Buscar

Sistema Nervoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EA
D
Sistema Nervoso
2
1. OBJETIVOS 
• Conhecer como o sistema nervoso está dividido e orga-
nizado. 
• Compreender as estruturas do sistema nervoso. 
• Identificar e compreender a importância do sistema ner-
voso. 
• Interpretar os processos pelos quais o sistema nervoso 
processa os estímulos e gera as respostas necessárias.
2. CONTEÚDOS
• Sistema nervoso: estrutura, divisão e organização.
• Sistema nervoso periférico. 
• Sistema nervoso sensorial.
• Funções motoras da medula espinhal: reflexos medulares.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada70
• Fadiga sináptica.
• Pool neuronal.
• Transmissão Sináptica.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos expli-
citados no Glossário e suas ligações pelo Esquema de 
Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades 
deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu 
desempenho.
2) Lembre-se de que os processos biológicos envolvidos 
possuem relação com a fisiologia celular e, também, 
com a anatomia do sistema nervoso. Pesquise em livros 
ou na internet o assunto abordado nesta unidade e, caso 
encontre algo interessante, disponibilize tal informação 
para seus colegas na Lista. Lembre-se de que você é pro-
tagonista deste processo educativo. 
3) Faça anotações de todas as suas dúvidas e tente solucio-
ná-las por meio do nosso sistema de interatividade ou 
diretamente com o seu tutor. Lembre-se de que o nosso 
organismo age por interação e modulação entre todos 
os sistemas; por isso, conhecer bem cada um deles é tão 
importante.
4) Leia os livros da bibliografia indicada para que você am-
plie e aprofunde seus horizontes teóricos. Esteja sempre 
com o material didático em mãos e discuta a unidade 
com seus colegas e com o tutor. Este é só o início de nos-
sa jornada para entender a Fisiologia Humana. Sempre 
que surgir uma dúvida sobre como o sistema nervoso 
funciona, volte à Fisiologia Celular, que é a responsável 
pelos processos biológicos do nosso organismo.
71
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na Unidade 1, você estudou as células e suas estruturas. 
Agora, nesta unidade, você será convidado a compreender o fun-
cionamento do sistema nervoso.
Durante a evolução, mesmo os seres mais simples, como a 
ameba, tiveram a necessidade de se ajustar ao meio ambiente. 
Para isso, esse ser, que é unicelular, já possuía três propriedades 
fundamentais:
• irritabilidade (permite à célula detectar modificações do 
meio ambiente);
• condutibilidade (permite a condução desse estímulo pelo 
protoplasma); 
• contractilidade (é a resposta ao estímulo). 
Essas propriedades se especializaram muito no decorrer da 
evolução das espécies. Assim, com o aparecimento de metazoá-
rios pluricelulares, as células musculares eram as responsáveis 
pela contractilidade e ocupavam posição mais profunda. Surgiu, 
então, a necessidade de células superficiais que captassem as va-
riações do meio ambiente e passassem essas informações para o 
interior do ser. Essas células foram os primeiros neurônios. 
Outro grande passo da evolução do sistema nervoso foi 
quando ele deixou de ser difuso e passou a ser centralizado. Sur-
giu, a partir daí, o sistema nervoso central (SNC), que veio acom-
panhado de neurônios aferentes (levam o impulso ao SNC) e efe-
rentes (levam o impulso ao órgão efetuador). 
Surgiram, também, os arcos reflexos simples, em que o neurô-
nio aferente recebe informações do meio externo e faz sinapse com 
o neurônio eferente, que vai estimular o órgão motor. Arcos reflexos 
mais complexos surgiram com o aparecimento dos neurônios de as-
sociação, que ficam entre o neurônio motor e o sensitivo. 
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada72
O sistema nervoso continuou evoluindo muito. A soma dos 
neurônios aferentes começou a ficar situada mais internamen-
te nos organismos (talvez, isso possa ter ocorrido devido a uma 
maior necessidade de proteção), surgindo, assim, os neurônios 
pseudounipolares. Outro fato marcante foi o aumento do número 
de neurônios de associação, permitindo a realização de funções 
mais elaboradas.
No homem, o sistema nervoso central (SNC) é o ponto 
mais alto da evolução e o mais complexo entre os animais. Ele é 
capaz de, devido à grande quantidade de neurônios de associa-
ção, realizar atividades complexas – a chamada função superior. 
Sua função básica é receber informações sobre as variações ex-
ternas e internas e produzir respostas por meio dos músculos e 
glândulas. Dessa forma, ele contribui, juntamente com o siste-
ma endócrino, para a homeostase (equilíbrio) do organismo.
Além disso, o sistema nervoso humano possui as chamadas 
funções superiores, em que se incluem: 
1) memória, que corresponde à capacidade de armazenar 
informações e, depois, resgatá-las;
2) aprendizado;
3) intelecto; 
4) pensamento; 
5) personalidade.
5. ESTRUTURA, DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO 
Responsável pelo ajuste do organismo ao ambiente, o siste-
ma nervoso percebe e identifica as condições ambientais externas 
e as condições internas do indivíduo, bem como elabora respostas 
que o adaptem a essas condições. Sua unidade básica é a célula 
nervosa. A estrutura ou unidade básica do sistema nervoso é a 
célula nervosa, chamada neurônio. 
73
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
O neurônio é uma célula extremamente estimulável, capaz 
de perceber as pequenas variações que ocorrem ao seu redor e, 
assim, reagem a eles promovendo uma alteração elétrica que 
percorre sua membrana, denominada impulso nervoso. As cone-
xões entre elas são estabelecidas pelas próprias células nervosas e 
permitem a transmissão do estímulo recebido a outros neurônios, 
o que gera uma reação em cadeia.
Um neurônio possui três partes:
1) corpo celular; 
2) axônio; 
3) dendritos.
No corpo celular, estão localizados o núcleo e a maior parte 
das estruturas citoplasmáticas e estão concentrados no sistema 
nervoso central (SNC); nos gânglios nervosos, estão espalhados 
pelo corpo. O axônio, que tem a função de transmitir os impulsos 
nervosos para outras células, é um fino prolongamento, que sai do 
corpo celular e que geralmente é maior que os dendritos. 
Os dendritos, filamentos finos e, na maioria das vezes, rami-
ficados, são responsáveis por conduzir os estímulos captados do 
ambiente ou de outras células para o corpo celular. Os dendritos e 
o axônio são mais conhecidos como fibras nervosas, estão distri-
buídos por todo o corpo, bem como conectam os corpos celulares 
de diferentes neurônios entre si e às células sensoriais, musculares 
e glandulares. 
Para sustentar e auxiliar o funcionamento dos neurônios, há 
as células glia, ou gliais, que constituem cerca da metade do volu-
me total do nosso encéfalo. 
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 
Lembre-se de que a transmissão dos estímulos recebidos é chamada de Po-
tencial de Ação (estudada na Unidade 1), e seu funcionamento e fases estão 
descritos no decorrer desta unidade.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada74
Nos animais vertebrados, o sistema nervoso pode ser sub-
dividido em duas partes básicas de acordo com critérios morfoló-
gicos: 
• central (SNC);
• periférico (SNP). 
O sistema nervoso periférico (SNP), por sua vez, está subdi-
vidido em:
• somático (SNS);
• autônomo (SNA), conforme a Figura 1. 
Quando a divisão do sistema nervoso é feita pelo critério 
funcional, ele é subdividido em:
• sistema nervoso somático (SNS), que faz a relação do or-
ganismo com o ambiente e suas variações; 
• sistema nervoso visceral (SNV), que faz a relação do meio 
interno e suas variações com o próprio organismo. Essa 
classificação pode ser observada na Figura 2.
SISTEMA NERVOSO 
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO SISTEMA NERVOSO VISCERAL 
AFERENTE – EFERENTE AFERENTE
EFERENTE- 
Sistema Nervoso 
Fonte: elaboradopelo próprio autor.
Figura 1 Divisão do sistema nervoso pelo critério funcional.
75
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
 SISTEMA NERVOSO 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
Autônomo 
Fonte: elaborado pelo próprio autor.
Figura 2 Divisão morfológica do sistema nervoso.
O sistema nervoso central (SNC) é formado pelo encéfalo, 
que é um tipo de massa nervosa localizada na caixa craniana, e 
pela medula espinhal, que é um filamento nervoso que se encon-
tra no interior do canal raquidiano da nossa coluna vertebral. 
O papel desse sistema é analisar as informações e armazená-
las em forma de memória, além de elaborar padrões de respostas 
ou respostas espontâneas. É importante lembrar que o encéfalo é 
formado basicamente pelas seguintes regiões: 
• cérebro;
• cerebelo; 
• ponte;
• bulbo.
Já o sistema nervoso periférico é constituído de uma rede de 
nervos espalhada ao longo de todo o nosso corpo, sendo respon-
sável pela interligação do sistema nervoso central (SNC) a todas 
as regiões do corpo; ele está localizado fora da caixa craniana e do 
canal vertebral. Observe as Figuras 3A e 3B: 
Vale salientar que utilizaremos a divisão morfológica neste Cader-
no de Referência de Conteúdo.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada76
Figura 3A Estruturas do encéfalo e medula. 
Figura 3B Sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso controla, então, diversas atividades do 
corpo por meio do controle da contração dos músculos esquelé-
ticos, da contração da musculatura lisa dos órgãos internos e da 
secreção das substâncias produzidas pelas glândulas endócrinas e 
exócrinas, que irão atuar em diversas partes do corpo. Essas fun-
ções são denominadas funções motoras do sistema nervoso, sen-
do as glândulas dos músculos chamadas de efetores, pois são as 
estruturas que efetivamente realizam as funções enviadas pelos 
impulsos nervosos.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Estudamos até aqui as funções e as divisões do nosso sistema nervoso; contu-
do, para compreendermos seu funcionamento, precisamos saber como ele está 
organizado. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A organização do sistema nervoso (SN) pode ser classificada, 
segundo os mesmos critérios citados anteriormente (morfológico 
e funcional), em três vias: 
77
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
1) vias aferentes: trazem as informações ao sistema nervo-
so central (SNC);
2) vias eferentes: são as vias que levam a resposta que foi 
elaborada pelo sistema nervoso central (SN) ao órgão 
efetuador da resposta, que pode ser um músculo ou 
uma glândula; 
3) vias de associação: além de analisar as informações, ar-
mazenam-nas sob a forma de memória para elaborar os 
padrões de respostas ou as respostas espontâneas. 
Nas vias de associação, quanto maior for o número de neu-
rônios, maior será o refinamento e, dessa forma, a precisão da res-
posta. 
Conhecendo a estrutura e a organização básica do nosso sis-
tema nervoso, podemos, agora, passar a estudar cada uma das 
suas divisões e como ocorre o processamento das informações. 
Vamos lá? 
6. O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O sistema nervoso central (SNC) possui três níveis principais 
com significado funcional: 
1) medula espinhal;
2) cerebral inferior;
3) cerebral superior ou cortical.
 Na medula espinhal, os sinais sensoriais são transmitidos 
pelos nervos espinhais para cada segmento da medula espinhal. 
Esses sinais podem causar respostas motoras localizadas tanto no 
segmento que originou a informação sensorial, como em segmen-
tos adjacentes. Assim, todas as respostas motoras da medula são 
automáticas e ocorrem quase que instantaneamente em resposta 
aos sinais sensoriais.
As atividades do organismo que são subconscientes são con-
troladas pelas áreas inferiores do encéfalo e do córtex cerebral in-
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada78
ferior: bulbo, ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo 
e gânglios da base. Portanto, as funções subconscientes, coorde-
nadas do corpo, como muitos dos próprios processos vitais, são 
controladas pelas regiões encefálicas inferiores. Como exemplo, 
podemos citar a pressão arterial, a respiração, a salivação, o equi-
líbrio, entre outros. 
No nível cerebral superior ou cortical, em que se localiza o 
córtex cerebral, está a região responsável, sobretudo, pelo arma-
zenamento de informações. Nesse local, fica armazenada a maior 
parte das lembranças passadas, com padrões de respostas moto-
ras, as quais funcionam conjuntamente com o cerebral inferior. 
Conforme explicado anteriormente, o sistema nervoso cen-
tral (SNC) é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, sen-
do constituído por células da glia, corpos celulares de neurônios 
e feixes de dendritos e axônios. Assim, a função do nosso sistema 
nervoso central é fazer a análise das informações e armazená-las 
(memória). Além disso, ele é responsável pela elaboração dos pa-
drões de respostas ou respostas espontâneas.
No encéfalo, temos os centros nervosos, que recebem as 
informações que chegam de diferentes partes do corpo. Nesses 
locais, as informações são integradas para que as respostas, gera-
das na forma de impulso nervoso, sejam propagadas às partes do 
corpo efetoras da resposta. Essa propagação ocorre pelas fibras 
motoras que estão presentes nos nervos cranianos e espinhais. 
Na sua parte mais externa, de cor cinza, temos, principal-
mente, corpos celulares de neurônios. Essa região é chamada cór-
tex cerebral, a qual possui mais de quarenta áreas distintas funcio-
nalmente, isto é, cada área controla uma atividade específica. Em 
contrapartida, a sua parte interna é composta mais pelas fibras 
nervosas (dendritos e axônios) e possui cor branca, provavelmente 
pela presença das bainhas de mielina. 
Com exceção das mensagens sensoriais dos receptores do 
olfato, todas as outras mensagens, antes de chegar ao córtex ce-
79
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
rebral, passam pelo tálamo. Basicamente, o tálamo poderia ser 
considerado como uma estação retransmissora, conduzindo os 
impulsos às regiões mais adequadas para serem processadas pelo 
cérebro. 
As atividades dos órgãos viscerais são integradas pelo hipo-
tálamo, que também é um dos principais responsáveis pela home-
ostase corporal. Ele é a ligação entre o sistema endócrino e ner-
voso, bem como ativa diversas glândulas endócrinas. Além disso, 
controla a temperatura do nosso corpo, regula o apetite, o balanço 
corporal da água e, também, está envolvido no comportamento 
sexual.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Homeostase corporal: é a condição de equilíbrio do meio interno em relação 
ao meio externo.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O mesencéfalo, a ponte e a medula oblonga (bulbo) formam 
o tronco encefálico, que liga o cérebro à medula espinhal, em que 
as informações são coordenadas e integradas. Várias atividades 
corporais também são controladas pelo tronco encefálico; por 
exemplo, certos reflexos são controlados pelo mesencéfalo, e o 
bulbo tem participação na coordenação dos movimentos corpo-
rais.
A manutenção do equilíbrio corporal é de responsabilidade 
do cerebelo e é devido a ele que ações complexas, como andar de 
bicicleta ou tocar violão, podem ser executadas. Isso ocorre devido 
às diferentes informações sensoriais (como posição articular e grau 
de estiramento muscular), auditivas e visuais que chegam ao cére-
bro. A elaboração de respostas simplificadas para certos estímulos 
é a função da medula espinhal. Essas respostas são chamadas de 
atos reflexos e é devido a eles que podemos reagir rapidamente 
em situações de perigo ou emergência. 
Assim como o tálamo, a medula espinhal também atua como 
um retransmissor de informações para o encéfalo. Essas respos-
tas passam pela medula até chegar aos seus destinos (órgãos efe-
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada80
tores). Externamente, a medula é branca e constituídapor tratos 
nervosos (feixes de fibras nervosas mielinizadas), que são os res-
ponsáveis por conduzir os impulsos de diferentes regiões da me-
dula para o encéfalo e vice-versa. 
Didaticamente, podemos dividir o sistema nervoso central 
(SNC) em três partes principais para facilitar sua compreensão: 
• Sistema nervoso sensorial. 
• Sistema motor.
• Sistema integrado. 
Devemos nos lembrar de que a maior parte das atividades 
do sistema nervoso (SN) se origina de experiências sensoriais (in-
formações-estímulos), como as visuais, as auditivas, as táteis, en-
tre outras. Essas experiências sensoriais podem originar reações 
imediatas ou serem armazenadas na memória por vários anos, 
dias ou semanas para auxiliar em uma escolha de ações corporais 
posteriores.
Nesse sentido, o sistema sensorial é aquele que transmite 
essas informações sensoriais, que podem vir de toda a superfície 
corporal, bem como das estruturas mais profundas, por meio dos 
nervos espinais e craniais. 
Assim, a informação é conduzida de uma forma sequencial 
para a medula espinhal, ocorrendo em todos os níveis; posterior-
mente, vai até as regiões basais do cérebro, incluindo bulbo e 
ponte, e, finalmente, chega às regiões superiores do cérebro, in-
cluindo o tálamo e o córtex cerebral. Os estímulos são conduzidos, 
secundariamente, a outras partes do sistema nervoso (SN) para 
dar início à análise e ao processamento da informação sensorial. 
Considerando que a função fundamental do sistema nervo-
so (SN) é controlar as atividades corporais, esse controle é feito 
por meio do sistema nervoso motor. Esse controle é obtido pela 
contração dos músculos esqueléticos e da musculatura lisa, bem 
como pelas secreções endócrinas e exócrinas em várias partes do 
81
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
corpo. Esse conjunto de processos é chamado de funções motoras 
do sistema nervoso, o qual é transmitido para os músculos pela 
placa motora. 
Nesse sistema, as respostas aos estímulos recebidos podem 
ter origem na área motora do córtex cerebral, sendo chamadas 
de movimentos controlados pelos processos de pensamento, bem 
como nas regiões basais do cérebro e na medula espinhal, sendo 
chamadas de respostas automáticas do corpo aos estímulos senso-
riais. Após a sua produção, as respostas são transmitidas pelos ner-
vos motores aos músculos, como você pode observar na Figura 4. 
A determinação das repostas mais apropriadas para cada 
informação recebida é a função mais importante do nosso siste-
ma nervoso e é feita pelo sistema integrado. Recebemos, a todo 
o tempo, diversas informações sensoriais e motoras que são des-
cartadas pelo nosso cérebro, por entendê-las como irrelevantes e 
sem importância, como, por exemplo: a pressão da cadeira sobre 
o nosso corpo, o contato da nossa pele com a nossa roupa. Dessa 
maneira, a nossa atenção pode ser direcionada para um objeto em 
um campo visual ou um ruído por exemplo. 
Quando uma informação sensorial importante excita a nossa 
mente, esta é rapidamente canalizada para regiões motoras e inte-
grativas adequadas do cérebro com o objetivo de gerar as respos-
tas desejadas. Esses processos de canalização e processamento 
das informações são chamados de funções integrativas do sistema 
nervoso (SN). Dessa forma, ao encostar a mão em algo quente, a 
resposta instantânea é retirar ou afastar a mão, podendo gerar ou-
tros movimentos associados a essa resposta, como mover o corpo 
para longe do local quente e, até, gritar de dor. 
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada82
Figura 4 Imagem ilustrativa das vias para a resposta motora.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Mais de 99% de toda a informação sensorial recebida é descartada.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
7. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
Neste tópico, vamos estudar o sistema nervoso periférico 
(SNP), que, segundo os critérios morfológicos, está dividido em:
• somático;
• autônomo.
Esse sistema é formado pelos gânglios nervosos, que são 
aglomerados de corpos celulares de neurônios e que estão fora 
sistema nervoso central (SNC), e pelos nervos, que são feixes de 
83
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
fibras nervosas cobertas de tecido conjuntivo, bem vascularizado, 
e cujas fibras podem ser axônios ou dendritos, que conduzirão os 
impulsos nervosos das diversas regiões do corpo ao sistema ner-
voso central e vice-versa. 
O sistema nervoso periférico somático, também chamado 
de voluntário, tem como principal função reagir a estímulos que 
chegam do ambiente externo. É formado por fibras motoras que 
irão conduzir os impulsos nervosos do sistema nervoso central 
(SNC) aos músculos esqueléticos. Esse sistema controla o múscu-
lo esquelético por meio de um único motoneurônio, cujo corpo 
celular se encontra nos núcleos motores da medula e do tronco 
encefálico.
O sistema nervoso autônomo, como sugere o seu nome, 
funciona de maneira autônoma, isto é, independentemente de 
nossa vontade. Sua função é regular o ambiente interno do corpo 
através do controle das atividades do sistema digestório, cardio-
vascular, excretor e endócrino.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante lembrar que o sistema nervoso autônomo (SNA) trabalha coope-
rativamente com o sistema endócrino sob a tutela do hipotálamo. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O sistema nervoso autônomo (SNA) possui fibras nervosas 
que levam os impulsos do sistema nervoso central (SNC) aos mús-
culos lisos das vísceras e à musculatura do coração. Essas fibras 
compõem uma via motora com dois neurônios, sendo um pré-gan-
glionar (cujo corpo se encontra no sistema nervoso central) e outro 
pós-ganglionar (cujo corpo se encontra em gânglios autônomos).
O corpo celular do neurônio pré-ganglionar localiza-se den-
tro do sistema nervoso central (SNC), e seu axônio vai até um 
gânglio, em que há a transmissão sináptica do impulso nervoso 
ao neurônio pós-ganglionar. Em contrapartida, o corpo celular do 
neurônio pós-ganglionar localiza-se no interior do gânglio nervoso 
e é seu axônio que conduz o estímulo até o órgão efetuador, que 
pode ser um músculo liso ou cardíaco.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada84
O sistema nervoso autônomo (SNA) está dividido em três 
partes:
1) dois ramos nervosos ao lado da coluna vertebral, forma-
dos por dilatações pequenas que são chamadas de gân-
glios, em um total de 23 pares;
2) conjunto de nervos que faz a ligação dos gânglios ner-
vosos aos diversos órgãos de nutrição, como coração, 
estômago e pulmões; 
3) conjunto de nervos que faz a ligação dos gânglios aos 
nervos raquidianos, chamados de comunicantes, o que 
permite que o sistema nervoso autônomo (SNA) não 
seja totalmente independente do sistema nervoso cefa-
lorraquidiano. Esse sistema é subdividido em simpático 
e parassimpático. 
Esses sistemas diferenciam-se entre si tanto pelas estrutu-
ras quanto pela função e levam os sinais eferentes aos diferentes 
órgãos. 
Com relação à localização, os neurônios pré-ganglionares pa-
rassimpáticos situam-se em núcleos motores do tronco encefálico 
e na medula sacral, nos segmentos de S2 a S4, na coluna inter-
médio-lateral; os gânglios autonômicos parassimpáticos situam-se 
muito próximo ou no próprio órgão efetuador. 
A maioria das fibras de origem bulbar está contida no nervo 
vago (originadas não só no seu núcleo dorsal, como também da 
formação reticular e do núcleo ambíguo) e, por meio delas, parte 
a grande maioria da inervação visceral torácica e abdominal. Os 
neurônios pré-ganglionares do núcleo dorsal possuem semelhan-
ças ao intermédio lateral da medula, mas os do núcleo ambíguo 
lembram os motoneurônios somáticos e são elas que inervam a 
musculatura branquiomérica da laringe, faringe e esôfago, como 
você pode observar na Figura 5A. 
A divisão colinérgica do parassimpático está associada com 
os aspectos vegetativos da vida diária, como a digestão, a absorção 
e a excreção.
85Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
Com relação ao sistema nervoso simpático, a sua principal 
formação anatômica é o tronco simpático, que é formado por uma 
cadeia de gânglios que são unidos por fibras interganglionares e 
estão distribuídos em ambos os lados da coluna vertebral, sendo 
chamados de gânglios paravertebrais. 
Outra cadeia simpática é a dos gânglios pré-vertebrais (gân-
glios celíacos, aórticos mesentérico), que se localizam na parte 
anterior da coluna vertebral e à aorta abdominal e cujas fibras 
pré-ganglionares dão origem aos nervos esplâncnicos (Figura 5B). 
Basicamente, as fibras nervosas do sistema nervoso autônomo 
(SNA) levam os impulsos do sistema nervoso central (SNC) à mus-
culatura lisa das vísceras e ao miocárdio (musculatura do coração), 
de acordo com o subsistema envolvido. Esse sistema é ativado 
principalmente pelos centros localizados na medula espinhal, no 
tronco cerebral e no hipotálamo, além de partes do córtex cere-
bral, especialmente o límbico, que pode transmitir os sinais para 
os centros inferiores, influenciando, assim, o controle autônomo. 
Fonte: acervo pessoal do autor.
Figura 5A Sistema nervoso parassimpático e seus gânglios. 
Figura 5B Sistema nervo simpático e seus gânglios.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada86
Uma diferença entre os nervos simpáticos e parassimpáti-
cos é a secreção de hormônios pelas fibras pós-ganglionares. Os 
neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático 
secretam acetilcolina e, por isso, são chamados de colinérgicos. 
Os do sistema nervoso simpático secretam principalmente nora-
drenalina e são chamados de neurônios adrenérgicos. Observe a 
Figura 6.
 
Figura 6 Ilustração dos tipos de neurônios e seus hormônios de acordo com o sistema.
As fibras do tipo adrenérgicas ligam o sistema nervoso cen-
tral à glândula suprarrenal, o que promove o aumento da secreção 
de adrenalina, que irá produzir a resposta de “luta ou fuga” em 
situações de estresse. A acetilcolina (ACh) e a noradrenalina (Nor) 
possuem a capacidade de excitar alguns órgãos e inibir outros, de 
maneira antagônica.
O sistema nervoso autônomo (SNA) funciona também por 
meio de reflexos viscerais, que ocorrem por meio da entrada dos 
sinais subconscientes de um órgão visceral nos gânglios autôno-
mos, no tronco cerebral ou no hipotálamo e, então, retornam ao 
órgão visceral como respostas reflexas subconscientes para con-
trolar as suas atividades.
87
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Segundo alguns autores afirmam, fisiologicamente, os sistemas simpáticos e pa-
rassimpáticos podem ser chamados de antagônicos para órgãos determinados, 
pois, na maioria dos casos, um mesmo órgão visceral possui as duas inervações. 
Contudo, a generalização dessa afirmação não pode ser feita, pois, em casos 
específicos, a ação resultante é similar para os dois sistemas.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
De um modo geral, as ações que mobilizam energia são esti-
muladas pelo Sistema Nervoso Simpático, o que permite ao nosso 
corpo responder a situações de estresse, como, por exemplo, ace-
leração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão sanguínea, 
aumento da glicemia e ativação do metabolismo geral do corpo. 
Dessa forma, esse sistema nos prepara para reagirmos aos estímu-
los de maneira mais rápida e efetiva. Em contrapartida, atividades 
relaxantes como a bradicardia (redução do ritmo cardíaco) e da 
pressão arterial são exemplos de efeitos estimulados pelo sistema 
nervoso autônomo (SNA) parassimpático. Acompanhe essa expli-
cação por meio da Figura 7.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Você sabia que, durante o exercício físico, o metabolismo aumentado nos mús-
culos promove a dilatação local dos vasos sanguíneos, o que melhora a sua oxi-
genação; simultaneamente, o sistema simpático promove vasoconstrição para a 
maioria das outras regiões do corpo, exceto no coração e no cérebro, que dará 
suporte à oxigenação muscular.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada88
Figura 7 Desenho esquemático mostrando de onde derivam os nervos que partem da 
medula e que regulam o sistema simpático e parassimpático.
8. SISTEMA NERVOSO SENSORIAL
No início desta unidade, vimos que o sistema nervoso central 
tem o papel de controlar as contrações musculares, os fenômenos 
viscerais e, até, a intensidade das secreções de algumas glândulas 
endócrinas. Vimos, também, que ele é dividido em três partes de 
acordo com a função exercida: sensorial;
• motor; 
• integrado.
89
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
 Neste tópico, vamos estudar as propriedades gerais dos 
receptores sensoriais para melhor entendermos os processos de 
estímulo-resposta do sistema nervoso central (SNC).
Vamos lá?
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 
Percepção é a capacidade de veicular os sentidos a outros aspectos da exis-
tência, como comportamento e pensamento. Por exemplo, o sentido da audição 
permite-nos detectar sons, mas é graças à capacidade de perceber os sons que 
podemos apreciar uma música ou compreender a linguagem.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A parte responsável pela análise dos estímulos internos e ex-
ternos ao organismo é o sistema nervoso sensorial. Essas informa-
ções são utilizadas para atender quatro funções: 
1) percepção e interpretação; 
2) controle do movimento;
3) regulação de funções de órgãos internos;
4) manutenção de consciência. 
O sistema nervoso sensorial (SNS) exerce a sua função de-
tectando aspectos do ambiente por meio de órgãos sensoriais 
específicos que serão processadas por vias neurais próprias. Esse 
controle ocorre por meio de um eixo somatossensorial do nosso 
sistema nervoso. 
Para que haja a elaboração das respostas, sejam elas moto-
ras ou não, os estímulos ambientais estão divididos em modalida-
des de sensações distintas, como, por exemplo, a visão, a audição, 
entre outros, e suas submodalidades, como intensidade, duração 
e localização. Isso permite uma diversidade de informações senso-
riais para ajudar na resposta do sistema nervo (SN). Além disso, o 
sistema nervoso sensorial (SNS) pode promover experiências sen-
soriais de maneira consciente ou inconsciente.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante saber que os neurônios sensoriais periféricos nos animais vertebra-
dos, quando estão associados aos receptores, têm seu corpo celular localizado 
nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais, além dos gânglios de al-
guns nervos cranianos. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada90
Sabe-se que um nervo periférico pode conter várias moda-
lidades de fibras sensoriais, que irão conduzir os seus respectivos 
impulsos gerados e decodificados pelos receptores periféricos. 
Lembre-se de que, no sistema nervoso central (SNC), os 
neurônios formam cadeias de neurônios, denominadas vias. A via 
aferente é aquela que traz as informações sensoriais para o siste-
ma nervoso central (SNC), e a via eferente é aquela que conduz os 
comandos motores para os órgãos efetuadores. 
A via aferente possui um receptor, que é uma terminação 
nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via; um trajeto pe-
riférico, que pode ser por nervo cranial ou espinhal e seu respecti-
vo gânglio sensitivo; um trajeto central, que são outros neurônios 
centrais que processam a informação e uma área de projeção cor-
tical, formada por neurônios corticais que irão interpretar a infor-
mação.
De acordo com o tipo de receptor, este está preparado para 
informar o sistema nervoso (SN) sobre os aspectos ou dimensões 
do meio ambiente; dessa forma, ele funciona como um filtro sen-
sorial, sendo muito sensível ao seu tipo de estímulo. Os fotorre-
ceptores, por exemplo, são sensíveis à luz (visível), e não a sons. 
Logo,dentro de cada modalidade, é possível diferenciar as diver-
sas qualidades.
O sistema nervoso sensorial (SNS) está organizado de acor-
do com os seguintes critérios: a categoria da sensibilidade, a ori-
gem do estímulo, a sensibilidade mediada e os tipos de receptores 
periféricos. Essa organização pode ser observada na Tabela 1.
Cada uma das modalidades sensoriais possui diferentes qua-
lidades; por exemplo, o sentido da visão possui as seguintes qua-
lidades: luminosidade, cores, entre outras; já a gustação possui as 
sensações de amargo, doce, salgado e ácido. Com essas diferentes 
qualidades, o sistema sensorial pode avaliar vários aspectos de 
uma mesma modalidade, para que, no cérebro, a percepção cons-
ciente e a interpretação das informações ocorram.
91
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
Com as diferentes informações sensoriais que são enviadas 
ao córtex sensorial, ocorre a constituição completa do meio am-
biente, como também se pode observar na Tabela 1. 
Tabela 1 Organização do sistema sensorial.
Categoria
da 
sensibilidade
Origem do 
estímulo
Organiz. 
geral
Sensibilidade 
mediada
Receptores 
periféricos
 calor e frio (terminações livres)
gerais dor (terminações livres)
exteroceptivas tato-pressão
(corpúsculos 
de Meissner; 
corpúsculos de 
Paccini; corpúsculos 
de Ruffini; Discos 
de Merkel; folículos 
pilosos)
SOMÁTICAS visão (retina)
audição (órgão de Corti)
especiais equilíbrio
(cristas ampulares e 
máculas utricular e 
sacular)
olfação (epitélio olfativo)
gustação (botões gustativos)
proprioceptivos gerais propriocepcão(cinestesia)
(fusos musculares; 
órgãos tendinosos de 
Golgi receptores das 
cápsulas articulares)
VISCERAIS interoceptivas sentido visceral
(pressorreceptores; 
osmorreceptores; 
quimiorreceptores, 
etc)
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal. 
Os sentidos ou modalidades, que são um grupo de impres-
sões sensoriais semelhantes e percebidas por um órgão sensorial 
específico, estão descritos na Tabela 2.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada92
Tabela 2 Modalidades sensoriais: estímulo, tipo de receptor e cé-
lula ou estrutura receptora.
Modalidade
Sensorial Estímulo Tipo de receptor Célula Receptora/ Estrutura 
VISÃO Luz Fotorreceptor Cones e bastonetes
AUDIÇÃO
Ondas de 
pressão 
sonora
Mecanorreceptor Células ciliadas da Cóclea
EQUILÍBRIO Movimento da cabeça Mecanorreceptor
Células ciliadas dos Canais 
Semicirculares, utrículo e 
sáculo
TATO Pressão Mecanorreceptor Corpúsculos de Pacini, Corpúsculos de Merkel etc.
TEMPERATURA Quantidade de calor Termorreceptor
Terminações livres dos 
neurônios aferentes
DOR
Estímulos 
intensos e 
substâncias 
químicas
Nociceptor Terminações livres dos neurônios aferentes
PALADAR Subst. químicas Quimiorreceptor Células dos botões gustativos
OLFATO
Subst. 
químicas 
voláteis 
Quimiorreceptor Células ciliadas do epitélio olfativo 
Fonte: acervo pessoal. 
Os sentidos podem também proporcionar outras informa-
ções sobre o ambiente, além das modalidades, como: 
• localização espacial da fonte do estímulo, como, por 
exemplo, saber de qual lado vem um som; 
• a intensidade, como, por exemplo, o brilho dos objetos;
• a duração do estímulo, isto é, quando ele inicia e quando 
ele cessa.
É importante saber, ainda, que os receptores sensoriais po-
dem converter os estímulos físicos e químicos que vêm do ambien-
te em impulsos elétricos, funcionando como um transdutor.
Os receptores sensoriais são classificados segundo três cri-
térios: 
93
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
• morfologia; 
• localização da fonte do estímulo; 
• estímulo apropriado.
De acordo com o critério morfológico, temos os receptores 
especiais, que se encontram associados a um neuroepitélio, que 
possui uma célula sensorial secundária associada a um neurônio 
sensorial primário (figura 8C), e fazem parte dos sentidos especiais 
localizados na cabeça (visão, gustação, olfação, audição e equilí-
brio); e os receptores gerais, que estão presente em todo o corpo, 
sobretudo na pele, são menos complexos na sua estrutura e po-
dem ser classificados em livres (Figura 8A) e encapsulados , como 
podemos observar na Figura 8. 
Fonte: acervo pessoal do autor.
Figura 8 Tipos de receptores sensoriais, onde A. Livre; B. Encapsulado; C. especiais.
Com relação à localização da fonte estimuladora, temos os 
exteroceptores que se localizam na superfície corporal e que são 
ativados pelos estímulos externos, como pressão, som, luz, entre 
outros; os proprioceptores, que se localizam nos tecidos mais pro-
fundos do nosso corpo, como músculo, tendões, cápsulas articu-
lares e ligamentos, sendo ativados por diversos estímulos mecâni-
cos; e os interoceptores ou visceroceptores, localizados nos vasos 
e órgãos cavitários do corpo, como o intestino. 
Portanto, com base nesse critério, pode-se concluir que os 
proprioceptores e os exteroceptores são responsáveis pelas sen-
sações somáticas, e os interoceptores, pelas sensações viscerais.
Por fim, segundo o critério do estímulo mais apropriado, são 
receptores que respondem a estímulos específicos, funcionando 
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada94
como um filtro seletivo e específico. Estes podem ser classificados 
em fotorreceptores, glicorreceptores, eletrorreceptores, entre ou-
tros.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Sensação é a capacidade dos animais de codificar certos aspectos da energia 
física e química do meio ambiente em impulsos nervosos.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9. FUNÇÕES MOTORAS DA MEDULA ESPINHAL: RE-
FLEXOS MEDULARES
A informação sensorial é integrada em todos os níveis do 
nosso sistema nervoso (SN), que, por sua vez, gera as respostas 
motoras mais adequadas que se iniciam na medula espinhal, a 
partir de reflexos relativamente simples, que irão estender-se para 
o tronco cerebral com respostas mais complexas para, finalmente, 
chegar ao prosencéfalo, em que as habilidades musculares com-
plexas são controladas.
O papel do encéfalo é importante, pois é ele que gera os pro-
gramas que controlam as atividades sequenciais da medula, que 
irá promover os movimentos mais finos quando necessário, como, 
por exemplo, a inclinação do corpo à frente durante a aceleração, 
quando mudamos o movimento de caminhada para corrida, o con-
trole do equilíbrio, entre muitos outros. 
Neste momento, discutiremos o controle medular da função 
muscular, pois, sem os circuitos neuronais especiais da medula es-
pinhal, até mesmo os sistemas de controle motor mais elaborados 
do encéfalo não gerariam movimento muscular intencional. 
Um bom exemplo disso é o movimento alternado das pernas 
ao andar, que não possui circuito neuronal no encéfalo, pois estes 
estão na medula. Nesse caso, o encéfalo somente envia sinais de 
comando para a medula dar início à marcha. Dessa forma, convi-
damos você a compreender como ocorrem os chamados reflexos 
medulares. Vamos lá?
95
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
A área integrativa da medula espinhal para os seus reflexos é 
a substância cinzenta da medula. Ela está organizada em estrutu-
ras que possuem funções específicas. Essas estruturas podem ser 
observadas na Figura 9.
Fonte: acervo pessoal do autor.
Figura 9 Organização da substância cinzenta da medula.
É por meio das raízes motoras sensoriais posteriores que os 
sinais sensoriais entram na medula quase exclusivamente.
Após sua entrada, cada sinal sensorial percorre por vias se-
paradas: 
• a primeira via é um ramo do nervo sensorial que termina 
quase imediatamente na substância cinzenta da medula e 
que irá provocar os reflexos espinhais segmentares locais 
e outros efeitos locais;
• a outra via transmite sinais para níveis superiores da me-
dula e para o tronco cerebral, ou mesmo para o córtex 
cerebral. 
Como você já pode notar, existem milhões de neurônios na 
substância cinzenta de cada um dos segmentos da medula espi-
nhal (no nível de cada nervoespinhal). 
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada96
Podemos destacar dois tipos: 
1) Um tipo são os neurônios motores anteriores, que são 
maiores que a maioria dos neurônios (50 a 100% maio-
res) e que se localizam em cada segmento dos cornos 
anteriores da substância cinzenta. Eles dão origem às 
fibras nervosas, que podem ser do tipo Aα ou Aγ, que 
saem da medula atravessando as raízes ventrais e iner-
vam diretamente as fibras musculares esqueléticas.
2) O outro tipo é chamado de interneurônio, que está pre-
sente em todas as áreas da substância cinzenta, desde 
os cornos dorsais até os anteriores. São mais numerosas 
que o outro tipo em aproximadamente 30 vezes; toda-
via, são pequenas, mas altamente excitáveis, exibindo 
frequentemente atividade espontânea e disparam os si-
nais em 1.500 vezes por segundo. 
Para que haja o controle da função muscular, não basta ape-
nas este ser excitado pelos neurônios motores anteriores da me-
dula; é preciso haver uma retroalimentação contínua das informa-
ções sensoriais, para indicar o estado funcional de cada músculo 
a cada instante. Por exemplo, deve-se informar qual é a tensão 
muscular se houve mudanças de velocidade de contração ou no 
seu comprimento.
Para fornecer tais informações sensoriais, os músculos e os 
tendões possuem receptores sensoriais especiais, os fusos muscu-
lares, que se distribuem no ventre muscular e mandam a informa-
ção sobre o comprimento ou a velocidade de mudança do compri-
mento para o sistema nervoso e o órgão tendinoso de Golgi, que 
se localizam nos tendões e informam sobre a tensão do tendão ou 
sobre a velocidade de alteração na tensão muscular.
Para exercer sua função plenamente, os fusos musculares são 
inervados por fibras sensoriais, que possuem dois tipos de receptores: 
• primários, que são também chamados de anuloespirais, 
que são fibras nervosas do tipo Ia e que transmitem o si-
nal sensorial à medula espinhal em uma velocidade de 70 
a 120 m/s;
97
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
• secundários, que é uma fibra nervosa sensorial menor, 
chamada de tipo 2 e envolve as fibras intrafusais em um 
dos lados ou em ambos.
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 
Todas as informações transmitidas pelos fusos musculares e pelos órgãos ten-
dinosos de Golgi são para o controle intrínseco do músculo; eles operam em um 
nível quase subconsciente.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Muitas das funções do sistema nervoso (SN) resultam de re-
flexos. Um reflexo é uma resposta motora que segue um estímulo 
sensorial por meio de um Arco Reflexo. Esse reflexo é composto 
por um receptor, uma rede nervosa de transmissão e um efetor.
Dos reflexos medulares, podemos destacar quatro tipos:
1) reflexo de estiramento muscular ou mioelétrico – ocor-
re pela manifestação mais simples do fuso muscular, isto 
é, sempre que um músculo é estendido com rapidez, 
ocorre a excitação dos fusos, que provoca uma contra-
ção reflexa das fibras musculares esqueléticas grandes 
(extrafusais) no mesmo músculo e nos músculos sinérgi-
cos com estreita relação.
 Um exemplo clássico desse tipo de reflexo é o patelar, pois, 
quando o martelo atinge o tendão do músculo quadríceps, causa 
um estiramento passivo. O resultado obtido é uma contração re-
flexa (extensão da perna), como você pode observar na Figura 10.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada98
Figura 10 Exemplo de reflexo de estiramento.
Nesse caso, houve o estímulo direto aos neurônios motores 
extensores após a detecção do aumento de comprimento muscu-
lar pelo fuso.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A ação da gravidade sobre o nosso corpo promove o estiramento constante dos 
fusos, mesmo o músculo estando em repouso. A contração reflexa promovida por 
esse estiramento é chamada de tônus muscular de repouso.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
2) Reflexo mioelétrico inverso – quando ocorre variação 
na tensão muscular, o Órgão Tendinoso de Golgi detecta 
e envia estímulos à medula pelas fibras IB, excitando as 
fibras alfa e provocando o relaxamento da musculatura 
agonista e a contração da antagonista. 
99
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
A função desse reflexo é proteger o músculo contra uma 
contração excessiva, além de controlar o nível de excitação dos 
motoneurônios.
3) Reflexo de flexão e de retirada – esse reflexo é comu-
mente provocado por uma estimulação das terminações 
para dor; por isso, é também conhecido como nocicepti-
vo ou reflexo à dor. 
Esse reflexo ocorre quando partes do corpo, exceto os mem-
bros, são estimuladas dolorosamente; nesse caso, as fibras aferen-
tes nociceptivas, por meio da ação de um interneurônio excitatório, 
estimulam os neurônios motores flexores, causando a contração 
dos músculos flexores do membro afetado do mesmo lado. 
Assim, quando colocamos a mão em algo quente, a resposta 
produzida é a retirada da mão desse local com a flexão do braço; 
da mesma forma, ao pisarmos em algo, como pedra ou outro obje-
to, há a flexão do quadril, para que o contato do pé ao objeto seja 
desfeito. Veja esse último exemplo na Figura 11: 
Figura 11 Exemplo de reflexo de retirada.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada100
4) Reflexo de extensão cruzada – esse reflexo ocorre cerca 
de 0,2 a 0,5 segundos após um estímulo provocar um re-
flexo flexor em um membro, promovendo a extensão do 
membro oposto. Essa extensão pode empurrar o corpo 
para longe da causa do estímulo de dor (Figura 12). 
Figura 12 Reflexo de extensão cruzada.
10. FADIGA SINÁPTICA
 As sinapses, muitas vezes, fadigam-se, o que não acontece 
com as fibras nervosas. Algumas sinapses fadigam-se mais rapida-
mente do que outras, e, se isso não ocorresse, um indivíduo nunca 
poderia deter um pensamento, uma atividade muscular rítmica ou 
qualquer outra atividade rítmica prolongada do sistema nervoso 
(SN). Dessa forma, a fadiga da sinapse é o meio pelo qual o sistema 
nervoso (SN) permite que uma reação nervosa desapareça para 
dar lugar a outras. 
101
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
Assim, a fadiga é uma característica importante da função 
sináptica, pois, por meio dela, o excesso de excitabilidade do cére-
bro durante uma convulsão epitética pode ser finalmente supera-
do para que cesse, por exemplo.
Esse mecanismo funciona, principalmente, pela exaustão to-
tal ou parcial dos estoques de substâncias transmissoras nos termi-
nais pré-sinápticos. Outros mecanismos que levam à fadiga são: 
• progressiva inativação de muitos dos receptores de mem-
brana pós-sinápticos; 
• lento desenvolvimento de anormalidades na concentra-
ção de íons dentro da célula neuronal pós-sináptica. 
Os fatores que afetam as transmissões sinápticas, como 
anestésicos e a acidose metabólica, deprimem a transmissão si-
náptica; já a cafeína e a alcalose metabólica facilitam a transmis-
são sináptica.
11. POOL NEURONAL
Os pools neuronais são acumulações de neurônios nas dife-
rentes partes do sistema nervoso (SN). Cada pool tem um padrão 
de organização e que o difere dos outros; dessa forma, executam 
funções específicas.
Um pool neuronal é composto de milhares a milhões de cor-
pos celulares neuronais. Nessas organizações, formam-se as zonas 
de descarga, que são os locais onde ocorrem os potenciais de ação, 
pois os neurônios localizados no centro dessa formação estão su-
pridos com terminais pré-sinápticos em número suficiente e com 
as zonas de facilitação, em que não se forma o potencial de ação, 
mas a descarga é suficiente para determinar a facilitação.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada102
12. CIRCUITOS DIVERGENTES, CONVERGENTES E RE-
PETIDORES
O processo de transmissão e processamento dos sinais neu-
ronais, sejam eles inibitórios, sejam excitatórios, possuem uma es-
trutura organizacional muito complexa e diversificada, que permi-
te que cada grupamento nervoso exerça plenamente seu papel e, 
consequentemente,o sistema nervoso (SN) funcione bem.
Mesmo sendo diferentes em muitos aspectos, os grupamen-
tos neuronais possuem princípios de funcionamento semelhan-
tes, chamados de circuitos. Esses circuitos podem ser divergentes, 
convergentes e repetidores. Basicamente, esses circuitos permi-
tem que os sinais que entram em um grupamento nervoso sejam 
amplificados, concentrados ou repetidos. 
Os circuitos do tipo divergentes são classificados em dois ti-
pos: 
• amplificação;
• divergente. 
No circuito de amplificação, um estímulo aferente de uma 
única fibra nervosa determina um estímulo eferente de muitas fi-
bras, como, por exemplo, o controle dos músculos esqueléticos. 
Dessa forma, nesse tipo de circuito, uma única fibra aferente esti-
mula progressivamente mais e mais fibras à medida que percorre 
uma via.
Os circuitos divergentes permitem que os estímulos de vias 
aferentes sejam transmitidos em vias separadas, o que permite 
que a mesma informação seja enviada em diferentes direções ao 
mesmo tempo. Um exemplo é um membro do corpo movimen-
tando-se. Nesse caso, as informações sensoriais das articulações 
e dos músculos gerados pelo movimento são transmitidas da se-
guinte forma: por meio dos pools neuronais, iniciando pelos da 
medula, indo para os do cerebelo, tálamo, e chegando aos pools 
do córtex cerebral.
103
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
Nos circuitos convergentes, os sinais de múltiplas entradas 
são reunidos para excitar um único neurônio. Além disso, essa 
convergência pode ser de uma mesma fonte, que vai determinar 
uma forte estimulação, ou de fontes múltiplas, para produzir um 
mesmo efeito. 
Como você pode notar, vimos duas características opostas 
dos circuitos neuronais: uma capaz de amplificar, isto é, reproduzir 
o sinal do estímulo, e outro capaz de reunir os sinais para promo-
ver um mesmo efeito.
Além dos circuitos do tipo divergente e convergente, temos 
um outro tipo de circuito que possui uma característica singular, 
que é repetir o sinal dentro da via, chamado de repetidores. Esse 
circuito pode ser subdividido em reverberante, quando um estí-
mulo aferente estimula o primeiro neurônio, que estimula o se-
gundo e, depois, o terceiro. As ramificações fazem esse estímulo 
retornar ao primeiro neurônio, estimulando-o novamente. Com 
isso, os estímulos ficam dando voltas no circuito até que um dos 
neurônios pare de disparar o sinal, o que ocorre provavelmente 
por fadiga. Esse tipo de circuito é a base de inúmeras atividades do 
sistema nervoso central (SNC), como, por exemplo, as atividades 
musculares rítmicas.
O outro tipo de circuito repetidor é o paralelo, em que um 
único estímulo aferente estimula uma sequência de neurônios que 
estão em fibras nervosas separadas diretamente de uma célula 
eferente comum. Devido a uma demora de milissegundos, cada 
vez que um estímulo cruza uma sinapse, o estímulo do primeiro 
neurônio chega à célula eferente à frente do segundo nesse inter-
valo de tempo, e os próximos estímulos continuam a chegar nesses 
pequenos intervalos de tempo até que todos os neurônios tenham 
sido estimulados. Na ausência de sistema de realimentação no cir-
cuito, a repetição cessará inteiramente.
Observe, na Figura 13, as ilustrações desses circuitos, em 
que A representa um circuito convergente, B um divergente, C um 
reverberante, e D um paralelo.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada104
Figura 13 Ilustração de circuitos neuronais. 
13. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar 
as questões a seguir, que tratam da temática desenvolvida nesta 
unidade, ou seja, compreender os processos pelos quais o sistema 
nervoso processa os estímulos e gera as respostas necessárias.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em 
responder a essas questões, procure revisar os conteúdos estuda-
dos para sanar as suas dúvidas. Esse é o momento ideal para que 
você faça uma revisão desta unidade. Lembre-se de que, na Edu-
cação a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma 
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas desco-
bertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu 
desempenho no estudo desta unidade:
105
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Sistema Nervoso 
1) Nesta unidade, observamos vários aspectos do sistema 
nervoso (SN); desta forma discorra sobre a importância 
desse sistema para a evolução do homem. 
2) Como o sistema nervoso é dividido?
3) Quais são os principais tipos de receptores sensoriais?
4) Por que a fadiga sináptica é importante?
14. CONSIDERAÇÕES 
Chegamos ao final de Unidade 2, em que você teve a opor-
tunidade de compreender o funcionamento do sistema nervoso, 
bem como analisar como ele está organizado e quais são as estru-
turas que o compõem. Além disso, você pôde entender a impor-
tância que esse sistema tem para o controle da homeostase do 
nosso organismo e para elaborar as respostas de acordo com os 
estímulos ambientais. 
Na próxima unidade, você será convidado a estudar a fisiolo-
gia muscular e as estruturas desse sistema.
Até lá!
15. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 3A – Imagem ilustrativa do encéfalo. Disponível em <http://www.
portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-nervoso/encefalo.php>. Acesso 
em: 15 jul. 2010.
Figura 3B – Ilustração do sistema nervoso periférico. Disponível em: <www.portalimpacto.
com.br/docs/00000AlcantaraF4Aula15.pdf>. Acesso em: 13 maio 2010.
Figura 4 – Imagem ilustrativa das vias para a resposta motora. Disponível em: <http://
mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_06/cap_070.html>. Acesso 
em: 13 maio 2010.
Figura 6 – Ilustração dos tipos de neurônios e seus hormônios de acordo com o sistema. 
Disponível em: <www.ibb.unesp.br/departamentos/Fisiologia/.../12_sistema_nervoso_
autonomo.pdf>. Acesso em: 13 maio 2010.
© Fisiologia Humana Geral e Aplicada106
Figura 7 – Desenho esquemático mostrando de onde derivam os nervos que partem da 
medula e que regulam o sistema simpático e parassimpático. Disponível em: <http://
www.blackwellpublishing.com/matthews/>. Acesso em: 13 maio 2010.
Figura 10 – Exemplo de reflexo de estiramento. Disponível em: <www.ibb.unesp.
br/.../13_controle_motricidade_medula.ppt>. Acesso em: 13 maio 2010.
Figura 11 – Exemplo de reflexo de retirada. Disponível em: <www.ibb.unesp.br/.../13_
controle_motricidade_medula.ppt>. Acesso em: 13 maio 2010.
Figura 12 – Reflexo de extensão cruzada. Disponível em: <http://www.blackwellpublishing.
com/matthews/>. Acesso em: 13 de maio de 2010.
Figura 13 – Ilustração de circuitos neuronais. Disponível em: <http://www.uff.br/
fisiovet/Conteudos/sistema_nervoso.htm#circuitos>. Acesso em: 13 maio 2010.
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AIRES, M. M. et al. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
BERNE, R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. Tradução de Barbara de Alencar 
Martins. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
SCHIMIDT, R. F. (Org.). Neurofisiologia. Tradução de José Franco Altenfelder Silva. São 
Paulo: EPU, 1979.

Continue navegando