RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO- CONTRA OS DIREITOS HUMANOS

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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO – CONTRA OS DIREITOS HUMANOS (SLAVOJ ZIZEK)
No que concerne o artigo de Slavoj Zizek no qual aborda sobre a temática “contra os direitos humanos”, o autor evidencia que a estrutura bidimensional no qual os direitos humanos estão inseridos, sendo arqueada por duas compreensões. A primeira é que os direitos humanos são particulares, sendo eles direitos dos burgueses e feito por burgueses e para burgueses. A segunda trata os direitos humanos como um cimento axiológico-ideológico da cultura burguesa, ou seja, da classe dominante que detinha do poder.
Neste sentido, o autor elenca as influencias para a construção de seus pensamentos, como o grande filósofo Marx, que assim como ele, também se mostrava contrário aos direitos humanos (século XIX), pois era evidente a exclusão da classe menos favorecida. A democracia estava extremamente fragilizada juntamente com os direitos fundamentais, abrindo assim um leque de discussões envolvendo grandes pensadores acerca dessa problemática. 
Assim, as críticas empreendidas por Zizek são bastantes pertinentes, e servem certamente para uma revisão do sistema vigente que se mostra ineficaz até hoje, partindo de um viés cultural que está intrinsecamente ligado à nossa sociedade desde os tempos remotos, tais como as influencias ocidentais, que em sua maioria influenciou a cultura do oriente, acarretando nos massacres relacionados a religião, que acabou por dizimar os povos, tornando-se circunstancia fundamental do excesso de poder. 
Desse modo, é notório que o fator principal para esses acontecimentos é sem dúvidas os interesses políticos e econômicos de uma classe burguesa, fazendo de cobaia a classe menos favorecida, tanto no viés de mercantilização quanto no viés ilusório de liberdade. Assim, Zizek, mostra como a sociedade capitalista usou de meios para corromper os pensamentos dos indivíduos, fazendo-os pensar em bem social que poderia servir de válvula de escape para as lamurias daquele tempo. 
ainda nesse contexto de individualização, o Zizek traz a ideia do retorno da universalidade, mas sendo uma universalidade dos indivíduos com interesses próprios em contraponto à politica marxista dos interesses comuns. O sistema capitalista trata de elaborar meios ainda mais restritivos a sobrevivência do ser humano, não restando opções para a adesão ou não. 
Portanto, o cidadão é claramente desapontado em seus direitos e garantias, sendo dividido entre seus desejos frustrados e a vontade de adequação do sistema sem consequências alarmantes e que o distancie do ciclo de homem vazio. Logo, é nítido que o autor faz toda essa critica em busca de uma reformulação que beneficie a todos, sem distinção de classes e etnias, assim visando o bem comum.
O cidadão (citoyen) de Marx, num processo de alienação pós-moderno, é revisado a partir da matriz subjetiva privilegiada por Žižek; ele agora é um cidadão-consumidor-formal. O cidadão está entre a decepção de um desejo previamente frustrado e a vontade de um objeto que o frustre cada vez mais e melhor para que o ciclo entre o homem vazio, o destino estéril e o objeto perseguido permaneça uma viagem sem fim ao mesmo lugar.