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VARIÁVEIS E ORIENTAÇÕES BIOLÓGICAS, ENFOQUES PSICOLÓGICOS. TERAPÊUTICA CRIMINAL E REPRESSÃO CRIMINAL Personalidade e Crime CONCEITUAÇÃO DE PERSONALIDADE Personalidade é um padrão peculiar de conduta do indivíduo, que caracteriza e garante sua identidade, abrange suas disposições orgânicas e psíquicas, conscientes e inconscientes, manifestas e latentes. A personalidade vai se moldando e se readaptando por força de novas experiências significativas do indivíduo e dos fatores externos, ambientais, aos quais está sujeito. (Sá, 2010) Personalidade e Crime Característica de Produzem/viabilizam POSITIVISMO Personalidade + a conduta criminosa Explicação e compreensão Ambiente do comportamento criminoso Experiência na vida Promove uma readaptação CRÍTICA: Do crime do padrão de condutas e de Compreensão do valores processo de criminalização PERFIL CRIMINAL Atualmente a existência de diferentes formas de organização e estruturação do Perfil Criminal, está baseado em uma constituição Biológica, Psicológica e Social, onde o somatório desses fatores é que vão desencadear os comportamentos criminosos. PERFIL CRIMINAL “Eysenck defende que o comportamento criminoso é o resultado da interação entre fatores ambientais e características hereditárias, o que todo mundo já sabe há tempos. Porém, ele atribui uma importância fundamental, as hereditárias, e desenvolve uma teoria bio-psicológica da personalidade. De qualquer forma, também Eysenck acaba defendendo a existência de uma Personalidade Criminosa composta por um conjunto variável de traços psicológicos característicos do delinqüente e responsável pelos seus atos transgressivos”. (Ballone, 2002) PERFIL CRIMINAL “O Perfil Criminal envolve o histórico do passado, histórico médico e características comportamentais do agressor que tentam descrever a pessoa que cometeu aquele crime, facilitando a busca da polícia. No modelo do FBI, esse estágio pode envolver orientações sobre como melhor entrevistar o suspeito (...) um perfil pode ter apenas alguns parágrafos dependendo da quantidade de informações enviadas ao especialista. Freqüentemente encontramos nos perfis criminais as seguintes informações: idade, raça, sexo, aparência geral do criminoso, seu status de relacionamento, tipo de ocupação e dados sobre seu emprego, educação ou vida social” (Casoy, 2004) PERFIL CRIMINAL A experiência da infância é influenciada por fatores que dizem respeito à imitação e a identificação. Estes aspectos afetam não somente os comportamentos, mas também os juízos, avaliações e normas. A personalidade, se constrói de diferentes maneiras, e integra os estímulos do meio e os processos psíquicos, conforme a relação com o mundo exterior. Seguindo esse raciocínio, o criminoso, como qualquer pessoa, estabelece uma representação da realidade, desenvolve uma ordem de valores e significados, na qual a transgressão adquire um determinado sentido e se torna, em dado momento da sua história de vida, uma modalidade de vida. Aspectos Etiológicos do Comportamento Criminoso Para Serafim (2003), quando se fala em aspectos etiológicos do comportamento criminoso, é necessário se colocar três aspectos que são eles: Parâmetros Biológicos, Parâmetros Psicológicos e Parâmetros Sociais. Caráter “Caráter é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais”. (FROMM, 1987) O comportamento criminoso está apresentado cada vez mais com o aumento da autoria de menores de 18 anos, e cada vez mais presente em pessoas “normais”. A identificação causal do comportamento criminoso (psicoses, epilepsia, afecções neurológicas, déficits mentais e transtornos de personalidade), apresenta-se como imprescindível para inserção do Sistema Penitenciário e sua possível reabilitação. O contexto médico-legal no que se refere ao estudo do crime, deverá centrar-se na díade: saúde mental e justiça. “A VERDADEIRA COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO CRIMINOSO SÓ ACONTECERÁ COM A INCORPORAÇÃO DO CONHECIMENTO DE DIVERSAS ÁREAS DE PESQUISA COMO A BIOLOGIA, ANTROPOLOGIA, PSICOLOGIA, MEDICINA, DIREITO E A CRIMINOLOGIA”. Psicologia do Delito Delitos iguais na sua aparência e determinados por circunstâncias externas idênticas podem ter significados inteiramente distintos, devendo ser julgados de forma diferente, com conseqüente diversidade de condenação ou de apenamento. A discussão dos penalista é se a pena deve basear-se no resultado da infração ou na intenção do ato delituoso Então deve-se castigar o criminoso de acordo com sua motivação psicológica com que cometeu o ato? Teoria Psicológica da Ação Penal Psicologia do Delito Compreender e explicar um delito equivale, pois, a encontrar o valor das incógnitas na equação responsável pela conduta pessoal diante da situação delituosa, daí o sagrado papel do jurista é verificar aspectos que possam contribuir para sua verificação, como: A constituição corporal; O temperamento; A inteligência; Complexos determinantes O caráter; da ação A experiência anterior; delituosa, sob o A constelação familiar; ponto de vista A situação externa desencadeante; Psicológico-legal Fases Intrapsíquicas da Ação Delituosa Mira y Lopes considera que todo delito passa por diversos estágios intrapsíquicos que podem ser conscientes ou não. Colocando em etapas, tais fases seriam : Interlecção (conversa, diálogo); Desejo ou tendência; Deliberação (ou dúvida, se houver luta de motivos) Intenção (propósito ou delito potencial); Decisão; Execução ou realização. Psicofisiologia Criminal As Secreções Endócrinas influenciam os estados emocionais, podendo produzir modificações de condutas normais ou patológicas, onde podem produzir Psicoses e influenciar no Cometimento de Crime. Secreções Endócrinas A Endocrinologia e a Criminologia devem manter estreita correlação, pois é indispensável pesquisar as glândulas endócrinas do delinqüente, sendo necessário analisar as funções puramente psíquicas das glândulas endócrinas do criminoso. É muito reconhecido que as Glândulas Endócrinas, ou internas, controlam todo o metabolismo das células humanas, sendo que em qualquer parte do corpo que a célula esteja situada, sua atividade será regulada pelas Glândulas Endócrinas. Secreções Endócrinas O funcionamento da Tireóide, por exemplo, é de vital importância para o enquadramento psíquico da pessoa; A glândula Tireóide, possui dois lóbulos que se acham localizados exatamente a cada lado das maças de Adão, onde está sujeita a duas enfermidades fundamentais: Hipertiroidismo e Hipoteroidismo Secreções Endócrinas Hipertiroidismo: Se caracteriza por demasiada secreção de tiroxina, podendo causar hiperemotividade, irritabilidade, instabilidade, impulsividade e agressividade. Hipotiroidismo: Ocorre pela secreção deficiente da tiroxina, o que pode conduzir a Depressão. Secreções Endócrinas Estudos Endocrinológicos, relacionados com a modificação que o funcionamento das glândulas internas podem produzir no plano dos sentimentos e da emoção do indivíduo, são utilizados, não só no surgimento de certas psicoses, mas, também, para a explicação de determinadosdelitos. O hormônio da Testosterona tem grande importância na constituição física e mental Motivo pelo qual existem mais criminosos do sexo masculino Fatores Psicológicos do Ato Delitivo “O ato criminoso é a soma das tendências criminais de um indivíduo com sua situação global, dividida pelo acervo de suas resistências” “As tendências criminosas de uma pessoa e suas resistências a ela pode resultar numa ação criminosa (anti-social) ou em ato socialmente aceitável, na dependência de quais dessas forças venham a predominar” “O ato praticado, criminoso ou socialmente aceitável, é sempre o resultado de uma integração de fatores causais, que passam por um processo de elaboração de natureza intrapsíquica”
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