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O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES

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13
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 1º SEMESTRE
KÁTIA BEATRIZ ROSA NOJIRI
o TRABALHO DOCENTE Nas CLASSES HOSPITALARES
UBERABA
2019
KÁTIA BEATRIZ ROSA NOJIRI
o TRABALHO DOCENTE Nas CLASSES HOSPITALARES
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Educação Inclusiva LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais Educação e Tecnologias Homem, Cultura e Sociedade. Práticas Pedagógicas: Identidade Docente
 Professores: Juliana Chueire Lyra 
Sandra Cristina Malzinoti Vedoato 
Luana Pagano Peres Molina Amanda 
Larissa Zilli Marcio Gutuzo Saviani 
Marcia Bastos de Almeida 
Tutora eletrônica: Lilian S.Y.Silva
: 
UBERABA
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
DESENVOLVIMENTO	5
CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	12
INTRODUÇÃO 
Este trabalho nos permite conhecer um pouco mais do papel do pedagogo no ambiente hospitalar e a importância dele estar preparado para atuar nesta área com um olhar mais humanizado. Por ser a Classe hospitalar uma nova modalidade de inclusão, o número de estudos sobre o assunto ainda é escasso diante da necessidade de conhecimentos sobre o tema.
Neste trabalho tem-se um panorama geral de quando a classe hospitalar foi implantada no Brasil, relacionando-a com a educação inclusiva e de como a prática docente no ambiente hospitalar interfere na vida do aluno-paciente.
A Classe Hospitalar é garantida pelo documento Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações. (BRASIL, 2002), e nela consta que além do direito às crianças e adolescentes hospitalizados, consta também a importância da atuação do professor junto ao desenvolvimento, à aprendizagem e ao resgate da saúde pela criança hospitalizada (CECCIM, 1999).
Para um bom desenvolvimento do aprendizado dos alunos inseridos nas Classes Hospitalares, faz-se necessário que seus educadores exerçam suas atividades a partir de uma nova visão de formação, que não pode se restringir apenas as habilidades acadêmicas regulares. Neste sentido, Fontes (2003) considera que: “[...] o ofício do professor apresenta diversas interfaces (políticas, pedagógicas, psicológicas, sociais, ideológicas), mas nenhuma delas é tão constante quanto o da disponibilidade de se estar com o outro e para o outro”. 
DESENVOLVIMENTO
A classe hospitalar é uma modalidade de ensino que tem como proposta garantir acompanhamento escolar a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em escolas regulares, em razão de tratamento de saúde, que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou domiciliar, independente do tempo de permanência nestes contextos. (Resolução nº 02, CNE/CEB, 2001). Segundo o Ministério da Educação (MEC, 2001) as classes hospitalares objetivam o atendimento educacionais aos educandos que se encontram impossibilitados de frequentar a escola em virtude de internamento hospitalar ou tratamento de saúde. Desta forma, a importância é possibilitar a continuidade do seu desenvolvimento, bem como restituir um espaço de convivência social do qual foi afastado.
De acordo com Oliveira (2013), a Classe Hospitalar surgiu de politicas públicas e estudos originados da observação, consideração e respeito às necessidades das crianças que devido à problemática de saúde, requeiram hospitalização, independentemente do tempo de duração da mesma. A criança e/ou adolescente é um cidadão que tem o direito ao atendimento de suas necessidades e interesses mesmo quando está doente. 
No Brasil essa pratica educacional iniciou-se em 1950, com a classe hospitalar no Hospital Jesus, localizado no Rio de Janeiro, porém há registros que em 1600, ainda no Brasil Colônia, havia atendimento escolar aos deficientes físicos na Santa Casa de Misericórdia em São Paulo. Essa modalidade de ensino só foi reconhecida em 1994 pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC) através da Politica da Educação Especial, e, posteriormente normalizado entre os anos de 2001 e 2002 com os documentos, também do MEC, intitulados de: Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) e Classe Hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: orientações e estratégias (BRASIL, 2002).
A origem da possível classe hospitalar no Brasil estar vinculada ao mesmo tempo com a origem do ensino especial do nosso país, os asilos para alienados ajudam a compreender o pertencimento ao qual a escolarização em hospitais se enquadrou quando finalmente se fez regulamentada como uma modalidade de ensino (OLIVEIRA, 2013).
No entanto, apesar de a legislação brasileira regular essa modalidade de atendimento há mais de uma década, o que se verifica é sua tímida presença em ambientes de tratamento de saúde. Fato semelhante ocorre em relação aos estudos sobre o tema. O número de publicações científicas brasileiras que aborda o atendimento pedagógico em hospitais e domicílio é reduzido, quando comparado à necessidade de conhecimento sobre essa temática (TEIXEIRA, 2017).
O hospital é um mundo asséptico, desconhecido e bastante impessoal, onde o enfermo, seja criança ou adulto, perde sua identidade e passa a ser um número de leito. O paciente, sobretudo a criança, sente como se estivesse vivenciando uma inclusão compulsória em um mundo desconhecido, que lhe provoca diferentes sensações e sentimentos, como medo, angústia e oscilações psíquicas, que variam desde a fragilidade ao abandono, causando, como consequência, a alteração do estado de saúde do paciente. A hospitalização, seja ela temporária ou permanente, levanta a necessidade de assistência educacional, para que também se viabilizem os conceitos de integração e normalização, além de proporcionar a continuidade nos estudos e diminuir casos de evasão e reprovação em crianças, adolescentes e jovens acometidos por problemas de saúde (ARAÚJO, CRUZ, 2014).
Segundo Arosa (2008), hoje, no Brasil, Classe Hospitalar é a denominação do atendimento pedagógico-educacional que ocorre em ambiente de tratamento de saúde em circunstância de internação ou ainda na circunstância do atendimento em hospital-dia e hospital-semana ou em serviços de atenção integral à saúde mental. É compreendida na modalidade de Educação Especial por atender crianças e/ou adolescentes considerados com necessidades educativas especiais em decorrência de apresentarem dificuldades no acompanhamento das atividades curriculares por condições de limitações específicas de saúde. Tem por objetivo propiciar o acompanhamento curricular do aluno quando este estiver hospitalizado, garantindo-se a manutenção do vínculo com as escolas por meio de um currículo flexibilizado (BRASIL, 2002).
Ortiz e Freitas (2001), Fontes (2008) e Almeida e Albinati (2009), situam a Classe Hospitalar como um tipo de atendimento, uma modalidade dentro da Pedagogia Hospitalar, embora esta seja mais abrangente e possibilite outras práticas educativas. Com esta compreensão, entende-se a Classe Hospitalar como útil e necessária em alguns casos de internações de longo prazo, já que “oferece um acompanhamento escolar aos pacientes cuja internação requer um período prolongado de afastamento, ou a doença que acomete a criança é crônica e a impede de frequentar regularmente a sala de aula” na escola regular (ALMEIDA, ALBINATI, 2009). Por outro lado, a Pedagogia Hospitalar, além deste trabalho escolar, trabalharia com atividades lúdicas e de reconhecimento do espaço hospitalar, da doença da criança e de si própria, com o propósito de auxiliar no processo de adaptação à situação de hospitalização, especialmente quando a internação é de curta duração (FONTES, 2008).
	Seguindo o paradigma da educação inclusiva pelo qual todos têm o direito à educação de qualidade e analisando as leis anteriormente citadas, pressupõe-se que o trabalho da Classe Hospitalar é uma modalidade que se enquadra nos ideais da inclusão e, consequentementeda Educação Especial. 
Na perspectiva de uma educação inclusiva, atendendo à diversidade dos alunos, a criação do atendimento educacional em ambientes hospitalares e domiciliares é fruto do reconhecimento formal, de que, independente do tipo e período de internamento, esses alunos têm direito à educação. Assim, a Classe Hospitalar é uma nova modalidade da Educação Especial que visa a troca e a construção coletiva do conhecimento, dirigida por um atendimento pedagógico pautado nas potencialidades individuais da criança enferma, no qual a aquisição do conhecimento se transforma num eficiente remédio para aliviar a dor, o sofrimento físico, emocional e social (SANDRONI, 2008).
	O Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2001) aponta que o trabalho em Classe Hospitalar deve ser desenvolvido por pedagogos com habilitação em Educação Especial. O documento do Ministério da Educação, intitulado “Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações”, preconiza que o professor::
[...] deverá ter a formação pedagógica preferencialmente em Educação Especial ou em cursos de Pedagogia ou licenciaturas, ter noções sobre as doenças e condições psicossociais vivenciadas pelos educandos e as características delas decorrentes, sejam do ponto de vista clínico, sejam do ponto de vista afetivo. Compete ao professor adequar e adaptar o ambiente às atividades e os materiais, planejar o dia a dia da turma, registrar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido (BRASIL, 2002).
Mazer-Gonçalves (2013) cita em seu trabalho que, embora a legislação permita ao professor de Classe Hospitalar que sua formação inicial seja em curso de Pedagogia, Licenciaturas ou Educação Especial, mas que receba capacitação sobre condições de saúde que possam encontrar em seus alunos no ambiente hospitalar, é possível questionar: apenas capacitar sobre condições de saúde é suficiente para formar o professor de Classe Hospitalar? E como garantir que o professor tenha os conhecimentos pedagógicos necessários para o ensino em ambiente hospitalar, se a legislação abre a possibilidade de ser o professor um profissional licenciado em qualquer curso de graduação?
Barros e Santos (2008) afirmam que há uma falta de preparação para os professores ingressarem na realidade hospitalar, o que é um fator que concorre negativamente para a permanência ou mesmo desempenho satisfatório de professores nesse espaço. De acordo com as autoras, profissionais com formação exclusivamente na área da educação, ainda que na Educação Especial, dificilmente conseguem compreender o caráter multidisciplinar dos conhecimentos necessários para um bom trabalho num ambiente de ensino e aprendizagem tão heterodoxo como o de um hospital. As autoras observaram, ainda, em pesquisa realizada em um curso de formação para o trabalho pedagógico com crianças hospitalizadas, que professores, em sua formação inicial, ainda que na Educação Especial, desconhecem o potencial de aprendizagem do aluno na condição de doença, bem como dos modos apropriados de diagnosticar demandas e realizar o acompanhamento escolar no hospital.
Se a educação inclusiva traz um novo paradigma de educação, é imprescindível que a formação dos professores também seja direcionada nessa perspectiva. É necessário que o profissional tenha contato e seja sensibilizado a respeito dessa nova maneira de se pensar as diferenças, para que se possa ter uma prática inclusiva. O professor não pode esquecer que seu aluno hospitalizado precisa de cuidados quanto a sua saúde física e mental, além de intervenções específicas. É importante que o professor da classe hospitalar tenha consciência de seu papel de mediador das práticas educativas dentro do hospital, uma vez que ele atua em conjunto com a equipe de saúde, atendendo não só o aluno-paciente, mas também a família desse aluno (ARAÚJO, CRUZ, 2014). Nesse sentido, a formação deve ser trabalhada acompanhando o processo de humanização da saúde e do direito à educação para todos (BATISTA, 2014).
 O contato com o professor e com a classe hospitalar serve como oportunidade de ligação com os padrões de vida cotidiana e com a vida em casa na escola (BATISTA, 2014). A autora cita ainda que, quanto maior a consciência e conhecimento das metodologias para o ensino e aprendizagem necessárias na sala de aula, mais o professor se qualifica em sua atuação, principalmente se houver uma parceria com os demais envolvidos no processo. Parece, portanto, ser essencial haver investimento contínuo na formação desse profissional.
	De acordo com Matos (1998), a pedagogia hospitalar demanda necessidades de profissionais que tenham uma abordagem progressista, com uma visão sistêmica da realidade do escolar doente. Seu papel principal não será de resgate a escolaridade, mas de transformar essas duas realidades fazendo fluir sistemas que as aproxime e as integre.
	Para atuar em Classes Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino/aprendizagem (ESTEVES, 2008).
	O trabalho do professor hospitalar é muito importante, pois atende as necessidades psicológicas e sociais pedagógicas das crianças/adolescentes. Ele precisa ter sensibilidade, compreensão, força de vontade, criatividade, persistência e muita paciência para atingir seus objetivos. Deverá elaborar projetos que integrem a aprendizagem, de maneira específica para as crianças hospitalizadas adaptando-as a padrões que fogem da educação formal, resgatando-as ao contexto educacional. O pedagogo hospitalar no atendimento pedagógico deve ter seus olhos voltados para o todo, objetivando o aperfeiçoamento humano, construindo uma nova consciência em que a sensação, o sentimento, a integração e a razão cultural valorizem o indivíduo (GOMES, RUBIO, 2012).
Conforme apontam Moraes e Kohn (2011), a intervenção pedagógica em ambiente hospitalar, embora não deva transformar o hospital em uma escola, precisa priorizar ações educativas. O professor precisa compreender, sim, o estado psicobiológico do aluno-paciente, saber trabalhar em equipe multiprofissional e lidar com a realidade hospitalar buscando estratégias que se adequem às suas práticas pedagógicas.
 O professor como profissional integrante da equipe multidisciplinar, que muito pode contribuir para o sujeito viver com maior qualidade de vida, investir no potencial intelectivo do aluno e fortalecer sua autoestima, como sujeito cognoscente e capaz, sua atuação pedagógica será fundamental no processo de aprendizagem e cura do escolar hospitalizado (MACHADO, CAMPOS, 2013).
O professor que desenvolve seu trabalho no ambiente hospitalar deve ter clareza da sua atuação neste espaço que envolve muitos cuidados e dedicação pois os alunos pacientes envolvidos no processo de aprendizagem necessitam de muita atenção e compreensão. As crianças e adolescentes que ali permanecem precisam de muito apoio tanto físico quanto emocional e o professor pode contribuir para que a melhora deste paciente seja satisfatória. A presença do professor, interagindo com a criança, pode proporcionar-lhe condições que viabilizem a aprendizagem, ajudando-a a reagir, fazendo o elo entre o hospital e o mundo externo. 
	Ao trabalhar num ambiente hospitalar, com crianças internadas e afastadas do seu convívio social, o professor deve respeitar o estado biopsicossocial do aluno, praticando a escuta sensível e desenvolvendo competências que não se restringem apenas aos saberes e domínio dos conteúdos a serem trabalhados, mas estas influenciam a prática e possibilita um fazer pedagógico baseado na ação-reflexão-ação diante do aluno-paciente (MACHADO, 2013). O autor cita ainda que, baseada numa relação de confiança e afetividade, o professor deve acolher a ansiedade e as dúvidas da criançahospitalizada, propiciando o conhecimento e a compreensão daquele ambiente no qual está inserida, ressignificando-o, para que crie situações favoráveis frente às relações que serão estabelecidas no contexto hospitalar. 
Um dos fatores que ajudam no processo de fortalecimento da autoestima do sujeito e da construção de um autoconceito positivo de si é a afetividade. Segundo Vasconcelos (2013), a afetividade é uma dimensão de nosso pensamento tão essencial quanto o pensamento. Logo, ela nos constitui e nos identifica como pessoas. Como afirma o autor, amores, paixões, gostos, interesses, rejeições, repulsas, ódios e rancores, tudo isso forma o ser humano e dele são inseparáveis, não havendo distância entre o homem e seus sentimentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Nesse estudo foi possível constatar que o papel do professor na Classe Hospitalar extrapola a prática pedagógica, que além do seu trabalho como mediador das práticas educativas dentro do hospital, ele deverá estar habilitado a trabalhar com a diversidade humana. Diante disso, só ter formação pedagógica com habilitação em Educação Especial não o capacita o bastante para trabalhar no ambiente hospitalar, sendo necessária a construção de uma proposta de formação continuada em serviço para esses professores, criando um espaço para trocas de saberes e experiências, desenvolvendo novas habilidades, buscando conhecimento e enriquecendo sua atuação pedagógica. 
	
 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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