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6. APRENDIzAGEM E CONHECIMENTO: OS 
DESAFIOS DA APRENDIzAGEM on line
Como vimos anteriormente, a educação online pos-
sibilita a seus aprendentes explorarem o espaço virtual 
como um espaço cooperativo, de discussão coletiva, 
de diálogo em busca da transformação, contemplando 
parcerias e participação coletiva. Vale ressaltar que o 
importante nesta modalidade de ensino é mais que o 
acesso dos alunos às informações, mas a sua partici-
pação na produção e apropriação de conhecimentos e 
valores que as tecnologias agregam.
Quando falamos em educação online estamos nos 
referindo a espaços bem distintos das quatro paredes 
das salas de aula, estamos tratando de espaços virtuais 
de aprendizagem que, postos em confronto com os 
espaços presencias, têm dado alguns problemas con-
ceituais e de interpretações divergentes sobretudo por 
parte dos professores mais tradicionais. O novo modelo 
pedagógico nos ambientes virtuais exige mudanças pa-
radigmáticas que envolvem a reflexão sobre as diversas 
abordagens do processo de aprendizagem e sobre as 
condições necessárias a uma boa comunicação, que 
começa por alguns questionamentos do tipo: Quem é 
o sujeito que aprende? Como ele aprende? Como deve 
ser a comunicação com ele? Quais as condições de 
recepção da mensagem?
Os fundamentos teórico-metodológicos para res-
ponder à essas questões podemos encontrar nas 
abordagens teóricas da aprendizagem bem como nos 
diversos enfoques das teorias da Comunicação (MA-
TOS OLIVEIRA, 2007, p. 25). Requer uma metodologia 
do aprender a aprender, que considere o aluno como 
sujeito construtor da aprendizagem e um currículo 
flexível e aberto.
No tocante às Teorias da Aprendizagem, podemos 
verificar que algumas delas não são mutuamente ex-
cludentes e muitos aspectos devem ser observados, 
atentando para a singularidade de cada situação.
A abordagem behaviorista busca explicações no 
comportamento manifesto, nas respostas que devem 
ser reforçadas, baseando-se no pressuposto que o 
ensino será mais eficaz se decomposto em pequenas 
tarefas e sob condições pré-estabelecidas. Esta crença 
que influenciou e ainda influencia alguns desenhos 
(instrucionais) de EaD, pressupõe um ensino individu-
alizado, porém monitorado em que o aluno é mais um 
agente passivo do processo.
A abordagem cognitivista, tendo Piaget (1987) 
como um expressivo representante, explica o processo 
de aprendizagem, enfocando o aprendiz como um orga-
nismo vivo, singular, que constrói o conhecimento em 
constante interação com o meio ambiente, realizando 
processos de assimilação e acomodação, o que lhe 
permite adaptar-se ao meio ambiente. O referido teórico 
examina o sujeito como o construtor do seu conheci-
mento a partir das diferentes interpretações que faz do 
objeto, de acordo com suas estruturas cognitivas, for-
necendo desta forma importantes contribuições para o 
entendimento dos processos formativos à distância.
A abordagem sócio histórica de Vygotsky 19
O citado teórico, sempre ancorado numa concepção 
histórico–dialética, buscar acabar com as dicotomias: 
a) das interpretações behavioristas, que não conside-
ravam a introspecção como uma técnica válida para o 
estudo do comportamento humano e b) das interpreta-
ções subjetivistas por acreditarem que somente através 
do sujeito e sua introspecção, é possível o estudo da 
consciência. Mostra a importância do meio cultural e 
social que fornece aos indivíduos um sistema simbólico 
de representação da realidade e do universo de signifi-
cações que vai possibilitar construir uma ordenação e 
uma interpretação dos dados do mundo real. 
Neste percurso, quais as contribuições que Vygotsky 
deu para se compreender o desenvolvimento psíquico e 
das funções psicológicas? A interpretação vygotskiana 
é a de que as funções psicológicas superiores, tipica-
mente humanas, em oposição às inatas ou elementares, 
são fruto de um longo processo adaptativo do indiví-
duo com a cultura. Para ele, a relação entre o meio e 
o indivíduo se estabelece dialeticamente, ao longo do 
desenvolvimento, na qual o sujeito, em interação com 
o meio, vai produzindo estruturas psíquicas que se 
diferenciam qualitativamente e se distinguem das ante-
riores. O desenvolvimento psicológico é para Vygotsky 
determinado tanto pelo grau de desenvolvimento orgâ-
nico quanto pelo grau de desenvolvimento do uso de 
instrumentos, que são dispositivos artificiais dirigidos 
para o domínio dos processos psíquicos.
Assim como existem instrumentos que nos permitem 
ampliar o domínio sobre a natureza, os instrumentos 
psicológicos, segundo Vygotsky (1987) por analogia a 
19 MATOS OLIVEIRA. M. Olivia Educação, Globalização e os desafios da apren-
dizagem online. In: Educação, e Tecnologiasepresentações Sociais. Salvador: 
Quarteto Editora, 2007.
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técnica, servem para mediar nossas ações mentais e 
possibilitar maior domínio das funções psicológicas.
O referido autor mostra que os instrumentos e signos 
se constituem como mediadores entre o homem e o 
mundo. Os signos, símbolos e representações se
encontram disponibilizados na cultura incorporadas 
pelos indivíduos para serem utilizados nas mais diversas 
operações mentais. Sua concepção sobre mediação20 
torna-se fundante para se entender como acontece o 
processo em ambientes virtuais de aprendizagem.
A teoria da Aprendizagem significativa, cunhada 
por Ausubel, se refere aos novos conteúdos incorpora-
dos pelos indivíduos a partir do que já possuem na sua 
estrutura cognitiva. Essa nova informação é acoplada à 
estrutura cognitiva prévia do aprendiz. Ausubel define 
este conhecimento prévio como “conceito subsunçor” 
ou simplesmente “subsunçor”. Segundo o autor “o fator 
mais importante que influi na aprendizagem é aquilo que 
o aluno já sabe. Isto deve ser averiguado e o ensino 
deve depender desses dados” (AUSUBEL, NOVAK e 
HANESIAN, 1983). Nesse sentido, todo material que 
pode ser relacionado à estrutura cognitiva do aluno é 
material potencialmente significativo.
Segundo Ausubel (1983) para que a aprendizagem 
significativa aconteça são necessárias três condições: 
a) o material instrucional; b) conteúdo estruturado de 
maneira lógica; c) a existência na estrutura cognitiva 
do aprendiz de conhecimento organizado e relacionável 
com o novo conteúdo; e d) à vontade e disposição desse 
aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele 
já existente (AUSUBEL; NOVAK e HANESIAN-1980 apud, 
ROMERO, 2006).
Aprendizagem Significativa através de Mapas 
Conceituais
Os mapas conceituais foram propostos inicialmente 
por Novak (NOVAK e GOWIN-1999) como uma ma-
neira de organizar hierarquicamente os conceitos e 
proposições que representam as estruturas cognitivas 
depreendidas das entrevistas clínicas de Novak, com 
crianças participantes de um projeto educacional por 
ele dirigido. (ROMERO, 2006).
Para Peña (2005) os mapas conceituais represen-
tam:
20 Esse conceito será apresentado oportunamente, no Meio III, á luz de outras 
teorias, como as de MARTÍN_BARBERO e OROZCO. 
.(. ) uma aprendizagem facilitadora, porque exige para sua 
realização a existência de um ambiente descontraído, que 
abandone os medos iniciais e favoreça a construção do eu”. 
(PEÑA, 2005, p.75).
Os mapas conceituais apresentam as vantagens 
referidas pela autora supracitada porque sua cons-
trução possibilita aos alunos maior responsabilidade 
no processo de construção do conhecimento, mais 
autonomia para tomar decisões sobre que conceitos 
incluírem no mapa, em que ordem, como eles devem 
ser ligados, propiciando mais interação e o desenvolvi-
mento de trabalhos colaborativos. Atualmente os mapas 
conceituais como recursos didáticos são excelentes 
estruturadores de conceitos. O início da construção de 
um mapaconceitual se dá com a escolha do conceito 
fundamental de determinado conteúdo, o conceito mais 
inclusivo. A este conceito serão conectados conceitos 
menos inclusivos que o primeiro, através de palavras 
ou expressões conectoras. Um estágio seguinte será 
formado com a colocação de conceitos mais especí-
ficos conectados aos anteriormente descritos. A partir 
do conceito inicial, outros conceitos menos inclusivos 
são conectados a ele, construindo uma série de rami-
ficações hierárquicas, com conceitos cada vez mais 
específicos. (ROMERO, 2006, p.08).
Para Peña ( 2005) o mapa conceitual mostra certa hie-
rarquia, no qual um conceito está subordinado a outro, ou 
seja, é mais inclusivo por isso fica no topo e os conceitos 
específicos ficam na base, ligados através de seta. 
Com base nas teorias de Ausubel e Vygotsky, a cons-
trução dos mapas representa uma atividade que tem o po-
tencial de ativar o uso do conhecimento prévio e estimular 
o desenvolvimento cognitivo e criativo dos alunos. 
No entanto, para que esses mapas conceituais 
promovam a construção do conhecimento, deve-se 
ter um material potencialmente significativo, isto é, 
relacionável e incorporável a base de conhecimento do 
aprendiz. Para Peña (2005), toda pessoa experimenta 
acontecimentos e os interpreta; impõe uma estrutura 
e um significado a eles (apud Pervin,1978, p.277). 
As experiências apresentadas com mapas concei-
tuais confirmam que eles podem ser muito úteis no 
aprendizado discente, nas habilidades de criação e no 
desempenho nas avaliações. 
Pelo exposto, o professor online, atuando como 
mediador, deve identificar o conhecimento prévio do 
aluno e potencializar oportunidades de interação para 
que as aprendizagens significativas ocorram. Sem dú-
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vida, a elaboração de esquemas de conteúdo utilizando 
diferentes aplicativos como o Cmap Tool favorece a 
produção do conhecimento, a autoconsciência e a 
autonomia discentes.
Na Figura 2, um Mapa Conceitual sobre os conceitos 
relacionados à Aprendizagem Significativa construído 
com o aplicativo Cmap Tools.21
Figura 2. Mapa Conceitual sobre aprendizagem significativa. 
Fonte: A autora.
INDICAÇÃO DE LEITURA
DUTRA, Ítalo, FAGUNDES, Lea, & CAÑAS, Alberto. Uma proposta 
dos mapas conceituais para um paradigma construtivista da
formação de professores a distância. Disponível em: http://
www.emack.com.br/info/apostilas/nestor/colabora2.pdf.Aceso
em : 13 de maio de 2004.
FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Uma Teoria Social do 
Desenvolvimento e da Aprendizagem. Disponível em:
<http://saladeaulainterativa.pro.br/moodle/file.php/11/lic/. 
Acesso em: 20/02/2009.
PIAGET, Jean. Seis Estudos de psicologia. Rio de Janeiro: 
Forense Universitária, 1986.
VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social da mente. 
São Paulo: Martins Fontes, 1998, Peña, Antonia Ontoria. Mapas 
Conceituais: Uma técnica para aprender. Edições Loyola. São 
Paulo, Brasil,2005.
21 O CmapTool é uma ferramenta do Office que agrega valor por possibilitar a 
construção de significados e a resignificação da aprendizagem
??? ??? SAIBA MAIS
Sobre mapas conceituais Consulte o Blog JN-Blog!
Disponível no site: http://juvenalneto.blogspot.com/2009/05/
mapas-conceituais-e-aprendizagem.html
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7. A MEDIAÇÃO PEDAGóGICA EM 
AMBIENTES VIRTUAIS
Introdução
A emergência de aprendizagens em espaços tradi-
cionalmente não formativos é cada vez mais freqüente, 
e essas mudanças reconfiguram um novo modelo de
sociedade, onde a comunicação e a informação re-
presentam o motor mais eficaz de inserção das culturas 
nos espaços socioculturais.
A cibercultura ou ecossistema comunicacional, as-
sim chamado por Jésus Martín-Barbero (2007), pode 
também representar um conjunto de possibilidades 
inteiramente novas. A apropriação das novas tecnolo-
gias por grupos e pessoas de segmentos cada vez mais 
desprivilegiados da sociedade, vem possibilitando uma 
“verdadeira revanche cultural” desses grupos, fazendo 
ressurgir filosofias oriundas dos mais diferentes povos, 
raças e culturas, ajudando a emergir vozes que, apesar 
de assimétricas, tornam-se capazes de derrubar a “he-
gemonia do racionalismo ocidental” produzindo uma 
contra hegemonia (MARTÍN-BARBERO, 2007, p 6). 
Nesse sentido, se por um lado, a revolução tecnológica 
agrava a brecha das desigualdades entre os segmentos 
sociais, culturas e entre os países, mobiliza por outro, 
a imaginação social do coletivo, potencializando suas 
capacidades de sobrevivência, de contestação e de 
participação democrática. Essa inserção tecnológica 
dos sujeitos não pode ser pensada como uma adap-
tação social inevitável, mas como um processo cheio 
de contradições, avanços e retrocessos. Para Martín-
Barbero (2007, p.2) a singularidade dessa sociedade 
atual não é a introdução de novas máquinas, mas o 
aparecimento de um novo ecossistema comunicativo 
onde a comunicação/informação se constituem no 
motor mais eficaz de inserção das culturas no espaço/
tempo do mercado. Imersos numa cultura midiática e 
tecnológica, os jovens de hoje, nativos digitais, revelam 
uma predisposição bastante significativa na utilização 
dos meios audiovisuais e do computador (CABELLO, 
1987, apud, ALMENARA; KELLNER, 2005; OROFINO, 
2006).
Nesse contexto, onde a tecnologia está cada dia 
mais presente, acreditamos ser necessário questionar 
o papel da educação e a necessidade de mudanças 
estratégicas de ensino, caso contrário, a universidade 
estará alijada da sua realidade sociocultural e não 
conseguirá dar conta de uma formação que se desen-
volve ao longo da vida, e está marcada por mudanças 
constantes nas condições de vida e trabalho dos pro-
fessores. Para Orozco, a Instituição Educacional é o 
local de recepção crítica e formulação de respostas ao 
discurso mercadológico, por isso é papel do educador 
crítico: intensificar as possibilidades de diálogo, debate 
e resposta sobre o que os alunos e alunas recebem da 
mídia cotidianamente.
Os estudos críticos de recepção da Mídia de Orozco22 
(2005) são fundantes para a educação, na medida 
em que procuram entender as transformações que os 
meios de comunicação exercem no sistema educativo. 
Há segundo o autor, uma idéia errônea de que os meios 
de comunicação não devem ultrapassar os muros da 
escola. 
Nessa perspectiva, o citado autor alinha-se ao pen-
samento de Martín-Barbero quando esse afirma que, 
na mediação produzida pelos meios de comunicação o 
receptor não é passivo, reage, oferecendo resistências 
e, por esse motivo o processo de comunicação é um 
jogo de negociação e de tensão permanentes.
É necessário, pois, que o professor possa nesse 
momento exercer o seu papel de mediador no processo 
de aprendizagem, possibilitando que, através da mídia, 
os alunos possam produzir outras narrativas diferentes 
daquelas produzidas na escola tradicional.
Para Vygotsky o sentido de mediação não deve ser 
tratado apenas na instância individual; envolve uma 
relação dialética entre sujeitos e as possibilidades que 
o meio ambiente pode oferecer.Segundo Matos Oliveira 
(2007):
O conceito de zona de desenvolvimento 
proximal (VYGOTSKY, 1998, p.113) é 
de grande significação, tanto para a 
pedagogia como para a psicologia, por 
ser uma representação conceitual da 
relação dialética entre desenvolvimento 
psicológico e aprendizagem, mostrando 
as possibilidades de intervenção da 
escola no desenvolvimento das funções 
psicológicas superiores no indivíduo 
(MATOS OLIVEIRA, 2007, p.28).
22 Guillermo Orozco Gómez. Disponível em : <http://midiativa.org.br/index.
php/> pais/content/view/full/3169. Acesso em: 15 /10/08.
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Mediaçãoenvolve a partilha e o diálogo dos pro-
fessores com seus alunos. É preciso, pois, avançar na 
compreensão do papel mediador do professor e escutar 
as contribuições teóricas de Vygotsky. Para ele, o sujeito 
se constitui como tal na sua relação com o outro, numa 
relação mediada pela linguagem. Portanto a linguagem 
é o processo criado (e aperfeiçoado) pelo homem para 
internalizarão da cultura, construção de si e de sua 
subjetividade’. (FREITAS, 2009, p.4).
Vygotsky antecipou na sua teoria o papel dos ins-
trumentos e signos disponibilizados na cultura digital 
como mediadores entre o homem e o mundo. Infere-se 
daí que a televisão, o rádio, o computador, a internet 
propiciam a construção de novos modos de pensar e 
de posicionar-se num mundo qualitativamente diferente 
de outrora. Para Orozco, a escola, a família, a igreja e 
o bairro são cenários socioculturais diferenciados que 
agem como mediadores no processo de recepção da 
mídia, fornecendo novos sentidos sociais e sinalizando 
para os usos sociais dos meios. É importante compre-
ender que cada meio e cada tecnologia exercem uma 
mediação particular nas pessoas e na estruturação dos 
conteúdos que transmitem. (OROZCO, 1999, in OROFI-
NO, p.66). O referido autor ainda destaca as múltiplas 
mediações produzidas pelos meios de comunicação 
a saber: individual, situacional, institucional e video-
tecnológica.23 (Matos Oliveira, 2009).
Pelo exposto, a mediação supõe diálogo e exige um 
professor preparado para propiciar essas interações 
com os sujeitos. Isso significa diferenciar os espaços 
onde acontecem as mediações e as formas de comu-
nicação que se situam entre os sujeitos e os meios 
de comunicação. Os meios de comunicação apenas 
introduzem novas pautas pois refletem as mudanças 
que acontecem nas instâncias sociais.
23 MATOS OLIVEIRA, Maria Olivia. Representações Sociais Docentes sobre a 
mídia: aproximações e distanciamentos. In: Revista da FAEEBA: Educação e 
Contemporaneidade, Salvador, v.18,n.32, jul./dez.2009 p. 211-220.
INDICAÇÃO DE LEITURA
FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Uma Teoria Social 
do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Disponível em 
<http://saladeaulainterativa.pro.br/moodle/file.php/11/lic/ 
Acesso em: 20/02/2009.
MATOS OLIVEIRA, Maria Olivia. Representações Sociais 
Docentes sobre a mídia: aproximações e distanciamentos. In: 
Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade, Salvador, 
v.18,n.32, jul./dez.2009 p. 211-220.
Martín-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: 
comunicação, cultura e hegemonia. 4 ed. Rio de Janeiro: 
UFRJ, 2006.
OROZCO, Guillermo. Professor e meios de comunicação: 
desafios, estereótipos e pesquisas. Revista Comunicação 
e Educação. Revista do Curso de Gestão de Processos 
Comunicacionais. São Paulo: NCE-ECAUSP/Moderna, nº 10, 
p. 57-68, set./dez. 1997.
OROFINO, Maria Isabel. Mídias e Medição escolar: 
pedagogia dos meios, participação e visibilidade, São Paulo: 
Cortez: Instituto Paulo Freire (Guia da escola cidadã; v12.), 
2005, 72 p.
??? ??? SAIBA MAIS
acesse o site: http://www.icod.ubi.pt/pt/pt_mediateca_barbero.
html e assista vídeos de Orozco e Martín-Barbero

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