Buscar

Seminario V Casa - Modulo IV - CIT - 2019

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
Seminário V 
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL 
 
Aluna: Mariana Carla de Araújo Silva 
IBET Maceió 
Questões 
1. Construa a RMIT dos Impostos de Importação e de Expor-
tação. Qual o conceito de produto para fins de incidência 
destes tributos? 
 
- RMIT dos Impostos de Importação: 
 
Antecedente: 
Critério material – importar mercadoria estrangeira. 
Critério espacial – no território nacional, nas repartições adu-
aneiras. 
Critério temporal – momento da entrada da mercadoria em 
território nacional, no momento do registro de declaração de 
importação. 
 
Consequente: 
Critério pessoal – Sujeito ativo: União e Sujeito passivo: impor-
tador de produto estrangeiro ou pessoa a ele equiparada por 
lei (destinatário da remessa postal internacional, adquirente de 
mercadoria interposta). 
Critério quantitativo – Base de cálculo: quando a alíquota for 
ad valorem, a base de cálculo é o valor aduaneiro do produto 
apurado. 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
 
- RMIT dos Impostos de Exportação: 
 
Antecedente: 
Critério material - exportar produto nacional ou nacionalizado 
para estrangeiro. 
Critério espacial – na saída das fronteiras do território nacio-
nal. 
Critério temporal – na saída do território nacional, no momen-
to da expedição da guia de exportação ou documento equiva-
lente. 
 
Consequente: 
Critério pessoal - Sujeito ativo: União e Sujeito passivo: o ex-
portador de produto nacional ou nacionalizado ou pessoa a ele 
equiparada por lei. 
Critério quantitativo - Base de cálculo: quando a alíquota for ad 
valorem, a base de cálculo é o preço normal do produto, ou seu 
similar, ao tempo da exportação, quando a alíquota for especí-
fica será a quantidade da mercadoria, expressa na unidade de 
medida indicada, e a alíquota será estabelecida pela natureza 
do produto, com base no NCM. 
 
2. A empresa “X” firmou contrato de fornecimento, formali-
zando a aquisição de bem do exterior, datado de 
10/05/2017. Os produtos transpuseram a fronteira brasi-
leira, por via marítima em 15/06/2017, chegaram ao por-
to de Santos em 18/06/2017, em 25/06/2017 a empresa 
registrou a operação junto ao SISCOMEX e os produtos fo-
ram desembaraçados em 02/07/2017. No momento da re-
alização do contrato a alíquota do referido imposto era de 
10%. No entanto, em 01/06/2017 o Governo Federal pu-
blicou decreto que aumentou a alíquota aplicável à im-
portação do referido bem para 20%, em 16/06/2017 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
houve outro aumento de alíquota para 30%, em 
22/06/2017 para 35% e em 01/07/2017 para 38%. Per-
gunta-se: qual é a alíquota aplicável à operação de impor-
tação em análise? Fundamente. (Vide anexo I e II) 
 
O aumento da alíquota do Imposto de Importação não se sujei-
ta ao princípio da anterioridade, conforme dispõe o artigo 150, 
§ 1º da CF, sendo aplicável imediatamente aos fatos que ocor-
ram após a sua publicação. Sendo assim, como o momento da 
incidência do imposto é quando houver o registro da declara-
ção de importação, momento em que se considera a entrada no 
território nacional, nos termos do artigo 19 do CTN e artigo 23 
do Decreto-lei nº37/66, a alíquota aplicável será de 35% pois, 
o registro da mercadoria junto ao SISCOMEX foi 25/06/2017 e 
a alteração da alíquota ocorreu em 22/06/2017 para 35%, 
sendo então a alíquota vigente no momento em que ocorreu o 
fato gerador do imposto. 
 
3. A reimportação de mercadoria exportada em caráter defi-
nitivo se equipara à importação, ou seja, a mercadoria ex-
portada perde a condição de nacional, devendo se submeter 
ao Imposto de Importação ao ser reimportada? (Vide anexo 
III) 
 
O STF declara inconstitucional a exigência do imposto de im-
portação para mercadorias reimportadas, em virtude de a 
Constituição Federal e o Código Tributário Nacional referi-
rem-se a "importar produtos estrangeiros", e não a produtos 
ou mercadorias de procedência estrangeira. 
 
4. Sobre os tratados, responda: 
 a) Defina o conceito de “tratado internacional”, descre-
vendo como se dá seu ingresso no ordenamento jurídico, 
seu momento de vigência no direito interno e sua posição 
hierárquica no sistema jurídico (vide §2º do art. 5º da 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
Constituição e o art. 98 do Código Tributário Nacional e o 
entendimento exposto pelo STF anexo IV). 
 
Tratado internacional é o acordo ou convenção, formal e es-
crito, realizado entre dois ou mais Estados soberanos e/ou or-
ganizações internacionais, que tem como objetivo produzir 
efeitos jurídicos no direito internacional. De acordo com Cons-
tituição Federal, os tratados internacionais ingressam no or-
denamento jurídico brasileiro através de procedimento que 
envolve a participação do Congresso Nacional, por meio de de-
creto legislativo e do Presidente da República, que tem a com-
petência para celebrar tratados internacionais e promulgá-los 
por meio de decreto. Os tratados internacionais estão em posi-
ção hierárquica inferior a CF, com exceção aos tratados inter-
nacionais sobre direitos humanos aprovados de acordo com o 
art. 5º, §3º, da CF/88, pois, tem status de emenda constitucio-
nal. Assim, como norma fundamental no ordenamento jurídico 
brasileiro, a Constituição tem supremacia sobre os tratados in-
ternacionais internalizados no país. 
 
 b) Pode a União, visando a regular a política tarifária, ver-
sar sobre a isenção de tributo de competência estadual? 
 
Não. O artigo 151, III da Constituição Federal prevê que é ve-
dado a União instituir isenções de tributos da competência dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Sendo assim, há 
vedação constitucional expressa. Excetuam-se apenas as res-
salvas dos artigos 155, §2º, XII, alínea e, e 156, §3º, II da CF, os 
quais permitem, respectivamente, que lei complementar pre-
veja isenções de ICMS na exportação de serviços e produtos 
semielaborados e de ISS na exportação de serviços. 
 
 c) Os tratados podem revogar ou suspender a eficácia das 
normas tributárias inseridas no ordenamento jurídico 
brasileiro pelos Estados e Municípios? Haveria violação ao 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
princípio federativo e ao princípio da autonomia dos Mu-
nicípios consagrados na CF/88? (Vide anexos V e VI) 
 
Sim. Os tratados podem criar novas normas tributárias que se-
jam aplicadas em detrimento daquelas inseridas no ordena-
mento jurídico brasileiro pelos Estados e Municípios, desde 
que sejam internalizados pelo Estado brasileiro. A revogação 
de normas Estaduais e Municipais por tratado internacional 
não viola o princípio federativo e da autonomia dos municípios, 
pois, a união age em nome do Estado Federativo de direitoquando firma os tratados. 
 
 d) No que consiste o “uso impróprio” dos tratados? É ne-
cessária previsão expressa de cláusulas antielisivas especí-
ficas? Um planejamento tributário internacional que está 
formal e substancialmente em conformidade com as legis-
lações tributárias dos Estados envolvidos, mas que implique 
uma situação de (dupla) não tributação, pode ser juridica-
mente proibido? Fundamente, estabelecendo uma análise 
crítica entre os conceitos de “responsabilidade social cor-
porativa”, “parcela justa de tributos” e “livre concorrência 
entre empresas multinacionais e nacionais” (vide artigo 31 
da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados e anexo 
VII). 
 
O uso inadequado dos tratados consiste em utilizá-lo para obter 
vantagens, sem que esteja em posição de pessoa legitimada. As 
cláusulas antielisivas servem de obstáculos inibidores do abuso 
ao tratado internacional, mas a existência de regra geral antieli-
são ou antiabuso, na lei local, não implica na desnecessidade de 
inserir cláusula dessa natureza no Tratado. 
No caso de planejamento tributário internacional, em conformi-
dade com as legislações tributárias dos Estados envolvidos, mas 
que implique uma situação de dupla tributação há que ser ques-
tionado, pois não há obrigação dos Estados garantirem os bene-
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
fícios convencionais se ficar provado que houve intenção de 
burlar o Tratado, mas haverá certa limitação nos benefícios. 
 
5. A Lei Complementar nº 104/2001 acrescentou um pará-
grafo segundo ao artigo 43 do CTN, dispondo “que na hipó-
tese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei 
estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua 
disponibilidade, para fins de incidência do imposto...”. Inda-
ga-se: o regime de tributação em bases universais abran-
gendo as controladas e coligadas no exterior nos moldes em 
que prescrito pela Lei 12.973/2014 está de acordo com o 
ordenamento jurídico? Considerar em sua resposta a mani-
festação do STF a respeito do tema. (Vide anexos VIII e IX) 
 
Na analise do caso, o STF dividiu-se em quatro posicionamentos. 
Pois bem, entendo que a Lei 12.973/2014 viola o conceito de 
constitucional de renda, uma vez que pretende tributar valor 
patrimonial ainda não disponível a sociedade brasileira. Quando 
a controlada ou coligada no exterior disponibiliza o lucro para a 
controladora ou coligada no Brasil é que se estabelece o ele-
mento temporal do fato gerador. Sendo assim, não está de acor-
do com o ordenamento jurídico brasileiro. 
 
6. Que significa a expressão “preços de transferência” e qual 
sua função? O que é o princípio “arm’s lenght” aplicado pelo 
fisco no Brasil? Foi positivado no Brasil pela Lei n. 9.430/96 
e alterações posteriores? Comente sobre a possibilidade de 
aplicação coercitiva deste conceito. (Vide anexo X). 
 
A expressão "preço de transferência" consiste na determinação 
do preço pelo qual uma empresa transfere bens ou fornece ser-
viços a empresas a ela vinculadas, que se situem em locais com 
outras jurisdições tributárias ou em "paraísos fiscais" (países 
com tributação favorecida, nos termos do art. 24 da Lei nº 
9.430/96). 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
De acordo com este Princípio, para negócios e condições com-
paráveis, o preço das transações realizadas entre partes relaci-
onadas deve ser semelhante ao dos praticados com terceiros, no 
pressuposto que a transação foi efetuada em condições seme-
lhantes às que seriam aplicadas entre partes não relacionadas 
(quanto a preços, prazos, encargos, qualidade, etc.) que contra-
tassem com base em sua livre escolha e melhor interesse, o 
"preço justo" a ser pago por um ativo, quando o mesmo é livre-
mente pactuado entre partes não relacionadas. 
Sim. No Brasil, as regras relativas ao preço de transferência fo-
ram positivadas, pela primeira vez, através da Lei nº. 9.430, de 
27.12.96. 
Entende-se que a aplicação coercitiva é essencial para evitar a 
redução da carga fiscal auferida no Brasil, evitando o crime de 
evasão e elisão fiscal. 
 
7. Sobre troca de informações fiscais, baseada em tratados 
internacionais, pergunta-se: 
 
 a) Que meios estão legalmente disponíveis para a obtenção 
de informações fiscais? Quais proteções aos contribuintes 
estabelecidas pelo art. 26 da convenção-modelo da OCDE1? 
É possível haver a transferência de informações recebidas 
por um determinado país para um terceiro país, com quem 
o Estado receptor da informação tenha celebrado acordo de 
troca automática de informações para fins fiscais? 
 
Nos primeiros acordos brasileiros, a troca de informações de-
veria ocorrer apenas na modalidade prevista na convenção, 
com informações para combater a evasão fiscal, inexistência de 
 
1. Considerar que o Brasil assinou a convenção multilateral para assistência administrati-
va mútua para fins fiscais 
Conferir: 
http://www.oecd.org/ctp/exchange-of-tax-information/convention-on-mutual-administr
ative-assistance-in-tax-matters.htm 
 
 Módulo Controle da Incidência Tributária 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodu-
ção, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autoriza-
ção. 
 
 
obrigatoriedade dos Estados em tomar decisões contrárias à 
sua legislação doméstica, bem como de revelar dados que 
comprometessem a ordem pública. O documento contava com 
apenas os parágrafos primeiro e segundo, não havendo medi-
das que aumentassem o raio para o intercâmbio de informa-
ções em outras situações em que a informação não já estivesse 
disponível para o fisco. São exemplos desses acordos os assi-
nados com o Japão (Dec. 61.899/67) e com a França (Dec. 
70.506/72). 
O artigo 26 da convenção, ao regular a troca de informações 
entre Estados, exige que a informação seja previsivelmente re-
levante e imprescindível para o requerente, isto é, ao se depa-
rar com uma possível irregularidade, o Estado irá requer uma 
informação sem a qual não seria possível concluir acerca de 
potencial lesão ao erário público. Neste contexto, preserva-se o 
sigilo do contribuinte mediante expressa disposição que res-
tringe o uso de informações apenas a autoridades fiscais, 
abrindo-se, no entanto, a eventuais procedimentos administra-
tivos e judiciais instaurados contra o contribuinte. 
 
 b) Caso o Brasil receba um pedido de troca de informações 
de um Estado com quem tenha celebrado tratado para evi-
tar a dupla tributação, cuja redação do art. 26 seja idêntica 
àquela da convenção-modelo da OCDE, ele pode se recusar a 
fornecer a informação, em virtude de aquela informação ser 
sigilosa? (vide art. 5º, inc. X e XII da CF/88, e anexo XI) 
 
Não. A troca de informação pode ser dar de maneira automática, 
a pedido e espontânea. Se até o início deste século prevaleceu a 
troca a pedido usualmente registrada em arranjos bilaterais, o 
cenário modificou-se severamente com o advento da FATCA 
(Foreign Account Tax Compliance Act), inovação dos Estados 
Unidos ao disporem no âmbito de sua legislação doméstica, mas 
impactarem diversas jurisdições quanto a este tema. E o Brasil 
tem feito parte deste esforço.

Continue navegando