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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA ANIMAL CURSO DE APICULTURA - BAN 375 APITOXINA GISLÂYNE MAIRA PEREIRA DE FARIA Matrícula: 52509 VIÇOSA-MG Novembro- 2009 GISLÂYNE MAIRA PEREIRA DE FARIA APITOXINA Trabalho apresentado como parte das exigências de avaliação da disciplina de Apicultura - BAN 375, ministrada pelo Prof. MSc. Alfredo Alcides Goigochea Huertas. VIÇOSA-MG Novembro – 2009 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 1 2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................... 2 2.1 O VENENO DAS ABELHAS........................................................................ ..................... 2 2.2 PRINCIPAAIS COMPONENTES DO VENENO DAS ABELHAS................................... 3 2.3 MODO DE AÇÃO DA APITOXINA................................................................................. 4 2.4. EFEITOS DO VENENO............................................................................... ...................... 4 2.5. SINAIS E SINTOMAS......................................................................................................... 6 2.6 INDICACAO DO VENENO......................................................................... .......................... 6 2.7. CONTRA INDICACOES DO VENENO.............................................................................. 7 2.8. COMO EVITAR OU REAGIR AO ATAQUE DE ABELHAS............................................ 7 2.8.1. COMO PREVENIR ATAQUES.................................................................................... 8 2.8.2. COMO AGIR FRENTE AO ATAQUE......................................................................... 8 2.9 .PRIMEIROS SOCORROS.................................................................................................... 9 2.10. CUIDADOS.............................................................................................................. ............ 9 2.11. PROCEDIMENTOS PARA A RETIRADA DOS FERROES.............................................. 9 2.12. COMO TRATAR ANIMAIS PICADOS POR ABELHAS.................................................. 10 2.13.TRATAMENTOS REALIZADOS NA MEDICINA........................................................... 11 2.13.1. TRATAMENTOS POR PICADAS NATURAIS DE ABELHAS............................ 12 2.13.2. APITOXINA EM INJECOES INTRADERMICAS............................................... 13 2.13.3 IONOFORESE OU ELETROFORESE NA APITOXINA....................................... 14 2.13.4. COMBATE AO CANCER DE PELE E DE MAMA.............................................. 15 2.14. MODO DE COLETAR O VENENO................................................................................. 15 3. CONCLUSÃO....................................................................................................... .................... 16 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... ................... 17 1 1. INTRODUÇÃO No Brasil, a apitoxina é praticamente desconhecida, e sua aplicação é empírica, limitando-se aos casos de reumatismo. Nos países de maior desenvolvimento na apicultura, como os citados Estados Unidos e União Soviética, a apitoxina é administrada por meio de picadas naturais das abelhas, injeções subcutâneas, pomadas, inalações e até mesmo por comprimidos. O uso da apitoxina(veneno da abelhas) é muito antigo e veio provavelmente da observação de que os primeiros apicultores recebiam muitas picadas e não tinham problema de reumatismo. A apitoxina pode ser encontrada no mercado de forma clandestina (pois não tem autorização do Ministério da Saúde para ser vendida como remédio) em injeções subcutâneas, pomadas, inalações e até mesmo em comprimidos. A picada natural da abelha também é um método empregado, principalmente por acupunturistas. E recomendada para doenças como artrites, nevrites, afecções cutâneas, doenças oftalmológicas, no tratamento de esclerose múltipla, porém é importantíssimo ressaltar que nenhum desses tratamentos têm embasamento científico, e sim são todos baseados em observações e crendice popular. ―Como pesquisador do produto eu recomendo que a apitoxina seja usada somente em pomada, pois em forma de injeção e comprimido sub-lingual, o veneno é absorvido rapidamente pela mucosa e pela corrente sanguínea. Dependendo da quantidade absorvida pela pessoa pode causar problemas‖, alerta Ciro Piotta que é membro da APACAME —Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas Melíferas Européias. Com essa africanização surgiram alguns problemas como o aumento de agressividade e a maior propensão das abelhas a enxameação (KERR, 1984). No Brasil a apicultura sofreu muito nos primeiros anos com as abelhas ditas africanizadas (Figura 1), ou seja, mestiças de Apis mellifera scutellata e Apis mellifera ligustica principalmente, porque não havia técnicas adequadas para manejá-las. Criou a necessidade do desenvolvimento de um conjunto de recomendações técnicas, para garantir a segurança do apicultor e das pessoas que vivem nas proximidades da criação. Contudo, mesmo utilizando-se de todas as recomendações técnicas para o trabalho com as abelhas, algumas vezes podem ocorrer acidentes, sendo necessário que se saiba quais as providências a serem tomadas, uma vez que estes acidentes podem por em risco a vida de pessoas. Objetivo deste trabalho é apresentar informações sobre o veneno das abelhas e algumas recomendações básicas para o primeiro atendimento de vítimas de acidentes com abelhas. http://www.monografias.com/trabajos15/calidad-serv/calidad-serv.shtml#PLANT 2 Figura 1: abelha africanizada Fonte: Imagens do Google 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1.O VENENO DAS ABELHAS A pesar de ser letal para o homem, quando aplicado em grandes proporções, o veneno da abelha é, paradoxalmente, um consagrado medicamento contra diversos distúrbios e problemas. O veneno da abelha, também chamado de apitoxina, é produzido por glândulas existentes no abdômen e introduzido no corpo das vítimas através do canal existente no ferrão, provocando reações que variam de intensidade de acordo com a sensibilidade de cada pessoa, podendo levar até a morte. O veneno de abelhas é um líquido transparente, com um odor de mel acentuado e sabor amargo, acre; a sua densidade é de 1,1313. Uma gota colocada sobre papel de tornassol azul torna-o imediatamente vermelho indicando assim uma reação ácida. A análise química mostraram que o veneno de abelha continha ácido fórmico, ácido clorídrico, ácido ortofosfórico, histamina, colina, triptófano, enxofre, etc. Supõe-se que deve as suas propriedades médicas essencialmente ao fosfato de magnésio Mg3 (PO)4)² cuja taxa representa 0,4% do peso do veneno seco. Nas suas cinzas notaram-se indícios de cobre e de cálcio. É, além disso, muito rico em substâncias azotadas, em gorduras voláteis, que desaparecem no decurso da sua dessecação, e contém muitas diástases: fosfolipase, hialuronidase, etc. Segundo certos autores, é precisamente a presença destas gorduras voláteis que seria a causa da sensação de dor aguda provocada no local da picada. A sua composição química ainda não foi estudada completamente e nãose conseguiu igualmente fazer a sua 3 síntese. O composto do veneno pode ser dividido e 7 frações de acordo com o peso molecular: Frações 1 e 2: compostas pelas enzimas hialuronidase e fosfolipase A, que corresponde 10% do peso do veneno seco. Fração 3: composta pela melitina, que corresponde a 50% o peso seco do veneno. Frações, 4, 5 e 6 composta pelos oligopeptídeos secapina, peptídeo degradador de mastócitos (MCD), tertiapina e apamina, que correspondem a 10% do peso do veneno seco. Fração 7: procamina e compostos de baixo peso molecular, istamina, dopamina, noradrenalina e outros pequenos peptídeos, que juntos representam 30% do peso do veneno seco. 2.2. PRINCIPAIS COMPONENTES DO VENENO DAS ABELHAS Hialuronidase: é uma enzima que hidrolisa o ácido hialurônico, uma substância que compõe o interstício dos tecidos e possui função adesiva, mantendo as células unidas. Quando este ácido é destruído pela hialuronidase abre-se espaços entre as células, facilitando a penetração dos outros componentes do veneno. Fosfolipase A2: é uma enzima de peso molecular ao redor de 14.000 e possui 134 aminoácidos e se constitui no principal alérgeno do veneno. Ela atua provocando a contração da musculatura lisa, diminuição da pressão sanguínea, aumento da permeabilidade dos capilares e destruição de mastócitos. Acredita-se que estes tipos de interações com sistemas enzimáticos sejam a causa de morte provocada pela fosfolipase-A2. Melitina: é a principal toxina do veneno e compreende aproximadamente 50% do seu peso seco, possui 26 aminoácidos e um peso molecular de 2840 kDa, produz aumento da permeabilidade celular, hemolizando eritrócitos e leucócitos, com liberações de enzimas e é responsável pela intensa dor no local da ferroada. Dependendo da dose e do órgão provoca constricção ou dilatação dos vasos, aumentando a permeabilidade vascular no local da aplicação. Peptídeo MCD: degradador de mastócitos corresponde aproximadamente a 2% do veneno seco, tem 22 aminoácidos e um peso molecular de 3.0 kDa. Atua sobre os 4 mastócitos que são células presente no sangue e em outros tecidos e que contém muitas vesículas de histamina que são liberadas pela ação desse peptídeo; abaixa a pressão sanguínea e produz cianose. Apamina: é um peptídeo pequeno, contendo apenas 18 aminoácidos e um PM de 2.0 kDa e que apresenta propriedades neurotóxicas. Em pequenos roedores provoca convulsões, movimentos e respiraçãodescoordenados, podendo provocar hiperexitabilidade. Histamina: tem efeitos pró-inflamatórios, promovendo a vaso dilatação e aumento da permeabilidade vascular, e também éresponsável na produção da dor no local da inoculação. 2.3. MODO DE AÇÃO DA APITOXINA Em 1954, os alemães W. Neumann e K. Habermann publicaram uma obra em que indicam que uma injeção de melitina (proteína extraída do veneno de abelha) determina uma baixa de tensão sanguínea, a hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos), uma contração das fibras musculares estriadas e lisas suprime os efeitos retransmissores neuro- musculares e ganglionares. Por outro lado, segundo os mesmos autores, a hialuronidase (diástase extraída igualmente do veneno de abelha) aumenta a permeabilidade dos capilares sanguíneos. Ora, esta permeabilidade dos vasos é capital: quando ela diminui, devido a perturbações do funcionamento do sistema capital na seqüência de envelhecimento ou estado mórbido do organismo, entre os órgãos e tecidos. Observou-se, por exemplo, que a melitina, presente na apitoxina eleva os níveis de cortisol no plasma, podendo traduzir-se assim, em última análise, em um tratamento médico padrão com corticóides. Junto com a fosfolipase A2, a melitina ajuda ainda a inibir a produção de superóxidos pelos netrófilos, diminuindo a inflamação local, promovendo a vasodilatação e o aumento da permeabilidade vascular. Finalmente, há o peptídeo MCD (mast cell degranulating) que vem enriquecer o efeito antiinflamatório ao promover a desgranulação dos mastócidos, provocando os mecanismos naturais de resistência, através da liberação da heparina oriunda dos próprios mastócidos rompidos. 2.4. EFEITOS DO VENENO a) Lesões não alérgicas na superfície corporal (pele, mucosa e olhos): podem ulcerar- se ou tornar-se mais graves conforme a extensão e quantidade de ferroadas.As lesões 5 cutâneo-mucosas nos locais da ferroada manifestam se pela irritabilidade local, dor, e lesão eritêmato-pruriginosa tendendo desaparecer nas primeiras 24 horas. No caso de múltiplas picadas o podem ocorrer lesões ulceradas e equimóticas. Podem ocorrer, em alguns casos, alterações oftalmológicas, com ulceração e a pacificação de córnea. b) Reações imunológicas: Efeitos alérgicos locais, doença do soro e anafilaxia que pode ocorrer após o indivíduo ser ferroado, com o desenvolvimento de hipersensibilidade tipo-I clássico, onde apenas uma ou poucas ferroadas poderiam provocar a morte por choque anafilático. O contato prévio com o veneno das abelhas, poderia ser um fator desen-cadeante da produção de imunoglobulinas da classe IgE, que se fixam nos mastócitos. Um novo contato posterior poderia levar ao desenvolvimento da anafilaxia. A maioria dos relatos de casos e óbito neste tipo de acidente deve-se a este mecanismo, nos casos de pequeno número de ferroadas, principalmente porque o socorro ao paciente nem sempre está ao alcance e o quadro tem evolução rápida(30 a 40 min) e quase sempre fatal, com ocorrência de edema de glote, provocando asfixia. c) Toxidade direta: Ocorrem efeitos tanto locais como sistêmicos, principalmente em indivíduos que receberam múltiplas ferroadas. A quantidade de veneno inoculada e absorvida em vários pontos do corpo entraria na circulação, podendo atingir e comprometer vários órgãos. d) Mecanismos autofarmacodinâmicos: Os componentes do veneno funcionam como um gatilho para desencadear uma série de fenômenos bioquímicos que ocorrem em cascata. Induzem a formação e/ou liberação de substâncias nas células-alvo, as quais, no conjunto são mais lesivas a outros constituintes do organismo do que o próprio veneno. As substâncias decorrentes do catabolismo celular, bem como a liberação ou formação de metabólitos reativos de oxigênio, podem levar o organismo a um intenso desequilíbrio homeostático. Este estado de instabilidade metabólica, somado a toxidade direta do veneno, são responsáveis pela morte do indivíduo exposto a múltiplas picadas. e) Mecanismos pouco compreendidos: São os que acarretariam danos ao sistema nervoso, sistema vascular, renal e outros órgãos. Tendo em vista que o veneno da abelha possui vários componentes, seria esperado a ocorrência de complexa fisiopatologia em vítimas fatais. O estado tóxico neste tipo de envenenamento está na dependência do estado geral da vítima, do peso corporal e da quantidade de veneno inoculado. Acredita se que cerca de 500 a 660 ferroadas sejam letais para um indivíduo de 70 kg. 6 f) Dilata os vasos sanguíneos, possuem qualidades anticoagulantes g) Fortes efeitos hemorrágicos Sistema da hipófise h) Sistema das supra-renais i) Tem ação neurotrófica j) Tem efeito bacteriostático k) Possui efeito anestésico local l) Melhora o funcionamento do fígado m) Melhora a atividade do cérebro n) Possui ação imunológica o) Tem ação leucolitica, pasmotica e circulatória p) Aumenta o metabolismo ósseo q) Elimina toxinas acumuladas r) Destrói o desenvolvimento bacteriano s) É um potente anti-infllamatório 2.5. SINAIS E SINTOMAS Dor aguda no local ferroado; Vermelhidão; Prurido (coceira) e edema por várias horas ou dias; Em alguns casos mais sérios, anafilaxia em poucos minutos (estado de choque grave provocado por profunda reação alérgica), com urticárias, angiodema (inchaço de váriaspartes do corpo), dispnéia,choque anafilático e morte. 2.6 INDICAÇÕESDO VENENO : a) Artrite b) Reumatismo c) Edemas d) Asma e) Arteriosclerose f) Enxaquecas g) Eczema h) Psoríase 7 i) Celulite j) Escleroses 2.7.CONTRA INDICAÇÕES DO VENENO: a)Hipersensibilidade (alergia ao veneno) b) Diabetes c) Doenças infecciosas agudas (Tuberculose) d) Doenças psíquicas e) Doenças agudas de fígado e supra renais f) Doenças renais g) Sífilis h) Anemia i) Transtornos hemorrágicos e anêmicos j) Esgotamento generalizado do organismo l) Ulceras m) Em períodos de pré ou pós operatório n) Tumores malignos o) Período menstrual recente Gravidez (primeiros meses) Cardiopatias p) Pacientes com temperatura elevada q) Insuficiência cardiorrenal 2.8. Como evitar ou reagir ao ataque de abelhas africanas: Os cães são curiosos, territoriais e agressivos contra invasores. Entretanto, eles geralmente estão presos em quintais ou canis e não podem fugir se forem atacados. As abelhas consideram os cães como predadores, porque são barulhentos, emitem vibrações, odore se calor. O ataque das abelhas africanizadas era tido como um problema rural, porque as pessoas e os animais permanecem na maior parte do tempo no campo, sem proteção das construções. Na realidade, os ataques têm sido muito mais freqüentes nas cidades, onde a população humana e a de animais de companhia são maiores, e moradores da cidade plantam muitas flores ornamentais que fornecem alimentos para as abelhas e também os animais vivem mais confinados que nas áreas rurais. As cidades também fornecem água abundante e 8 vários tipos de cavidades protegidas, como prédios em construção, que são excelentes lugares para as abelhas durante todas as estações do ano. 2.8.1 Como prevenir ataques: a) Se descobrir colméias em seu jardim ou na parede de sua casa, chame profissionais para removê-las. Não faça você mesmo; b) Inspecione sua casa e as outras estruturas da sua propriedade mensalmente. c) Se notar um enxame próximo a uma árvore no quintal, não se aproxime dela por três dias. Se não for embora, chame o serviço especializado; d) Antes de confinar um animal, seja cão ou cavalo, inspecione o lugar; e) Antes de operar um equipamento barulhento (cortadores de grama, tratores, etc.), cheque a área para verificar a presença de abelhas voando. Não opere o equipamento se houver abelhas por perto; f) Tampe buracos e remova objetos que possam servir de abrigo para as abelhas, como casinhas de cachorro velhas, caixas, entulhos ou objetos ocos;· 2.8.2 Como agir frente ao ataque: a)Segure a respiração até descobrir de onde vem as abelhas; b) Se apenas uma ou duas abelhas estão rodeando você, afaste-se da área cuidadosamente; c) Se você for atacado ou se estiver sendo rodeado por várias abelhas, corra imediatamente. Cubra a boca e o nariz com as mãos enquanto estiver correndo; d) Se seu animal está sendo atacado por poucas abelhas, deixe-o entrar em casa ou abra o portão para que ele possa fugir. Se o ataque for sério, não tente socorrê-lo, mas sim chame o serviço especializado imediatamente para isso. 2.9. PRIMEIRO SOCORROS 1) Leve a vítima ao médico ou ao hospital. 9 2) Use analgésico para aliviar a dor. Quando necessária, a analgesia poderá ser feita com Dipirona, via parenteral, injetável no músculo. 3) Reações alérgicas: O tratamento de escolha para as reações anafiláticas é a administração subcutânea de solução aquosa de adrenalina 1:1000, iniciando-se com a dose de 0,5ml, repetida duas vezes, em intervalos de 10 minutos para adultos, se necessário. Em crianças, usa-se inicialmente 0,01ml/kg/dose, podendo ser repetida 2 a 3 vezes,com intervalos de 30 minutos, desde que não haja aumento exagerado da freqüência cardíaca. 4) Os glicocorticóides e anti-histamínicos não controlam as reações graves (urticária gigante, edema de glote, broncoespasmo e choque), mas podem reduzir a duração e intensidade dessas manifestações. 5) Para o alívio de reações alérgicas tegumentares, indica-se o uso tópico de corticóides e anti-histamínicos por via oral. 6) Manifestações respiratórias asmatiformes, devido à broncoespasmo, podem ser controladas com oxigênio nasal, inalações e bronco dilatadores. 7) Medidas gerais de suporte: Manutenção das condições vitais e do equilíbrio ácido- básico. Com o choque anafilático, a insuficiência respiratória e a insuficiência renal aguda devem ser tratadas de maneira rápida e vigorosa. 2.10. Cuidados a) Ao levar alguém para trabalhar no apiário certifique-se de que não seja alérgica. b) Nunca realize qualquer manejo nas colméias sem a proteção adequada (máscara, macacão, luvas, botas e fumigador). c) Ao localizar o apiário respeite as recomendações técnicas. d) Em caso de acidentes leve imediatamente a vítima para receber atendimento médico. 2.11. PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DOS FERRÕES Retire os ferrões, raspando-os com uma lâmina, o mais rápido possível. O tempo entre a picada e a remoção é fundamental, e quanto maior for o tempo para remoção, maior será a quantidade de veneno injetado. Evite extrair os ferrões com uma pinça ou pinçando os com os dedos, para não correr o risco de apertar a glândula 10 de veneno. Em caso de ataque por enxame, retire os ferrões antes de chegar ao hospital, se possíveis; Pressione o local para fazer sair o veneno; Faça a compressa de gelo ou água fria e amônia; Como o ferrão das abelhas é farpado, ao ser introduzido na vítima ele fica aderido à pele (Figura 2) e o veneno continua a ser injetado. Por isso sua retirada é importante para reduzir a quantidade de veneno recebida pela vítima. Figura 2: Ferrão aderido a pele- Fonte:Manual do Apicultor 2.12. COMO TRATAR ANIMAIS PICADOS POR ABELHAS: Não existe anti-veneno de abelhas específico. A conduta a ser instituída é o tratamento suporte. A monitoração da ventilação e vigorosa correção da hipovolêmica são cruciais na conduta imediata das reações tóxicas a picadas de abelhas. Epinefrina subcutânea deve ser administrada imediatamente, porque a intoxicação e a anafilaxia podem ocorrer simultaneamente ou pode ser difícil extingui-las. Para conter os efeitos histamínicos do veneno, administrar anti-histamínicos H1 e H2 pela via intravenosa (por exemplo: cimetidina na dose de 5 a 10 mg/kg três vezes ao dia e difenidramina na dose de 1 a 2 mg/kg duas vezes ao dia). Também administrar corticóides (succinato de prednisolona sódica ou hidrocortisona, na dose de 10 mg/kg pela via intravenosa; repetir em 3a 4 horas se necesário), embora sua eficácia nos envenenamentos por picada de abelha ainda não está bem estabelecida. Deve ser realizada urinálise e monitorar a quantidade de urina produzida. As concentrações séricas de eletrólitos, uréia e creatinina também necessitam de monitoração. 11 Pode ser indicado alcalinização da urina se a rabdomiólise for grave. Os animais devem ser monitorizados para detectar trombocitopenia, evidência de hemólise ou até franca CID e receber reposição de fluído ou sangue se houver perda renal ou gastrointestinal. Os ferrões devem ser retirados um por um, com o cuidado de evitar-se a inoculação do veneno neles contido. Deve ser salientado que apenas um terço do veneno contido no ferrão é inoculado na vítima. O restante fica no aparelho inoculador situado na extremidade proximal do ferrão. A retirada incorreta dos ferrões pode ser acompanhada de compressão deste aparelho e como conseqüência, inoculação de grande quantidade de veneno. Para tanto, é aconselhável a utilização de uma lâmina ou pinça de Halsted aplicada rente a pele do acidentado. CÃES: Os locais do corpo do cão mais comumente atacados pelas abelhas são as regiões nasal, oral e ocular (Figura 3). Figura 3: Animal acidentado por picadas de abelhas mostrando os ferrões introduzidos na pele- Fonte:Imagens do Google 2.13. TRATAMENTOS REALIZADOS COM O VENENO NA MEDICINA No decurso destes últimos anos, o tratamento por APITERAPIA desenvolveu-se muito na União Soviética e noutros países. Na Checoslováquia utiliza-se a ―virapina‖, na Alemanha, a ―apizartron‖. Contudo, segundo as investigações clínicas efetuadas na Romênia (Alexandre Parteniu), na China (Fan Tché-You), na U.R.S.S. (Ioirich e outros) e nos Estados Unidos (Beck Broadman, etc.), é ainda por veneno introduzido pelo Ferrão-seringa da abelha sob forma de picada subcutânea o que daria melhores resultados. 12 2.13.1. TRATAMENTO POR PICADAS NATURAIS DE ABELHAS Com a ajuda de pinças especiais aproxima-se a abelha da região a picar (figura 4), a qual deve ser previamente limpa com água tépida e com sabão (não se aconselha álcool). Não se deve fazer uma nova picada no mesmo local senão ao fim de cinco dias. Após quatro dias da tumefação, sensação de dor e outras reações terem passado e o doente suportado bem o tratamento, a apiterapia poderá continuar. As regiões a picar são aquelas onde se dão habitualmente as injeções subcutâneas (partes externas das espáduas e as ancas). O reservatório de veneno esvazia-se muito lentamente sob a ação dos gânglios contráteis. São necessárias várias horas. O veneno é rapidamente absorvido pelos tecidos envolventes e passa para o sangue. Por conseqüência, não se deverá extrair o ferrão senão quando todo o veneno tiver saído do reservatório. O fim dos movimentos de contração é, aliás, visível a olho nu. Figura 5: tratamento com picada de abelhas. Fontes: imagens do Google. No primeiro dia, o doente será picado por uma única abelha, no dia seguinte por duas, no terceiro por três e assim sucessivamente até ao décimo dia. Após esta primeira parte do tratamento. Tendo o doente recebido 55 picadas, será indispensável conceder-lhe um repouso de 3 a 4 dias, retornando-se o tratamento aplicando três abelhas por dia. No decurso desta segunda parte do tratamento (duração de 45 dias ) o doente deve ter recebido o veneno de cerca de 140 a 150 abelhas ou seja, um total, para todo o período ( nas duas séries ), de 180 a 200 picadas. Se, após este tempo, nenhuma cura nem melhoras se obtiverem o tratamento deverá ser prolongado. Há cerca de uns 20 anos propuseram e publicou um método de APITERAPIA extremamente inofensivo para o doente e muito prático para serem utilizadas tanto nos hospitais, clínicas, sanatórios, como em casa. Este método consiste em não repetir, quer as picadas de abelhas, quer a injeção de APITOXINA, senão de 5 em 5 dias. Com efeito, nos 13 casos em que o veneno tenha provocado um edema, ou um ligeiro ponto doloroso, tudo isto terá desaparecido completamente ao fim do quarto dia e o doente surtir-se-á perfeitamente bem para se poder recomeçar o tratamento. A experiência mostrou que era possível reduzir para metade a duração do tratamento, conservando o mesmo número de picadas, isto é, cerca de 200. No primeiro dia o doente receberá 2 picadas de abelhas, no segundo 4 picadas, no terceiro 6 picadas, no quarto 8 picadas. Depois do quinto ao vigésimo - quarto dia será picado diariamente por 9 abelhas. Se o doente suportar mal estas doses elevadas de veneno, então se reduz para 5 picadas por dia. Por conseqüência, em 24 dias o doente terá recebido um total de 125 picadas, e o restante (75 picadas) poderão ser-lhe administrados após uma curta pausa. Notaram que, regra geral, nas pessoas em que a APITERAPIA não está contra- indicada, a picada de abelha não ocasionam nem inchaço nem dor, e que podem suportar sem qualquer perigo 20 a 30 picadas simultâneas e por vezes até mais. Pelo contrário, após cura ou nítida melhoria seguida a um tratamento com veneno, acontece que uma mesma pessoa se torne muito sensível ao veneno e, depois de ter sido picada acidentalmente por uma ou duas abelhas, reaja do modo habitual (aparição local de edemas, de inflamação, de dor, etc.). 2.13.2 APITOXINA EM INJEÇÕES INTRADÉRMICAS: Este processo é muito mais prático do que as picadas naturais pelas abelhas, porque permite a injeção de doses variadas de APITOXINA segundo o estado e a reação do doente. Por outro lado, pode-se sempre ter de reserva uma preparação de apitoxina em qualquer estabelecimento médico (Hospital, Clínica, Dispensário). A injeção intradérmica (entre a epiderme e a derme) de solução de apitoxina provou ser o método mais simples e mais eficaz. Com efeito, um quinto do nosso sangue encontra-se localizado na pele, de modo que uma vez o veneno inoculado na pele, espalhar-se-á imediatamente pela via sanguínea através de todo o organismo. Por injeções hipodérmicas introduz-se uma quantidade mais importante de apitoxina (até 1 ml); ao contrário, os efeitos curativos são mais limitados do que com a injeção intradérmicas. A injeção intradérmica efetuada com a ajuda de uma agulha especial munida de uma anilha permite doses de 0,1; 0,2 ou 0,3 ml. 2.13.3 IONOFORESE OU ELETROFORESE DA APITOXINA A ionoterapia é largamente utilizada no tratamento das doenças internas e nervosas, em cirurgia, em ginecologia, etc. Este processo fundado sobre a dissociação eletrolítica 14 constitui o melhor meio de introduzir um medicamento através da pele. As observações mostraram que a aplicação da APITOXINA por ionoforese apresentava um certo número de vantagens sobre as picadas de abelha. Com efeito, a introdução da APITOXINA por ionoforese não determina nenhuma dor, a não ser uma ligeira hipermia (avermelhamento) da zona da pele submetida a ionoforese. Este tratamento é efetuado geralmente nos serviços fisioterápicos dos hospitais e das policlínicas. No XX Congresso Internacional Jubilar dos Apicultores realizado em Bucareste em 1965, os doutores Vl. Mladénov e V. Kazandjíeva fizeram uma comunicação a respeito à aplicação da APITERAPIA por ionoforese no Sanatório de balneoterapia de Custendile (Bulgária). Para 32 dos 108 doentes atingidos por afecções do sistema nervoso periférico, as dores agudas desapareceram, os funcionamentos do sistema nervosos tornou-se normal, e os doentes ficaram curados completamente; 64 deixaram o hospital com nítidas melhoras do seu estado de saúde e durante um a dois anos não se assinalou nenhum caso de recaída nos doentes. Para 12 doentes não se verificou nenhuma melhora e só num único se verificou idiossincrasia ao veneno de abelha. Este método de tratamento deu igualmente bons resultadosno caso de artrites reumátismais e reumatóides, de artroses deformantes e de doenças arteriais. Por conseqüência, a prática de apiterapia mostrou que o veneno de abelha bloqueia a condutibilidade dos retransmissores dos centros nervosos, diminui ou suprime totalmente as dores nevrálgicas e reumatismais, provoca a dilatação dos capilares sanguíneos e aumenta assim a irrigação sanguínea dos tecidos. Foi observado ale disso que a APITOXINA favorece a hematopoiese: em 70% dos casos o número das hematias passou de 50 000 para 500 000, em 65% dos casos a taxa de hemoglobina aumentou até 12%, diminuindo a taxa de colesterol no sangue. A solução de apitoxina (destinada a ionoforese) prepara-se assim: dissolver em 1 litro de água destilada de 0,04 a 0,05 de veneno de abelha bruto. Colocar em seguida sobre o local doloroso do corpo dois elétrodos munidos de pequenas almofadas hidrófilas de 150 a 250 cm² cada uma. As almofadas serão embebidas de água tépida e de solução de APITOXINA e juntas em seguida ao ânodo e ao cátodo, de modo que a apitoxina seja introduzida no organismo ao mesmo tempo pelos dois pólos. Sendo aplicado o tratamento diariamente, durante 15 a 20 dias, a quantidade total de solução de apitoxina introduzida varia de 200 a 250 ml. 2.13.4 Contra o câncer de pele ou mama 15 Um grupo de pesquisadores da Universidade de Washington, em Saint Louis, Estados Unidos, propõe usar esferas mini-milimétricas cheias de veneno de abelhas para acabar com determinados tipos de tumores malignos. A ideia foi publicada esta semana na revista Journal of Clinical Investigation e já foi comprovada em ratos com boa eficácia. Segundo a pesquisa, uma das toxinas presentes no líquido injetado pelas abelhas, a melitina, mata qualquer tipo de célula ao unir-se em sua superfície e formar poros na membrana celular. Se fosse injetada diretamente no sangue, o veneno acabaria com os glóbulos vermelhos, mas se ficam envolvidas no interior de nanopartículas os cientistas garantem que não afetam as células sãs, somente as cancerígenas, pois vai acrescentado de outros elementos que atingem especificamente os tumores. Nos testes feitos com ratos, a terapia funcionou de forma satisfatória principalmente nos tumores de pele, reduzindo-os em um 88% já os de mama tiveram redução de um 25%. Agora falta comprovar sua eficácia nos seres humanos 2.15 MODO DE COLETAR O VENENO Desde meados dos anos 50, o método do choque elétrico tem sido visado para estimular as abelhas a picar.O coletor normalmente é colocado na entrada da colméia e conectado a um dispositivo que provê impulsos elétricos. O coletor é feito de madeira ou plástico e segura uma armação de arame. Debaixo dos arames está colocada uma folha de vidro que pode ser coberta com plástico ou material de borracha para evitar a contaminação do veneno. Durante a coleta, as abelhas entram em contato com a armação de arame e recebem um choque elétrico moderado. Elas picam a superfície da folha do coletor, pois identificam a excitação elétrica no momento como uma fonte de perigo. O veneno é então depositado entre o vidro e o material protetor, onde seca e depois é raspado e vendido pai-a a indústria farmacêutica ou laboratório especializado. Todo o processamento da transformação do veneno em pomada demora dois dias. A coleta do veneno gera muito estresse nas abelhas que ficam muito agressivas após esse trabalho. E aconselhável, inclusive não ter nada móvel (animais e movimentação de pessoas) a pelo menos 300 metros. A coleta deve ser feita somente 1 hora por dia e para coletar 1 grama de veneno é preciso extrai-lo de 10 colméias. A operação, na mesma colméia, só poderá ocorrer após três dias. A previsão de ter o produto totalmente estudado e autorizado pelo Ministério da Saúde é de final de 2002, pois a fase de pesquisas em animais já foi concluída, falta agora a comprovação da eficácia do produto em seres humanos. Mesmo em Cuba e Estados Unidos, a 16 apitoxina ainda não é considerada oficialmente ―novo remédio‖, isso só poderá ser feito após publicação dos estudos. Hoje, um quilo do produto está estimado em 30 mil reais Figura 4: Veneno da abelha. Fonte: imagens do Google 3. CONCLUSAO Ainda é necessário muito estudos sobre o veneno das abelhas, pois seu uso é proibido pelo ministério da saúde no Brasil, pelo fato de não ter sido comprovado cientificamente quais são os efeitos que pode causar ao ser humano. As informações que existe são apenas suposições. Mas esta substância se realmente orem comprovadas o que é conhecido popularmente, pode curar muitas pessoas como por exemplo artrite,câncer e outras doenças. Os apicultores que trabalham com abelhas africanizadas, estas que possuem ferrões, é preciso muito cuidado ao realizar os manuseios, pois são abelhas muito agressivas, suas picadas podem levar até a morte, principalmente para pessoas alérgicas. Seguidos todos os procedimentos necessários para o manuseio, o apicultor não terá problemas para a utilização de abelhas africanizadas no seu apiário. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ambiente Brasil (2009). Apitoxina: Veneno de abelhas. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./nat ural/artigos/apitoxina.html. Acessado em: 12/11/2009Centro Universitário são Camilo. http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/apitoxina.html http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/apitoxina.html 17 Cientistas usam veneno de abelha para combater o câncer. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/novo/noticias/cientistas-abelha-cancer.php. Acessado em: 12/11/2009 O Veneno. A apiterapia já esta em Portugal. Disponível em: http://www.beefine.com/o_veneno_da_abelha.htm. Acessado em: 12/11/2009 Hostedbyangelfire. Apitoxina. Disponível em: http://www.angelfire.com/wy/shangrila/apitoxina.html. Acessado em: 12/11/2009 Diário da saúde. Cientistas usam veneno para combater o câncer. Disponível em: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cientistas-usam-veneno-abelha-combater- cancer&id=4412. Acessado em: 12/11/2009 Fayer Wayer Brasil. Veneno de abelha contra o câncer de pele e de mama. Disponivel em: http://www.fayerwayer.com.br/2009/08/veneno-de-abelha-contra-o-cancer-de-pele-ou- mama/. Acessado em : 12/11/2009 Bicho online. Ataques de abelhas o que fazer. Disponível em: http://www.bichoonline.com.br/artigos/gcao0013.htm. acessado em: 12/11/2009 Dzai. Cientistas usam veneno para combater o câncer. Disponivel em: http://www.dzai.com.br/dojuninho/noticia/montanoticia?tv_ntc_id=24659 acesado em : 12/11/2009 MANUAL DO AGENTE DE DESENVOLVIMENTO RURAL. Apicultura http://www.saocamilo-sp.br/novo/noticias/cientistas-abelha-cancer.php http://www.beefine.com/o_veneno_da_abelha.htm http://www.angelfire.com/wy/shangrila/apitoxina.html http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cientistas-usam-veneno-abelha-combater-cancer&id=4412 http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cientistas-usam-veneno-abelha-combater-cancer&id=4412 http://www.fayerwayer.com.br/2009/08/veneno-de-abelha-contra-o-cancer-de-pele-ou-mama/ http://www.fayerwayer.com.br/2009/08/veneno-de-abelha-contra-o-cancer-de-pele-ou-mama/ http://www.bichoonline.com.br/artigos/gcao0013.htm http://www.dzai.com.br/dojuninho/noticia/montanoticia?tv_ntc_id=24659
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