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Introdução à análise do direito

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- a velha polêmica entre o jusnaturalismo e o positivismo jurídico gira em torno da relação entre direito e moral.
- o jusnaturalismo diz que há uma conexão entre direito e moral; o juspositivismo nega essa conexão.
- direito natural: são direitos fundamentais inerentes à natureza humana (à vida, à integridade física, expressar opinião política, praticar culto religioso,...).
- estado de direito: a ideia de que os conflitos sociais devem ser resolvidos de acordo com as normas jurídicas estabelecidas; isso torna possível a ordem, a segurança e a certeza nas relações sociais.
Jusnaturalismo (direito natural + moral)
Há 2 teses jusnaturalistas: uma que afirma a existência de princípios morais e de justiça universalmente válidos e acessíveis à razão humana; outra que afirma que um sistema normativo não pode ser considerado jurídico se não está de acordo com os princípios morais e de justiça.
Jusnaturalismo teológico: defendido por santo tomás de aquino; afirma que o direito natural é a parte da ordem eterna do universo originado em Deus e acessível à razão humana.
Jusnaturalismo racionalista: surgiu com o iluminismo; defendido por Kant; afirma que o direito natural não deriva dos mandados de Deus, mas da natureza da razão humana.
Juspositivismo (direito separado da moral)
Princípio de utilidade - afirma que uma conduta é moralmente correta quando contribui para aumentar a felicidade do maior número de pessoas.
Ceticismo ético: diz que não existem princípios morais universalmente válidos e conhecidos por meios racionais; se opõe a primeira tese do jusnaturalismo.
Positivismo ideológico: diz que o direito positivo tem validade obrigatória e suas disposições devem ser obedecidas pela população e aplicadas pelos juízes.
Formalismo jurídico: diz que o direito é composto por normas promulgadas de modo explícito e deliberado/realizado por órgãos centralizados, e não por normas consuetudinárias ou jurisprudenciais; Bobbio chama também de positivismo teórico.
Positivismo metodológico ou conceitual: é o mais aceito pelos autores; reconhece a existência de princípios morais universais e conhecidos, sem vincular a eles a juridicidade da norma.
Bobbio sobre o positivismo ideológico - o direito positivo é justo; ou seja, o critério para julgar a justiça e a injustiça das leis é igual ao adotado para julgar sua validade e invalidade.
Kelsen é um cara que afirma que as normas jurídicas existem desde que sejam válidas ou tenham força obrigatória; que as normas não acontecem no mundo dos fatos, mas no mundo do que “deve ser”. 
Kelsen não é um positivista ideológico pois ele afirma que os juízes podem deixar de aplicar normas jurídicas em suas decisões por razões morais.

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