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TEORIA DO CONTROLE MOTOR

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TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
O processo de aquisição das habilidades motoras
# Ao vermos uma pessoa realizando uma atividade complexa, como tocar bateria ou
andar de bicicleta, por exemplo, percebe-se que ela pode modificar o seu comportamento
de modo crescente, fruto da constante prática e, assim, variar positivamente o seu nível
de performance. Outro fato é a possibilidade de aumentar o nível de complexidade da
tarefa em função da soma de elementos ou informações ao movimento.
# Exemplo: Uma criança aprende a andar de bicicleta com rodinhas e depois consegue
andar sem usá-las.
# Em outras palavras, aprendizagem motora é um processo contínuo por natureza, no
qual, se observa um processo de desenvolvimento hierárquico de controle do movimento.
Tani G, Manoel EJ, Kokubun E, Proença JE (1988)
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
O campo do controle motor é direcionado ao estudo da natureza e controle do
movimento.
As teorias do controle motor descrevem pontos de vista referentes a como o
movimento é controlado. Uma teoria do controle motor vem a ser um grupo de ideias
abstratas sobre o controle do movimento.
Uma teoria é o conjunto de afirmações interligadas que descrevem estruturas ou
processos não observáveis e os associam uns aos outros e a eventos observáveis.
TEORIA DO REFLEXO
Charles Sherrington
Reflexo espinhal = resposta provocada por um estímulo
Teoria do Reflexo - SHERRINGTON(1906)
A estrutura básica de um reflexo consiste em um receptor, um trajeto nervoso condutor e um efetor. 
Os reflexos conduzem a ativação ou inibição de diferentes grupos musculares.
# Formou a base experimental da clássica teoria do reflexo do controle motor.
#Para Sherrington, os reflexos eram blocos que construíam o comportamento
complexo. Ele acreditava que os reflexos funcionavam juntos ou em sequência
visando o cumprimento de um objetivo comum.
Teoria do Reflexo - SHERRINGTON(1906)
Exemplo:
um sapo tentando alcançar uma mosca
Pode ser: Reflexo simples ou combinado
Estímulo Resposta Resposta
(Estímulo) (Estímulo)
Teoria do Reflexo - SHERRINGTON(1906)
Limitações da teoria (Rosenbaum, 1971)
# O reflexo não pode ser considerado como unidade básica do comportamento humano, visto
que tantos os movimentos espontâneos como os voluntários, são reconhecidos como classes
aceitáveis de comportamento, já que o reflexo deve ser ativado por agente externo.
# A teoria não explica adequadamente os movimentos que ocorrem sem estímulos sensoriais de
ambientes externos.
# Não explica os movimentos rápidos, ou seja a sequência de movimentos demasiadamente
rápidos para permitir o feedback sensorial do movimento precedente. Ex: ação do digitador.
# Não explica o fato de que um único estímulo possa resultar em respostas variadas. Ex: o fogo
resulta na reação de não toque, mas em situações de perigo poderemos enfrentar ou Tocar um
violão – tocar guitarra
TEORIA HIERÁRQUICA
Hughlings Jackson
Uma lesão, em uma área específica do 
cérebro não produzia perda total da função a 
ela associada.
TEORIA HIERÁRQUICA (Hughlings (1920)
É o controle organizacional que ocorre de cima para baixo. Ou seja,
cada nível, sucessivamente mais alto, exerce um controle sobre o
nível abaixo dele. Uma vez que a hierarquia é estritamente vertical,
as linhas de controle não se cruzam e não existe um controle de
baixo para cima.
SHUMWAY-COOK &WOOLLACOTT (2003)
Centros superiores (córtex, áreas motoras frontais e áreas responsáveis pela
consciência) comandam os centros inferiores (medula espinhal e nervos
cranianos)
Avanços e limitações
Avanço: Nesta teoria o centro superior contém toda a informação necessária para o
movimento e pode ou não usar o feedback externo ou interno para regular o movimento.
Alguns pesquisadores uniram as teorias acima citadas, formando a teoria reflexo-hierárquica,
sugerindo que o controle motor ocorre devido a reflexos organizados hierarquicamente no
sistema nervoso, mas não esclarece a dominância do comportamento reflexo que acontece
em algumas situações como no exemplo da pisada em um prego que leva a uma resposta 
reflexa estereotipada de retirada imediata da perna.
Umphred (2004) apud Matos et. Al. (http://www.profala.com/artfisio69.htm)
TEORIA DA PROGRAMAÇÃO MOTORA
O tempo tomado para executar uma tarefa 
reflete a complexidade dos processos 
envolvidos na preparação da tarefa.
Teoria da Programação Motora 
(Bernstein (1967), keele (1968), Wilson (1961)
# Afastaram a visão de que o SNC é um sistema principalmente reativo e começaram a
explorar a fisiologia das ações, e não das reações.
# Utilizado para identificar um gerador de padrão central (GPC), ou seja o circuito
neural específico.
# O termo pode, também, ser usado para descrever os programas motores de nível
mais alto, que representam ações mais abstratas.
# Esta teoria é mais flexível que as demais pois pode ser ativado tanto por um estímulo 
sensorial ou por processos do sistema nervoso
Análise da locomoção do gato. (Griller, 1981)
“... Reflexos não orientam a ação, mas
geradores de padrão central podem produzir
movimentos complexos.”
- As redes neurais espinhais podem produzir
um ritmo locomotor sem estímulos sensoriais
ou padrões descendentes do cérebro.
Teoria do Gafanhoto
“... o movimento é possível na ausência de uma
ação reflexa.”
Retirada dos nervos sensoriais. O movimento
aconteceu por uma programação da resposta
anteriormente gerada.
Teoria da Programação Motora 
(Bernstein (1967), keele (1968), Wilson (1961)
(Wilson, 1960)
Limitações
O programa motor central não pode ser considerado o único determinante da ação, pois o conceito de
programa motor não leva em consideração o fato de que o sistema nervoso tem que lidar com variáveis
musculoesqueléticas e ambientais para alcançar o controle do movimento
Esta teoria defendida por Nicolai Berstein (1896-1966) reconhece que não é possível compreender o
controle neural do movimento sem a compreensão das características do sistema que está em
movimento e as forças externas e internas que agem sobre o corpo
Tarefa
Escreva a sua assinatura normalmente, em um pedaço de
papel. Agora faça-a maior e, depois, tente com a mão
esquerda.
# Examine as escritas cuidadosamente. Existem semelhanças
e/ou diferenças nas respostas? Quais as causas? Como a sua
observação pode estar apoiada na teoria do Programa Motor?
Programa 
motor 
abstrato
sinergia
Músculo da 
mão direita
sinergia
Músculo do 
braço direito
sinergia
Músculo da 
mão 
esquerda
Níveis de controle para os programas motores e seus sistemas de reposta. As regras da ação são
representadas , no nível mais alto, em programas motores abstratos. Os níveis inferiores da
hierarquia contém informações específicas, incluindo sinergia da resposta muscular que sejam
essenciais para efetuar a ação. (Schumway-Cook & Wo0llacott, 2003)
TEORIA DOS SISTEMAS
Sugere que vários sistemas atuam no controle
motor como: componentes internos, musculares
e neurais; componentes externos, gravidade e
inércia. Também ressalta que diferentes
comandos podem resultar num mesmo
movimento.
Teoria dos Sistemas (Bernstein, 1967)
# O corpo todo funciona como um sistema mecânico, com massa e sujeito
às forças externas, como a gravidade, e internas, incluindo a inércia e as
forças dependentes do movimento.
# O mesmo comando central pode levar a movimentos diferentes devido à
interação entre as forças externas e as variações nas condições iniciais. Por
essa mesma razão comandos diferentes podem levar a movimentos iguais.
- nasce o conceito de modelo distribuído do controle motor -
# Ao descrever o corpo como um sistema mecânico notou que temos muitos
graus de liberdade que podem ser controlados. Ex; as articulações – podem
ser flexionadas, estendidas ou rotacionadas.
O legado de Nikolai 
Bernstein: Problemas na 
coordenação do 
movimento.
Avanço e Limitações: 
# A Teoria dos Sistemas compreende a necessidade de controle dos graus de liberdade, de um
organismomóvel, para que haja um movimento coordenado. Como solução formulou a hipótese
de que existe um mecanismo hierárquico para simplificar o controle dos diferente graus de
liberdade do corpo. Dessa forma os níveis superiores do sistema nervoso ativam os níveis
inferiores.
# Em relação as teorias anteriores tem um olhar mais amplo, pois envolve na ação o sistema
nervoso, músculo, força da gravidade e inércia.
# Limita-se na abordagem, de modo mais enfático, da interação do organismo com o meio
ambiente, fato, também, que envolve alta complexidade de situações.
Exemplificando....
LETRAS PALAVRAS SENTENÇAS
T- A- S TEORIAS TEORIA DOS SISTEMAS
MÚSCULO SINERGIA AÇÃO
SNC
C
O
N
T
R
O
L
E
M
O
T
O
R
Movimentos topologicamente idênticos
(trajetórias circulares A e B) são
executados por conjuntos diferentes de
comandos motores e com a participação
de grupos musculares diferentes,
alcançando os mesmos alvos no espaço
(ponto C) através de diferentes estratégias
(modificado de Bernstein, 1967).
Desenha radicalmente um novo modelo de 
comportamento do sistema motor, onde o 
movimento é um padrão auto-organizado 
espaço-temporalmente que emerge da 
interação de diversos parâmetros 
acoplados.
TEORIA DA AÇÃO DINÂMICA
Teoria da Ação Dinâmica (Kelson e Tuller , 1984)
Parte das perguntas:
Como os padrões e a organização que observamos no mundo são formados por suas desordenadas
partes componentes?
Como os sistemas mudam com o tempo?
Ex: Milhares de células musculares do coração trabalham juntas para formar o batimento cardíaco.
Como esse sistema de milhares de graus de liberdade é reduzido a um sistema de poucos graus, de
modo que todas as células funcionem como uma unidade?
# A teoria de ação dinâmica prevê que o movimento pode emergir como resultado da interação de
elementos externos ou internos, sem a necessidade de comandos específicos ou programa motores
do sistema nervoso onde o princípio fundamental do sistema é o de auto-organização.
Teoria da Ação Dinâmica (Kelson e Tuller , 1984)
# A teoria sugere, por exemplo, que um novo movimento emerge devido a uma mudança crítica em
um dos sistemas, denominado "parâmetro de controle" que representa uma variável que regula a
mudança de comportamento de todo um sistema.
# Outro conceito importante utilizado é o de estado de atração, ou seja, movimentos preferidos.
Esta teoria defende que quando um sistema de partes individuais se torna uno, seus elementos se
comportam de maneira coletiva e ordenada, ou seja, não há a necessidade de um centro mais
elevado, um comando central, instruindo ou dando comandos a fim de realizar uma ação
coordenada.
Ação Dinâmica – Detecta descrições matemáticas
em sistema auto-organizados
O que é comportamento
não-linear?
- É aquele que se transforma
em uma nova configuração
quando um único padrão
desse comportamento é
gradualmente alterado e
atinge valor crítico.
Padrão 
preferido de 
movimento
Ação Dinâmica – grau ideal para alteração do
padrão preferido de movimento é a:
Depressão atrativa
Depressão rasa
Depressão profunda
Padrão instável
Padrão estável
Ampliação e Limitações
# Essa abordagem aumentou o nosso conhecimento dos elementos que contribuem
para o movimento propriamente dito e serve de lembrete para o fato de que
entender o sistema nervoso isoladamente não permite a previsão do movimento.
# Uma limitação desse modelo pode ser a suposição de que o sistema nervoso
cumpre uma função consideravelmente irrelevante e que a relação entre o sistema
físico do animal e o ambiente no qual ele funciona determina, principalmente, o
comportamento do animal.
TEORIA ECOLÓGICA
Teoria Ecológica 
(Gibson/ 1966)(Lee, 1978 e Reed, 1982)
# A teoria diz que as ações requerem informação perceptual, que é
específica a uma ação, com objetivo direcionado por um desejo realizado
em um ambiente específico, ou seja, a ação é específica à tarefa e ao
meio ambiente onde está sendo realizada.
Teoria Ecológica 
(Gibson/ 1966)(Lee, 1978 e Reed, 1982)
# A perspectiva Ecológica ampliou o conhecimento sobre o sistema nervoso central,
que deixou de ser considerado reagente as variáveis ambientais, para transformar-se
em um sistema de percepção/ação, capaz de explorar ativamente o ambiente na
busca de satisfazer os seus próprios objetivos.
Segundo a T.E. o controle motor evoluiu para que os animais pudessem lidar com o
ambiente ao seu redor a fim de buscar alimentos, fugir de predadores, construir
abrigos e até para brincar
# Gibson relatou que o fator mais importante para o animal não era sensação,
propriamente dita, mas a percepção dos fatores ambientais que são importantes para
tarefa.
Teoria Ecológica 
(Gibson/ 
1966)(Lee, 1978 e 
Reed, 1982)
Limitações
Da mesma maneira que a teoria
de ação dinâmica a teoria
ecológica tem a tendência de dar
menos ênfase à organização e à
função do sistema nervoso, que
leva às interações.
A ênfase foi desviada do SN para
interface organismo/ambiente.
Referências:
Shumaway-Cook & Woollacott. Controle Motor: teoria e aplicações práticas. Barueri, SP: Manole, 
2003.
Tani G, Manoel EJ, Kokubun E, Proença JE. Educação física escolar: fundamentos de uma 
abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/EDUSP; 1988.
UMPHERED, D. Reabilitação neurológica, 4.ed. Manole São Paulo. 2004.
http://www.profala.com/artfisio69.htm acesso em: 04/04/2020

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