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1. DIREITO DA INFORMATICA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
SILAS ISMAEL SILVA - RA: C061484
DIREITO DA INFORMATICA
SOROCABA - SP
2019
SILAS ISMAEL SILVA
DIREITO DA INFORMATICA 
TURMA: 10/TT0A17
Trabalho da disciplina Direito da Informática, Turma 10/TT0A17 - do curso de Direito – UNIP, campus Sorocaba.
Prof.º Edilson Mendes
SOROCABA - SP
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
4
2. CONCEITO INFORMATICA E DIREITO DA INFORMATICA
5
3. BENS INFORMÁTICOS 
6
4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DE INFORMÁTICA
6
5. RECONHECIMENTO DA IDENTIDADE DO DIREITO DA INFORMÁTICA
7
6. A INFORMATICA JURIDICA
8
 6.1. Informática Jurídica Documental
 8
 6.1.1. Informática Jurídica de Gestão
10
 6.1.2. Informática Jurídica de Decisão
10
7. APLICAÇÃO DO DIREITO DA INFORMÁTICA
12
8. CONCLUSÃO
14
 REFERÊNCIAS
15
1. INTRODUÇÃO
A Ciência do Direito, forjada através dos tempos, hoje se depara com notáveis dilemas postos pela Sociedade do Conhecimento. A Informática tem semeado novas noções de tempo e espaço, maximizando as potencialidades humanas e transformando as relações sociais e econômicas. À medida que se multiplicam as conexões estabelecidas em redes de comunicação eletrônica, o campo normativo afeto a questões cotidianas se alarga. 
Nesse diapasão, os tradicionais ramos do Direito se enriquecem com novas pautas para aplicação, porém se tornam mais carentes de transversalidade em sua integração sistêmica. Visto sob a perspectiva histórica, o Direito tem a capacidade de adaptar-se a novos fenômenos e de refleti-los. Com o mundo da Internet não poderia ser diferente. Portanto, neste momento incumbe aos operadores do Direito a compreensão das novas possibilidades existentes, para darem conta com maior eficácia dos desafios de hermenêutica que ora se estendem por todas as áreas do Direito. Parte desta compreensão se refere a como a disciplina jurídica do universo da Informática deve ser situada na taxonomia da Ciência do Direito e a como deve ser aplicada na prática. 
O uso diário da tecnologia e da informática está totalmente disseminado em nossos dias, sendo quase um lugar comum elencar suas vantagens, como encurtou as distâncias ou como incrementou a produção de bens e serviços.
Assim, pode-se indagar como a informática e a tecnologia foram empregadas nos tribunais e se em alguma medida influenciaram a forma de decidir.
Em resumo, o objetivo no presente trabalho é o de mostrar que as novas tecnologias influem de maneira direta na sociedade, e que dita influência acarreta uma série de problemas no campo jurídico os quais, através dos atuais conceitos, princípios e normas jurídicas não são, à princípio, solucionáveis, exigindo-se novo tratamento jurídico. Enfocaremos, também, a utilização da informática no campo do Direito, o que se denomina "Informática Jurídica".
2. CONCEITO INFORMATICA E DIREITO DA INFORMATICA
Informática é a ciência que estuda o tratamento automático da informação, ou seja, o processamento, a coleta, o armazenamento e a difusão da informação pelos meios informáticos, utilizando aparelhos que tem tecnologia para o processamento de dados, tais como computadores, notebooks, celulares, tablets, etc. Não se confundi os termos informática, telemática, informática jurídica e direito da informática, pois são termos que possuem significados distintos, conceituados por Aldemario Araujo Castro.
Telemática é a ciência que estuda o procedimento para elaboração, utilização e circulação da informação por meio do uso combinado de aparelhos eletrônicos e meios de telecomunicação, ou rede de internet. A técnica que trata da comunicação de dados entre equipamentos informáticos distantes uns dos outros.
Informática Jurídica é disciplina que trata da utilização otimizada da informática pelos profissionais ou operadores do direito e nas atividades de natureza jurídica. Ciência que investiga as leis gerais dos sistemas de tratamento da informação para a utilização pelos juristas e estudiosos do direito, desenvolvendo o trabalho destes profissionais com maior agilidade e rapidez. Um exemplo é a utilização dos bens informáticos conectados a um Network para peticionar em uma plataforma eletrônica, em sites dos Tribunais.
Direito da Informática é disciplina que estuda as implicações e problemas jurídicos surgidos com a utilização das modernas tecnologias da informação. Com a utilização da informática houve reflexos no cotidiano das pessoas influenciando nas relações jurídicas dos usuários, por sua vez, causam conflitos que devem ser estudados pelos profissionais do direito, para salvaguarda jurídica, ou seja, criar leis de proteção. Constitui o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas que surgem como consequência da aplicação e desenvolvimento da informática Segundo FROSINI (1984:397), 
“Direito da Informática se ocupa do exame dos problemas jurídicos, que assumem caráter de ordem geral, como é a qualificação de um novo principio constitucional, e até o reconhecimento de um novo Direito Humano, que é uma figura do antigo Direito Natural.” 
3. BENS INFORMÁTICOS
Os Bens Informáticos, como, Software e Hardware, podem ser classificados segundo suas características físicas: (i) bens materiais, tangíveis, físicos, e (ii) bens imateriais: intangíveis, ausente de corpo. Hardware é a parte física do computador formado pela CPU: unidade central de processamento de dados e pelos periféricos (tudo que está conectado na CPU).
Trata-se de um bem material, produto industrial e novo ideias que desenvolvem novas máquinas e satisfazem aos requisitos da patente (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, art. 8º da LPI, Lei 9279/96), podem ser protegidas mediante o depósito do pedido de patente de invenção ou modelo de utilidade no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. 
4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DE INFORMÁTICA.
O comércio teve início na antiguidade e sendo praticada em diversas localidades do mundo, por vários povos, no início realizavam-se trocas (escambo) para facilitar a realização de cálculos necessitava de máquinas que aperfeiçoasse esse trabalho. Surgem instrumentos mecânicos que multiplicava a força intelectual e reduzia esforços, auxiliando o trabalho. O termo computar significa realizar cálculos, deste termo decorre a palavra computador que seria realizar cálculos de maneira automática.
O ábaco foi um marco na histórica, inicialmente de origem Oriental (China/Japão), conhecido pelo Ocidente (Grécia) desde o século III a. C. Houve um grande vácuo na história, apenas em 1614, John Napier, matemático escocês, cria os Bastões de Napier, como auxílio à multiplicação, conhecido como o inventor dos logaritmos que foram utilizados para a criação do círculo de proporção que originou a régua de cálculos de William Oughtred.
Por volta de 1971, surgem os computadores de quarta geração. A Intel projeta o microprocessador que vem a constituir a base para os microcomputadores. Em 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak. Lançam o computador Apple I, vendido em forma de kit para montar não teve sucesso, já no ano seguinte Jobs e Wozniak lançam o Apple II, um computador completo, conhecido como o primeiro PC, um sucesso em vendas. Em 1984, criada por Jobs surge o 1º sistema com mouse, o MAC OS, mas não teve sucesso, no ano seguinte Bill Gates lança o primeiro Windows com mouse, foi um sucesso.
Segundo Liliana Minardi, o jurisfilósofo Mario G. Losano, em sua obra Lições de informática jurídica nos ensina que os computadores eletrônicos foram utilizados inicialmente pelas indústrias norte-americanas, com a criação de normas conhecidas como legislação antitruste. Nasce, assim, a história da Juscibernética, com aplicação de computadores na legislação contra o monopólio.
No inicio dos anos 70 substitui-se a expressão Jus cibernética por Informática do Direito, que, em sentido amplo, concebe o Direito como objeto da Informática.
São princípios do Direito da Informática: Princípio da equivalência funcional; Princípio da existência concreta; Princípio da racionalidade; Princípio da lealdade; Princípioda intervenção estatal; Princípio da Subsidiariedade e Princípio da efetividade.
5. RECONHECIMENTO DA IDENTIDADE DO DIREITO DA INFORMÁTICA 
A identidade do Direito da Informática foi oficialmente reconhecida pela Comunidade Européia em 1980 e, em 1992, mediante expressa recomendação para que fosse ensinado como disciplina autônoma nas Faculdades de Direito. 
Ressalte-se que, no Brasil, ainda persiste largo desconhecimento desse campo de estudo por substancial parcela da comunidade jurídica, que ignora sua existência e razão de ser, ou descarta liminarmente qualquer cogitação sobre seu lugar na taxonomia do Direito. 
No tocante à terminologia “Direito da Informática”, ela parece ter se consagrado à falta de opção mais adequada, frente aos desafios encontrados. Por um lado, a Informática, como técnica e como aparato, transcende os aspectos meramente privatistas inerentes a uma “indústria” ou “mercado” em particular e abrange também os aspectos de interesse público. De outra parte, tal expressão evita a designação de um “atributo” qualificador estranho ao Direito. Nessa linha, apesar de haver quem defenda o contrário, não parece tecnicamente mais apropriado se referir a Direito Eletrônico, Direito Digital, e a outras denominações que, em tese, se adequariam bem mais à Informática Jurídica, eis que o Direito “da” Informática não há de ser confundido com Direito “Informático”. Há que notar, também, a dissensão sobre o escopo de abrangência do Direito da Informática e sobre os métodos de abordagem do seu estudo. 
Alguns autores chamam a atenção para que nem todas as intersecções do Direito com a Informática têm maior interesse jurídico. Há, ainda, quem se valha da distinção entre Direito Público e Direito Privado, transpondo-a para o estudo do universo da Internet. Por sua vez, embora agudize a polêmica em vários temas, a Internet ainda não parece reunir um contingente suficientemente distinto de implicações legais em relação àquelas já postas anteriormente pelos computadores e por outras redes de dados. Por essa razão, não parece merecer disciplina segmentada.
6. A INFORMÁTICA JURÍDICA
A denominada Informática Jurídica consiste na aplicação das tecnologias da informação e comunicação ao Direito.
Realmente o campo de aplicação da Informática Jurídica é menor em relação às disciplinas clássicas ou de cunho extremamente teórico, as quais, todavia, podem ser objeto de influência das novas tecnologias, entenda-se Informática Jurídica.
Para um melhor entendimento da matéria é necessário, seguindo uma linha desenvolvida pela maioria dos doutrinadores desta área, dividirmos a Informática Jurídica em três partes, a saber: Informática Jurídica Documental, Informática Jurídica de Gestão e, por fim, Informática Jurídica de decisão.
6.1. Informática Jurídica Documental
A Informática Jurídica Documental consiste na utilização dos chamados sistemas de informação e documentação jurídica. Estes, por sua vez, se compõem de legislação, doutrina e jurisprudência. São bases o banco de dados jurídicos.
A existência de ditos sistemas se justifica pela existência de um grande volume de documentos e informações jurídicas, máxime no tocante à legislação. Assim, estes sistemas de informação e documentação jurídica, desde que eficazes, auxiliam expressivamente os operadores do Direito, os quais poderão dedicar-se a tarefas de cunho intelectual, evitando consultas a vastos índices de leis e jurisprudência. Em resumo, para que os operadores do Direito possam conhecer e absorver a grande quantidade de informação e documentação jurídica, mostra-se necessário que disponham de instrumentos capazes de compensar esta situação. Cabe, pois, aos sistemas informatizados de documentação e informação jurídica tal tarefa de auxílio.
Comumente podemos encontrar estes sistemas em forma de CD-ROM (Compact disc – read only memory) e alguns na forma denominada on line, é dizer, em linha. Funcionam, geralmente, com a busca realizada através de palavras chaves.
Aqui entendemos ser pertinente uma observação. Em nossa opinião os sistemas de informação e documentação jurídica on line possuem vantagens em relação aos sistemas em CD-ROM. Ocorre que, como dito em linhas atrás, existe hoje nos ordenamentos jurídicos dos países desenvolvidos e em vias desenvolvimento uma "inflação" de legislação, jurisprudência e doutrina.
Os sistemas jurídicos de informação e documentação on line, justamente por sua forma, podem ser atualizados mais facilmente em relação aos sistemas em CD-ROM, pois estes são, em geral, atualizáveis no mínimo de três em três meses, podendo tornar-se obsoletos ao privarem os usuários do acesso às leis e jurisprudências mais recentes(12).
Por outro lado, a comodidade de se ter um sistema jurídico de informação e documentação em forma de CD-ROM se justifica no fato de que o disco compacto sempre está à disposição do usuário em sua própria casa ou ambiente de trabalho facilitando a consulta. Também no aspecto financeiro o usuário terá mais vantagens com o sistema em CD-ROM, pois não dependerá do uso de uma linha telefônica, de um contrato com um provedor de acesso à internet, etc.
Assim, a escolha caberá ao operador do Direito que fará a opção segundo sua disponibilidade financeira e afinidade com a informática.
6.1.1. Informática Jurídica de gestão
Como o próprio nome está a indicar, trata-se da aplicação da informática (inclui-se também a telemática) na atividade de gestão, no caso concreto que agora analisamos, da gestão de escritórios de advogados, de gabinetes de juízes, de promotores de justiça, etc., enfim, da aplicação das novas tecnologias às funções desempenhadas diariamente nestes ambientes laborais.
À símile da Informática Jurídica Documental, o que visa a Informática Jurídica de Gestão é facilitar, mediante automatização, as tarefas de rotina nos diversos centros de trabalho dos operadores do Direito.
Contudo, esta categoria vai mais além da Informática Jurídica Documental, pois compreende desde a aquisição de computadores, de programas (Softwares) de edição de textos, de agenda de compromissos, contabilidade, dentre outros, os quais facilitariam a gestão, deixando que os profissionais de determinado escritório ou gabinete jurídico possam centrar suas atividades em tarefas que demandem esforço intelectual. Seguramente o trabalho de advogados, juizes, promotores de justiça, etc. seria de melhor qualidade.
6.1.2. Informática Jurídica de Decisão
 Em nossa opinião esta categoria apresenta o aspecto mais polêmico referente à aplicação da informática ao Direito.
Consiste na substituição ou reprodução da atividade intelectual dos operadores do Direito.
Ao passo que a Informática Jurídica Documental fornece, mediante bases ou bancos de dados, informações e documentos jurídicos, a Informática Jurídica de Decisão coloca à disposição daqueles que trabalham com o Direito sistemas especializados que utilizam a inteligência artificial(15) para a solução de problemas jurídicos os quais, anteriormente, somente eram elucidados com o esforço intelectual humano.
Tais sistemas, denominados "sistemas de expertos" pela doutrina espanhola, costumam se apresentar em forma de software, é dizer, em forma de programas informáticos. Assim, não se limitam a fornecer documentação para a solução de determinado problema jurídico, e sim pretendem solucionar-lo.
Especial atenção merece a possibilidade de aplicação dos sistemas especializados à magistratura. Para muitos, não seria aconselhável a automatização das decisões judiciais. Para outros, a aplicação de tais sistemas possibilitariam aos juizes dedicar-se às causas mais complexas.
Em nossa opinião, os "sistemas de expertos", seguindo a terminologia castelhana, poderiam e muito agilizar o trâmite dos processos judiciais. Não raras vezes nos deparamos com despachos, decisões e sentenças que são semelhantes a outros já proferidos, somente havendo alteração do número dos autos e nomes das partes. Assim, é praxe jurídica a adoção de "formulários" nos quais se realizauma espécie de adaptação de dados. Realmente há casos muito semelhantes, como na hipótese de separação ou divórcio e outros, que podem ser objeto de solução por meio dos sistemas especializados. Todavia, existem outros os quais estão dotados de uma especificidade, não sendo possível a substituição da atividade dos juízes, uma vez que necessitam de trabalho estritamente intelectual e, fundamentalmente, de bom senso frente à situação real apresentada.
A Informática Jurídica de Decisão funcionaria da seguinte forma. Percebendo o juiz ou seu auxiliar a semelhança de fatores de uma determinada causa com outra já decidida, inseriria os dados no programa informático (sistema especializado) que processaria estas informações e elaboraria uma decisão com base nos dados fornecidos, poupando significativo tempo tanto ao juiz como ao seu auxiliar.
Em síntese, o que visa a Informática Jurídica de Decisão, através dos "sistemas de expertos", é facilitar aos membros da magistratura, bem como a seus auxiliares, as tarefas de rotina, as quais, não raras vezes, se tornam repetitivas.
Por fim, enfatizamos novamente que a aplicação dos chamados sistemas especializados somente poderá dar-se em alguns casos, pois sempre existirão aqueles que não permitirão a utilização de tais sistemas, necessitando da experiência e bom senso dos magistrados.
7. APLICAÇÃO DO DIREITO DA INFORMÁTICA 
A discussão sobre a aplicação do Direito da Informática se caracteriza pela transversalidade com que ele perpassa os ramos tradicionais do Direito. 
A rigor, tal fenômeno não é novo, e ocorre também com outras disciplinas, como, por exemplo, o Direito Econômico. Em virtude de o objeto de seu estudo, a Economia, atravessar todos os segmentos da vida em sociedade, o Direito Econômico acaba por colher confluências com diversos ramos do Direito, que, cada qual à sua maneira, também se ocupam de determinadas dimensões do convívio social. 
O paralelo com o Direito Econômico também ilustra os contornos da discussão sobre os limites da taxonomia tradicional do Direito em face dos desafios que se antepõem para a sua operacionalidade num mundo em que a racionalidade é garantida mais pelos conteúdos materiais do que por concepções formais apriorísticas. No caso, à discussão sobre se o Direito Econômico constitui ou não um ramo autônomo, ou se constitui apenas um método, se soma, sobretudo, a ênfase na análise da função de sua inserção no Direito como um todo. 
A funcionalidade de um ramo do Direito opera com esteio em princípios próprios46 e na sua articulação com os princípios oriundos de outros ramos. Sem embargo, o Direito da Informática se apresenta como uma compilação de intersecções entre a Informática e o Direito, integradas segundo princípios intrínsecos, que também fazem as vezes de fios condutores perante outros ramos do Direito, como princípios extrínsecos a estes últimos, do que resulta a integração sistêmica, cada vez mais reclamada pela Sociedade do Conhecimento.
 Alguns de tais princípios intrínsecos ao Direito da Informática (e que, no entanto, promovem atuação conjugada com outros ramos do Direito) se encontram formalmente enunciados, como é o caso do chamado princípio da equivalência funcional, segundo o qual não se devem introduzir restrições ao mundo on-line que inexistam no mundo off-line. A aplicação apropriada deste princípio leva a importantes consequências, tais como o reconhecimento do caráter probante de documentos eletrônicos em determinadas situações, a extensão do enquadramento tributário atinente a certos negócios quando entabulados por via eletrônica, e outras. 
Logo se vê que a funcionalidade do Direito da Informática se destaca mais do que sua classificação como ramo estanque, pois é instrumentada por um conjunto de princípios intrínsecos que dão coerência ao tratamento jurídico das questões da Informática. Ao mesmo tempo, dão concreção à sinergia com outros ramos do Direito, na medida em que são recepcionados por estes últimos como princípios extrínsecos, numa matriz que assegura a necessária transversalidade. 
Assim se afiguram conformadas as condições para que questões jurídicas afetas à Informática possam ser mais eficientemente compreendidas e tratadas na “rede” tecida pelo sistema do Direito. Tais condições podem não se coadunar com o enquadramento do Direito da Informática como “ramo” autônomo stricto sensu, (sobretudo porque o Direito da Informática exerce, principalmente, o papel de “amálgama” funcional de um sistema cada vez mais aberto e plural, e não o de mera secção formal), porém elas parecem indicar a propriedade de se classificar o Direito da Informática como uma “área de especialização”, ou como um “ramo” lato sensu do Direito.
8. CONCLUSÃO 
Do exposto, pode-se concluir que o Direito da Informática, cuja identidade é reconhecida pela Comunidade Européia desde pelo menos 1980, apresenta funcionalidade que parece autorizar considerá-lo como uma área de especialização, possivelmente classificável como ramo autônomo lato sensu. 
A transversalidade que o Direito da Informática assegura, promovendo com maior eficácia a integração entre diversos ramos tradicionais do Direito em torno de assuntos ligados à Informática, recomenda a tomada de consciência em relação à sua existência e aos benefícios que proporciona inclusive como método para aplicação conjugada com ramos mais tradicionais do Direito.
Sendo assim, pelos argumentos apresentados neste trabalho, podemos concluir que o Direito Informático é uma disciplina jurídica autônoma. Sua existência, e por não dizer necessidade, se justifica na medida em que as relações e conflitos jurídicos fruto do uso das novas tecnologias demandam tratamento jurídico. O Direito não pode negar-se a admitir a existência desta nova etapa na evolução humana, a chamada era da informação, da qual resultam inúmeros problemas que carecem de solução jurídica.
Também não se pode deixar de admitir que o uso das novas tecnologias beneficie e muito ao Direito, mediante a aplicação da informática e da telemática nas atividades jurídicas desenvolvidas por todos aqueles que se dedicam a este ramo.
REFERÊNCIAS
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Empresarial. V. 01.
COLARES, Rodrigo Guimarães. Proteção Jurídica do Software: Uma Análise Crítica dos Elementos pelo Direito.
MARCACINI, Augusto Tavares Rosa. Direito e informática: uma abordagem jurídica sobre a criptografia.
____https://jus.com.br/artigos/2255/breves-consideracoes-sobre-direito-informatico-e-informatica-juridica-acesso em 24 de abril de 2019.
PAIVA, Mario Antônio Lobato de Paiva. Os Institutos do Direito Informático. https://jus.com.br/artigos/2571/osinstitutos-do-direito-informatico.
PAESANI, Liliana Minardi. Direito de Informática: comercialização e desenvolvimento internacional do software.
ROVER, Aires José. Direito e informática. Lei n. 7.232/84 e Lei nº 8.248, de 1991, que alterou a Lei 7.232/84.

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