Buscar

Aula 4 - Princípios da Anestesia

Prévia do material em texto

Carla Bertelli – 5° Período 
Princípios da Anestesia Princípios da Anestesia
Anestesia Geral 
Técnica anestésica que visa deixar o paciente 
desacordado, inconsciente, imóvel e sem sensibilidade 
dolorosa durante o procedimento, um ‘’coma induzido’’, 
é reversível Administração de fármacos específicos 
Indicado, principalmente, quando não é possível 
anestesiar, por outros meios, apenas a área que será 
abordado 
 
Tipos de Anestesia 
• Inalatória – ganes anestésicos 
• Endovenoso – via endovenosa, despertar gradual e 
mais tranquilo o pós operatório 
• Balanceada – utiliza os dois 
 
Principais Medicações Anestésicas 
Hipnóticos – Causam inconsciência e amnésia, 
redução da ansiedade, sonolência. (ex:benzodiazepínicos 
- midazolam), propofol 
Opioides – Analgesia e bloqueio dos reflexos 
autonômicos (morfina, fentanil) 
Bloqueadores Neuromusculares – 
Relaxamento muscular e imobilidade (necessidade de 
ventilação mecânica); incluem Rocurônio, Atracúrio, 
Succnilcolina) 
Bloqueios Regionais Associados – Anestésicos 
Locais. 
Fármacos de Controle e Suporte - Medicações 
para estabilização da PA, FC e tratamento de 
intercorrências 
Inalatórios – Halotano, Isoflurano 
 
Fases da Anestesia 
1. Fase Pré-Anestésica – Deixar o paciente mais 
tranquilo e relaxado para o procedimento. 
Medicações ansiolíticas de curta duração para que o 
paciente obtenha um grau leve de sedação (antes 
de ir para a cirurgia) 
 
2. Fase de Indução – Uso de anestésicos via 
endovenosa ou inalatórios, visando perda de 
consciência, ‘’coma induzido’’ 
 
3. Fase de Manutenção – Manutenção do ‘’coma 
induzido’’, de forma controlada, conforme 
necessidade do procedimento, estabilizando 
possíveis variações hemodinâmicas do paciente 
 
4. Fase de Recuperação – Interrupção das 
medicações, conforme aproxima-se o final do 
procedimento, para que haja o despertar tranquilo 
do paciente 
 
Efeitos Colaterais 
• Náuseas e vômitos 
• Tremores 
• Dor Muscular 
• Tonturas 
• Sensação de Boca Seca 
• Dor na Garganta/Rouquidão – associada à intubação 
 
Principais Complicações 
Conjunto de fatores da interação do fármaco + paciente 
+ procedimento 
Mais comum em pacientes com comorbidades (doenças 
cardiovasculares, pulmonares, idade avançada) 
• Aspiração Pulmonar 
• Broncoespasmo ou Laringoespasmo 
• Edema Agudo de Pulmão 
• Arritmias Cardíacas – PCR 
• Alergia a medicação 
• Delirium 
• Consciência intraoperatória acidental 
• Hipertermia Maligna 
 
 
Carla Bertelli – 5° Período 
Anestésicos Locais 
Substâncias que em contato com as fibras nervosas 
causam a perda da sensibilidade dessas fibras, 
interrompem o desenvolvimento e a progressão do 
impulso nervoso 
Bloqueia primeiro as fibras de menores calibre 
Porém, volta primeiro a sensibilidade das fibras de maior 
calibre 
• Aumento da temperatura e vasodilatação da pele 
• Comprometimento das fibras sensitivas, gerando 
analgesia 
• Paralisia Motora 
• Perda da Propriocepção 
 
Ações Sistêmicas 
Quando atinge a circulação sistêmicas, espera-se de 
efeitos colaterais toxicidade 
SNC – Sedação, sonolência, crise convulsiva 
Aparelho Cardiovascular – Deprimem a contratilidade e 
excitabilidade do miocárdio, reduzindo FC. Podem ser 
usadas como drogas arrítmicas, efeito vasodilatador, 
quando não associado a vasoconstritores 
Aparelho Respiratório – Efeito Antitussígeno, Depressor 
respiratório em altas doses, podendo gerar 
hipóxia/parada 
Útero – Estimula contrações uterinas 
Metabolismo – Aumento da metabolização hepática e 
plasmática 
 
Principais Anestésicos Locais 
Procaína – Absorção insignificante nas mucosas, não 
devendo ser utilizados em anestesias tópicas 
• Dose de segurança (máxima): 7-10mg/kg 
• Soluções de 0,5% a 2% 
Tetracaína – Grande penetração em mucosas, 
utilizada em forma tópica, spray e colírio. Potência e 
toxicidade mais elevadas 
• Dose de 1,4mg/kg 
• Soluções de 0,15% 
• Baixa margem de segurança 
Lidocaína ou Xilocaína 
Um dos anestésicos mais utilizados, devido baixa toxidade, 
intensa atividade bloqueadores e ausência de irritação 
tecidual, seu efeito se inicia rápido e termina mais rápido 
• Droga antiarrítmica em doses maiores (10 – 100mg) 
• Concentrações de 0,5% a 5% 
• 
Bupivacaína ou Marcaína 
Anestesia de maior duração (4 a 6 horas), não ultrapassa 
a barreira placentária, podendo ser usada em gestantes 
(anestésicos locais podem ter efeito depressor no feto) 
• Concentrações de 0,25% a 0,75% 
• 
 
Toxidade 
Reações Alérgicas são raras 
Absorção local é proporcional a vascularização dos 
tecidos 
• Reduz absorção sistêmica/diminui toxidade 
• Prolonga efeito anestésico local/retarda a 
absorção 
• Diminui o sangramento local 
• Não pode ser utilizado em cartilagens e 
extremidades (risco de necrose isquêmica) 
Dosagem deve ser reduzida em pacientes em mau 
estado geral ou insuficiência hepática 
 
Sintomas de Intoxicação 
Sintomas podem variar de leve até a convulsões e PCR 
• Sonolência 
• Sensação de Frio 
• Opressão Torácica 
• Distúrbios auditivos ou visuais 
• Dormência ou formigamento nos lábios e na língua 
• Agitação psicomotora/tremores de extremidades 
• Gosto Metálico na Boca 
• Convulsões geralmente iniciam nos músculos da face 
• Depressão Respiratória 
• PCR 
Carla Bertelli – 5° Período 
Efeitos Colaterais dos Vasoconstritores 
(Adrenalina) 
• Aumento da PA 
• Palidez 
• Sudorese 
• Aseidade 
• Mal Estar Geral 
Deve ser utilizado com cautela em pacientes com HAS, 
hipertireoidismo, cardiopatas, portadores de 
feocromocitoma 
 
 
Prevenção e Tratamento da Intoxicação 
Monitorizar o paciente sempre que possível 
Selecionar o anestésico e a respectiva dose a ser 
utilizada, cuidando o volume, concentração e na presença 
de vasoconstritor – sempre olhar o rótulo 
Ajustar a dose de acordo com a idade, peso e condições 
físicas do paciente 
ê antes de injetar o anestésico, 
prevenindo a introdução direta na corrente sanguínea 
→ →
á
Suspender o procedimento se o paciente apresentar 
sinais premonitórios de superdosagem ou toxidade 
Sempre ir pedindo e conversando com o paciente 
durante a anestesia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios de Analgesia Pós-
Operatória 
Conceito de ‘’Premptive analgesia’’ – O controle da dor 
pós operatório se inicia no pré-operatório, induzindo um 
estado de analgesia antes do trauma cirúrgico 
Podem ser incluídos neste conceito: anestésicos locais, 
bloqueios regionais, opioides, AINEs, agonistas alfa-
adrenérgicos 
Estudos clínicos demonstram redução nas 
concentrações de drogas utilizadas no pós operatório em 
pacientes que receberam analgesia antes do ato 
operatório 
 
Tratamento da Dor Pós-Operatória 
Opioides – Analgesia significativa, porém grande 
variação individual na intensidade de ação. 
Morfina, Meperidina, Tramadol e Codeína 
Podem causar náuseas e vômitos, estase gástrica, 
constipação, retenção urinária, depressão do reflexo da 
tosse e depressão respiratória 
Sedação de euforia e sensação de bem-estar, risco de 
dependência 
 
Cloridrato de Nalbufina (Naubain) – 
Analgésico de médica intensidade, início de ação rápido, 
menor risco de depressão respiratória, efeitos colaterais 
incluem sedação, sudorese e cefaleia, meia vida curta 
 
AINEs – Cetoprofeno IV ou IM, analgésico de menor 
intensidade, o mais indicado no pós operatório, alteração 
da função renal em pacientes predispostos (pode levar 
a IR), aumento das enzimas hepáticas e sensibilidade 
gástrica.

Continue navegando