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TCC Diego, Rafaella e Victor - 02.12.19 - versão impressão (1) 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS Uni-ANHANGUERA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
HOLDING FAMILIAR COMO ESTRATEGIA DE PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO: um estudo sob a perspectiva contábil
DIEGO CANDIDO NEVES DE BRITO
RAFAELLA CAETANO DE FREITAS
VICTOR HUGO ARAÚJO ALVES
GOIÂNIA
Dezembro/2019 
DIEGO CANDIDO NEVES DE BRITO
RAFAELLA CAETANO DE FREITAS
VICTOR HUGO ARAÚJO ALVES
HOLDING FAMILIAR COMO ESTRATEGIA DE PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO: um estudo sob a perspectiva contábil
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Professora Mestra Adriely Camparoto Brito, como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado em Ciências Contábeis. 
GOIÂNIA
Dezembro/2019 
FOLHA DE APROVAÇÃO
DIEGO CANDIDO NEVES DE BRITO
RAFAELLA CAETANO DE FREITAS
VICTOR HUGO ARAÚJO ALVES
HOLDING FAMILIAR COMO ESTRATEGIA DE PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO: um estudo sob a perspectiva contábil
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Bacharelado em Ciências Contábeis do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA, defendido e aprovado em 10 de Dezembro de 2019 pela banca examinadora constituída por:
_________________________________________
Prof.ª Ma. Adriely Camparoto Brito
Orientadora
_________________________________________
Prof.ª Ms. 
Membro
_________________________________________
Prof.ª Ms. 
Membro
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente à Deus pelo dom da vida. Aos nossos familiares. Aos amigos e colegas que contribuíram para o nosso dia a dia no curso de Ciências Contábeis. A Professora Maíra e nossa orientadora Adrielly, pelo incentivo e apoio de aprofundarmos neste tema, e todo o ensinamento profissional. Aos nossos familiares que estiveram sempre nos dando forças para continuar a elaboração do trabalho. Enfim, à todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão da nossa graduação. À todos, os nossos mais sinceros agradecimentos! 
“Se você pode sonhar, você pode realizar.”
 Walt Disney
RESUMO
As empresas familiares estão inseridas no contexto econômico em um elevado número no Brasil e, o processo sucessório na maioria das vezes se torna complicado, burocrático e demorado, podendo ocasionar desentendimentos entre os familiares, principalmente em relação a divisão de bens e sucessão das participações societárias, levando as empresas ao enfraquecimento. Nesse sentindo, a figura jurídica da holding familiar é uma sociedade constituída com o objetivo de administrar os bens imóveis e bens móveis da família, visando proteger o patrimônio, sem desenvolver atividades operacionais comerciais ou industriais, apenas administrando as empresas que de fato estarão voltadas para as práticas comerciais. O planejamento sucessório consiste exatamente nessa organização da sucessão empresarial com o sócio fundador, ainda em vida, podendo antecipadamente pensar em uma futura gestão, definindo e preparando os sucessores que irão dar continuidade na empresa, no caso de sua ausência. O objetivo desse estudo é analisar como a holding familiar pode contribuir para o planejamento sucessório, no que se tange as vantagens e desvantagens em relação ao patrimônio da família. Para atingir os objetivos realizou-se pesquisas bibliográficas para fundamentar a parte empírica da pesquisa que foi realizada por meio de entrevistas, sendo uma com um profissional contábil especialista no atendimento de assessoria à holdings e o outro um empresário que optou pela utilização dessa opção jurídica. As duas entrevistas permitiram realizar a comparação e a conexão das informações, contribuindo sobremaneira para a compreensão de como funciona esse planejamento sucessório, bem como seus pontos favoráveis e desfavoráveis. Diante do que foi exposto neste estudo, pode-se considerar a utilização de holding familiar como uma ótima opção estratégica para planejamento sucessório, protegendo os bens familiares e reduzindo gastos com tributos sobre as transferências patrimoniais.
PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade. Estratégia. Planejamento de sucessão. Holding.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Vantagens e desvantagens da holding							15
Figura 2. Motivos para criação de uma holding.						26
Figura 3. Proteção patrimonial 								28
Figura 4. Planejamento sucessório 								28
Figura 5. Vantagens e desvantagens 								30
Figura 6. Tipo societário e contabilidade							30
SUMÁRIO
1 	INTRODUÇÃO 									08
2 	REFERENCIAL TEÓRICO 							10
2.1	 Holding 										10
2.2 	 Holding Familiar									11
2.3 	 Blindagem Patrimonial x Proteção Patrimonial 				14
2.4 	 Planejamento Sucessório 								16
3 	MATERIAL E MÉTODOS								19
4	APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 	20
4.1	 Apresentação dos dados: entrevistado 01		 				21
4.2	 Apresentação dos dados: entrevistado 02						24
4.3	 Discussão dos resultados								26
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS 							32
REFERENCIAS 									34
APÊNDICE A 									36
	APÊNDICE B 									37
1 INTRODUÇÃO
O patrimônio, seja das empresas, seja das pessoas físicas, é o objeto da contabilidade e, por meio do estudo das variações desse patrimônio a ciência contábil exerce sua função que é a geração de informação útil para seus usuários, de forma que propicie decisões racionais IUDÍCIBUS, 2015). Considerando o objetivo da contabilidade e, o contexto legal e tributário brasileiro, despertou-se o interesse pelo estudo da figura jurídica da holding que vem crescendo no meio empresarial, como uma alternativa para proteção patrimonial, elisão fiscal e melhor gerenciamento organizacional. (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014) 
A holding é uma sociedade constituída com o objeto social de administração de bens móveis e imóveis próprios, ou seja, do patrimônio, bem como para desempenhar controle, participação e administração de outras sociedades. Nesses aspectos, a empresa é criada para agregar patrimônio por meio de um CNPJ (cadastro nacional das pessoas jurídicas), possibilitando a diminuição tributária e a organização patrimonial, o que pode gerar uma considerável economia tributária, principalmente no que tange a sucessão patrimonial, sendo, portanto, uma importante estratégia de planejamento das empresas e seus herdeiros para uma futura sucessão, pois reduz gastos com inventários e transferências de bens. (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014; PETRIN; RIOS, 2014) 
“No Brasil, um elevado número de empresas são familiares e, geralmente, o processo sucessório é bastante complicado, muitas vezes gerando desentendimentos familiares na questão sucessória, acabam levando empresas sólidas à sua decadência.” (BARBOSA; JESUS, 2015, p.72). Nesse sentido a holding familiar possibilita realizar a proteção dos bens familiares estando sujeita a regras diferenciadas de tributação, proporcionando proteção principalmente diante de questões sucessórias. Em face ao exposto, propõe-se como questão problema para esta pesquisa: Quais as vantagens e desvantagens da utilização de uma holding familiar como estratégia de planejamento de sucessão patrimonial? Para responder a problemática apresentada, objetiva-se investigar os aspectos do planejamento sucessório por meio da utilização de uma holding familiar, no que tange as vantagens e desvantagens em relação ao patrimônio da família.
Barbosa; Jesus (2015) explicam que a constituição de uma holding familiar é necessária principalmente para organizar as atividades empresariais, separando áreas produtivas das patrimoniais e, utilizar-se de um tipo jurídico apropriado para conter e proteger tanto o controle como a participação em outras sociedades que possuam familiares no quadro de sócios ou exercendo funções administrativas. Silva; Rossi (2015) complementam que é fundamental realizar o planejamento societário, devendo ser analisado e escolhido o tipo jurídico que possa atender as necessidades e objetivos familiares, comvistas ao melhor desempenho da estratégia empresarial relativas ao controle societário.
Machado (2017) destaca que uma contribuição do planejamento sucessório é o auxílio e a organização da continuidade da empresa, de maneira que os administradores ou sócios fundadores podem estruturar a futura gestão ainda em vida, escolhendo os membros sucessores que assumirão a administração. Neste caso, pode o sócio fundador definir como serão tratadas as questões patrimoniais da empresa, por meio de cláusulas contratuais previamente estabelecidas, que definem a doação direcionada de suas ações ou quotas de capital, concentrando seu poder de decisão e, evitando discussões familiares na divisão de bens. (MACHADO, 2017).
A relevância dessa pesquisa consiste em contribuir com o alargamento da teoria sobre planejamento sucessório por meio da utilização de um tipo jurídico adequado para esta finalidade, neste caso, as holdings familiares. Os resultados obtidos também contribuíram para a evolução do conhecimento acadêmico dos pesquisadores que puderam compreender com maior nível de detalhamento desse assunto, dando-lhes bagagem para melhor atuação profissional futura.
Por meio de pesquisas bibliográficas e entrevistas realizadas com profissionais contábeis especialistas nos atendimentos de holdings, os achados deste estudo apresentam aos empresários e demais interessados, uma visão teórica e prática dos aspectos como vantagens e desvantagens da utilização de uma holding familiar no planejamento sucessório, evidenciando assim, aos empresários que buscam segurança às empresas familiares, uma alternativa para proteção de seus bens, e melhor planejamento do futuro sucessório.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Holding
A Lei Federal nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas, dispõe sobre as sociedades por ações e em seu artigo 2º, § 3º estabelece que “a empresa pode ter por objetivo participar de outras empresas ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.”, (BRASIL, 1976). Essa previsão legal é o que permite a utilização da figura jurídica das holdings no Brasil, sendo um tipo de empresa diferenciada, moldada não para produzir riqueza física e sim para controlar as companhias produtoras de tal riqueza (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
O Código Civil Brasileiro de 2002, reforça esse contexto de uma empresa realizando administração de outras, ao dispor em seu artigo 90, parágrafo único que “Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias” (BRASIL, 2002). Assim, compreende-se que a pessoa jurídica é um bem patrimonial que pode ser objeto de negociação em sua universalidade, ser arrendada, oferecida em garantia real, e o empresário pode ainda vender qualquer fração da mesma, ou adquirir qualquer parte de outra empresa incorporando às atividades mercantis, que é característica da holding.
A utilização da holding é entendida como uma complementação administrativa para as pessoas jurídicas, entretanto, o maior benefício dessa solução é para as pessoas físicas, pois uma holding atua como titulares de bens e direitos, o que pode incluir bens móveis, bens imóveis, participações societárias, propriedade industrial (patente, marca etc.), investimentos financeiros, entre outros e, habitualmente, as pessoas mantêm esses bens e direitos em seu patrimônio pessoal (LODI; LODI, 2012; BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014). 
Nesse sentido, considerando as particularidades de cada pessoa ou cada família, se faz necessário o estudo e elaboração de uma solução específica para cada situação, de modo a atender as especificidades de cada negócio ou conjunto de negócios (MAMEDE; MAMEDE, 2017). A solução específica citada neste caso é a constituição de holdings, que mesmo sendo um tipo jurídico, pode apresentar configurações diferenciadas conforme os objetivos que se destina, podendo também ser utilizada como proteção às transferências patrimoniais, continuidade e longevidade das sociedades administradas (LODI; LODI, 2012).
As sociedades constituídas sob a forma de holding, podem possuir classificação diferenciada, de acordo com a finalidade a que se destinam, pois mesmo que seu objetivo principal seja a participação e administração societária, nada impede que tenham objetivos secundários. Entre essas classificações, tem-se: holding pura, holding mista, holding de administração, holding de organização e holding familiar (PETRIN; RIOS, 2014; MACHADO, 2017).
A sociedade do tipo holding pura é constituída não com o objetivo de simplesmente titularizar participação, mas com o objetivo de centralizar a administração das atividades realizadas por todas essas sociedades, controladas, ou seja, seu objetivo único é participar de outras empresas por quotas ou ações, não explorando outras atividades. (PETRIN; RIOS, 2014; MAMEDE; MAMEDE, 2017; MACHADO, 2017).
Já a holding mista é uma sociedade que não se dedica exclusivamente à titularidade de participação ou participações societárias, dedicando-se simultaneamente a atividades empresariais de produção, circulação de bens e prestação de serviços (PETRIN; RIOS, 2014; MAMEDE; MAMEDE, 2017; MACHADO, 2017). Na visão brasileira por questões fiscais e administrativas a holding mista é a mais utilizada prestando serviços civis ou eventualmente comerciais, mas não industriais (LODI; LODI, 2012).
A holding de administração, como o próprio nome sugere, tem por objetivo a centralização da administração de outras sociedades, estruturando planos de atuação, definindo estratégias mercadológicas, distribuindo orientações gerenciais e, se necessário, intervindo diretamente na condução das atividades negociais das sociedades controladas ou, a partir de ajustes com os demais sócios, nas sociedades em que haja mera participação societária (LODI; LODI, 2012; MACHADO, 2017).
A sociedade do tipo holding de organização, não demanda efetiva coordenação administrativa, podendo ser constituída por meio de pequenas participações, em determinada estruturação societária, para dar a conformação que se planejou, o que não raro implica a assimilação de parâmetros fiscais, negociais, entre outros, não exercendo o controle societário (LODI; LODI, 2012; MACHADO, 2017).
E um assunto que vem ganhando destaque é a holding familiar, pelos benefícios que tem evidenciado quanto ao planejamento societário para proteção do patrimônio da família. Assunto abordado com mais detalhamento no tópico seguinte. 
2.2 Holding Familiar
A holding familiar é constituída por integrantes de uma família, com o objetivo de segurar, manter, controlar, guardar o patrimônio familiar por meio de uma empresa. Neste caso, a holding não é especifica, podendo tanto ser do tipo mista ou pura, conforme os objetivos que a família propõe e sendo diferenciada pela composição de integrantes da participação do patrimônio da empresa (LODI; LODI, 2012).
Mamede (2017) explica que a holding familiar não é um tipo específico de holding e, sim uma contextualização destinada a atender determinada família. Assim, sua característica principal é a sua constituição por membros de uma família para planejamento próprio pertinente a particularidades familiar, considerando os aspectos de organização e administração desse patrimônio, otimização fiscal e sucessão hereditária.
Essa estrutura societária de uma holding familiar é útil para a organização adequada das atividades empresariais de uma família ou até mesmo de pessoa física, segregando aquilo que é destinado ao operacional e desempenho das atividades comerciais e industriais do que é patrimonial, funcionado assim, como uma proteção tanto ao patrimônio como à participação e ao controle em outras sociedades (MAMEDE; MAMEDE, 2017).
Nesse sentido, pode-se considerar a holding familiar como uma ferramenta estratégica de atuação do no mercado, que possibilita a elisão fiscal com uma tributação mais favorecida e com um perfil mais profissionalizado perante instituições financeiras e investidores. Criada para controlar o patrimônio da família, com ou sem participaçãoem outras sociedades ou atividade empresarial distinta. A operacionalização de uma holding é um trabalho delicado e, altamente recompensador (LODI; LODI, 2012; MAMEDE; MAMEDE, 2017).
 O objetivo de constituir uma holding familiar é possibilitar a organização do patrimônio da empresa ou grupos de empresas que uma família possui, controlando e protegendo este, como apresenta Lodi; Lodi (2011, p. 4), “(...) tem por finalidade adquirir e manter ações de outras sociedades, juridicamente independentes, como o objetivo de controla-las, sem com isso praticar atividade comercial ou industrial”.
A organização e proteção patrimonial que a holding familiar possibilita é materializada pela separação dos bens patrimoniais, transferindo-os para a holding e deixando nas empresas administradas por esta holding apenas a parte operacional da atividade. Dessa forma os riscos da atividade não afetarão o patrimônio familiar por este pertencer a outra empresa. Além disso, os familiares não serão sócios diretos das empresas que executarem as atividades comerciais e industriais, e sim da holding que realiza a administração desse grupo empresarial (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
Nesse cenário, em caso de falecimento do sócio, as quotas inventariadas serão as da holding familiar e não das empresas que realizam as atividades operacionais comerciais, proporcionando estabilidade sucessória. (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014; MACHADO, 2017). Geralmente o filho mais velho seria o único beneficiado, ficando aos demais submetidos ao poder do filho sucessor. No decorrer do tempo, as famílias foram buscando meios de garantir a todos os filhos o direito de usufruir dos bens familiares e começaram a adotar partilhas divididas igualmente entre todos os herdeiros.
“A formação de empresa holding familiar promove a reunião de todos bens pessoais no patrimônio desta sociedade, oferecendo a seu titular a possibilidade de entregar a seus herdeiros as cotas ou ações, na forma que entenda adequada e proveitosa para cada um” (OLIVEIRA, 1995, p.10).
Mamede; Mamede (2014), explicam que na realização de transferências patrimoniais das pessoas físicas para a pessoa jurídica, neste caso a holding familiar, em razão da integralização do capital social, poderá haver tributação do ganho de capital na pessoa física, caso os valores registrados nessa transferência patrimonial sejam superiores aos que estiverem declarados na declaração de imposto de renda da pessoa física (DIRPF). Assim, uma maneira de evitar essa tributação é efetivar a transferência destes bens pelos valores que constarem na DIRPF dos sócios.
No mundo inteiro a pessoa física é penalizada com alta tributação. Lodi; Lodi (2012) explanam que na “Suécia chega-se a cobrar 95% de imposto de renda em determinados casos; grande parte dos países chega a alíquota de 72%. A maioria está na faixa de 50% e poucos na de 25% de imposto de renda”. No Brasil não é diferente, o que justifica essa busca constante por economia tributária de forma legal por parte dos empresários e seus contadores, pois quanto menores os gastos ocorridos, maiores serão as chances de maximizar os retornos obtidos, tanto na pessoa física como na pessoa jurídica (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
Dessa forma, percebe-se a holding familiar como a única estrutura societária, que permite a possibilidade de adoção de um planejamento sucessório e blindagem patrimonial, com vistas a melhor gestão do patrimônio e das finanças da família.
Os autores (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014) apresentam um resumo das vantagens e desvantagens da utilização da holding familiar na figura 1.
	Vantagens
	Desvantagens
	· Maior agilidade na efetivação da sucessão
	· No caso de empresa operacional para a aglomeração e transferência do patrimônio sucedido, riscos quanto a obrigações geradas na atividade da pessoa jurídica que responde pelas suas obrigações com todo o seu patrimônio;
	· Facilidade de transferência das quotas, inclusive em vida, para os sucessores.
	· Para alienação de determinados bens, especialmente imóveis e veículos existe a obrigatoriedade de apresentação de certidões negativas de débitos da Receita Federal do Brasil;
	· Menores custos se comparados à sucessão civil
	· Se não atendidos os critérios de não incidência do ITBI, pagamento de tal tributo e do registro no caso da integralização de bens imóveis ao capital social da holding;
	· Operar sobre as quotas e/ou ações e não sobre os bens individualmente. Isso possibilita que não seja feita avaliação individualizada dos bens (custo a menos) já que todos receberão uma fração do patrimônio da empresa;
	· Casamentos dos sucessores em comunhão universal de bens ou, anteriormente a aquisição das quotas, casamento na forma de comunhão parcial e união estável, s em prévio contrato de união estável prevendo separação das quotas adquiridas. Nestes casos, os companheiros/cônjuges terão direito a parte das quotas e/ou ações adquiridas;
	· Imposição de maior dificuldade para os herdeiros se desfazerem do patrimônio adquirido/herdado, devido ao regramento quanto a venda;
	· Necessidade de assinatura de todos os herdeiros, no caso da transferência de quotas e/ou ações se dar entre os pais e os filhos, na forma de compra e venda;
	· Inexistência de tributação para compra e venda de quotas e/ou ações o que permite ao sucedido transferir suas quotas em vida aos seus sucessores sem qualquer tributação através de documento particular.
	· Patrimônio deixa de ser pessoal e particular para fazer parte de um conglomerado onde participam outras pessoas e existem outros interesses.
Figura 1. Vantagens e desvantagens da holding
Fonte: BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA (2014).
Conforme observa-se na figura 1, a utilização de holding para organização e proteção do patrimônio familiar possui inúmeros benefícios, entretanto, também possuem as desvantagens. Diante disso, Lodi; Lodi (2012) ressalta que a holding familiar é uma alternativa em que suas maiores contribuições são para as pessoas físicas e funciona apenas como uma complementação técnica e administrativa para as pessoas jurídicas. Pois ao possuir ações majoritárias de outras empresas, concentra a administração e o controle de grupos empresariais, evitando sucessivas alienações e heranças.
2.3 Blindagem Patrimonial x Proteção Patrimonial
A constituição de pessoas jurídicas sob a forma de holding familiar traz benefícios em diversas situações como: partilhas, casamentos, divórcios, passamentos, disposições de última vontade, heranças, reconhecimento a colaboradores de longa data, desenvolvimento de liderança na família, entre outras (GOUVÊA, 2018). Como já abordado, o objetivo principal da constituição de uma holding familiar é a proteção do patrimônio, e essa proteção pode ser confundida com o termo “blindagem patrimonial”. A proteção patrimonial tem como objetivo antecipar possíveis problemas e resguardar bens por meio uma série de ações que reduzem os riscos de perda do patrimônio, seja ele empresarial ou familiar.
A blindagem patrimonial se caracteriza como um conjunto de ações cujo objetivo é o de defender o patrimônio pessoal contra as chamadas contingências externas (CAMARGO, 2017). O termo “blindagem patrimonial” pode trazer a sensação que o patrimônio estará totalmente protegido, porém existem fatos que podem tornar o patrimônio dos sócios vulnerável de execução, dentro de uma holding.
Observando esse aspecto, os sócios que optam pelo formato de holding familiar devem entender que no exercício de atividades empresariais, assumem uma personalidade jurídica, ou seja, a empresa em si, que permite o usufruto dos benefícios que dela possam existir, bem como os riscos na relação. 
Nesse contexto, destaca-se o artigo 1.024 do Código Civil Brasileiro de 2002 que estabelece: “Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais” (BRASIL, 2002). Isso implica que em caso de execução dívidas da sociedade, os bens no nome da mesmasão os primeiros a serem afetados, tornando o bem de um sócio no caso de holding familiar vulnerável a ser executado. Nesse sentido, justifica-se o que alguns autores pontuam, em relação a separação do patrimônio em uma única empresa com a função de holding, deixando as atividades operacionais em outras empresas administradas por esta, visto que são as atividades comerciais e industrias que oferecem maior risco (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014). Dessa forma reduz-se o risco da execução de bens nas holdings.
Outro artigo do Código Civil Brasileiro que merece atenção é o artigo 50, por definir que o abuso de personalidade jurídica é caracterizado pelo desvio de finalidade da sociedade ou pela confusão patrimonial, bens da empresa e bens dos sócios. E acrescenta ainda que nestes casos de abuso de personalidade jurídica, o juiz pode por meio de requerimento da parte ou do Ministério Público, intervir no processo e executar os bens particulares dos sócios ou administradores para honrar os compromissos da sociedade (BRASIL, 2002).
Para compreender melhor os fatores que descaracterizam a personalidade jurídica das empresas, o próprio artigo 50 do Código Civil Brasileiro complementa que o abuso se caracteriza pelo excesso cometido pelo empresário no exercício de suas atividades empresariais, o autor incorre em transgressão legal ao dispositivo expresso em lei. O desvio de finalidade que se caracteriza pela inobservância do objeto social principal para o qual a empresa foi constituída. Já a confusão patrimonial é decorrente de situações em que o próprio sócio é incapaz de tratar o patrimônio social como alheio, ocorrendo, por conseguinte, confusão que inviabiliza a distinção patrimonial e, a fraude se caracteriza pela transgressão legal, bem como na promoção de prejuízos deliberados à terceiros (FONSECA, 2015). Segundo Diniz (2005), constitui fraude contra credores a prática maliciosa, pelo devedor, de atos que desfalcam o seu patrimônio, com a finalidade de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios alheios. 
Os presentes artigos demonstram situações em que os bens particulares do administrador ou sócio podem não estar totalmente resguardados, observando aspectos como o abuso da personalidade jurídica. É importante ressaltar que caso ocorram estas situações de abuso da personalidade jurídica, a holding familiar não terá efeito de blindagem patrimonial. A holding é uma alternativa para a proteção do patrimônio de forma lícita e, nos casos destacados acima, não tem eficácia a proteção patrimonial pois abusar da personalidade jurídica é crime. A holding não tem validade para acobertar situações ilícitas.
A holding familiar possui seus benefícios oriundos da personalidade jurídica, porém a mesma tem restrições que se não forem cumpridas acarretam na execução dos bens dos sócios participantes. A eficácia da proteção do patrimônio depende, portanto, de planejamento sucessório, do tempo e da forma com que os sócios conduzem suas vidas, ou seja, os mesmos têm conhecimento dos seus direitos e obrigações, e caso agirem de forma danosa ao seu patrimônio, serão responsabilizados legalmente por isso (SILVA; YAMASHITA, 2013). 
2.4 Planejamento Sucessório 
Quando se aborda planejamento sucessório, está se referindo ao ato de pensar e organizar a sucessão empresarial antes do falecimento do sucedido, ainda que seja um assunto tabu para o mesmo. Se não for tratado e conduzido em vida os negócios poderão ter dificuldade após o falecimento do gestor, com situações de disputa de patrimônio e de poder de gestão entre os herdeiros, dispersando o foco das atividades operacionais da empresa (OLIVEIRA, 2010).
Em uma holding familiar constituída para organizar a sucessão patrimonial, para que ela funcione à sua finalidade, o patrimônio deverá estar efetivamente de posse da empresa, ou seja, os bens das pessoas físicas serem todos transferidos para a holding. Essa transferência de patrimônio já formado para o sucedido (pessoa jurídica) pode ocorrer sob três maneiras: i) doação; ii) compra e venda; iii) integralização do capital social (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
A transferência de bens por meio da integralização de capital é considerada a melhor opção por dois motivos: a) possibilidade de isenção do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), previsto no artigo 36 do Código Tributário Nacional (CTN), juntamente com o artigo 156, inciso II, §2º, inciso I, da Constituição Federal de 1988; b) a redução de burocracia para a transferência de bens imóveis devido a possibilidade de ser efetivada por meio de contratos particulares tais como os atos de constituição ou de alteração de sociedades, devidamente registrados no Registro do Comércio (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014; MACHADO, 2017).
Já a transferência de bens imóveis por meio de doação, é uma opção onerosa pois sempre terá a incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis e doação de bens e direitos (ITCD), de competência estadual, sendo sua alíquota definida pelos estados, podendo chegar até 4% sobre o valor representativo da doação. Enquanto a alternativa de transferência por meio de compra e venda, ocorrerá tributação somente caso haja ganho de capital e, a maneira de reduzir essa tributação na pessoa física, conforme já abordado anteriormente, é realizar a transação de transferência pelos mesmos valores declarados desses bens, na declaração de imposto de renda da pessoa física. Essa forma de redução de imposto de renda sobre ganhos de capital é válida tanto para opção de compra e venda, como para integralização de capital social (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
Após a transferência do patrimônio do sucedido para a holding, o gestor terá direito de usufruto e poderá fazer a partilha somente das cotas/ações aos seus herdeiros, pois a partir da transferência, os bens serão de propriedade e sob o poder da holding. Assim, é possível organização a transferência das ações/quotas em vida, porém, os sucessores só poderão dispor integralmente do direito de propriedade quando o sucedido vier a óbito (MACHADO, 2017).
Essa utilização da holding mostra uma larga vantagem na questão de transferência de bens como a inexistência do ITCD (imposto de transmissão causa mortis), não ocorre já que a propriedade não é transmitida pela morte, mas sim por ato voluntário do sucedido. Outra despesa que desaparecerá é o inventario dos bens (salva exceção se o sucedido tiver bens que estejam fora da holding) (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
Na Tabela 1 elaborada com base na pesquisa de Prado (2011) a seguir, é possível verificar vantagens da holding familiar relação aos gastos tributários em casos de inventários.
Tabela 1. Diferenças na tributação de Holdings, em inventários
	Eventos
	Holding Familiar
	Inventário
	ITCMD
	Doação com usufruto % na doação e % na extinção
	4% em alguns estados
	Tempo do inventário
	15 dias em média
	Alguns anos
	Tributação dos Rendimentos de aluguéis
	11,33%
(IR + CSLL + Pis + Cofins)
	27,5%
	Tributação de venda de Bens Imóveis
	5,93%
	15%
	Sucessão entre cônjuges, conforme novo Código Civil
	Cônjuge é herdeiro necessário, dependendo do regime de casamento.
	Cônjuge é herdeiro necessário, dependendo o regime de casamento.
Fonte: (PRADO, 2011).
A empresa que fez opção pelo lucro presumido, e receba aluguéis, a tributação é de 14,53% sendo 3% de COFINS 0,65% de PIS, 8% de IRPJ e adicional se houver e 2,88% de CSLL, enquanto uma pessoa física que receba um valor significativo decorrente de aluguéis, será tributada em até 27,5% pelo Imposto de Renda sobre os valores recebidos. (MACHADO, 2017. p. 34).
3 MATERIAL E METODOS
Essa pesquisa se caracteriza como descritiva, visto que visa descrever características de uma determinada população ou fenômeno, sem ocorrência de interferências no objeto estudado, conforme estabelece Gil (2008). Neste estudo serão apresentadas as características da figura jurídica da holding familiar, destacando seus efeitos como escolhapara uma pessoa física que planeja transferir seu patrimônio em nome de uma pessoa jurídica e as vantagens e desvantagens desse processo, sem exercer qualquer tipo de interferência no objeto estudado.
Quanto a abordagem será do tipo qualitativa, já que este tipo não considera a representatividade numérica do estudo e, sim com a compreensão em nível mais detalhado do objeto estudado (GOLDENBERG, 1997). Nesse sentido serão desenvolvidos análises e estudos das informações bibliográficas e as fornecidas pelos entrevistados, para compreender o seu contexto e buscar a resposta para a problemática apresentada.
Para atingir o objetivo proposto, inicialmente realizou-se a pesquisa bibliográfica que tem como característica ser desenvolvida a partir de livros e artigos científicos, embora todas as pesquisas sejam baseadas em outros materiais, existem aquelas que são apenas baseadas em fontes bibliográficas (GIL, 2008, p. 50). Neste estudo foram utilizados artigos científicos e livros de autores renomados para desenvolvimento da parte teórica, dando suporte para a coleta e análise dos dados.
Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista por meio de um roteiro semiestruturado. Foram realizadas duas entrevistas, sendo a primeira com um profissional que atua especificamente no seguimento de consultoria contábil em holdings e a segundo com um empresário gestor de uma holding familiar. Ambos os roteiros de entrevistas estavam estruturados com 10 questões com o objetivo de coletar informações a das características de funcionamento de um holding, bem como a visão do entrevistado a respeito do assunto e, os apontamentos sobre vantagens e desvantagens, de modo que permitisse obter dados suficientes para responder a problemática proposta.
Para realizar a análise de dados optou-se pela análise de conteúdo teórico e empírico, confrontando assim as informações de cada entrevistado, buscando relações entre si e também com a literatura abordada sobre o tema. Para melhor sintetizar os pontos principais foram elaboradas figuras ilustrando os principais pontos de comparações, observando aspectos tributários, reforçando as vantagens e desvantagens na utilização da holding familiar como opção de planejamento sucessórios, tributário e proteção patrimonial. 
4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Esta seção da pesquisa está dividida em duas etapas. Sendo a primeira contendo a apresentação dos dados coletados nas duas entrevistas, de modo que primeiro são expostas as informações do primeiro entrevistado e, no item seguinte a do segundo entrevistado. E na última parte, apresenta-se a discussão dos resultados.
4.1 Apresentação dos dados: entrevista 01
Os dados foram coletados por meio de duas entrevistas, uma com um empresário e outra com um profissional consultor contábil especialista em holdings. A seguir serão apresentadas as informações, sendo primeiro a entrevista do profissional e na sequência a do empresário. 
O profissional contador e consultor especializado no atendimento de holdings possui 35 anos de experiência em contabilidade e desse total 16 anos são exclusivamente atendendo holdings, evidenciando a competência e plenas condições de contribuir com esta pesquisa. Ele é qualificado como contador e advogado com especialização nas áreas tributária, societária e empresário contábil.
O entrevistado foi escolhido por conveniência devido o mesmo ter concordado em participar da pesquisa e pela sua especialidade no assunto. A entrevista foi realizada no escritório do entrevistado situado na cidade de Goiânia, no dia 11 de novembro de 2019, teve duração de 5 horas e 20 minutos, nesse período de entrevista teve gravação de 17 minutos somente das respostas das 10 perguntas referentes ao questionário. 
Questionou-se sobre qual o principal motivo de as empresas buscarem seus serviços/conhecimentos para constituírem holdings? E como resposta o entrevistado informou: Normalmente os clientes estão buscando proteção do patrimônio contra alguma eventualidade e economia na questão de tributos.
Indagou-se sobre a proteção patrimonial, como resposta o entrevistado explicou que: A proteção básica que entendo seria não misturar bens imóveis, bem de valor, com bens operacionais da empresa, então se a empresa possui bens imóveis serão administrado por uma holding, para não participar da atividade operacional, assim os bens ficaram protegidos, em caso de litígios com fornecedores, credores e entre outros que estão ligados a parte operacional da empresa.
Indagou-se também sobre questão jurídica de inventário por falecimento com a constituição da holding? O entrevistado respondeu: A holding indiretamente já uma supressão de inventário, não que o inventário vai ocorrer em um determinado momento, mas se a conversão dos bens da família para uma holding é durante a vida do sócio do patrimônio, será diminuído o volume de patrimônio a ser passivo de inventário para os filhos e o reflexo natural é a economia de tributo. A constituição da holding também evita problemas para os filhos no caso da divisão de bens de uma família. 
Perguntou-se constituição da holding normalmente se dá por qual tipo societário? O entrevistado respondeu: Tipo societário em si vai depender muito, do que se tem envolvido em termo patrimônio ou de questões envolvidas. Se tem uma família por mais que tenha um patrimônio avantajado, tem horas que dependendo do regime de casamento tem que se lançar mão de constituir aquilo em uma sociedade em anônima, principalmente os casados mais antigos que são casados em regime universal de bens e que não são permitidos para eles constituírem sociedades em comum. Pode ser também uma empresa limitada que juridicamente ter uma segurança no contexto de direitos terceiros com relação aos sócios vai depender também do conjunto de bens envolvidos e alguns casos podem ser constituídas por S.A.
Questionou-se se há procura por holding financeira ou isto é muito raro? Como fica a questão familiar? O entrevistado respondeu: Geralmente quem trabalha em holding financeira não tem interesse de transmitir aquilo como atividade de característica pura para o filho, ele vai transmitir resultado dela. Os resultados podem virar imóveis ou tipos investimentos ou próprio ativo da empresa, mas nunca houve procura nesse caso.
Questionou-se quais as vantagens fiscais que percebe com a criação de uma holding? E as desvantagens? O entrevistado respondeu: Acredito que as vantagens são em quantidades maiores e são poucas desvantagens, até porque se fosse desvantagem você não iria criar ela naquela condição para gerar mais impostos que deviam e tem horas que mais impostos podem trazer outra vantagem, uma segurança ou alguma coisa que está buscando que compensaria agregar aquele custo tributário que está sendo aumentado. Muitas vezes tem conjunto de empresas no regime simples nacional, por exemplo, que tributariamente estão pagamento menos tributos, se resolver juntar várias empresas e criarem uma holding, para fazer um planejamento sucessório, tem-se que tabular como será a economia, e verificar se compensaria. Também nem sempre a tributação do simples nacional ficará tão a quem, do que poderia ser numa sociedade tributando lucro presumindo, portanto tem atividades que no regime do simples pagaria bem mais tributos.
Continuou explicando que, quando se fala em transformar, tem que se pensar naquela característica na conversão do patrimônio, ou para holding, ou depois da holding para os filhos, nesse caso entraria um ganho de economia. Nesta hora os bens que rendem tipo imóveis de aluguel, fazenda que tenham arrendamento, isto tributado no caso de exercer 100% atividade rural, vai tributar como atividade rural, com algumas restrições, mas quando se tratar de alugueis de bens imóveis, tudo relativo na pessoa física irá tributar na declaração, seja ele alugado para pessoa jurídica ou pessoa física.
Abordou ainda que se para pessoa jurídica irá ter retenção de imposto, para pessoa física em relação ao limite legal, terá que se recolher o carnê leão e depois tributartudo isso na declaração de imposto de renda, de qualquer uma dessas formas irão tributar 27%. Na pessoa jurídica, com o custo contábil e para atendimento regularidade fiscal na constituição dessa holding, se for só para essa natureza, esse valor de receita tem que valer a pena, pois economia tem. Seguramente a economia será bem superior entre 15% à 16% em relação pessoa física no caso de receita de aluguel. As desvantagens seriam no aspecto de empresas no regime simples nacional, além disso algumas questões de vendas de imóveis que implicariam em tributações mais elevadas em algumas situações, mas também tem alternativas técnicas para fazer esses tipos de transações tentando equilibrar esse custo.
Questionou-se sobre se contabilmente falando muda muito o tratamento de uma holding? O entrevistado respondeu: Não muda nada, seriam quais empresas ela controla, no que tem relação com o patrimônio puro. Na conversão virará ativo para ela e na participação de outras sociedades também. Com isso, dentro do balanço de apurações, o que ela vai controlar de outras sociedades na hora de apurar a equivalência, são aspectos que criam situação nova no contexto de holding ou que podem criar, mas no geral é só ativo.
Indagou-se também sobre se o entrevistado atua apenas na constituição ou também orienta a parte administrativa da holding? O entrevistado respondeu: Trabalhamos na parte constituição e sucessão de patrimônio. Não atuamos na parte administrativa.
Questionou-se também se em termos de adaptação e quebra de cultura, a constituição de uma holding impacta muito na organização? E como resposta o entrevistado respondeu: de certa maneira impacta para quem ainda não tem uma vivencia no meio empresarial, por que quando falamos de holding familiar, são famílias que construíram seu patrimônio ao longo da vida, com o seu suor, com sua dedicação e quer deixar aquilo, de certa maneira, tranquilo para os filhos. 
Apontou ainda que então, a princípio, a ideia de quando se pensa em holding familiar, ela tem muita relação com esse contexto e quando uma família busca uma orientação profissional nesse sentido, ele vai saber que alguma mutação desse patrimônio vai ocorrer, assim, ele como profissional tem que criar uma estrutura para ele de empresas, uma holding ou mais de uma, ou ramificando de um jeito ou de outro, de maneira que atenda os propósitos que estão se criando ali, mas que seja da forma mais fácil pra aquela família, principalmente quando ele ainda não tenha empresas ou não está acostumado com esse trato empresarial, por que ele vai criar rotinas. 
Continuou explicando que, então receitas que ele tem habitualmente no nome dele, que gasta, emite o cheque, transferências, ou situações meio que automáticas que se misturam com a vida da pessoa, a empresa teria que separar isso, até por questão de não dar confusão patrimonial, em questão de responsabilidade em algumas questões tributárias ou em alguma situação. Mas quando a família já é do ramo empresarial, tem empresas muito grandes, ou medias, ele já tem uma noção do trabalho que aquilo dá, principalmente no aspecto operacional de controles, de contabilidade, atender essas demandas, necessidades do contador do escritório que assessora ele em relação a maneira de fazer as coisas, documentar. Isso para quem já tem empresa, de certa maneira uma vida trazida pela holding não vai mudar muito, talvez uma empresa a mais para ele gerir diferente, mas pra quem não tem, já sente uma diferença, principalmente no que se trata financeiramente ai é uma quebra de paradigma. 
Questionou- se sobre qual a ligação da constituição de uma holding com a sucessão patrimonial? E o entrevistado respondeu: A ligação principal dela é que ela pode ser uma base, então se cria uma holding para gerir algum determinado interesse. Se tem uma empresa que tem várias empresas ou uma empresa que detêm controle de vários tipos de empreendimentos, essa holding pode gerir isso e depois naturalmente será uma plataforma para sucessão patrimonial para os filhos. Então na sucessão desses bens, no que tem relação com cotas que estejam dentro da holding, para os filhos ele já é a base. Depois é só desenvolver a ligação básica, não tem como fazer uma sucessão feita cuidadosamente se não tem uma holding básica planejada para aquilo. Então, a princípio, uma coisa puxa outra, não necessariamente tem que se fazer as duas coisas, mas na holding, se está organizando uma base para o controle de alguma coisa, ela já pode ser plataforma para sucessão, seja ela sucessão de patrimônio ou gestão, as duas coisas cabem aí ao meu ver.
Durante a conversa, um dos exemplos citados pelo entrevistado foi um trabalho realizado, no qual ele foi acompanhar uma fiscalização da Receita Federal do Brasil. Ele constatou que no Estado de Rondônia onde a transportadora situava, devido ao alto faturamento da empresa que chegava a ultrapassar 70 milhões de reais anualmente, a mesma passava por fiscalizações frequentemente. Ao acompanhar essa fiscalização e estudar muito sobre a empresa que possuía 16 filiais em todo país, ele passou uma proposta de consultoria para o empresário. O consultor dividiu a empresa em 5 outras novas empresas, dessas, 3 eram segmentações das 16 filiais, o mesmo criou uma para colocar o bem mais valioso da empresa que são os caminhões essa empresa propriamente dita é a holding com o objetivo de gerir as outras 4 empresas, e se proteger de novas fiscalizações e autuações do fisco. Além disso, mudou a sede da empresa de Rondônia para São Paulo, pois nesse estado possui empresas com faturamentos elevados que em tese, diminuiriam a atenção da fiscalização.
4.2 Apresentação dos dados: entrevista 02
Para ampliar o entendimento sobre o assunto, optou-se por entrevistar um empresário que atue com holding. O segundo entrevistado é proprietário de duas empresas no ramo de educação, com projeto de expansão de mais uma até 2020, as mesmas atendem crianças de 2 a 6 anos de idade. O entrevistado possui 6 anos no mesmo ramo de atuação, e sua formação profissional é em administração. O mesmo concordou em realizar a entrevista por conveniência. 
A entrevista foi realizada na sede da empresa que reside na cidade de Aparecida de Goiânia no dia 13 de novembro de 2019, teve duração de duas horas e vinte cinco minutos. Foram gravadas somente as dez perguntas do questionário. A empresa é estruturada como uma holding que administra as duas unidades. É estruturada como uma holding que controla as empresas 1 e 2. A empresa é administrada por dois sócios que são um casal. 
Questionou-se ao entrevistado de quem partiu a decisão de transformar-se em uma holding? Foi uma questão de planejamento? E, o mesmo respondeu que recebeu orientação de um amigo contador. Após a orientação vi que necessitava de um planejamento sucessório. 
Indagou-se também se a ideia da criação de uma holding foi bem aceita ao primeiro momento? É uma holding familiar? Ao primeiro momento fiquei muito surpreso com a ideia de constituir uma holding para planejamento sucessório, após ver os benefícios achei a ideia muito vantajosa. Foi constituída no formato de holding familiar.
Questionou-se sobre quais foram as principais adaptações realizadas na empresa? Houveram diminuições ou realocações no quadro de empregados? Existe acúmulo de funções? Um gestor trabalha na holding e também em alguma empresa do grupo? Como funciona isso? E, o que mudou foi que as unidades 1 e 2 estão subordinadas ao berçário holding. Não houve diminuição no quadro de empregados e não existe acumulo de função. Os dois gestores trabalham também nas empresas do grupo, cada um administra uma unidade. 
Indagou-se sobre se há pretensão de que essa decisão viabilize uma sucessão patrimonial? E o entrevistado respondeu: Sim, fizemos com esse intuito de sucessão patrimonial, porem esse processo de transição ainda vai demorar. Meus filhos estão decidindo a dar continuidade na empresa.
Questionou-se também se os sucessores optarem por não seguir na empresa, como será administrado isso? E o entrevistado respondeu:a ideia é que se dê continuidade ao negócio, nesse caso acionaria ao meu contador para tomar minha decisão. 
Questionou-se sobre se houve influência da questão tributária para a decisão? Se sim, os resultados melhoraram? E o entrevistado respondeu: no início não houve influência tributária, porem eu vi vantagens significativas de economia em tributos. Tomei a decisão primeiramente pensando na questão da sucessão patrimonial.
Indagou-se também se com relação à contabilidade, vocês decidiram que ela seria centralizada? Houve muitas mudanças na escrituração contábil? A administração centralizada permite, de fato, um melhor acompanhamento da saúde financeira? A empresa aderiu às boas práticas de gestão e a governança corporativa? E o entrevistado respondeu: no meu ponto de vista sim, antes eu tinha alguns problemas com documentação e hoje quase não tenho problemas e simplificou muito a minha vida. Estamos implantando um novo modelo de gestão e governança.
Questionou-se sobre o fato de isenção de inventário colaborou para a escolha? Por quê? E o entrevistado respondeu: Sim, influenciou muito, como já disse tivemos uma redução significativa em tributos e ira influenciar diretamente na sucessão do patrimônio, pelo fato de ter que pagar menos tributos.
Indagou-se também se visando a proteção do patrimônio do grupo, o senhor acha que foi uma opção inteligente e saudável para a instituição? Ao seu ponto de vista, quais os pontos fortes e fracos da criação de uma holding? Sim, ficou mais fácil de administrar as unidades que tenho. Meu contador disse que em casos de alguma ação trabalhista, dívidas, problemas com relação a minha empresa, os imóveis e bens que não estão ligados à parte operacional da empresa, estariam protegidos.
Indagou-se também se de fato, a diretoria está ligada intimamente com a decisão, acha que esta escolha foi pensando na segurança do grupo ou os benefícios fiscais? E o entrevistado respondeu: sim, eu quem tomo as decisões do grupo, no início foi pensando na segurança do grupo e hoje aproveito de ambos os benefícios.
Como o objetivo geral deste trabalho é a verificação dos aspectos da sociedade empresária com o propósito de entender a sucessão do patrimônio de determinada pessoa ou família, as entrevistas colaboraram para melhor compreensão do tema. Após as entrevistas foi feita a transcrição e análise das mesmas, isto permitiu fazer a presente análise, primeiro sobre as proposições do estudo, em seguida procedeu-se uma análise geral.
4.3 Discussão dos resultados
Nesta última parte do tópico, realizou-se a análise das informações coletadas juntamente com a literatura pertinente. Como foram aplicados dez questionamentos para cada participante da entrevista, optou-se por agrupar os dados para a análise em 5 categorias, sendo elas: Proposição 1: motivos para criação de uma holding; Proposição 2: proteção patrimonial; Proposição 3: planejamento sucessório; Proposição 4: vantagens e desvantagens e, Proposição 5: tipo societário e contabilidade.
A proposição um, destinada a abordar sobre os motivos para se criar uma holding o entrevistado 1 informou que normalmente os clientes estão buscando proteção do patrimônio contra alguma eventualidade e economia na questão de tributos. O entrevistado 2 afirmou que influenciou muito, e houve uma redução significativa em tributos que irá influenciar diretamente na sucessão do patrimônio, pelo fato de ter que pagar menos tributos. O mesmo também informou que optou pela holding pelos benefícios de proteção do grupo.
Isso está de acordo com o exposto pelos autores Bianchini; Gonçalves; Eckert; Mecca, (2014), onde realçam que se tira proveito na sucessão patrimonial na questão tributária comparado a sucessão por meio de um inventário por falecimento como a inexistência do ITCD que só incide no caso do inventário por morte. Apresenta-se a síntese dessa proposição na Figura 2.
	Entrevistado 01
	Entrevistado 02
	Literatura
	Normalmente os clientes estão buscando proteção do patrimônio contra alguma eventualidade e economia na questão de tributos.
	Influenciou muito, como já disse tivemos uma redução significativa em tributos e ira influenciar diretamente na sucessão do patrimônio, pelo fato de ter que pagar menos tributos.
	BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, (2014).
Figura 2. Motivos para criação de uma holding.
Segundo os autores Lodi; Lodi, (2012) a solução específica citada neste caso é a constituição de holdings, que mesmo sendo um tipo jurídico, pode apresentar configurações diferenciadas conforme os objetivos que se destina, podendo também ser utilizada como proteção às transferências patrimoniais, continuidade e longevidade das sociedades administradas (LODI; LODI, 2012). A proposição é confirmada pelos autores em relação aos entrevistados, nos motivos de se criar uma holding que se sintetizam em proteção patrimonial, economia tributária e planejamento sucessório.
A proposição dois, aborda a proteção patrimonial, em que o entrevistado 1 frisou que o objetivo da holding seria constituir cadeias de proteção através da segmentação das empresas em parte operacional e administrava (a holding propriamente dita) onde a proteção básica seria não misturar bens imóveis, bem de valor, com bens operacionais da empresa, então se a empresa possuem bens imóveis serão administrados por uma holding, para que não possam participar da atividade operacional assim os bens ficarão protegidos, em caso de intrigas com fornecedores, credores e entre outros que estão ligados a parte operacional da empresa. 
O entrevistado 2 realça que em casos de alguma ação trabalhista, dívidas, problemas com relação a minha empresa, os imóveis e bens que não estão ligados a parte operacional da empresa, estariam protegidos. Gouvea (2018) também destaca situações como em caso de partilhas, casamentos, divórcios, passamentos, disposições de última vontade, heranças, reconhecimento a colaboradores de longa data, desenvolvimento de liderança na família, entre outras situações o patrimônio está resguardado. 
Segundo Bianchini; Gonçalves; Eckert; Mecca (2014) justifica-se o que alguns autores pontuam, em relação a separação do patrimônio em uma única empresa com a função de holding, deixando as atividades operacionais em outras empresas administradas por esta, visto que são as atividades comerciais e industrias que oferecem maior risco. Para Camargo (2017) a proteção patrimonial se mostra em ações cujo objetivo é o de defender o patrimônio pessoal contra as chamadas contingências externas. 
Mamede; Mamede (2017) também explanam que essa estrutura societária de uma holding familiar é útil para a organização adequada das atividades empresariais de uma família ou até mesmo de pessoa física, segregando aquilo que é destinado ao operacional e desempenho das atividades comerciais e industriais do que é patrimonial, funcionado assim, como uma proteção tanto ao patrimônio como à participação e ao controle em outras sociedades.
Em resumo os autores confirmam as proposições relatadas pelos entrevistados onde em situações como ações trabalhistas, dívidas com credores, os bens poderiam ser executados se não constituída a holding e que existem outras situações em que os bens podem ser resguardados. Essa análise está sintetizada na Figura 03.
	Entrevistado 01
	Entrevistado 02
	Literatura
	O objetivo da holding seria constituir cadeias de proteção através da segmentação das empresas em parte operacional e administrava (a holding propriamente dita)
	Em casos de alguma ação trabalhista, dívidas, problemas com relação a minha empresa, os imóveis e bens que não estão ligados a parte operacional da empresa, estariam protegidos.
	CAMARGO (2017)
GOUVÊA (2018)
BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA (2014).
MAMEDE; MAMEDE (2017).
Figura 3. Proteção patrimonial.
Na proposição três, explica-se sobre o planejamento sucessório em que o entrevistado 1 informou que a holding traz uma quebra de cultura que impacta pra quem ainda não tem uma vivencia no meio empresarial, pois famílias que constituíram seu patrimônioao longo da vida e querem transmitir de forma tranquila para os filhos, assim a holding cria uma plataforma para sucessão patrimonial. Então na sucessão desses bens, no que tem relação com cotas que estejam dentro de uma holding, poderão ser transferidos para os filhos. O entrevistado 2 informou que optou pela holding com esse intuito de sucessão patrimonial para que houvesse uma economia na transferência dos bens em vida para seus herdeiros. O mesmo foi orientado pelo contador e achou muito vantajosa a ideia da holding. 
Com base nos autores Bianchini; Gonçalves; Eckert; Mecca (2014) a utilização da holding mostra uma larga vantagem na questão de transferência de bens como a inexistência do ITCD (imposto de transmissão causa mortis), que não ocorre já que a propriedade não é transmitida pela morte, mas sim por ato voluntário do sucedido. Nesse cenário, em caso de falecimento do sócio, as quotas inventariadas serão as da holding familiar e não das empresas que realizam as atividades operacionais comerciais, proporcionando estabilidade sucessória. Resume-se as considerações desta proposição na Figura 4.
	Entrevistado 01
	Entrevistado 02
	Literatura
	A holding cria uma plataforma para sucessão patrimonial para os filhos. Então na sucessão desses bens, no que tem haver com cotas que estejam dentro de uma holding, poderão ser transferidos para os filhos
	Optou pela holding com esse intuito de sucessão patrimonial para que houvesse uma economia na transferência dos bens em vida para seus herdeiros.
	BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, (2014).
OLIVEIRA (1995).
Figura 4. Planejamento sucessório.
Segundo Oliveira, (1995, p.10) a formação de empresa holding familiar promove a reunião de todos bens pessoais no patrimônio desta sociedade, oferecendo a seu titular a possibilidade de entregar a seus herdeiros as cotas ou ações, na forma que entenda adequada e proveitosa para cada um. Então se confirmam as proposições dos autores com as respostas dos entrevistados no sentido de que o planejamento sucessório traz mais tranquilidade e estabilidade na sucessão patrimonial, podendo os sócios transmitirem os bens alocados na holding através de cotas em vida.
Quanto a proposição quatro, relacionou-se as respostas sobre as vantagens e desvantagens oferecidas pela utilização de holding: em questões tributárias o entrevistado 1 informou que no formato de holding o bens podem ser transferidos em vida, isso geraria uma economia tributária comparado ao inventário. Mesmo assim o inventário pode ocorrer num valor menor devido a bens de subsistência da pessoa física. O entrevistado destaca também que em casos de receita de aluguel na pessoa física a tributação de IR é de 27,5% enquanto na pessoa jurídica com o custo contábil a economia de seria em torno 15%. As desvantagens seriam no caso de empresas do regime de simples nacional, além disso, em algumas questões de vendas de imóveis que teriam uma tributação mais elevada. 
O entrevistado 2 informou que não optou pela holding pensando em vantagens tributárias inicialmente, mas sabe que teria em uma situação de transmissão de bens. Segundo Machado (2017) a empresa que fez opção pelo lucro presumido, e receba aluguéis, a tributação é de 14,53% sendo 3% de COFINS 0,65% de PIS, 8% de IRPJ e adicional se houver e 2,88% de CSLL, enquanto uma pessoa física que receba um valor significativo decorrente de aluguéis, será tributada em até 27,5% pelo Imposto de Renda sobre os valores recebidos (MACHADO, 2017. p. 34). 
De acordo com Lodi; Lodi (2012) pode-se considerar a holding familiar como uma ferramenta estratégica de atuação do no mercado, que possibilita a elisão fiscal com uma tributação mais favorecida e com um perfil mais profissionalizado perante instituições financeiras e investidores.
Bianchini; Gonçalves; Eckert; Mecca (2014) corroboram que a transferência de bens imóveis por meio de doação, é uma opção onerosa, pois sempre terá a incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis e doação de bens e direitos (ITCD) e no caso integralização de um bem imóvel pelo valor venal do imóvel, não incidirá tributação. Os autores confirmam as proposições dos entrevistados no que diz respeito da questão tributária como uma grande vantagem quando se constitui uma holding familiar. A Figura 5, sintetiza essa opinião.
	Entrevistado 01
	Entrevistado 02
	Literatura
	No formato de holding o bens podem ser transferidos em vida, isso geraria uma economia tributária comparado ao inventário, as desvantagens seriam no caso de empresas do regime de simples nacional, além disse em algumas questões de vendas de imóveis que teriam uma tributação mais elevada.
	Não fez a holding pensando em vantagens tributárias mas sabe que teria em uma situação de transmissão de bens.
	MACHADO (2017).
BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA (2014).
LODI; LODI (2012).
Figura 5. Vantagens e desvantagens.
Já na última proposição (quinta) sintetiza-se as análises sobre o tipo societário para criação de holding e sua contabilidade de modo que o entrevistado 1 afirma que dependendo da situação como alguns regimes de casamento, não pode ser constituída em certos tipos societários. No geral as empresas constituídas em sociedade limitada que juridicamente tem uma segurança em relação a direito de terceiros, com relação aos sócios vai depender do conjunto de bens envolvidos e em alguns casos pode ser constituído por S.A. Em relação contabilidade não muda somente os bens ativos seriam convertidos para holding. O entrevistado 2 realça que com a centralização da sua contabilidade, facilitou muito a administração pois o mesmo relatou problemas com documentação antes e, que foram resolvidos após a utilização da holding. 
Bianchini; Gonçalves; Eckert; Mecca (2014) apresentam que a Lei Federal nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas, dispõe sobre as sociedades por ações e em seu artigo 2º, § 3º estabelece que “a empresa pode ter por objetivo participar de outras empresas ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.”, (BRASIL, 1976). 
	Entrevistado 01
	Entrevistado 02
	Literatura
	No geral segundo o mesmo as empresas constituídas em sociedade limitada que juridicamente tem uma segurança em relação a direito de terceiros, com relação aos sócios vai depender do conjunto de bens envolvidos e em alguns casos pode ser constituído por S.A.
	Realça que com a centralização da sua contabilidade, facilitou muito a administração pois o mesmo relatou problemas com documentação antes que foram resolvidos.
	MACHADO, 2017.
BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014.
Figura 6. Tipo societário e contabilidade.
Essa previsão legal da Lei das S.A. é o que permite a utilização da figura jurídica das holdings no Brasil, sendo um tipo de empresa diferenciada, moldada não para produzir riqueza física e sim para controlar as companhias produtoras de tal riqueza. Isso confirma as entrevistas no sentido de que a holding centraliza o controle nas tomadas de decisões em relação a outras empresas (BIANCHINI; GONÇALVES; ECKERT; MECCA, 2014).
Em face ao apresentado compreende-se as inúmeras vantagens que se tem com a utilização da figura jurídica de holding familiar, permitindo organização o patrimônio da família, gerando economia tributária e ainda contribuindo para a evolução da maneira de gestão das empresas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse estudo foi possível verificar a importância da holding familiar no planejamento sucessório, que permite um processo sucessório que ocorra decisões esclarecidas e participativas, e diminuindo futuros riscos e conflitos, realizando proteção patrimonial da família. O objetivo desse estudo é analisar como a holding familiar pode contribuir para o planejamento sucessório, no que diz a respeito as vantagens e desvantagens em relação patrimônio da família. Com os resultados obtidos, foi possível atender plenamente o objetivo proposto e responder a problemática da pesquisa.
A holding familiar é uma empresa constituída por uma família, com objetivo de segurar, manter, controlare guardar o patrimônio familiar. Neste caso, a holding é como uma ferramenta estratégica para o planejamento sucessório vem ganhando espaço nas empresas familiares, com planos para sucessão empresarial com o sócio fundador, ainda em vida, antecipando uma futura gestão, constituindo sucessores que vão dar continuidade na empresa.
Em entrevistas realizadas com profissional contábil especialista nos atendimentos de holdings, permitiu a obtenção de uma visão teórica e prática dos aspectos, vantagens e desvantagens da utilização de uma holding familiar no planejamento sucessório, porém os empresários buscam também por segurança às empresas, com alternativa para proteção dos seus bens e com o melhor planejamento sucessório.
O entrevistado 1 é profissional contador e consultor especializado no atendimento de holdings, neste caso ele informou-se que normalmente os clientes estão buscam proteção do patrimônio contra alguma eventualidade e economia na questão de tributos. O entrevistado 2 é um proprietário de duas empresas no ramo de educação, informou-se que influenciou muito na redução significativa em tributos e ira influenciar diretamente na sucessão do patrimônio, pelo fato de ter que pagar menos tributos.
Após as entrevistas pode-se concluir que a holding familiar no planejamento sucessório é muita vantajoso para empresas familiares, pois é uma proteção dos bens e ainda gera uma economia entre tributos. Visando também a prevenção de conflitos entre os herdeiros que possam tornar a continuidade de negócios, pois a transferência de bens.
A utilização da holding familiar pode ser uma solução aos empreendedores que pretendem prolongar a subsistência de sus atividades, com proteção patrimonial, evitando conflitos entre familiares e dedicando- se todas as forças para o crescimento e profissionalização da empresa.
Como limitação para realização do estudo, encontrou-se a dificuldade em conseguir mais respondentes que consentissem em participar da pesquisa, por meio de entrevista ou por meio de estudos de caso. Como sugestão para estudos futuros, o tema pode ser aprofundado em estudo das demais utilidades da holding não estudada neste trabalho é organização societária, elisão fiscal, entre outras. Assim sugere-se o examinar do tema para os empresários, acadêmicos e admiradora do estudo, porém é um tema de muita importância.
	
	
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REFERÊNCIAS
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BRASIL LEI No 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm> Acesso em 16 set. 2019.
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APÊNDICE A. Roteiro de entrevista aplicado ao profissional contábil em 2019
1. Qual o principal motivo de as empresas buscarem seus serviços/conhecimentos para constituírem holdings? 
2. Fale um pouco sobre a proteção patrimonial.
3. Como funciona a questão jurídica de inventário com a constituição da holding? 
4. A constituição da holding normalmente se dá por que tipo: pura, operacional, mista, híbrida? E por sociedade aberta ou limitada? 
5. Já houve procura por holding financeira ou isto é muito raro? Como fica a questão familiar? 
6. Quais as vantagens fiscais que o senhor vê com a criação de uma holding? E as desvantagens? 
7. Contabilmente falando muda muito o tratamento de uma holding? 
8. O senhor atua apenas na constituição ou também orienta a parte administrativa da holding?
 9. Em termos de adaptação e quebra de cultura, a constituição de uma holding impacta muito na organização? 
10. Qual a ligação da constituição de uma holding com a sucessão patrimonial?
APÊNDICE B. Roteiro de entrevista aplicado ao gestor e empresário em 2019.
1. A decisão de transformar-se em uma holding partiu de quem? Foi uma questão de planejamento? 
2. Foi bem aceita ao primeiro momento? A escolha foi por uma holding pura? É uma holding familiar?
3. Quais foram as principais adaptações realizadas na empresa? Houveram diminuições ou realocações no quadro de empregados? Existe acúmulo de funções? Um gestor trabalha na holding e também em alguma empresa do grupo? Como funciona isso? 
4. Há pretensãode que essa decisão viabilize uma sucessão patrimonial? Isso já vem ocorrendo? E o oposto? 
5. Se os sucessores optarem por não seguir na empresa, como será administrado isso? 
6. Houve influência da questão tributária para a decisão? Se sim, os resultados melhoraram?
7. A administração centralizada permite, de fato, um melhor acompanhamento da saúde financeira? A empresa aderiu às boas práticas de gestão e a governança corporativa? 
8. O fato de isenção de inventário colaborou para a escolha? Por quê? 
9. Visando a proteção do patrimônio do grupo, achas que foi uma opção inteligente e saudável para a instituição? Ao seu ponto de vista, quais os pontos fortes e fracos da criação de uma holding?
10. De fato, a diretoria está ligada intimamente com a decisão, achas que esta escolha foi pensando na segurança do grupo ou os benefícios fiscais?
 
 
 DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO 
Eu, _________________________________________________________, portador (a) da Carteira de Identidade nº __________________________, emitida pelo _________________________________________________________, inscrito (a) no CPF sob nº_______________________, residente e domiciliado(a) na rua_________________________________________________, setor _____________, na cidade de ___________________________, estado de __________________, telefone fixo (____)_______________ e telefone celular (____)________________ email:______________________________________, declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o Trabalho de Conclusão de Curso: HOLDING FAMILIAR COMO ESTRATEGIA DE PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO: UM ESTUDO SOB PERPECTIVA CONTÁBIL é uma produção de minha exclusiva autoria e que assumo, portanto, total responsabilidade por seu conteúdo. 
Declaro que tenho conhecimento da legislação de Direito Autoral, bem como da obrigatoriedade da autenticidade desta produção científica. Autorizo sua divulgação e publicação, sujeitando-me ao ônus advindo de inverdades ou plágio e uso inadequado de trabalhos de outros autores. Nestes termos, declaro-me ciente que responderei administrativa, civil e penalmente nos termos da Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Pelo presente instrumento autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA a disponibilizar o texto integral deste trabalho tanto na biblioteca, quanto em publicações impressas, eletrônicas/digitais e pela internet. Declaro ainda, que a presente produção é de minha autoria, responsabilizo-me, portanto, pela originalidade e pela revisão do texto, concedendo ao Uni-ANHNAGUERA plenos direitos para escolha do editor, meios de publicação, meios de reprodução, meios de divulgação, tiragem, formato, enfim, tudo o que for necessário para que a publicação seja efetivada.
Goiânia 10 de dezembro de 2019
_______________________________________
(Nome e assinatura do aluno/autor)
HOLDING FAMILIAR COMO ESTRATEGIA DE PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO: um estudo sob a perspectiva contábil
BRITO, Diego Neves de¹; FREITAS, Rafaella Caetano de2; ALVES, Victor Hugo Araújo3; BRITO, Adriely Camparoto4
¹, 2, 3, Estudantes do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA. 4Professora orientadora Ma. do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA.
As empresas familiares estão inseridas no contexto econômico em um elevado número no Brasil e, o processo sucessório na maioria das vezes se torna complicado, burocrático e demorado, podendo ocasionar desentendimentos entre os familiares, principalmente em relação a divisão de bens e sucessão das participações societárias, levando as empresas ao enfraquecimento. Nesse sentindo, a figura jurídica da holding familiar é uma sociedade constituída com o objetivo de administrar os bens imóveis e bens móveis da família, visando proteger o patrimônio, sem desenvolver atividades operacionais comerciais ou industriais, apenas administrando as empresas que de fato estarão voltadas para as práticas comerciais. O planejamento sucessório consiste exatamente nessa organização da sucessão empresarial com o sócio fundador, ainda em vida, podendo antecipadamente pensar em uma futura gestão, definindo e preparando os sucessores que irão dar continuidade na empresa, no caso de sua ausência. O objetivo desse estudo é analisar como a holding familiar pode contribuir para o planejamento sucessório, no que se tange as vantagens e desvantagens em relação ao patrimônio da família. Para atingir os objetivos realizou-se pesquisas bibliográficas para fundamentar a parte empírica da pesquisa que foi realizada por meio de entrevistas, sendo uma com um profissional contábil especialista no atendimento de assessoria à holdings e o outro um empresário que optou pela utilização dessa opção jurídica. As duas entrevistas permitiram realizar a comparação e a conexão das informações, contribuindo sobremaneira para a compreensão de como funciona esse planejamento sucessório, bem como seus pontos favoráveis e desfavoráveis. Diante do que foi exposto neste estudo, pode-se considerar a utilização de holding familiar como uma ótima opção estratégica para planejamento sucessório, protegendo os bens familiares e reduzindo gastos com tributos sobre as transferências patrimoniais.
PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade. Estratégia. Planejamento de sucessão. Holding.
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