracasso.
· Desenhos desordenados e sem relações entre si.
· Podem omitir e esconder elementos.
· Formas badamecogirinas e badamecos, que são desenhos de figuras humanas que os braços e pernas saem da cabeça e depois evolui saindo do corpo.
4.1.3 Realismo Intelectual - (4 a 8 anos)
· Este estágio é visto como um avanço para as crianças. Caracteriza-se pelo ato da criança desenhar aquilo que sabe sobre o objeto, não aquilo que está vendo, ressaltando os dois processos: plano deitado e a transparência. O primeiro processo seria os objetos que estão deitados a certo ponto, por exemplo uma arvore na beira da estrada. A transparência é quando a criança, por exemplo, desenha o bebe na barriga da mãe ou além de desenhar uma casa, desenha também os objetos existentes dentro da dela.
4.1.4 Realismo Visual - (9 a 12 anos)
· É apontado pelo descobrimento da perspectiva e a submissão às suas leis, assim se dá um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que se tende juntar as produções adultas. 
· Podem aparecer técnicas, estratégias, sombreados.
· Deixa a transparência e tende a desenhar objetos visíveis.
· A criança consegue desenhar cenas completas com a representação coerente e com perspectiva.
Portanto, há uma evolução no realismo nas fases até chegar no realismo adulto. Para o adulto, o desenho deve ser igual ao objeto. Já para a criança, o desenho deve conter todos os elementos reais do objeto, mesmo que os outros não consigam observar esses elementos. Desta maneira, a criança desenha de acordo com que construiu em sua estrutura cognitiva.
5 GRAFISMO SEGUNDO LOWENFELD
Viktor Lowelfeld (1976), também desenvolve fases para estudar o desenho das crianças. Por sua vez, relaciona quatro dessas fases sendo: o 1° Estágio – Garatujas, onde há a Garatuja Desordenada, Ordenada e Nomeada. Já o 2° Estágio trata-se sobre: Figuração Pré - Esquemática, o 3° Figuração Esquemática e por fim o 4° Estágio – Figuração Realista. 
Quanto mais autoconfiante a criança, mais ela se arrisca a
criar e a se envolver com o que faz. A criança segura se concentra
com mais facilidade nas atividades. Consegue se soltar e acreditar
no que faz. (LOWENFELD, 1977, p.128)
Para o autor, a criança desenha o que sabe sobre o mundo ao seu redor e não como ele é exatamente. Desenhando que se aprende a desenhar. Não há nenhum outro exercício que fará a criança aprender a desenhar, acontece de maneira natural, ou seja, quanto mais a criança se sentir segura, mais sua criatividade irá aumentar.
6.1 OS ESTÁGIOS
6.1.1 Estágios das Garatujas (2 a 4 anos)
· Garatuja Desordenada: A criança entra em contato com o lápis e o papel, ela segura o lápis de diversas maneiras sem coordenação motora. Risca o que vê pela frente, sem ordem e não apresentam movimentos e representações definidas. O prazer está em explorar material, movimentar o lápis, os dedos, mãos e o corpo.
· Garatuja Nomeada: É diferente da Garatuja Desordenada, é uma transição para a Ordenada. A criança ainda apresenta o prazer pelo movimento.
· Garatuja Ordenada: Passa a ter controle do tamanho, forma e localização do desenho no papel. Assim, descobre uso das cores, fecha figuras em forma circular ou espiralada. O foco deixa de ser o prazer pelo movimento e passa a ser a representação do que vem na mente.
4.1.2 Pré-Esquemática (4 a 7 anos)
· As garatujas não perdem sentido, apenas se tornam reconhecíveis e com significados. 
· O egocentrismo e a fantasia ainda são muito presentes, portanto, desenha da maneira como compreende o objeto. 
· A criança nesta fase não se preocupa em reproduzir de maneira correta as cores, vai de gosto e interesse da mesma. 
· O desenho para elas é uma forma de simbolizar a realidade.
4.1.3 Fase Esquemática (7 a 9 anos)
· Neste estágio a criança cria um sentido através dos seus desenhos, que por sua vez cada um está no seu lugar e no seu espaço seguindo uma ordem correta. 
· A criança expressa suas ideias sobre o mundo e tem uma noção de espaço melhor definida. 
· Lowenfeld (1976) nesta fase pontua a percepção mais acentuada na criança, onde o que é do chão é do chão e o que é do céu é do céu. 
· Vemos também que gostam de fazer figuras geométricas e a partir disso aparece a superposição e transparência, que torna os elementos de dentro da casa, por exemplo, visíveis. 
· Nesta fase o objeto do desenho para a criança é representar a realidade a partir de suas vivências.
4.1.4 Fase Realismo (9 a 12 anos)
· É a fase que acaba a arte como atividade espontânea, pois criança passa a julgar o próprio desenho como bonito e feio. 
· A criança se rejeita a desenhar por conta de não corresponder as suas próprias expectativas, portanto, inadequado da realidade. 
· Há uma preocupação com profundidade, detalhes e perspectiva.
A partir daí vemos a importância dos professores, pais e responsáveis de persistiram em incentivar as crianças a continuarem desenhando, para que não ocorra a extinção da criatividade pessoal da criança.
4.0 ANÁLISE DO DESENHOS
4.1 DESENHOS 
4.1.1 Desenho 1
Criança de 2 anos
· O desenho anexado acima é de autoria de uma criança de 2 anos que se encontra no estágio do desenvolvimento sensório-motor, segundo Piaget. A criança nesta fase está desenvolvendo os seus sentidos, desenhando por sentir prazer no contato do lápis com o papel e o que resulta depois. Por isso o desenho não tem figura, forma ou intenção.
· Segundo Luquet, ela se encontra no estágio do Realismo Fortuito, visando apenas o prazer de desenhar, sem intenção e com rabiscos desordenados.
· Segundo Lowenfeld, ela se encontra no estágio das Garatujas, onde também visa o desenhar como uma forma de prazer e sem intenção.
4.1.2 Desenho 2
Criança de 4 anos e 2 meses
· Segundo Piaget, esta criança se encontra no estágio de desenvolvimento denominado de pré-operatório. Onde a mesma passa a fazer representações e possuem a característica da imitação de pessoas importantes para ela. Podemos observar no desenho duas pessoas, não sabemos ao certo quem ela desenhou, mas de acordo com Piaget, a criança nesta fase desenvolve relações objetais. Portanto, podemos deduzir que seja alguém importante para ela.
· Segundo Luquet, esta criança se encontra na fase doRealismo Fracassado, é a fase que percebe que até tem a intenção de desenhar algo, mas as vezes reproduz com sucesso e em outras com fracasso. Além de observamos os badamecos, que seriam os desenhos de figuras humanas onde os braços e pernas saem da cabeça e depois evolui saindo do corpo.
· Segundo Lowenfeld, esta criança se encontra na fase Pré-Esquemática, onde não se preocupa tanto em reproduzir o desenho com grandes detalhes, mas se preocupa em reproduzir a sua realidade.
4.1.3 Desenho 3
Criança de 07 anos
· Piaget: Na teoria de Piaget está criança se encontra no estágio Operatório Concreto. Podemos observar no desenho de exemplo de uma criança que ela já começa a ter noção de distância e se preocupar em respeita-la, e proporções do ambiente também, como podemos ver na imagem, ele desenha os objetos em segundo plano (no caso as árvores) muito menores no ambiente, para mostrar que elas estão longe, e outros elementos (no caso insetos e animais marinhos) menores também em proporção com outros objetos no desenho que estão em primeiro plano, que seria o barco e um menino que são representados maiores.
Podemos também citar o fato de que acabou de sair do estágio pré-operatório, então está perdendo a visão egocêntrica, já não se importa em retratar apenas seu ponto de vista e sim em geral.
· Luquet: Para Luquet está é a fase do REALISMO INTELECTUAL. A criança é realista na intenção, mas a começa desenhando o que sabe sobre aquilo, ou seja, representa o que vê e o que não está presente; como no nosso exemplo onde os pés do menino estão aparecendo como se o barco fosse transparente. Também podemos observar a imagem em si do barco, mesmo não sendo realista essa seria a noção que a criança tem de um barco em geral, o autor também fala sobre como neste estágio as crianças criam um ponto de referência, no nosso desenho seria o barco com o menino sendo a base de referência para todo o resto do ambiente feito a partir deste elemento
· Lowenfeld: Para Lowenfeld a criança se encontra no ESTÁGIO ESQUEMÁTICO. Desenvolve o conceito de forma e seus desenhos representação o que pertencem ao seu meio. De acordo com o autor, a criança retrata objetos numa linha reta durante toda a folha, analisando esse desenho que temos como exemplo pode observar claramente, a linha reta no caso é o mar, o barco está exatamente sobre ela, e também os pés do menino que mesmo sendo representado dentro do barco, também está a cima da linha reta.
4.1.4 Desenho 4
Criança de 09 anos
· Piaget: Ainda no estágio OPERATÓRIO CONCRETO vemos nesse desenho de uma criança de apenas dois anos mais velha que a anterior, também vemos a noção de proporção que o sujeito já adquiriu, faz a árvore com o que pare e ser cervejas nela e a menina desenhada com acessórios mais detalhados.
· Luquet: Para Luquet a criança se encontra na fase do REALISMO INTELECTUAL, voltamos a ver a visão realista da criança neste desenho, com elementos que ela conhece e como os vê, exemplo da árvore com cereja pode não ser exatamente assim, mas está é a visão que a criança tem. Luquet também cita o fato dessa fase ser muito comum escrita sobre os desenhos, como vemos em cima da casa está escrito "Junior" que pode ser um conhecido dela e este foi o jeito que encontrou de retratar que a casa pertence a essa pessoa, e também seus dados no canto inferior da folha que indicam ser direcionada para outra pessoa
· Lowenfeld: Para Lowenfeld esta criança se encontra na FASE ESQUEMÁTICA, vemos elementos no desenho bastante comuns que provavelmente fazem parte do ambiente em que a criança convive, como flores, borboletas, cerejas; sendo a representação do que pertence a seu meio. Novamente vemos como a criança coloca todos os elementos acima da linha que representa o chão.
4.1.5 Desenho 5
Adolescente de 14 anos
· Segundo Piaget este adolescente se encontra na fase do OPERATÓRIO FORMAL, o mesmo é capaz de ter raciocínios lógicos e ter reflexões, aonde lhe permite fugir do concreto atual na direção do possível e do abstrato. O adolescente nesta idade tem a necessidade de construir novas teorias sobre seu meio social, tentando chegar numa concepção que lhe sejam próprias e que lhe traga mais sucesso do que seus antecessores.
· Segundo Lowenfeld este adolescente está na fase do REALISMO, o mesmo se torna crítico e começa a fazer seus desenhos com raciocínio e não espontâneos, nesta fase ele não procura mais ser o melhor da turma, mas sim a aprovação de seus educadores, porem sua maior dificuldade é desenhar si mesmo, por conta de seus conflitos de identidade. 
· Segundo Luquet este adolescente está na fase do REALISMO VISUAL, nesta fase tem o empobrecimento do grafismo porque ele está se ajuntando na produção adulta, ele deixa de utilizar seus métodos anteriores, pois as mudanças em ponto de vista se coordenam , dando origem a perspctiva.
4.1.6 Desenho 6
Adolescente de 16 anos
· Segundo Piaget este adolescente está no OPERATÓRIO FORMAL, já que esta fase ocorre dos doze anos até a idade adulta, nesta etapa o adolescente aprende a construir pensamentos lógicos e vai à procura de sua identidade.
· Segundo Lowenfeld este adolescente está na FASE DO REALISMO, nessa fase é de extrema importancia o incentivo, pois a arte já começa a ser intencional e deliberada, essa arte é necessaria ser trazida para perto, pois são os jovens que tomarão decisões que afetarão no futuro.
· Segundo Luquet este adolescente esta no REALISMO VISUAL, o mesmo tem um olhar critico e ele não se satisfaz mais com a expressão grafica-plastica pura e simples, pois esta em busca em novos habitos representacionais, diferentes tecnicas e conhecimetos artisticos, pois os desenhos deixam de ser apenas um desenhos e se tornam um trabalho artistico.
5.0 Conclusão 
Citamos o grafismo infantil, pesquisado, analisado e interpretado por teóricos da psicologia. 
Dessa forma é possível criar diálogo entre os vários pontos de vista de alguns dos pesquisadores dessa área: Piaget, Luquet e Lowenfeld a fim de ocasionar reflexões sobre o grafismo infantil como meio de linguagem da criança. 
Cada gesto e movimento têm significações simbólicas, capazes de contribuir para o desenvolvimento humano assim se nos atribuirmos a esses conhecimentos conseguimos entender melhor as crianças e ajudá-las no seu desenvolvimento em todas as partes. 
Podemos então concluir que o desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os símbolos. 
É através da evolução do grafismo que podemos acompanhar as mudanças e aprimoramentos dos desenhos da criança, ou seja, se tratando de construtivismo, o grafismo é eficaz no entendimento do processo e etapas da construção da percepção da criança frente o mundo que a cerca.
6.0 Referências
A.B.  Giseli; C. F. Alessandra. As etapas do desenho infantil segundo autores contemporâneos. Bebedouro, SP. 2016. Disponível em: http://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/40/30042016104546.pdf
LOWENFELD, V.; BRITTAIN, W. L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou,1977.
LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte. São Paulo: Mestre Jou, 1977. 
LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte. São Paulo: Mestre Jou, 1976.  
LUQUET, G. H. O Desenho Infantil. Porto: Editora do Minho, 1969.
MEREDIEU, F. O Desenho Infantil. São Paulo, Cultrix 2000.
MOGNOL, L. T.; PILLOTO, S. S. D.; SILVA, M. K.,Grafismo Infantil: linguagem do desenho. UNIVILLE. 2004
NOVAES, M. H. Psicologia da criatividade. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1972.
PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969.

Outros materiais