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MODALIDADES DE ANESTESIA

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Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição de anestesia 
É a técnica utilizada para permitir que o paciente receba o 
tratamento cirúrgico sem sofrimento e sem risco, e que o 
cirurgião possa realizar o trabalho e maneira confortável; 
 
Objetivo do ato anestésico 
§ Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante a 
cirurgia, mantendo - o consciente ou não; 
§ Promover relaxamento muscular; 
§ Proporcionar condições ideais para que o cirurgião 
possa atuar da melhor maneira; 
 
Qual tipo de anestesia escolher? 
§ Doenças coexistentes e sua gravidade; 
§ Tipo, duração e abordagem; 
§ Disponibilidade técnica (materiais, equipamentos e 
fármacos); 
§ Preferência do paciente por determinada técnica ou até 
mesmo sua recusa; 
§ Topografia do procedimento e posição do paciente 
durante a cirurgia; 
§ Condições do paciente na recuperação pós-operatória; 
§ Necessidade de técnica anestésica adjuvante; 
 
Anestesia loco-regional 
Anestésicos locais 
São substâncias que, em contato com a fibra nervosa, 
interrompem transitoriamente o desenvolvimento e a 
progressão do impulso nervoso; 
§ As fibras não mielinizadas são mais fáceis de serem 
anestesiadas. As fibras de dor são desse tipo. Já as 
motoras são mielinizadas. E é por isso que, às vezes, o 
paciente é anestesiado, não sente dor, mas mexe o 
local. 
§ O anestésico inibe todos os tecidos excitáveis, como o 
tecido nervoso do SNC e o tecido cardíaco; 
§ Com exceção da ropivacaína, todos os anestésicos 
locais causam vasodilatação por relaxamento da 
musculatura lisa. 
§ Sequência de bloqueio: 
× Autonômica; 
× Sensibilidade térmica; 
× Sensibilidade dolorosa; 
× Tátil 
× Pressão; 
× Vibração; 
× Proprioceptivas; 
× Motoras; 
 
 
 
§ Ocupam os poros de troca iônica que permitiriam a 
despolarização por potencial de ação; 
§ Geralmente, os anestésicos não bloqueiam totalmente 
o influxo de sódio. Eles bloqueiam parcialmente, 
reduzindo o pico da PA. 
 
Farmacocinética 
Dose total: os níveis plasmáticos alcançados são maiores 
para a administração intercostal, caudal, peridural e plexo 
braquial, nesta ordem; 
 
Fatores físico-químicos 
1. Grau de ionização → correlação entre o pH do meio e o 
pKa (pH no qual 50% da substância se encontra na 
forma ionizada) do anestésico local, determina a 
proporção de moléculas polares e apolares, estas 
últimas favorecendo a absorção; 
2. Lipossolublidade: favorecendo a absorção pela 
passagem através das membranas e reduzindo-a pelo 
maior depósito local dos anestésicos no tecido 
gorduroso subjacente à área de injeção; 
3. Ligação as proteínas; 
4. Tamanho das moléculas; 
 
Ações gerais: 
§ SNC: se atingido, sedação e sonolência; 
§ Cardiovascular: vasoconstricção e depressão 
miocárdica (EV antiarrítmicos); 
§ Respiratório: antitussígeno, altas doses deprimem o 
bulbo; 
§ Útero: lidocaína estimula a contração uterina, 
bupivacaína não interfere; 
§ Metabolismo: 
1. Ésteres: hepática e plasmática; 
2. Amidas: hepática; 
 
O anestésico típico tem de ter um anel benzeno (necessário 
para ultrapassar a membrana celular), a cadeia 
intermediária (amina ou amida) e um grupo hidrofílico. 
 
Principais aminoésteres 
Procaína (Novocaína) 
§ 4 vezes menos tóxica que a cocaína; 
§ Dose máxima: 10 mg/kg ou 7 mg/kg sem vasoconstrictor; 
§ Baixo poder de penetração em mucosas; 
§ Indicação para anestesia local; 
§ Injeção venosa lenta para: 
× Analgesia em queimaduras extensas; 
× Vasodilatação em espasmos vasculares periféricos; 
× Antipuruginoso; 
anestesia 
modalidades 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica I 
 
Tetracaína (Pontocaína) 
§ Ester de maior potência e toxicidade; 
§ Excelente penetração mucosa; 
§ Dose máxima: 1,4 mg/kg; 
§ Pequena margem de segurança; 
 
Principais amidas: 
Eidocaína (Duranest) 
§ Efeito duradouroo, curto tempo de latência; 
§ Baixa transmissão placentária por avidez intensa às 
proteínas do sangue materno; 
§ Dose máxima: 2mg/kg 
 
Bupivacaína (Marcaína) 
§ Longa duração, tempo de latência longo; 
§ Não atravessa a barreira hematoplacentária – 
preferência obstétrica; 
§ Muito lipossolúvel, portanto, dilui no tecido subcutâneo e 
fica pouco disponível na circulação; 
§ Dose máxima: 2 mg/kg 
 
Ropivacaína (Naropin) 
§ Menor cardiotoxicidade 
§ Início de ação 1 a 15 min; 
§ Duração 2-6 h; 
§ Dose máxima: 2-5 mg/kg; 
§ Assim como a cocaína, causa vasoconstrição, portanto 
não há benefício em associar epinefrina; 
 
Lidocaína (Xilocaína) 
§ Baixa toxicidade, curto tempo de latência, grande 
difusibilidade, intensa atividade bloqueadora e 
ausência de irritação dos tecidos; 
§ EV- antiarrítmico – 10 a 100mg EV dose única; 
§ Dose máxima: o 7mg/kg sem vasoconstrictor; o 10mg/kg 
com vasoconstrictor; (1:200.000); 
§ Latência: 1-5 minutos; 
§ Ação: 1-2 h 
 
Principais quinolonas – pomadas 
1. Dibucaína 
2. Nupercaína; 
 
Reações tóxicas aos ALs 
§ Reacoes alérgicas raras; 
§ Depressão das fibras inibitória – sintomas iniciais de 
estimulação – contrações musculares, convulsões; 
§ Paralisia a seguir; 
§ Depressão miocárdica; 
§ Depressão respiratória com hipóxia; 
 
Cuidados 
§ Conhecer características do anestésico; 
§ Respeitar as doses; 
§ Saber a concentração dos fármacos nos tecidos; 
§ Condições do paciente; 
§ Gravidez; 
§ Levar em consideração: 
× Extremos de idade e peso (dose / kg); 
× Gestantes: Bupivacaina; Dutivacaína; 
× Velocidade da injeção; 
 
Toxicidade 
 
 
Absorção 
§ Absorção proporcional à vascularização dos tecidos; 
§ Mucosas têm elevada capacidade de absorção, mas 
medicamentos tópicos são mais concentrados; 
*Injeções nas áreas onde estão as fibras que desejamos 
anestesiar; 
*A aplicação tópica é mais aconselhada nas mucosas; 
 
 
 
Vasoconstrictor 
§ Adrenalina 1;200.000 (mais utilizado); 
§ Retarda absorção; 
§ Prolonga analgesia; 
§ Reduz possibilidade de intoxicação; 
§ Cuidado: Risco de necrose isquêmica por 
vasoconstrição de extremidades; 
§ Contraindicações: HAS grave; Hipertireoidismo; 
Cardiopatia grave; Arteriosclerose avançada; 
 
 
Prevenção da intoxicação 
§ Monitorizar o paciente; 
§ Sedar o paciente; 
§ Selecionar o aneste1sico e respectiva dose; 
§ Ajustar a dose de acordo com as características do 
paciente; 
§ Aspirar com o êmbolo da seringa antes de injetar para 
evitar sua introdução na corrente sanguínea; 
§ Suspender a injeção se o paciente apresentar sinais 
premonitórios de superdosagem 
 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica I 
Sinais de intoxicação 
§ Sonolência; 
§ Sensação de frio; 
§ Opressão torácica; 
§ Distúrbios auditivos; 
§ Cefaleia; 
§ Insensibilidade nos lábios ou na língua; 
§ Disartria; 
§ Tremores; 
§ Alteração do comportamento; 
Tratamento 
Inicial: Sedar o paciente com benzodiazepínico EV → 
Administrar oxigênio; 
Convulsões: BDZ; relaxante muscular despolarizante; IOT; 
 
Meios de administração 
 
 
 
Anestesia de contato ou superfície 
§ Mucosas; 
§ Zonas de alta vascularização e necessidade de 
penetração mínima; 
Anestesia local: 
§ infiltração no subcutâneo da área que se quer 
anestesiar; 
§ Para procedimentos cirúrgicos pequenos, curtos, cuja 
posição o paciente tolere; 
§ Pode ser utilizada como forma de otimizar a analgesia 
pós operatória; 
§ Pode ser associada com sedação; 
Anestesia troncular ou plexular; 
 
Anestesia infiltrativa: 
§ Infiltração de anestésico sob a lesão; 
 
 
Anestesia regional intravenosa 
§ Bloqueio de campo: 
Infiltração sob a lesão em área delimitada; 
Segue a zona de ramificação dos nervos; 
§ Bloqueio do neuroeixo: 
Raquiasnestesia; 
Anestesia peridural; 
 
Anestesia troncular 
Constitui-se na administração do soluço de anestésico local 
na proximidade de um nervo, acarretando cessação da 
condução dos impulsos nervosos que por ele trafegam, 
propiciando anestesia e/ou bloqueio motor da área por ele 
inervada; 
§ A localização dos nervos a serem bloqueados é 
conseguida por referências anatômicas específicaspara realização técnica de cada bloqueio, 
complementadas por sinal da perda de resistência, 
pesquisa de parestesia ou pesquisa de contração 
muscular (Ex: bloqueio dos dedos) 
§ Evitar vasoconstritor; 
§ Infiltrar o subcutâneo dos dedos em ambos os lados da 
base do dedo, em forma de anel; 
§ Ramos dorsais e ventrais; 
 
Indicações 
Cada tronco bloqueado tem sua indicação conforme 
localização e zona de inervação; 
Contraindicações 
Absolutas: recusa do paciente, infecção no local de punção, 
alergia ao anestésico local a ser utilizado e coagulopatias; 
Relativas: lesão neurológica previa, sepse e uso de 
anticoagulantes; 
 
Anestesia plexular 
É o bloqueio de um tronco venoso proximal, de onde se origina 
os demais ramos nervosos do mesmo membro, pela 
administração de anestésico local no estojo anatômico que 
contém o plexo nervoso de interesse 
 
São três os troncos nervosos de interesse: 
§ Plexo braquial (C5 a T1); 
× Bloqueio: 1. Via supra clavicular: 
× Bloqueio na sua passagem pela 1 costela; 
× Reparos: clavícula, primeira costela e escaleno 
anterior; 
× Parestesia distal confirma a posição; 
× Risco: pneumotórax e injeção intravenosa; 
§ Plexo lombar; 
§ Tronco lombossacral; 
 
Anestesia regional IV 
Consiste em anestesia realizada pela administração venosa 
de anestésico local em membro previamente drenado e 
isquêmico; 
§ Duração máxima de 2 horas; 
§ Bloqueio do Bier: 
× Sedação EV-BDZ; 
× Manguito pneumático na base do membro; 
× Punção de veia distal; 
× Dessangrar o membro (manter elevado alguns 
minutos); 
× Insuflar a câmara superior; 
× 20 a 50ml de anestésico pela veia periférica distal; 
× Manguito trocado para região anestesiada; 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica I 
× Esvaziar e reinsuflar o manguito após o término do 
procedimento 
 
Bloqueio do neuroeixo 
§ Inibição da dor e do movimento; 
 
 
 
Raquiasnestesia 
§ Anestésico local é injetado no espaço subaracnóide e 
se mistura ao líquido cefalorraquidiano (LCR ou Líquor); 
§ Bloqueio nervoso reversível das raízes nervosas, levando 
o indivíduo a perda das atividades autonômicas, 
sensitivas e motora; 
§ Pele, subcutâneo, ligamento supra-espinhoso, 
ligamento intraespinhoso e ligamento amarelo (o mais 
resistente), dura-máter, aracnóidea, LCR; 
§ Fármacos mais utilizados: 
× Bupivacaina; 
× Lidocaína; 
× Ropivacaína; 
× Cloroprocaína; 
§ Indicações: cirurgias em andar inferiro do abdome, 
urológicas, ortopédicas de MMII e perineais; 
§ Procedimento: 
× Administra-se ALs (ex:bupivacaína), com ou sem 
opióides no espaço subaracnóide → difusão no líquor → 
raízes nervosas. 
× Geralmente ao nível de L2; 
× Verificar o gotejamento antes de infundir; 
§ Ocorre: 
× Perda sensitiva, autônoma e motora abaixo do nível 
desejado de bloqueio; 
 
Variáveis: 
§ Tipo de AL administrado: potencia e inicio de ação 
diferentes; 
§ Volume e dose do AL: quanto maior a dose maior o 
tempo de bloqueio e maior o risco de extensão 
encefálica; 
§ Uso de vasoconstritores: O uso de adrenalina associado 
a AL de curta ação aumentara a ação da roga; 
§ Adição de opióides: Prolongara o tempo de analgesia 
(fentanil, morfina); 
§ Fatores fisiológicos e anatômicos: gravidez, obesidade. 
Escoliose, entre outras; 
 
Característica dos anestésicos 
Classificados de acordo com sua densidade em relação ao 
líquor cefalorraquidiano (LCR): 
§ Isobárica; 
§ Hiperbárica; 
§ Hipobariica; 
 
Não isobáricas se distribuem conforme a gravidade e 
apresentam maior previsibilidade na sua dispersão; 
Vantagens: 
§ Evita manipulação das vias aéreas; 
§ Mantem a consciência em procedimentos onde esta 
medida é necessária; 
§ Apresenta menor incidência de delirium e confusão 
mental no pós-operatório; 
Complicações: 
§ Hipotensão; 
§ Bradicardia; 
§ Cefaleia pós-punção; 
× Extravasamento de líquor através da punção espinhal; 
× Posição ortostática provoca tensão intracraniana nos 
vasos nervosos meníngeos na dura-máter; 
× Duração de ate 2 semanas; 
× Tratamento: repouso, hidratação vigorosa, AINE e /o 
Blood patch; 
§ Dor lombar; 
§ Retenção urinaria; 
§ PCR por extensão cefálica; 
Contraindicações absolutas: 
§ Coagulopatia; 
§ Elevação da PIC; 
§ Infecção no sitio de punção; 
§ Hipovolemia grave; 
§ Sepse/bacteremia; 
§ Anticoagulação terapêutica; 
 
Peridural 
Infusão no espaço epidural; 
§ Generalidades: 
× Caracteriza-se pela injeção de AL, com ou sem 
opióides, no espaço peridural. Após a identificação do 
espaço com a agulha, é inserido um cateter; 
× Pode-se utilizar os medicamentos de forma mais 
controlada, segura e em repetidas doses; 
× Pode ser feita em qualquer nível da coluna, 
promovendo um bloqueio segmentar cranial e caudal 
ao local de injeção do anestésico; 
 
 
§ Método da gota pendente 
× Gutierrez; 
§ Método da resistência: 
× Dogliotti; 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica I 
§ Vantagens: 
× Menor incidência de cefaleia; 
× Bloqueios mais restritos; 
× Utilização de cateter; 
§ Desvantagens: 
× Maior tempo de latência; 
× Menor intensidade de bloqueio 
× Maior possibilidade de toxicidade pelo anestésico 
local; 
× Maior experiência do anestesista; 
§ Complicações: 
Cardiovasculares: hipotensão arterial, isquemia neural, 
parada cardiorrespiratória, morte. 
Hemorrágicas: hematoma peridural, hematoma 
subaracnóide 
Infecções neurológicas: meningite, abscesso peridural, 
raquianestesia total, cefaleia, lesão traumática de raiz 
nervosa 
Relacionadas ao cateter subaracnóideo durante a ráqui 
continua: nó, rotura, migração do cateter para espaço 
subaracnóideo, vascular ou paravertebral. 
 
O cateter pode permanecer? 
Sim. Fornece analgesia pós-operatória adequada, expande-
se melhor a caixa torácica, reduz a FC e em alguns casos é 
bem superior a analgesia EV; 
 
Uso de heparina associado ao cateter 
Surgimento do hematoma peridural ocorre com maior 
frequência em dois momentos: na inserção e na retirada do 
cateter. Deve-se respeitar um intervalo de 12h após a ultima 
dose de heparina; 
 
Anestesia geral 
Definição: É uma depressão reversível do sistema nervoso 
central, induzida por medicamento, que resulta na perda de 
resposta e percepção de todos os estímulos externos; 
Características: é caracterizado por amnesia (temporária), 
inconsciência (hipnose), analgesia, relaxamento muscular, 
bloqueio dos reflexos autonômicos e homeostase das 
funções vitais; 
Objetivos: suprimir 3 funções orgânicas: consciência, dor e 
movimento; 
Avaliação anestésica: 
§ Avaliação pré-anestésica; 
× É fundamental para o planejamento e a segurança do 
ato anestésico; 
× O alvo da avaliação é tentar estratificar o risco do 
paciente e implementar estratégias para a redução 
desse risco; 
× Componentes da avaliação pré-anestésica: 1. História 
medica e anestésica; 2. Medicações em uso; 3. Exame 
físico focado; 4. Revisão dos exames e consultorias 
disponíveis; 5. Indicação de testes diagnósticos; 6. 
Estratificação do risco; 7. Formulação do plano 
anestésico; 
 
Exame da via aérea: 
 
 
 Avaliação do estado físico: 
 
 
Anestésico ideal 
§ Rápido inicio de ação com efeito analgésico; 
§ Não depender das vias de metabolismo hepático e 
renal; 
§ Não se acumular nos tecidos corporais, permitindo 
rápida recuperação do seu efeito clinico; 
§ Se estável sob o ponto de vista cardiovascular; 
§ Propiciar a diminuição do metabolismo cerebral e sua 
taxa metabólica; 
§ Não acarreta depressão respiratória; 
§ Não apresentar metabolitos tóxicos ou ativos; 
§ Ser titulavel e quimicamente estável; 
§ Dispor de baixo potencial alérgico 
× Não induzir a liberação de histamina e não ser irritante 
para as veias (flebite); 
§ Dispensar uso de bombas de infusão, ser estável em 
solução e de fácil diluição; 
§ Ampla margem terapêutica; 
§ Atóxico; 
§ Não suscitando náuseas, vômitos nem sedação 
prolongada; 
§ Baixo custo 
 
Anestesia geral 
§ Inalatória, intravenosa ou conjunta; 
§ Procedimento é dividido em 3 fases: 
1. Fase de indução; 
× Empregode medicação pré-anestésica 
(benzodiazepínico); 
× Pré-oxigenação com O2 a 100% sob mascara facial; 
× Agentes indutores – venosos e/ou inalatórios; 
× Bloqueadores neuromusculares; 
× Intubação orotraqueal; 
2. Fase de manutenção: 
× Alcançado o plano anestésico – cirúrgico → manter 
ate o fim da cirurgia; 
× Anestésicos inalatórios e/ou novas doses de agentes 
IV e bloqueadores neuromusculares (geralmente até 
20% das doses iniciais); 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica I 
3. Fase de recuperação: 
× Transição abrupta de um estado hipoalergênico para 
um estado adrenérgico; 
× A anestesia atua sobre o sistema nervoso autônomo, 
causando depressão na atividade do sistema nervoso 
simpático; 
× Complicações: taquiarritimias, elevação da PA, 
laringoespasmo, entre outras; 
 
Anestésicos inalatórios 
§ Halotano: > potência, droga antiga, efeitos 
cardiovasculares graves predispondo a arritmias; 
§ Enflurano: pode levar a disfunção renal e é 
contraindicado em pacientes com desordem 
convulsiva; 
§ Isoflurano: + utilizados, metabolismo mínimo no 
organismo, menor sensibilização do miocárdio as 
catecolaminas. Pode elevar discretamente a PIC; 
§ Sevoflurano: inicio mais rápido de ação, menor duração, 
sonolência e náuseas na recuperação; 
 
Anestésicos venosos 
§ Midazolam: benzodiazepínico de rápida ação, possui 
efeito amnésico; 
§ Fentanil, sulfentanil, remifentanil: opióides que 
permitem a redução da dose de anestésicos voláteis, 
não deprimem o miocárdio e reduzem a resposta 
adrenérgica; 
§ Propofol: potente efeito hipnótico e amnésico com início 
e fim rápido de ação. Induz broncodilatação; 
§ Etomidato: imidazólico que atua como hipnótico de 
ação rápida. Alteração mínima na hemodinâmica, 
ótima para pacientes cardiopatas; 
§ Quetamina: único que possui potente efeito hipnótico e 
analgésico. Aumenta a PA e FC. Está associado à 
anestesia dissociativa; 
 
Bloqueadores neuromusculares 
§ Despolarizante (Succinilcolina): duração em torno de 5 
minutos. Efeitos colaterais: hipercalcemia grave, 
bradicardia e hipertermia maligna; 
§ Não despolarizante: 
× Pancurônio → efeito prolongado, elevar a PA; 
× Vecurônio e Rocurônio → + bem tolerados;

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