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Questão 1/10 - Filosofia Política Observe o desenho abaixo, que ilustra o mito da caverna de Platão: Considerando o mito da caverna de Platão, do livro VII de A República, citado no livro de Filosofia Política consultado por você, pode-se considerar que: Nota: 0.0 A A projeção das sombras na parede indica que a realidade é uma mera ilusão, pois é impossível conhecer a verdade com precisão. B No mito da caverna, Platão descreve os primórdios da existência humana, relatando a organização social no princípio do processo evolutivo, quando cavernas eram habitadas. C A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do conhecimento do verdadeiro ser. D No mito da caverna, Platão demonstra, alegoricamente, que não existe dualidade na existência humana, nem o conflito entre realidade e aparência. E O mito da caverna faz referência ao contraste entre o ser e o parecer, isto é, entre realidade e aparência. Essa é a marca do pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão. Platão estabelece, por meio do mito da Caverna, uma discussão com relação ao que ele chama de dois mundos, isto é, o mundo verdadeiro(o mundo da filosofia) e o mundo ilusório (lugar das opiniões – falsas verdades). (Obra-base, p. 32). Questão 2/10 - Filosofia Política Leia atentamente o seguinte trecho do texto de Rousseau:: “O homem rico [...] concebeu [...] o plano mais perspicaz que já passou pela mente humana: [...] empregar em seu favor as próprias forças que o atacavam, fazer de seus inimigos aliados [...] “Vamos nos unir”, “para proteger o fraco da opressão, refrear os ambiciosos, e garantir a todo o homem a posse do que lhe pertence”. Alegremente todos oferecem seu pescoço ao jugo, pensando que estavam protegendo sua liberdade". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROUSSEAU, J. J. Textos diversos. Apud NASCIMENTO, Milton Meire do. Rousseau: da servidão à liberdade. In WEFFORT, F. (org.). Os Clássicos da Política (volume 1). São Paulo: Ática, 2002. Com base nesse fragmento de texto e na sua leitura do livro da disciplina, Filosofia Política, está correta a afirmativa: Nota: 10.0 A Rousseau considera o homem egoísta e ávido por lucro por natureza pois, no Estado, o homem rico impõe ao homem pobre sua vontade, fazendo-a passar por vontade geral. B Semelhante a Hobbes, o estado de natureza é justamente tomado em sentido metafórico para discutir um contrato social: a seguridade da vida coletiva. Mas o estado de natureza foi destruído, em razão da propriedade privada. Você acertou! Rousseau assemelha-se a Hobbes ao utilizar o termo estado de natureza no sentido metafórico, mas coloca em cheque a teoria hobbesiana de belicosidade, com ênfase no estado de natureza e chama a atenção para o que se pode denominar de vida virtuosa. Ou seja, nas palavras de Rousseau, a vida no seu estado natural. Tal concepção de Estado – estado de natureza, foi destruída em razão da propriedade privada. (Página 126). C Rousseau afirma em sua teorização sobre a finalidade do Estado que a restituição da vida comunitária no estado de natureza é o ideal a ser perseguido por toda a sociedade. D Conforme expresso na citação acima, não existe pacto social se este é fundado na lei do mais forte. Rousseau, nesse sentido, representa uma ruptura com a teoria do contrato social. E A felicidade no estado de natureza é impedida pois nela vigora a lei do mais forte. É apenas na sociedade civil ou governo civil que esta felicidade baseada no bem comum pode prosperar. Questão 3/10 - Filosofia Política Leia a frase abaixo, de autoria de Nicolau Maquiavel: "Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos." Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.suapesquisa.com/biografias/maquiavel.htm>. Acesso em: 15 maio 2016. Maquiavel é considerado o fundador da política moderna, no sentido de concebê-la de forma diferente de seus predecessores. A partir da sua leitura do livro-base Filosofia Política, assinale a alternativa que corresponde a maneira como Maquiavel analisa a política. Nota: 10.0 A Para Maquiavel, a política tem um caráter divino e cabe à Igreja assegurar que a finalidade da política seja o bem comum na esfera pública B A política é disputa, é conflito. Não se trata de idealizá-la, mas buscar os meios para a estabilidade nas relações de domínio. Você acertou! o caráter realista da política em Maquiavel consiste no fato de que não se trata de falar como a sociedade deve ser, mas da sociedade que existe. Na modernidade, sobretudo em Maquiavel, essa organização é articulada por meio da disputa, do conflito e, acima de tudo, de um jogo político. (Páginas 105-106) C O homem é um animal político, destinado não só a viver, mas a bem viver em coletividade, uma condição natural. D Entusiasmado com a política, pensa a figura do filósofo-rei como sendo aquele que é capaz de governar sobre as leis. E A cidade é feita para os indivíduos. Porém, a Igreja não deve pautar as atividades dos negócios públicos. Questão 4/10 - Filosofia Política Leia o texto abaixo: “O mito surge a partir da necessidade de explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens. Ele vem em forma de narrativa, criada por um narrador que possua credibilidade diante da sociedade, poder de liderança e domínio da linguagem convincente, [...] mas adequando a estrutura do mito de uma forma que tranquilize os ânimos e responda às necessidades do coletivo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SANTOS, Paula Perin dos. Origem e Função dos Mitos.:Disponível em: <http://www.infoescola.com/filosofia/origem-e-funcao-do-mito/>. Acesso em: 05 jun. 2016. Considerando a distinção entre mito e filosofia, conforme a sua leitura do livro-base da disciplina Filosofia Política, é correto afirmar: Nota: 10.0 A O nascimento da filosofia entre os gregos significou a ruptura definitiva com os mitos, a forma explicativa baseada em fabulações ilusórias. B A busca por explicações racionais, distanciadas da mera doxa (opinião) e baseada no logos (conhecimento) é o fundamento da ruptura entre filosofia e metofísico. C O mito tem caráter pedagógico, não visa explicar o porquê das coisas. Essa passa a ser a função da filosofia. Ainda assim, filósofos da Antiguidade recorriam às narrativas mitológicas. Você acertou! mito e filosofia estão imbricados, sobretudo no espaço grego antigo, na construção do saber. Mas esta é uma imbricação que tem grau hierárquico, isto é, o mito tem função de esclarecimento, de auxílio ao discurso filosófico. (Página 36). D A filosofia estabelece a ruptura com os mitos, uma vez que as explicações divinas sobre a natureza e os homens perdem poder explicativo e desaparecem da cultura clássica. E O abandono de explicações mitológicas, por parte dos filósofos na Antiguidade clássica, foi o fator do desenvolvimento científico. Questão 5/10 - Filosofia Política Leia o fragmento de texto abaixo: “A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que [...] a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa também aspirar. [...] Portanto se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo que é impossível ela ser governada por ambos, eles se tornam inimigos”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOBBES, T. Leviatã Apud RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In WEFFORT, F. (org) Os Clássicos da Política (volume 1). São Paulo: Ática, 2002, p. 54. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes e na sua leitura do livro-base Filosofia Política, assinale a alternativa que correspondeàs afirmações corretas. I. Todos os homens são igualmente vulneráveis à violência diante da ausência de uma autoridade soberana que detenha o uso da força. II. Em cada ser humano há um egoísmo na busca de seus interesses pessoais, a fim de manter a própria sobrevivência. III. A competição e o desejo de fama passam a existir nos homens somente na vida natural. IV. O homem é naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harmônica entre seus pares. Estão corretas as afirmativas: Nota: 10.0 A I e II. Você acertou! para Hobbes na natureza do homem é perversa e tem inclinações para o egoísmo, a disputa e a inveja. (Página 114) B I e IV. C III e IV. D I, II e III. E II, III e IV. Questão 6/10 - Filosofia Política Leia o seguinte fragmento de texto: “Com isto se torna manifesto dizer que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra, e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOBBES, T. Leviatã Apud RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In WEFFORT, F. (org.). Os Clássicos da Política (volume 1). São Paulo: Ática, 2002. p. 56. Em Hobbes, o contrato ou pacto social que dá sentido à formação do Estado existe como uma solução racional. Leia as assertivas e assinale a alternativa que corresponde às definições de Hobbes sobre estado de natureza, contrato e relação governante-governado, de acordo com os conteúdos apresentados no livro-base Filosofia Política: I. Mesmo amando sua liberdade, os homens, em nome da proteção de sua vida diante dos inevitáveis conflitos, devem renunciar à sua liberdade ilimitada. II. Os homens são animais políticos, destinados a viver coletivamente e em equilibrio no espaço público e social. III. O Estado é soberano, mas sua soberania reside no monopólio legal da força e da punição autorizada pelos próprios governados. IV. O Estado é um “deus mortal” que deve proteger a vida e a propriedade privada. V. Hobbes pode ser considerado um autor pessimista. A política não é o espaço do ideal, mas do mundo real, o do egoísmo dos conflitos e disputas pelo poder. Estão corretas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e III B II e V C II e IV D I, III, IV e V Você acertou! Hobbes parte de uma visão de mundo que existe, é real e, acima de tudo, é problemático, do ponto de vista social diante da natureza egoísta e competitiva do ser humano. O Estado em Hobbes é uma espécie de “deus mortal”, uma representação metafórica do poder absoluto com força (ou monopólio do uso da força) o suficiente para fazer valer o contrato, no sentido de proteger a vida e a propriedade privada. (Páginas 116-122). E II, IV e V Questão 7/10 - Filosofia Política Veja, abaixo, as imagens de Hobbes e Maquiavel, dois autores considerados clássicos da filosofia política moderna. Com base na leitura do livro-base Filosofia Política, pode-se afirmar que Maquiavel e Hobbes: Nota: 10.0 A Podem ser considerados adeptos da filosofia contratualista que vê no Estado a solução racional para o controle das paixões humanas e defesa dos direitos individuais fundamentais. B Opõe-se ao pensamento aristotélico que pensava a política como a felicidade humana e à filosofia medieval com sua perspectiva teocêntrica. Você acertou! Maquiavel e Hobbes são considerados autores defensores de um realismo que, em algum momento, é denominado de pessimismo. Isso porque, os autores partem de um mundo que, segundo eles, existe, é real e, acima de tudo, é problemático, do ponto de vista social. Por isso, o expediente teórico de tais pensadores parte de uma contestação direta da filosofia aristotélica. Isso quer dizer que vão descontruir o itinerário político do filósofo Aristóteles, sobretudo da concepção de homem como animal político. O Estado é pensado em sua dimensão “humana” e não mais teocêntrica. (Página 122-123). C Reafirmam o pensamento aristotélico sobre o homem ser um animal político, naturalmente adaptado à vida no espaço público. D Antecipam a visão de sociedade dividida em classes sociais antagônicas que será desenvolvida mais tarde com Marx e Engels. E São considerados os fundadores do liberalismo político que tem por base a divisão de poderes, os direitos individuais inalienáveis e a separação Igreja e Estado. Questão 8/10 - Filosofia Política Observe a ilustração com reprodução de uma frase de Platão: Sobre a concepção de sociedade e poder político em Platão e, conforme o livro-base da disciplina, Filosofia Política, leia as seguintes asserções: I. Para Platão a política é a arte de governar, mas a arte de governar deve ser confiada aos mais capazes, e virtuosos. II. Os homens devem compreender suas tarefas distintas no mundo: os que governam, os que defendem a cidade e aqueles que possuem conhecimento técnico e especializado. III. Platão é adepto da ampla democratização do saber e do poder. Adversário da aristocracia é considerado o “pai da democracia”. IV. Na República, a justiça deve ser o princípio da felicidade na vida pública, mas a aplicação de tal justiça caberia ao mais capazes. É o momento em que o rei é filósofo deve governar. V. A virtude é uma condição necessária a ser ensinada a todos os cidadãos na pólis. Pois todos podem-se tornar governantes. Estão corretas as afirmações: Nota: 10.0 A I, II e V apenas. B IV e V apenas. C I, II e IV apenas. Você acertou! Em Platão, é por meio da educação que os indivíduos podem distinguir-se entre si e que afloraram suas virtudes inatas: a virtude nas tarefas manuais, nos negócios, nas que exigem coragem, e, por fim, na seleção mais nobre: a arte de governar. Em Platão, a igualdade pode até existir com relação aos bens, mas não existe igualdade no exercício do poder político. Tal situação exige que o poder seja confiado aos mais sábios (os reis filósofos) que possuem essa característica inata, pois enxergam além do mundo visível. (Página 52). D III e V apenas. E III e IV. Questão 9/10 - Filosofia Política Leia o trecho de texto de Aristóteles: “Não é apenas necessário, mas também vantajoso que haja mando por um lado e obediência por outro; e todos os seres, desde o primeiro instante do nascimento, são, por assim dizer, marcados pela natureza, uns para comandar, outros para obedecer. […] A natureza, por assim dizer, imprimiu a liberdade e a servidão até nos hábitos corporais. Vemos corpos robustos talhados especialmente para carregar fardos e outros usos igualmente necessários; outros, pelo contrário, mais disciplinados, mas também mais esguios e incapazes de tais trabalhos, são bons apenas para a vida política, isto é, para os exercícios da paz e da guerra. […] Não pretendemos agora estabelecer nada além que, pelas leis da natureza, há homens feitos para a liberdade e outros para a servidão […]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. A Política. Martins Fontes, São Paulo: 1998. pp. 12, 13, 14. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, associada à sua leitura do livro Filosofia Política, permite compreender que a cidadania: Nota: 10.0 A Possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos devem ser liberados. B Era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. Você acertou! Aristóteles possuía uma visão aristocrática (hierarquizada) de sociedade. As atividades manuais são desprezadas, pois tais atividades embrutecem a alma e tornam incapaz uma prática política virtuosa. (Página 62). C Estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.D Tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. E Vivida pelos atenienses era, de fato, aberta àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade, algo somente para a elite. Questão 10/10 - Filosofia Política Segue trecho abaixo do livro A Cidade de Deus de Santo Agostinho: “Também é preciso falar da Cidade da Terra, na sua ânsia de domínio, que, embora os povos se lhe submetam, se torna escrava da sua própria ambição de domínio. [...] É desta Cidade da Terra que surgem os inimigos dos quais tem que ser defendida a cidade de Deus”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus. Segunda parte. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: 1996. p. 98-99 Disponível em: <http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Cidade-de-Deus-Agostinho.pdf> Acesso em: 18 jun.2016. Sobre o livro A Cidade de Deus de Santo Agostinho e com base na leitura do livro da disciplina, Filosofia Política, é correto afirmar: Nota: 10.0 A O autor defende que os assuntos relativos à religiosidade são da esfera privada, ao passo que a arte da política é assunto da esfera pública e papel. B A cidade da Terra é antecipa em definitivo a vida celestial. C A Cidade de Deus inspira a vida na cidade da Terra. Você acertou! Na obra A cidade de Deus, existem duas cidades, uma cidade divina e uma cidade terrena. A divina cidade de Deus é onde o homem encontra a sua realização, ou seja, realiza-se como pessoa, uma vez que ele, o homem volta para Deus. Não se tratade morrer e subir aos céus, mas viver no mundo. Existe um caráter político, a construção de uma vida virtuosa, uma vida com Deus no plano terreno. (Página 84). D Agostinho defende que a cidade da Terra representa a esperança de uma vida melhor e que a Cidade de Deus está num plano ideal e fora do alcance dos homens. E Cidade de Deus era o nome que Agostinho deu a construção da sede da Igreja Católica no Vaticano.