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Tecnologia da Construção de Edifícios 
Professor: Rodolfo Araújo da Silva 
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RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL 
(STRUCTURAL RECOVERY) 
 
 
Resumo: Inúmeros são os edfícios que sofrem ou irão sofrer de algum tipo de patologia 
durante a sua vida útil. Essas manifestações patologicas geralmente são originadas de projetos 
inadequados ou impraticaveis, do emprego de metodos deficientes de execução ou demolição 
de carga excessivas e também das condições de exposição e a inexistência de alguma 
manutenção preventiva. Em geral, as fachadas de edficios são as que mais sofrem 
deterioração principalmente em concreto aparente que podem ser por ausencia de manutenção 
preventiva ou quando foram projetadas sob criterios de durabilidade e desempenho 
insufuciente, ou seja, não seguiu a risca as normas tecnicas. O emprego de metodologias 
adequadas ira resutlar no aumento do nivel de desempenho das fachadas de um edficio e da 
estrutura de concreto armado aparente na fachada. Cabe ao profissional que for elaborar o 
laudo técnico possuir um profundo conhecimento da teoria e da pratica no que diz respeito aos 
materias de construção (concreto armado e sua constituição, alvenarias, revestimentos, 
aditivos, argamassas) o comportamento estrutural e suas tecnicas. 
 
Palavras-chave: Construção; Execução; Patologias; Desempenho. 
 
Abstract: Countless are the buildings that suffer or will suffer from some kind of pathology 
during their useful life. These pathological manifestations usually originate from improper or 
impractical designs, the use of poor methods of execution or excessive load demolition and 
also from exposure conditions and the absence of any preventive maintenance. In general, the 
façades of buildings are the ones that suffer the most deterioration mainly in apparent 
concrete that may be due to the lack of preventive maintenance or when they were designed 
under durability and insufficient performance criteria, that is, they did not strictly follow the 
technical norms. The use of appropriate methodologies will result in increasing the 
performance level of building facades and the apparent reinforced concrete structure on the 
facade. It is up to the professional who prepares the technical report to have a thorough 
knowledge of theory and practice with regard to construction materials (reinforced concrete 
and its constitution, masonry, coatings, additives, mortars) structural behavior and its 
techniques. 
Keywords: Construction; Execution; Pathologies; Performance. 
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Tecnologia da Construção de Edificios 
 
1. Introdução 
Com a invenção do cimento Portland, na Inglaterra em 1824, houve um grande salto 
no desenvolvimento das técnicas construtivas, principalmente com a possibilidade da inclusão 
de fios e/ou barras metálicas, dando início à era das construções de estruturas em concreto 
armado. 
O concreto armado consiste em um material de natureza não inerte, composto por 
cimento, areia, brita, água, aço e eventuais aditivos. Estes elementos interagem com agentes 
externos, a exemplo de ácidos, bases e sais, e estão constantemente sujeitos a alterações ao 
longo da vida útil da estrutura (LAPA, 2008). Além do desgaste natural que o material está 
sujeito, fatores como erros de projeto, de execução e de utilização, além da falta de controle 
tecnológico, podem reduzir a durabilidade do material por meio de manifestações patológicas 
como fissuras, desagregação e corrosão (OLIVARI, 2003); SILVA, M.A.R.; LIMA E.E.P. e 
SILVA, J.R.P., 2017). 
Cascudo (1997, p. 6) observa que, no Brasil, a manifestação patológica que mais 
preocupa é a corrosão de armaduras, pelo fato de as principais cidades estarem localizadas em 
regiões costeiras, onde existe uma quantidade muito grande de íons cloreto provenientes do 
mar. E mesmo outras cidades mais afastadas da costa, que tenham um alto índice de poluição, 
oferecem ambientes agressivos. 
Para evitar a ocorrência destas manifestações, a norma ABNT NBR 6118:2014 
(Projeto de estruturas de concreto) preconiza que o dimensionamento deve levar em 
consideração o ambiente onde a edificação será localizada, visto que ambientes salinos podem 
constituir um ambiente agressivo ao concreto armado. Desta forma, a norma supracitada 
preconiza que a deterioração de estruturas em ambientes de alta classe de agressividade 
ambiental pode ser amenizada por meio da garantia de uma espessura mínima de concreto 
após a armadura de aço. Para Gonçalves (2015), a adoção de baixos cobrimentos propicia a 
potencialização do processo de deterioração do concreto, visto que ambientes salinos são 
abundantes em componentes desencadeadores da corrosão, a exemplo do cloreto, da água e do 
oxigênio. 
A partir do momento em que a estrutura atinge o seu estado limite último e ocorre o 
rompimento, uma das alternativas possíveis para evitar a demolição é a recuperação desta 
estrutura. 
Diversas técnicas e processos foram desenvolvidos, ao longo do tempo, visando à 
manutenção e/ou reabilitação das estruturas de concreto, objetivando a correção destas 
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patologias. Para tal recuperação, é necessário um estudo para avaliar quais providências que 
precisam ser tomadas, ou seja, qual tipo de recuperação a ser adotada. Hoje em dia pode-se 
recuperar uma estrutura de diferentes formas, como por exemplo utilizando chapas e perfis 
metálicos, complementação ou adição de armadura, utilização de polímeros reforçados com 
diferentes fibras, etc. 
Dessa forma, a recuperação é caracterizada como a forma de viabilizar o uso de um 
elemento estrutural após o surgimento de patologias que comprometem a resistência e a 
utilização da estrutura. Com isso a recuperação tem a função de reestabelecer o uso e a 
segurança de uma estrutura danificada, viabilizando sua utilização. Já o reforço pode ser 
caracterizado como a intervenção realizada em uma estrutura para aumento de sua capacidade 
resistente sem que a mesma tenha atingido um estado limite último. Em ambas as situações, 
as técnicas executivas e de projeto são semelhantes. 
Sendo assim, o presente trabalho terá como finalidade fazer um breve relato sobre as 
causas das patologias nas estruturas de concreto armado e discorrer sobre algumas técnicas de 
recuperação e reforço dessas estruturas, analisando vantagens e desvantagens de cada uma. 
 
2. Patologias em estruturas de concreto 
Das manifestações as causas, as patologias do concreto exigem análise cuidadosa antes 
de escolher o tratamento ideal. 
Por ser um material inerte, o concreto esta sempre sujeito a alterações ao longo de sua 
vida útil por conta da interação dos elementos que o constitui (cimento, areia, brita, água e o 
aço) com os aditivos e os agentes externos como acidos, gases, sais, vapores e micro 
organismos. 
Muitas vezes, dessas interações resultam anomalias que podem comprometer 
o desempenho da estrutura, provocar efeitos estéticos indesejáveis ou causar 
desconforto psicológico nos usuários. (PIANCASTELLI, 2015) 
 
 
De acordo com o Engenheiro Civil Piancastelli, só quando o desempenho da estrutura 
esta ameaçada ou comprometida é que se caracteriza as “enfermidades” do concreto ou da 
estrutura que podem ja ter nascido com ela ou adquirida ao longo da vida devido a ação direta 
de muitoas agentes externos, usuários e fenómenos físicos como terremotos, choques, 
enchentes, incêndios, explosões, recalques e até variação de temperaturas. 
São muitos os problemas que prejudicam a estrutura e a avaliação da situação passa 
pela determinação das causas. Um elemento exposto a ação de gases, por exemplo, sofre 
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fortes agressões e tem seu cimento comprometido afetando diretamente na sua durabilidade. 
Não só nessa mais nas diversas patologias, se não for dada a devida atenção a tendência é 
evoluir para casosmais graves. “As fissuras, que surgem por diferentes motivos, permitem a 
passagem de substâncias agressivas que causam a corrosão e carbonatação das armaduras”, 
alerta Carla Castro, Engenheira Civil. 
 
Figura 1 – corrosão da armadura 
 Figura 2 – corrosão das armaduras em vigas 
 
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 2.1 Relação Sintomas x Causa 
É a partir dos sintomas que se da início ao processo de averiguação das cusas e origens 
das patologias que é fundamental para um diagnostico correto. O ideal é que as patologias no 
concreto sejam evitadas ou, então, tratadas para que não haja perda da estrutura ou de algumas 
peças estruturais. “Nos últimos anos as normas vêm incorporando essas medidas mais 
intensamente – critérios de durabilidade –, que se fundamentam predominantemente nos 
mecanismos de deterioração do concreto (expansão e corrosão) e do aço (corrosão)” observa 
Élvio Mosci, Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Minas Gerais. 
Se o diagnóstico da patologia for feita de uma forma equivocada, isso pode implicar 
em intervenções sem resultados, dificultando futuros estudos além do gasto inútil do dinheiro. 
No início o trabalho é feito encimaa de hipóteses que com o decorrer das investigações vai 
verificando a sua veracidade onde, a solução só poderá ser confirmada pela resposta positiva 
da estrutura ao tratamento feito. 
 
Figura 3 – principais causas das patologias na construção no Brasil 
 
 
 2.2 Sinais de alerta 
Para que se possa identificar as patologias do concreto é preciso observar as 
manifestações que ocorrem normalmente nas partes externa das estruturas. Existem partes 
externas que normalmente não são observadas, essas parte se encontram total ou parcilmente 
enterradas (fundações, piscinas, arrimos), nas faces internas das juntas de dilatação e nos 
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interiores de galerias e reservatorios. Nestes locais os danos considerados ocultos só podem 
ser identifiados mediante programação e execução de inspeções especificas. 
As principais manifestações que podem indicar patologias no concreto são: 
 Fissuras e Trincas 
 Desagregação 
 Erosão e Desgaste 
 Segregação 
 Manchas 
 Eflorescência 
 Calcinação 
 Perda de Aderência Entre Concretos (nas juntas de concretagem) 
 Porosidade 
 Permeabilidade 
Dessas, os mais frequentes problemas nas estruturas e com causas muito variadas são as 
fissuras e as trincas: “A sua posição em relação à peça estrutural, a abertura, a direção, e sua 
forma de evolução (com relação à direção e à abertura), dão indicações das causas prováveis. 
Fissuras são também ocorrências inerentes ao concreto armado, visto que as seções são 
dimensionadas nos Estágios II (seção fissurada) ou III (ruptura), não sendo, portanto, sempre, 
manifestação patológica. Sob esse aspecto, a diferenciação entre manifestação patológica, ou 
não, é feita em função das aberturas e das causas”, afirma Élvio Mosci. 
 
Figura 4 – rachaduras,trincas e fissuras 
 
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 2.3 Fatores que provocam corrosão 
“A corrosão pode ocorrer por despassivação da armadura em função da diminuição do 
pH do concreto, devido à reação entre o hidróxido de cálcio a ele inerente e o CO2 que nele 
penetra, no fenômeno denominado carbonatação, facilmente detectado pelo teste de 
fenolftaleina. Acontece, também, pela presença de cloretos”, explica Piancastelli. 
Estas intervenções são bastante eficazes porém, por serem muito invasivas exige uma 
avaliação cuidadosa do seu impacto sobre o comportamento estrutural do elemento que esta 
sendo tratado onde o escoramento da estrutura se torna uma prática inevitável. Piancastelli diz 
também que aproteção catódica (técnica para controlar a corrosão de uma superfície 
metálica) é a maneira mais eficiente que se tem para previnir ou até interromper um processo 
corrosivo. “O método consiste em abaixar o potencial de corrosão das armaduras (zona de 
imunidade do Diagrama de Pourbaix), introduzindo-se corrente elétrica no circuito formado 
por todas as barras da armadura e metal instalado na superfície do concreto. Dessa forma, as 
armaduras passam a fazer parte da região de cátodo (região não sujeita à corrosão). A 
proteção catódica pode ser feita por ânodos de sacrifício ou por corrente impressa. Qualquer 
uma dessas duas técnicas exige manutenção constante por profissionais especializados” diz 
Piancastelli. 
 
Figura 5 – corrosão em armaduras 
 
 
 
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3. Materiais utilizados na recuperação e no reforço de estruturas de concreto 
 Quando se fala de serviço de reforço estrutural, manutenção e restauração são 
necessárias uma análise completa da estrutura para identificar a causa do problema e o melhor 
método a ser empregado para o reforço da edificação e o material a ser utilizado. O estudo dos 
materiais é de extrema importância, com isso você identifica os tipos de materiais que vai ser 
mais adequado para solucionar o problema, com o menor custo possível e maior resistência e 
durabilidade para peça reforçada. Dentre os materiais usados nos serviços de reforço ou de 
recuperação estrutural, temos argamassas, grautes, polímeros, estruturas mistas de aço e 
concreto, o maior destaque vai, justamente, para os concretos e argamassas, devidos baixo 
custo e eficiência para atender os diversos tipos de projeto de reforço estrutural. 
 
 3.1 Cimento 
No Brasil, assim como na maioria dos países com produção significativa, são 
fabricados diversos tipos de cimento, A escolha do tipo de cimento mais adequado a uma 
determinada obra ou serviço a executar requer o bom conhecimento das características dos 
diversos tipos disponíveis no mercado A execução de trabalhos de recuperação e reforço de 
estruturas não só segue esta regra como deve, inclusive, ditar as leis neste campo, por serem 
trabalhos corretivos. 
O cimento Portland é um pó cinza, sendo resultado da moagem do clínquer com uma 
pequena quantidade de sulfato de cálcio. O clínquer constitui-se de uma mistura heterogênea 
com diversos minerais processados pelas reações a alta temperatura entre óxido de cálcio e 
sílica, alumina e óxido de ferro, presentes respectivamente, na rocha carbonática e argila. 
 Os tipos de cimento atualmente produzidos no Brasil são o cimento Portland comum, 
cimento Portland comum com adições, cimento Portland de alto-forno, cimento Portland 
composto, cimento Portland pozolânico e cimento Portland de alta resistência inicial. Dentro 
destas categorias, são fabricados ainda cimentos resistentes a sulfatos. 
 
 3.2 Agregados 
Os agregados para construção civil são materiais minerais, sólidos inertes que, de 
acordo com granulométria adequadas, são utilizados para fabricação de produtos artificiais 
resistentes mediante a mistura com materiais aglomerantes de ativação. 
Hidráulica ou com ligantes betuminosos. Utilizados no concreto, seja do ponto de vista 
econômico ou do ponto de vista técnico, exercem influência sobre algumas características 
importantes, como a função de transmitir as tensões aplicada ao concreto através dos grãos, 
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geralmente a resistência a compressão dos agregados é superior a do concreto, reduz o efeito 
das variações ocasionadas pela retração, assim quanto maior o teor de agregados em relação a 
pasta de cimento, menor será a retração . 
Os agregados mais utilizados no concreto são a brita agregado graúdo e a areia 
agregado miúdo, uma vez que cerca de ¾ do volume do concreto são ocupados pelos 
agregados, não é de se surpreender que a qualidade destes seja de importância básica na 
obtenção de um bom concreto, exercendo nítida influência não apenas na resistência mecânica 
do produto acabado como, também, em sua durabilidade e no desempenho estrutural. 
 
Figura 6 –agregados para concreto 
 
 
 3.3 Aditivos 
De acordo com J. Calleja, como referido por Cánovas (1984), os aditivos "são 
produtos que, acrescentados aos aglomerantes no momento de sua elaboração, e em condições 
adequadas, nas formas convenientes e nas doses precisas, têm por finalidade modificar ou 
implementar, em sentido positivo e em caráter permanente, certas propriedades do 
conglomerado, para seu melhor comportamento em todos ou em algum aspecto, tanto no 
estado fresco como endurecido". 
 
 3.4 Concreto 
 3.4.1 Concreto Convencional 
O concreto é o resultado da mistura de miúdos e graúdos na pasta de cimento essa é 
composta somente da mistura de cimento e água. Atualmente a NBR 7211 (ABNT, 2009) 
limitam a aceitação dos agregados miúdos e graúdos, ambos de origem naturais, não obtidos 
por processos químicos, destinados à produção de concretos de cimento Portland. O concreto 
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é formado por agregados, cobertos por uma matriz porosa de pasta de cimento, com uma zona 
de transição entre elas é importante que se tenha uma boa aderência entre a pasta de cimento e 
o agregado, pois geralmente essa zona tem resistência menor do que a do agregado ou da 
pasta. O concreto moldado é muito utilizado para reforço estrutural principalmente na parte 
reparação estrutural, devido ao baixo custo se torna muito atraente para reparos de maiores 
dimensões. Também oferece uma boa conformidade, reparo de furos, impermeabilidade, 
resistência, minimizar retração, aumento da resistência química. 
Com a utilização de cimento especiais ou compostos (CPII-Z com pozolana, CPIV 
cimento pozolânico, CPV alta resistência inicial, CPI-S resistente a sulfato) entre outro, pode 
oferecer um alto desempenho na resistência inicial da estrutura com a adição de aditivos 
superplastificantes, sílica ativa, inibidores de corrosão entre outros, o concreto convencional ainda 
é o material mais utilizado em serviços de recuperação e reforço de estruturas de concreto como 
vigas e pilares . 
 
Figura 7 – concreto convencional 
 
 
 
 
 
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 3.4.2 Concreto Projetado 
Diferente do concreto moldado o concreto projetado dispensa formas nas aplicações 
verticais ou sobre cabeça, tem uma melhor aderência, causada pela grande energia de impacto 
com o substrato, maior compacidade e consequentemente impermeabilidade. O sistema de 
concreto projetado é utilizado na concretagem de túneis, paredes de contenção, piscinas e em 
recuperação e reforço de lajes, vigas, pilares e paredes de concreto armado (SILVA, 2006). 
Ele é indicado para reparos semi profundos e profundos. 
Em relação à técnica do concreto projetado, há dois processos: mistura seca e mistura 
úmida. No processo por via seca, os aglomerantes e agregados são misturados e lançados na 
máquina de projeção, e o operador é responsável por controlar a adição da água, que ocorre 
58 no bico de projeção. No processo por via úmida, o concreto é umedecido e misturado com 
aditivos plastificantes antes de abastecer a máquina de projeção, com os aditivos aceleradores 
sendo incorporados na saída do equipamento. 
 
Figura 8 – concreto projetado 
 
 
 3.4.3 Concreto armado e protendido 
Em reforço de concreto armado ou concreto protendido a utilização de aço é 
indispensável, onde faz o uso de barras de aço para concreto armado e cabos de aço 
tracionados para o concreto protendido, onde o cobrimento da peça deve ser respeitado de 
acordo com agressividade ambiental do lugar, quando não realizado o cobrimento mínimo da 
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peça restaurada pode ocorrer com toda a certeza, virá a ocasionar a corrosão localizada das 
armaduras, no caso do concreto armado, ou a corrosão sob tensão, no caso dos fios com 
cordoalhas dos cabos de protensão. 
 
Figura 9 – radier de concreto armado 
 
 
Figura 10 – sistema de protensão 
 
 
 
 
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 3.5 Polímeros 
Os polímeros são compostos formados por processo químico de associação molecular, 
produzido e controlado por catalisadores, responsáveis pelo início do processo, pelos 
inibidores, que controlam a velocidade do processo, impedindo a polimerização prematura 
durante o armazenamento do produto, e pelos aceleradores, que aceleram o processo Uma das 
funções da matriz polimérica é dar proteção às fibras, formando uma camada que as protege 
de meios agressivos 
 
 3.5.1 Polímeros com fibras 
Os polímeros reforçados com fibras (PRF) mostram-se como uma ótima opção para 
reparo e reforço de peças de concreto armado, pois sua elevada resistência, baixo peso 
específico e durabilidade a ataques químicos tornam o sistema vantajoso aumentando sua 
resistência à tração na flexão, compressão e cisalhamento, conferindo desempenho superior e 
ganho de capacidade portante. 
 
 3.5.1.2 Fibras de carbono 
Os sistemas reforçados com fibras de carbono são os que melhor se ajustam às 
exigências do reforço de estruturas, pois além de maiores resistências à tração e à compressão, 
o valor do módulo de elasticidade longitudinal é o mais próximo ao do aço (Meier, 1997 apud 
JUVANDES, 2002), As fibras de carbono são predominantemente utilizadas por 
apresentarem alta resistência, grande rigidez e baixo peso, com módulo de elasticidade 
variando entre 230 e 640 GPa. 
 
Figura 11 - ponte construída com polímeros reforçados com fibras de carbono 
 
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Tecnologia da Construção de Edificios 
 
 3.5.1.3 Fibras de vidro 
PRFV é um polímero reforçado com fibra vidro, a matriz polimérica pode ser na 
maioria das vezes, epóxi, poliéster ou estervinílico, são feitos de vários tipos de vidro, 
Dependendo do tipo de vidro utilizado, terão quantidades variáveis de óxidos de cálcio, de 
magnésio, e, por vezes, de boro, e diferentes funcionalidades e propriedades mecânicas. Fibra 
de vidro é um material leve e forte. Apesar de não ser tão forte e rígida como compósitos de 
fibra de carbono, que é menos frágil, a sua matéria-prima é muito mais barata. 
 
 3.5.3.4 Fibras de aramidas 
A fibra de aramida é uma fibra sintética, encontrada sob diversas formas, e sua 
designação decorre dos termos poliamida aromática ou (ARomatic poliAMID), que 
expressam sua composição química. Os polímeros aromáticos são reconhecidos pela sua 
estabilidade térmica em altas temperaturas sendo, portanto, muito aplicadas em situações de 
proteção ao fogo. 
 
 3.5.2 Polímeros Epóxi 
Dos diversos tipos de polímeros distintos que existi os mais utilizadas no Brasil são as 
resinas epoxídicas, derivadas do petróleo, resultantes da combinação da epocloridina e do 
bifenol. De acordo com as proporções utilizadas de cada um destes componentes, torna-se 
possível a obtenção de resinas com diferentes propriedades. Sistemas para injeção em trincas, 
adesivos para concreto velho com velho e velho com novo, produtos para impermeabilização 
de subsolos, primers e resinas para revestimentos anticorrosivos. Dentro desse segmento 
podemos incluir os pisos industriais, que para tanto disponibilizamos diversos tipos de resinas 
e agentes de cura para suas formulações. Como resultado esses produtos oferecem alta 
resistência química, mecânica, assim como o embelezamento do local em que foram 
aplicados, proporcionando um aspecto monolítico. 
 
 3.5.2.1 Resina Epóxi Novolac A/B 
O Epóxi Novolac é especialmente projetado para ter excelente performance nas piores 
situações industriais, ou aquelas onde há derrame constante de ácido forte, bases e solventes 
orgânicos, possui alta resistência a solventes e produtos altamente corrosivos, excelente 
performance mesmo a altas temperaturas, particular resistência a ambientes onde há ácido 
sulfúrico e excelentes propriedades mecânicas. 
 
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Tecnologia da Construção de Edificios3.5.2.2 Resina MC 150 A/B 
Aplicação desse sistema é o preenchimento de fissuras e trincas em concreto. O 
material apresenta excelentes propriedades de adesão entre concreto novo e concreto velho. 
 
 3.5.2.3 Resina MC 213 A/B 
Argamassa estrutural para locais onde se necessite alta resistência mecânica, como: 
pisos, lábios poliméricos, blocos de suporte de maquinários. 
 
 3.5.2.4 Resina MC 201 A/B 
Sua maior aplicação é em processos de reparos estruturais, para preenchimento 
de fissuras e reconstituição de concreto. 
 
 3.5.2.5 Massa Epóxi A/B (Adesivo Epóxi) 
Sistema epóxi para adesão de concreto novo com concreto velho, por ser uma 
argamassa viscosa, normalmente pode ser aplicado com espátula ou desempenadeira para 
regularizar, reconstituir ou promover a adesão. 
 
 3.5.2.6 Resina MC 151 A/B (Adesivo Epóxi) 
É um material especialmente usado na construção civil como material de adesão e 
recuperação estrutural. 
 
 3.6 Graute 
Os grautes podem ser industrializados e ter aglomerantes de base mineral (cimento 
Portland, cimento aluminoso) ou sintético (resinas epóxi) com agregados de quartzo ou 
metálico, aditivado com superplastificantes, que compensam a retração, podendo ou não 
conter microssílica (GRANATO, 2002) , O uso de graute é indicado para reparos semi 
profundos e profundos. Esta técnica também é uma alternativa adequada para situações onde 
há necessidade da liberação rápida da estrutura, já que o graute alcança altas resistências em 
pouco tempo. Além disso, o graute apresenta outras características que influem positivamente 
no sucesso do reparo, como boa fluidez, uniformidade, não apresenta retração e é auto-
adensável o processo utilizando graute pode ser usado nas emendas de perfis metálicos com 
pilares de concreto 
 
 
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 3.7 Aço 
É um liga metálica formada por ferro e carbono, muito usual em reforço estrutural o 
único problema quando utilizado sem cobertura ou exposto o perfil não consegue resistir a 
elevadas temperaturas Também chamados “reforços com adição de armaduras exteriores”, 
utiliza elementos metálicos, chapas (Figura 5.14) ou perfis (Figura 5.15), colados com adesivo 
epóxi, que permitem a união de aço e concreto, ou ainda com auxílio de chumbadores. 
 
Figura 12 – construção em aço 
 
 
 
4. Técnicas usuais pra reforço de estruturas 
 Apesar de ser um material extremamente resistente, o concreto pode se deteriorar 
naturalmente ao longo do tempo. Ele está sujeito a ações externas prejudiciais e até mesmo a 
falhas de execução. Quando isso acontece, o aspecto e a segurança de uma construção ficam 
comprometidos, sendo necessário recuperar as estruturas de concreto armado que apresentam 
falhas. A primeira etapa que deve ser cumprida é a identificação dos problemas que afetam o 
concreto. Microfissuras (aberturas inferiores a 0,05 mm), fissuras (aberturas inferiores a 0,5 
mm) e trincas (aberturas de até 1 mm) são as ocorrências mais comuns. Elas surgem quando 
as deformações do material superam as tensões que ele é capaz de suportar. 
Muitas trincas e fissuras são fáceis de serem reparadas: basta preencher suas aberturas 
com selantes acrílicos e fazer o acabamento em seguida. No entanto, existem casos avançados 
que podem até expor a armadura da estrutura, por isso demandam um pouco mais de trabalho. 
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Tecnologia da Construção de Edificios 
 
O principal objetivo do reforço em estrutura de concreto armado é restabelecer as condições 
da estrutura de suportar o carregamento a ela solicitada, ou seja, a sua capacidade portante. 
As estruturas podem precisar de reforço por conta de um aumento na carga estrutural 
não prevista em projeto, erro de calculo no projeto ou dimensionamento, erro na execução, 
estruturas expostas a agentes agressivos do meio ambiente ou até mesmo um incêndio. 
 Os reforços estruturais mais comuns são adição de armaduras, uso de chapas e perfis 
metálico, encamisamento com concreto de alto desempenho e aplicação de polímeros com 
fibra de carbono. 
A adição de armadura é uma técnica aplicada quando a peça não esta sendo capaz de 
suportar as forças de flexão aplicadas a mesma como por exemplo no caso de uma viga 
horizontal submetida a cargas verticais, para isso se adiciona uma armadura extra com o 
aumento da secção de concreto. 
Quando é inconveniente o aumento da secção do concreto pode se utilizar a adição de 
chapas metálicas em que as chapas de aço são coladas na estrutura de concreto armado com 
resina epóxi. As chapas funcionam como uma armadura solidária à peça estrutural, 
aumentando em até 50% a resistência à momentos fletores e forças cortantes. O reforço 
também pode ser feito pela colagem de perfis metálicos à peça que têm basicamente a mesma 
função das chapas metálicas. 
O encamisamento de concreto consiste em acrescentar concreto/argamassa armada às 
peças a serem recuperadas, mediante aumento de seção transversal ou substituição do material 
danificado. Nesse caso, o material adicionado passará a trabalhar unido ao concreto existente 
através da aderência entre ambos, constituindo-se uma peça solidária. A eficiência desse 
reforço é garantida, desde que sejam tomados os devidos cuidados durante sua realização 
As Fibras de Carbono são usadas para reforço estrutural de concreto armado por 
possuir baixo peso específico e resistência mecânica superior (mesmo com a aplicação de 
menor quantidade de material). Além de ser capaz de suportar de melhor forma ambientes 
agressivos. 
O Compósito de Fibra de Carbono é constituído por uma matriz polimérica que 
mantém as fibras coesas, favorecendo a transferência das tensões de cisalhamento entre a 
estrutura de concreto e a fibra de carbono. As fibras de carbono dispostas unidirecionalmente 
absorvem as tensões de tração dos esforços. Essa técnica de reforço pode ser feita sem a 
necessidade de escoramento e não altera as dimensões das seções da estrutura. 
 
 
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Figura 13 – reparo de trincas e fissuras 
 
 
Figura 14 – fibras de carbono em reforço de estrutura 
 
Figura 15 – reforço estrutural metalico 
 
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5. Aspectos de Projeto 
Como pudemos observar, todas as formas de edificações estão suscetíveis, ao longo de 
sua vida útil, a sofrerem efeitos indesejáveis de manifestações patológicas, interferindo na 
qualidade do produto, seja no aspecto estético, funcional ou estrutural.O processo de 
construção de uma edificação envolve as fases de projeto, execução e edificação. A 
ocorrência de falhas em uma ou mais destas fases pode provocar defeitos e comprometer a 
segurança, a durabilidade e o desempenho, ou seja, degradações no desempenho das 
edificações. 
Ao elaborar um projeto de uma estrutura de concreto armado, é de grande importância 
o atendimento das finalidades para as quais foi concebida, garantindo a segurança, conforto e 
a economia em todo o seu planejamento. Existem três fatores que influenciam na qualidade da 
estrutura: concepção e projeto; utilização; execução. 
Na construção civil, projeto é o processo pelo qual uma obra é concebida.Melhado 
(1994, p.1) caracteriza projeto como “Uma atividade ou serviço integrante doprocesso de 
construção, responsável pelo desenvolvimento, organização, registro etransmissão das 
características físicas e tecnológicas especificadas para uma obra, aserem consideradas na fase 
de execução". Erros cometidos nessa fase podemcomprometer o desempenho futuro da 
edificação. 
Para Olivari (2003, p. 6) os principais erros cometidos na fase de projeto,responsáveis 
por falhas de desempenho da edificação são: 
• Falta de detalhes; 
• Erros de dimensionamento; 
• Não consideração do efeito térmico; 
• Incompatibilidade de projetos; 
• Previsão incorreta dos carregamentos; 
• Especificação errônea do traço doconcreto; 
• Especificação inadequada da classe de agressividade ambiental. 
Nas estruturas que apresentam problemas patológicos, o primeiro passo da análise é a 
detecção das causas da patologia, uma vez que, conforme o problema, será possível a 
identificação da melhor solução. Estas causas se dividem em intrínsecas e extrínsecas 
No que tange o projeto, apenas interessam as causas extrínsecas, que são resultantes de 
fatores externos à estrutura, podendo ser classificadas como: falhas de projeto, má utilização, 
ações mecânicas, ações físicas e químicas. No desenvolvimento do projeto, vários pontos de 
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importância devem ser considerados e um erro pode fazer com que haja um comprometimento 
da estrutura. Inicialmente, a modelagem da estrutura tem um papel de grande importância, 
uma vez que uma falha durante esse processo pode se propagar durante todo o 
desenvolvimento, causando, em alguns casos, a ruína da estrutura. 
 
Figura 16 – modelagem 3d da estrutura 
 
Figura 17 – execução do projeto 
 
 
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6 Aspetos das manutenções das estruturas 
Após uma análise minuciosa, é necessário determinar o tipo de manutenção a ser 
utilizada, para assim garantir que todas as falhas detectadas sejam resolvidas de forma 
bastante especifica. Temos assim três tipos de manutenção: preditiva, preventiva e corretiva. 
 
 6.1 Manutenção preventiva 
Amanutenção preventiva é a realização de tarefas que antecedem a falha efetuadas em 
períodos pré-determinados conforme planejado e critérios prescritos com o objetivo de reduzir 
a probabilidade de falha ou degradação total do sistema. 
As tarefas que envolve manutenção preventiva são divididas em três: baseada no tempo, 
baseada na condição e teste para descobrir a falha. A tarefa baseada no tempo consiste em 
recondicionar ou substituir os componentes do sistema ou equipamentos independentes do seu 
estado de conservação em intervalos de tempo pré-definido, ou seja, após determinado tempo 
de uso no plano de manutenção do componente será substituído independente do estado que 
encontra. (MANUTENÇÃO MUNDIAL, 2016) 
A manutenção baseada em condição tem a característica de medir parâmetros da falha 
com a utilização de instrumentos ou equipamentos portáteis e estabelecer correlação com o 
inicialmente projetado, segundo et. AllPrajapati (2012) e de acordo com Lafraia (2014, p. 
266) torna-se viáveis quando: É possível identificar claramente o processo de deterioração; O 
tempo para falha é razoavelmente determinável; O intervalo das medições é menor que o 
intervalo para falha; O tempo para falha após a medição é suficiente para prevenir ou evitar as 
consequências da falha funcional. Alguns exemplos são medições de espessuras, vibrações, 
termografia, monitoramento de corrosão e etc. 
 
 6.2 Manutenção Preditiva 
 
 “Manutenção preditiva: Esta estratégia consiste em executar as atividades 
de manutenção preventivas, de acordo com a análise dos diversos elementos 
do edifício, com base em um planejamento de inspeções. O ideal é que a 
programação de inspeções seja prevista ainda na fase de projeto, onde 
deverão ser identificados os elementos a inspecionar e a periodicidade 
recomendada, em função da durabilidade média dos materiais e 
equipamentos especificados”. (BARBOSA, 2011, p.28) 
 
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Ou seja, a manutenção preditiva em edifícios é a mesma coisa que a manutenção 
preventiva baseado num planejamento de inspeções periódicas dos elementos que compõe a 
edificação. 
 
 6.3 Manutenção Corretiva 
É a reparação, restauração ou substituição de componentes para restaurar o sistema ao 
seu estado original antes da quebra, após a ocorrência, e tem função de devolver ao sistema o 
desempenho projetado inicialmente. 
Para a Norma de desempenho (15575, 2013, p.245), manutenção corretiva é 
 
“Caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção imediata a 
fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas, elementos ou 
componentes das edificações, ou evitar graves riscos ou prejuízos pessoais 
e/ou patrimoniais aos seus usuários ou proprietários”. 
 
 
 6.4 Definição do tipo de manutenção 
Os tipos de atividades de manutenção aplicáveis é estabelecido através da selecão dos 
efeitos das falhas (segurança, operacional, econômica e oculta) Para isso Lafraia (2014) expõe 
sequencia de perguntas e respostas diretas que direciona e influência para os modos de falha: 
segurança, operacional, econômico ou oculto conforme demonstrado pelo fluxograma da 
figuras 3.7. A falha de segurança é quando coloca em risco a vida das pessoas, enquanto que a 
falha operacional é aquela que afeta a capacidade operacional da estrutura atingindo a 
qualidade do serviço, quantidade de atendimento e até custo, a falha econômica afeta 
diretamente diretamente no custo do reparo, e falha oculta é aquela que não é evidente a 
equipde de manutenção ou ao operador, ela está inserida de forma implicita, não detectável a 
olho nú. 
Figura 8 – efeitos da falha 
 
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E para cada tipo de falha foi desenolvido sequencias de novos questionamentos através 
de diagramas de decisão que definirão o tipo de manutenção adequado a falha identificada e 
ilustrado por fluxos de decisão 
 
Figura 9 - Fluxograma de determinação do tipo de manutenção do efeito de falha segurança 
 
Fonte: Adaptado Lafraia (2014, p.270) 
 
 
 
Figura 10 - Fluxograma de determinação do tipo de manutenção do efeito da falha oculta 
 
 
Fonte: Adaptado Lafraia (2014, p.271) 
 
 
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Figura 11 - Fluxograma de determinação do tipo de manutenção do efeito da falha operacional econômica 
 
 
Fonte: Adaptado Lafraia (2014, p.272) 
 
 
 
 
Figura 12 - Fluxograma de determinação do tipo de manutenção do efeito da falha funcional 
 
Fonte: Adaptado Lafraia (2014, p.272) 
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7. Conclusão 
Através de todo contexto histórico estudado sobre reconstrução estrutural, pode-se 
observar pontos interessantes e comum em relação a esse assunto. Foram observados dados 
em âmbitos variados, mas que acabam se repetindo e criando unanimidade. O concreto por ser 
um material inerte já sofre um desgaste natural e que pode ser potencializado diante de erros 
de projetos, utilização e execução, por esse motivo, vale salientar a enorme importância do 
profissional que executar o laudo técnico ter grande conhecimento técnico no que diz respeito 
aos materiais de construção, comportamento estrutural, suas técnicas e em relação e teoria e a 
pratica pois uma vez que o diagnostico for feito errado pode encadear em intervenções sem 
resultado e gastos desnecessários. 
Diversas técnicas foram observadas pelo fato do grande número de edifícios que 
sofrem patologias durante sua vida útil, em dados apresentados nesse trabalho apresentam as 
fachadas como sendo a parte que sofre mais e por não serem seguidas as normas técnicas. 
Mas a maior patologia de modo geral e por motivos diversos, é a corrosão de 
armaduras, uma das principais formas de tratamento, seja pra prevenir ou interromper é a 
proteção catódica. Principalmente no Brasil, a corrosão de armaduras é muito presente, por 
estarmos em um País onde a maioria de suas principais cidades são compostas por ambientes 
mais salinos e que são muito agressivos ao concreto, por esse motivo foi criada a NBR 
6118:2014. 
Diante dos dados apresentados o que leva a grande conclusão é que antes de tudo é 
importante ter um plano de manutenção de estruturas bem elaborado que é de grande 
importância para não surgirem doenças estruturais, já que é comprovado que muitas são de 
caráter evolutivo e a partir do momento em que elas surgem e a estrutura atinge seu estado 
limite e ocorre o rompimento umadas alternativas para evitar o pior que seria demolição é a 
recuperação estrutural. Manutenções, avaliações, e inspeções em um espaço de tempo 
determinado são de grande importância para construção. E durante a execução do projeto é 
importante que sejam cobradas parâmetros importantes de projetos, já que muitas patologias 
nascem nessa fase. 
 
 
 
 
 
26 
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8. Referências 
 
BARBOSA, B, P. Da intenção de projeto ao uso do edifício: a busca da excelência 
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Qualitymark: Petrobras, Rio de Janeiro, 2001. 
 
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Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo. 
 
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Disponível em 
<https://www.revistapolimeros.org.br/article/5883713d7f8c9d0a0c8b47d2/pdf/polimeros-6-2-
32.pdf> Acesso em 6 de Novembro de 2019. 
 
VIEGAS, Mauro. Concreto e Construções. Recuperação estrutural: diagnostico e terapia 
para prolongar a vida útil das obras. Disponível em 
<http://ibracon.org.br/publicacoes/revistas_ibracon/rev_construcao/pdf/Revista_Concreto_49.
pdf> Acesso em 31 de Outubro de 2019. 
 
PEREIRA, Fernanda. Técnicas de recuperação e reforço de estruturas de conceto armado. 
Universidade Federal Fluminense. Disponínel em 
<https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/7042/1/FERNANDA%20PEREIRA%20SANTOS%20%20LEAL
%20DOS%20SANTOS%20210.37.110.pdf> Acesso em 9 de Novembro de 2019. 
https://www.revistapolimeros.org.br/article/5883713d7f8c9d0a0c8b47d2/pdf/polimeros-6-2-32.pdf
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https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/7042/1/FERNANDA%20PEREIRA%20SANTOS%20%20LEAL%20DOS%20SANTOS%20210.37.110.pdf

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