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Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em solos GEOTECNIA II AULA 02 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2 Propriedade do solo que indica a facilidade com que um fluido poderá passar através de seus poros; Medida de sua capacidade em permitir o fluxo de um fluido através dele. Importância na Engenharia: Cálculo de vazões; Percolação e drenagem; Recalques e estabilidade. Permeabilidade AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 3 Permeabilidade Permeâmetro Situação sem fluxo AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 4 Permeabilidade Lei de Darcy: Percolação de água através de um solo sob a ação da gravidade; Hipóteses: regime laminar e líquido não viscoso. kiv AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 5 Permeabilidade Lei de Darcy: Q = vazão; A = área do permeâmetro; k = coeficiente de permeabilidade; h = carga hidráulica que dissipa na percolação; L = trajetória de percolação onde se dissipa “h”; i = gradiente hidráulico; v = velocidade de percolação. kiv A Q v l h i AikQ AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 6 Permeabilidade Permeabilidade Tipo de solo k a 20 ºC (cm/s) Alta Pedregulho > 10-1 Média Areia grossa 10-1 Média Areia média 10-2 Média Areia fina 10-3 Média Areia argilosa 10-5 Baixa Siltes 10-4 a 10-7 Baixa Argilas 10-3 a 10-5 Muito Baixa Argilas 10-6 a 10-7 Baixíssima Argilas <10-7 Valores Típicos OBS.: Bentonita k = 10-11 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade Métodos para medir a permeabilidade: 7 Métodos Indiretos A partir da curva granulométrica A partir do ensaio de adensamento Métodos Diretos Permeâmetro de carga constante Permeâmetro de carga variável Ensaios In situ AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade Métodos para medir a permeabilidade: Fórmula de Hazen (1948) apud Pinto (2006): 8 2 2 03,07,0 efet efet dTCk dCk C – varia de 50 a 200 (Hazen) Alguns pesquisadores: C < 50 defet = d10 (em cm) atenção k – coeficiente de permeabilidade (em cm/s) T – temperatura em graus Celsius (ºC) Válida para areias fofas. AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 9 Permeabilidade Permeâmetro de Carga Constante Indicado para solos de elevada permeabilidade; NBR 13292 (ABNT, 1995): Solo – Determinação do coeficiente de permeabili- dade de solos granulares à carga constante. AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 10 PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 11 Permeabilidade Ensaio de Carga Constante kiv A Q v l h i AikQ t V Q V = volume t = tempo Aik t V thA LV k AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 12 Permeabilidade Ensaio de Carga Constante Preparo da amostra; Saturação do CP; Estabelecer fluxo laminar, Q cte; v=ki; Impor gradiente hidráulico e medir volume ao longo do tempo. Calcular o coeficiente de permeabilidade. thA LV k AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 13 Permeabilidade Permeâmetro de Carga Variável Indicado para solos de baixa permeabilidade; NBR 14545 (2000): Solo – Determinação do coeficien- te de permeabilidade de solos argilosos à carga variável. AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 14 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 15 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 16 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 17 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Preparação da amostra Indeformada ou reconstituída (compactada) AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 18 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Preparar a base do permeâmetro (tampa inferior, tela de arame, camada de areia grossa e anel de borracha) AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 19 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Posicionar a amostra e acoplar o cilindro metálico AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 20 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Envolver o CP com argila plástica (bentonita) AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 21 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) No topo colocar anel de borracha, areia grossa e fechar com tampa superior. AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 22 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Efetuar saturação por fluxo ascendente. AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 23 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Conectar o sistema de aplicação e medição de cargas hidráulicas na tampa superior; Iniciar ensaio; Anotar: Cargas hidráulicas; Tempos; Temperatura da água. Ensaio para 4 valores idênticos de k AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 24 Permeabilidade Ensaio à carga variável (Método B) Coeficiente de permeabilidade: k = coeficiente de permeabilidade (cm/s); a = área interna da bureta de vidro (cm²); H = altura inicial do corpo de prova (cm); A = área inicial da base do corpo de prova (cm²); Δt = tempo decorrido entre o início e o final de cada leitura (s); h1 = carga hidráulica no início de cada leitura (cm); h2 = carga hidráulica no final de cada leitura (cm). 2 1ln. . . h h tA Ha k TT kRk 20 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade 25 Ensaios de campo: ensaio de bombeamento Utilizado para determinar a permeabilidade em camadas de areia e pedregulho localizadas abaixo do lençol freático em campo Com auxílio de uma bomba, faz-se o rebaixamento do poço e espera-se o nível d’água tornar estacionário AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. BittencourtPermeabilidade 26 Ensaios de campo: ensaio de bombeamento 2122 1 2ln -- 2 integrandoevariáveisasAgrupando 2 :y altura e x raio com cilíndricasuperfícieumaa aplicadaDarcyLei 2 1 2 1 yy x x Q kydy Q k x dx xy dx dy kkiAQ y y r r AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade 27 Ensaio de tubo aberto ou de infiltração Cravar tubo de sondagem no terreno até o nível desejado e preencher com água Medir a velocidade que a água sai do tubo e escoa para o solo Admite-se que a água colocada em um tubo de sondagem escoa pelo tubo segundo superfícies esféricas concêntricas AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade 28 Ensaio de tubo aberto ou de infiltração t h h r k dt dh h r k dtdhrkhdtdhrkhr IIIkhrq rk q hhhdt r dr k q dh r dr k q dh dr dh k r q II dr dh kkiv I r q v r h h 4 :hdeentescorrespondetdevariaçõesPequenas 4 /4 -- /4 (IV)e(III)equaçõesasIgualando (IV)qdt dhπr:decontinuidadaequaçãoEscrevendo )(4 1 4 -- 4 setemequação,aIntegrando 4 -- 4 (II)e(I)equaçõesasIgualando )( )( 4 :rraiodeesferaumaparaVelocidade 1 1 1 2 11 2 1 1 1 012 22 2 1 0 1 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade Fatores que interferem na permeabilidade Tamanho e forma dos grãos e distribuição granulométrica: Solos de textura mais grossa são mais permeáveis Compacidade do solo: Quanto mais fofo, mais permeável 29 2 3 2 1 3 1 2 1 11 e e e e k k AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade Fatores que interferem na permeabilidade Grau de Saturação: Em solos não saturados, as bolhas de ar obstruem a passagem do fluxo de água Estrutura do solo: Presença de macroporos em solos residuais Solos compactados no ramo seco (estrutura floculada) são mais favoráveis à passagem de água 30 saturadosaturadonão kk AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade Fatores que interferem na permeabilidade Densidade, viscosidade e temperatura da água: Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade e maior a permeabilidade. 31 TT T T Rkkk º20 º20 AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade em terrenos estratificados Valores diferentes de k devido à estratificação Comum em solos sedimentares Sugestão: 32 hv kkk AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade em terrenos estratificados Fluxo ortogonal às estratificações 33 i i ii v i v iii v i i k e e k e k e k e e k e h k h e h k h e h k h e k v h v h v h e v h e h ev k e h k e h k e h k e h kv ... ... ... ... 3 3 2 2 1 1 3 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 321 3 3 3 2 2 2 1 1 1 Área da seção transversal considerada constante A velocidade é constante AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Permeabilidade em terrenos estratificados Fluxo paralelo às estratificações 34 i ii h hh h e ek k eee m h kq e m h ke m h ke m h kq 321 332211 m é o comprimento do caminho de percolação Largura da seção transversal considerada constante O gradiente é constante AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Velocidade de descarga x real No solo, a água escoa pelos vazios. Pela equação de Darcy, considera-se a área total Q = vazão A = área total Af = área dos vazios v = velocidade de descarga da água vf = velocidade real da água n = porosidade do solo 35 n v A A vv vAAvQ f f ff AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Cargas Hidráulicas Lei de Darcy O fluxo é causado pela diferença de nível de água na entrada e na saída do corpo de prova Componentes de energia que causam o fluxo 36 Carga Total = Carga Altimétrica + Carga Piezométrica + Carga Cinética desprezível! z u hhh w w gw h = carga hidráulica total hw = carga piezométrica hg = carga altimétrica uw = poro-pressão (pressão neutra) z = elevação em relação ao datum AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Cargas Hidráulicas Exemplos 37 1 2 1 2 (a) (b) AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Cargas Hidráulicas Exemplos A carga piezométrica pode ser negativa 38 1 2 (c) AULA 02 – Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em Solos GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Força de Percolação A perda de carga ao longo da direção de fluxo se dá por atrito viscoso Esforço é provocado na direção de fluxo Força dissipada: Força de Percolação (j) = força por unidade de volume 39 AhF w h = carga hidráulica dissipada A = área transversal ao fluxo ww w i L h AL Ah j Válida em fluxo permanente Partículas não são carregadas devido ao peso próprio e à coesão
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