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Avaliação pancreática

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Avaliação pancreática 
 
Anatomia: 
**Felinos: Tríade felina – fígado + pâncreas + intestino = problemas associados 
Fisiologia: 
• Pâncreas endócrino: 
▪ Ilhotas de Langerhans (3%) - • Células alfa A (20%) – glucagon 
 • Células beta B (65%) - insulina 
 • Células delta D (10%) – somatostatina 
 • Células PP ou F – polipeptídeos pancreáticos 
• Pâncreas exócrino: 
▪ Células acinares (85%) - • Amilase 
 • Lipase 
 • Tripsinogênio 
 • Diluídas em água e Bicarbonato 
Disfunção exócrina e endócrina podem se comprometer 
 
• Pâncreas exócrino 
▪ Enzimas ativas 
o Amilase 
→ Hidrólise de amido e glicogênio: Formação de maltose e glicose 
residual 
→ Vários outros órgãos contêm amilase 
→ Interferências em doenças renais, enterites, hepatopatias e 
corticoides 
 
o Lipase: 
 → Atividade exacerbada por sais biliares 
 →Hidrólise de Triglicerídeo, ác graxos e glicerol (Mono e 
diglicerídeos tb são prod. finais ) 
 → Interferências menores q amilase em doenças renais, hemólise e 
uso de corticóides 
o Tripsina (inativa na forma de zimogênio chamado Tripsinogênio) 
 → Degradação das proteínas no duodeno 
*Alguns locais fazem dosagem sorológica de amilase e lipase. Coprofuncional pode ser 
utilizado para detectar IPE 
▪ Suspeita de disfunção: 
o Emagrecimento progressivo, mesmo com boa alimentação 
o Fezes pastosas e mais claras que o normal 
o Êmese e Diarreia 
o Dor abdominal 
o Febre 
▪ Pancreatite: 
o Inflamação do tecido pancreático que causa lesão em células acinares 
o Pode ser aguda ou crônica (mais difícil de diagnosticar pois o 
organismo já está “adaptado”). Afecções mais comuns em cães 
▪ Insuficiência pancreática exócrina: 
o Perda de células acinares 
o Atrofia acinar pancreática – causada por pancreatite linfocítica 
imunomediada hereditária 
o Pancreatite crônica – pancreatite recidivante idiopática 
o Obstrução do ducto pancreático. 
o Não é descrita em equinos e ruminantes 
▪ Diagnóstico – Exames laboratoriais: 
o Imunoreatividade à tripsina sérica – TLI 
➔ Valores de normalidade: Cão: 5 – 32 ng/ml • Gato: 12 – 82 ng/ml 
 
 
 
 
 
o SPEC - fPL (Lipase Pancreática Felina) / cPL (Lipase Pancreática 
Canina) = PLI 
➔ ELISA 
➔ Imunoreatividade específica com células acinares pancreáticas 
➔ SPEC felino e canino 
➔ Em cães – Sensibilidade de 63,6% a 82%. 
➔ Não faz para IPE – não dosa a lipase pois ela pode estar zerada 
➔ Coletar no tubo da tampa vermelha, sem anticoagulante para 
conseguir usar o soro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pancreas endócrino 
▪ Comunicação intercelular; mantém o equilíbrio nutricional do organismo 
(insulina e glucagon) 
▪ Cél. Alfa – secreta GLUCAGON (reduz síntese de glicogênio, faz glicogenólise e 
gliconeogênese no fígado –> libera Glicose no sangue, ou seja, é um hormônio 
hiperglicemiante, lipolítico e cetogênico); estimula cél B p/ secretar insulina. 
(Secreção de glucagon é estimulada por glicose baixa no sangue) 
▪ Cél. Beta – secreta INSULINA (glicogênese no fígado, mm e tec, adiposo, 
promove conversão de glicose em glicogênio; aminoácidos em proteínas e Ác. 
Graxos em triglicerídeos. Faz suas reduções no sangue promovendo a 
conversão intracelular na forma de armazenamento. Facilita a glicólise; 
promove o transporte de glicose para o meio intracelular. 
AÇÃO principal: permitir entrada da glicose na célula 
▪ Cél. Delta – SOMATOSTATINA (inibe células A, B e PP / inibe a liberação das 
enzimas digestivas e a secreção de bicarbonato.) 
▪ Cél. PP – Polipeptídeos Pancreáticos (estimulam lib. enzimas do pâncreas 
exócrino e contrai a vesícula biliar) 
▪ Principais afecções: Insulinoma (neoplasia pancreática) e diabetes. Pacientes 
diabéticos podem ter hiperinsulinemia por má administração 
▪ Suspeita de disfunção endócrina: Emagrecimento progressivo • Poliúria, 
polidipsia e polifagia • Fraqueza, convulsão, confusão mental, ataxia, tremores 
▪ Exames laboratoriais: Glicemia sérica; Prova de tolerância à glicose; Prova de 
insulina sérica; Hemoglobina glicada; Frutosamina; Urinálise; Hemograma 
▪ Diagnóstico: 
o Concentração de Glicose no Sangue: Cuidados na colheita; Jejum 
prévio de 12 horas. Usar fluoreto de sódio. 
Separar imediatamente o plasma/ Glicosímetros portáteis 
Utilizar o tubo de tampa cinza pois o sangue, mesmo com 
anticoagulante há consumo de glicose 
*Sepse faz hipoglicemia pois as bactérias consomem muita glicose 
o Frutosamina: Proteína glicada estável gerada por hiperglicemia com 
mais de 3 dias de duração (3 semanas por exemplo). Caso não esteja 
sendo feito o controle ideal da diabetes, é possível detectar alteração 
anterior da glicose mesmo se quando ela está sendo medida, seu 
valor der normal. 
Indicação: Indicação: Monitoramento de 1 a 3 semanas da taxa 
glicêmica 
 Interferências: Hipoalbuminemia. 
o Hemoglobina glicada: Hemoglobina estável gerada por hiperglicemia 
• Indicação: Monitoramento da taxa glicêmica 
 Cão: 60 dias • Gato: 40 dias • 
 Anticoagulante: EDTA ou heparina. • Interferências: Anemia, IR. 
Valores de normalidade: 6 - 32 U/ml 
o Concentração de insulina sérica: 
Jejum de 12 horas. 
Valores de normalidade -> 6 - 32 U/ml 
Relação insulina/glicose: > 0,3 – Sugestível de insulinoma; considerar 
manifestações clínicas e histórico do paciente

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