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Veneno Um veneno consiste em qualquer tipo de substancia tóxica, seja ela sólida, líquida ou gasosa, que possa produzir qualquer tipo de enfermidade, lesão, ou alterar as funções do organismo ou entrar em contanto com um ser vivo, por reações químicas com as moléculas do organismo. Animais peçonhentos Os animais peçonhentos são aqueles que produzem substancias tóxicas que podem ser injetados diretamente em outros organismos, graças à presença de um aparelho inoculador. Diferença entre animais peçonhentos e venenosos Os animais peçonhentos e venenosos possuem em comum o fato de produzirem veneno. O que diferencia é a presença de uma estrutura para inocular (Injetar, transmitir) essas substancias. As glândulas de veneno ou peçonha dos animais peçonhentos ligam-se com dentes ocos, ferrões, cedas ou aguilhões e isso depende do animal. Um exemplo desses animais é a cobra. Ela possui presa que servirá para inocular a peçonha, que é o veneno. Acidentes com animais peçonhentos No Brasil, os principais animais peçonhentos que causam acidentes são serpentes, escorpiões e aranhas. OBS: As presas das serpentes são usadas para inocular o veneno. Animais venenosos Os animais venenosos produzem veneno. Porém, não possuem estruturas para inoculação. Um exemplo de animal venenoso é o sapo. Algumas espécies são venenosas, mas o veneno só é liberado quando a glândula que o produz é pressionada. Tipos de peçonhas e suas respectivas ações Peçonha é todo tipo de substancia toxica animal produzida por uma glândula especializada (ou seja, o animal possui uma estrutura especifica para produzir a substancia). A peçonha miotóxica Afeta os músculos: Produz lesões de fibras esqueléticas com liberação de enzimas e mioglobina para os soros e são posteriormente excretadas pela urina. O fato que mais se observa nesta ação, são as dores musculares que permanecem durante um longo período. . Outro ponto também é a excreção de mioglobulina que vai parar na urina e daí a gente observa nos primeiros ds de sintomas essa urina bem avermelhada e conforme for passando os dias o paciente vai melhorando e “clareando” novamente. Peçonha neurotóxica Afeta o sistema nervoso: Ocorre devido a fração crotoxina, uma neurotoxina de ação pré-sináptica que atua nas terminações nervosas inibindo a ação da acetilcolina, sendo o principal fator responsável pelo bloqueio neuromuscular, o que vai ocasionar as paralisias motoras. Peçonha citotóxica Afeta células e tecidos: Ocorre destruição tecidual, seguida de necrose da região afetada. Peçonha Hemotóxica: Afeta as células sanguíneas: Os vasos sanguíneos perdem sua capacidade de reter o sangue, a capacidade de coagulação e o sistema imunológico são anulados, ocorrem hemorragias internas e outros sintomas. Acidentes com animais peçonhentos Escorpiões Os acidentes escorpionicos são importantes em virtude da grande frequência com que ocorrem e da sua potencial gravidade, principalmente em crianças picadas pelo Tityus Serrulatus. A gente tem vários tipos de escorpiões com cores diferentes e aspectos. Nessa imagem, podemos ver o ferrão de telson de um escorpião mostrando uma gota de veneno saindo. . Tityus É o gênero de importância medica no Brasil, e as espécies T. bahiensis, T. serrulatus e T. stigmutus são as que estão relacionadas a casos graves ou envenenamento no país. Tityus bahiensis Tem coloração marrom escura, as vezes marrom- avermelhado, pernas amareladas com manchas escuras e sem serrilhas na cauda. Esta espécie é causador dos acidentes mais frequentes em São Paulo. Tityus serrulatus Também conhecido como escorpião amarelo. Apresenta o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda amarela sendo esta serrilhada no lado dorsal. Considerando mais venenoso na amarica do sul, é o escorpião causador de acidentes graves, principalmente no Estado de Minas Gerais. Tityus stigmurus Conhecido como escorpião do Nordeste. Apresenta uma coloração amarelo-claro com um triangulo negro na cabeça e uma faixa longitudinal mediana e manchas laterais no tronco. Reprodução dos escorpiões A reprodução dos escorpiões pode ser vivípara (nascem da mão), ovípara (nascem de ovos) e até por partenogênese (onde só é necessário a fêmea), dependendo da espécie de escorpião. Dentre as espécies de escorpião, o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é o que mais causa acidentes. Veneno O ferrão do escorpião (chamado telson), além de servir para agarrar a presa, se defender, e no acasalamento, inocula na presa um veneno. O veneno de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico.. A picada é extremamente dolorosa, provas dor intensa no local afetado e se dispersa por todo o corpo, levando a vitima a um estado de hiperestesia. (quando fica mais sensível as dores). Sintomas Adultos: Dor imediata, hiperemia (local fica avermelhado) e edema leve (inchado), piloereção e sudorese localizada; Crianças: Abaixo de sete anos, há maior risco de alterações sistêmicas nas picadas de escorpião-amarelo, requerem soroterapia especifica. Veneno A ação neurotrófica da peçonha age sobre o bulbo região do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e cardíacos, além dos movimentos peristálticos, sua ação é especifica sobre a região do bulbo controladora da respiração, o que faz com que a vitima morra por parada respiratória. Então essa vitima tem que ser monitorada para verificar qualquer sinal de gravidade e ser prontamente atendido. É importante saber que a toxicidade do veneno de um escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus pedipalpos. Esses pedipalpos são as mãos do escorpião/garras. Medidas preventivas Para evitar condições propicias ao abrigo e proliferação de escorpiões, deve-se adotar as seguintes medidas: Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acumulo de folhas seca, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeira e lenha. Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados, pois nestes materiais podem estar abrigados escorpiões. Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas Vedar soleiras de portas com rolos de areia. Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques. Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento à escorpiões Realizar roçagem do terreno Manter berços e camas afastados das paredes Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usa-lo. Como tratar uma picada de escorpião 1) Contate o serviço de emergência No Brasil, disque 193 para pedir auxilio ao corpo de bombeiros ou, se disponível, 192 para contatar o SAMU (serviço de atendimento móvel de urgência). 2) Identificando o Escorpião Procure auxilio médico imediatamente, antes de tentar identificar o escorpião: Crianças, idosos e pessoas com problemas pulmonares ou cardíacos devem sempre buscar auxilio médico imediato. Vômito, sudorese, formação de espuma na boca. Urina ou defecação involuntária. Convulsões musculares, incluindo movimentos involuntários na cabeça, no pescoço ou nos olhos, ou dificuldades para caminhar. Taquicardia ou arritmia Dificuldades para respirar, engolir, falar ou ver. Edema severo causado por uma reação alérgica. 3) Descreva a vitima pelo telefone Idade e peso aproximados da vitima são uteis para que a equipe médica ajude a avaliar o risco e a encomendar um tratamento. Se a vitima possui qualquer alergia ou comorbidade, em especial picadas ou mordidasde insetos, informe esse fato ao centro de saúde. Informe também o horário exato no qual a vitima foi picada, se possível. Se você não tem certeza quanto ao momento preciso, seja sincero e mencione a quando a lesão foi notada. Descreva o escorpião para a assistência médica, via telefone. Se possível, capture o escorpião com segurança. Fotografe o escorpião, se não for possível captura-lo. Encontre alguém que monitore a vitima e que a leve para o hospital, se necessário. Encontre o local da picada Uma picada de escorpião pode ou não edemaciar. Qualquer picada de escorpião, no entanto causara uma dor aguda ou queimação, seguida por coceira e dormência. Como tratar uma picada de escorpião Lavar o local que foi inoculado o veneno Mantenha a área da lesão imóvel e abaixo do nível do coração Acalmar a vitima Aplicar uma bolsa de gele sobre a região da picada Frio desacelera o espalhamento do veneno 10 a 15 minutos com igual revezamento Problemas circulatórios de 5 em 5 minutos Tomar analgésicos de venda livre para reduzir a dor. OBS: Nunca narcóticos II Se necessário medidas de primeiros socorros Orientação medica ou de um profissional de saúde Dicas para procurar escorpião Reduza o risco de ser picado ao evitar lugares escuros e úmidos, como pilha de madeiras e cantos de porões. Para procurar pela presença de escorpiões, faça o seguinte: Compre uma lanterna de luz negra ou coloque uma lâmpada de luz negra em uma já disponível. Use a luz para iluminar a cada cômodo na casa em que você considera ser possível a presença de escorpiões. Busque por um brilho Azul-esverdeado. Essa é a cor refletida quando estão debaixo dos raios ultravioleta de uma luz negra. Avisos Não corte o local da lesão. Isso pode causar uma hemorragia seria ou infecção sanguínea. Não tente sugar o veneno com a boca. Profissionais da saúde podem tentar faze-lo com dispositivos de sucção, mas não se sabe quão eficaz esse procedimento realmente é. Classificação Manifestações clinicas Soroterapia – SAEE ou SAAr Leve Dor e parestesia local - Moderada Dor local intensa associada a uma ou mais manifestações, como náuseas, vômitos, sudorese, sialorreia discretos, agitação, taquipnéia e taquicardia. 2 a 3 ampolas IV Grave Além das citadas, vômitos profundos e incoercíveis, sudorese profunda, sialorreia intensa, prostração, convulsão, coma, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque. 4 a 6 ampolas IV Tempo de observação das crianças picadas: 6 a 12 horas. SAEEs= soro antiescorpiônico/SAAr= Soro antiaracnídeo. Na maioria dos casos graves quantro ampolas saão suficientes para o tratamento, visto que neutralizam o veneno circulante e mantem concentrações elevadas de antiveneno circulante por pelo menos 24 horas após a administração da soroterapia. Aranhas A incidência de casos por aranha é bem maior que os demais. Especies de importância média mais comuns No Brasil, as aranhas perigosas do pondo de vista de saúde pública, são as dos gêneros: Phoneutria (armadeiras) Laxosceles ( aranha marrom) Latrodectus ( viúva-negra) Lycosa (aranha de grama ou aranha de jardim) Aranha-caranguejeira Apesar de grande e com a aparência amedrontadora, não é responsável por acidentes graves em humano Aranha Marrom Ela não é agressiva, mas o seu veneno pode matar. Ela é encontrada em locais com pouca iluminação e de difícil acesso. Como em espaços de telhas, móveis e entre outros objetos guardados em depósitos, porões e similares. Sua teia lembra um algodão esgarçado. Aranha marrom tem até 3 cm de comprimento (contando as patas) e geralmente só ataca se for comprimida ou se sentir ameaçada. A picada não provoca muita dor, mas algumas horas após, surge no local uma lesão dura e escura que pode evoluir para necrose se não houver tratamento. Dependendo do quadro do paciente, o tratamento pode envolver limpeza no local, uso de corticoides, analgésicos e, apenas nos casos mais graves, soro antiaracnídico. Em todos os casos, é fundamental o cuidado que o próprio paciente tem com a lesão, para evitar que ela infeccione, inflame ou chegue até a necrosar. Aranha Armadeira A aranha Armadeira chega a 15 cm de comprimento (contando as patas) e é agressiva. Abriga-se sob trocos, folhas, entulho, atrás de vasos, móveis e calçados. A picada causa dor intensa imediatamente. Ela é conhecida por levantar as patas dianteiras quando assume uma posição de ataque, e pode saltar até 40 cm de distancia. A aranha Armadeira (phoneutria sp.) é considerada a mais perigosa do mundo, sendo encontrada no brasil. No Brasil, é uma das aranhas que mais causam acidentes. É uma espécie agressiva e o seu veneno em grande quantidade pode levar uma pessoa a morte. Para se ter uma ideia, apenas 0,006 mg do seu veneno é suficiente para matar um rato. E não é só, o veneno da aranha Armadeira pode atuar de forma mais rápida do que muitas serpentes! Atualmente, já existe antidoto contra o veneno desta tão perigosa aranha. Picada de aranha Armadeira Sintoma da picada: surge dor intensa logo após a picada, acompanhada de marcas, edema e hiperemia no local da picada. Além disso, pode acontecer taquicardia, sudorese, vômitos, diarreia, agitação e aumento da PA, priapismo. (ereção involuntária). Tratamento para a picada de aranha Armadeira Injeção de anestésicos no local da picada para ajudar a reduzir a dor que acaba por desaparecer até três horas após o acidente. Somente nos casos mais graves, como bradicardia ou dispneia, é necessário fazer o tratamento com soro antiaracnideo ou antiloxocélico. Aranha viúva negra- Lactrodectus A mancha vermelha em forma de ampulheta é característica da aranha viúva-negra A aranha viúva-negra (Lactrodectus mactans) conhecida por matar e alimentar-se do macho após a cópula, é encontrada em toda a América. Apenas as fêmeas picam os seres humanos e causam acidentes. A picada causa dor, cãibras no local atingido e conforme o veneno se espalha pelo corpo, outros sintomas mais intensos vão surgindo. Sem ajuda médica, a vitima pode falecer. A viúva-negra tem o corpo preto e abdome arredondado com uma mancha vermelha característica. Tem até 4 cm de comprimento 9contando com as patas) e não agressivas. Geralmente é encontrada em locais com sombra próximos de casas, como canaletas de chuvas, telhas e sob arbustos e pedras. A picada causa dor, sudorese, contração muscular, alterações de pressão e de batimentos cardíacos. Seu veneno tem ação neurotóxica, ou seja, a toxina atinge e danifica o sistema nervoso da vitima. A dor da picada é intensa, como se fosse um alfinete penetrando na pele com sensações de queimadura. Em casos mais graves podem ocorrer dores musculares intensificadas duas a três horas após a picada, taquicardia, seguidas de bradicardia, fraqueza, tremores, sensação de morte, arritmias e alterações nos níveis de cálcio e potássio. Aranha de jardim ou aranha lobo Também chamada de aranha lobo, aranha de jardim ou aranha de grama, a lycosa spp mede 3 cm de corpo e 5 cm de envergadura quando adulta. A principal dica para sua identificação é que em seu abdome há o desenho de uma seta negra. Vivem em domicílios, gramados e jardins, sendo responsáveis por muitos acidentes, mas pouca gravidade. Então cuidado com as crianças que desenvolvem seu lazer nesses ambientes! As lycosas apresentam um veneno pouco potente, sinais e sintomas são discretos, como: dor, eritema, edema e prurido leves. Em raríssimos casos podem levar a necrose superficial da área picada.O tratamento é realizado com os analgésicos, limpeza com antissépticos, e no caso de infecções secundarias, deve fazer o uso de antibióticos típicos e/ou orais. Nuca esqueça-se da profilaxia do tétano. Isso é valido para qualquer tipo de picada por animal peçonhento. Profilaxia do tétano Imunizado Imunização feita há mais de 5 anos e menos de 10 Sem imunização ou status desconhecidos Ferimentos superficiais e limpos Menos de 10 anos-nada a fazer Nada a fazer Vacina dT 0,5 ml IM. Encaminhar para posto de saúde para outras doses. Ferimentos profundos e/ou contaminados Até 5 anos- Nada a fazer Vacina dT 0,5 ml IM. Encaminhar para posto de saúde para outras doses. Imunoglobulina 250 unid. MT vacina dT 0,5 ml IM. Encaminhar para o posto de saúde para outras doses Prevenção Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, o paciente deve ser medicado nas primeiras horas após o acidente O uso antivenoso ou antipeçonha é o único tratamento eficaz. Cuidados após o acidente 1) Lave o local da picada de preferencia com agua e sabão 2) Mantenha a vitima deitada. Evite que ela de movimente para não favorecer a absorção do veneno 3) Se a picada for na perna ou no braço, mantenha-os em posição mais elevada 4) Não faça torniquete, impedindo a circulação do sangue, pois pode causar gangrena ou necrose. 5) Não fure, não corte, não queime, não esprema, não faça sucção no local da ferida e não aplique folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção. 6) Não dê a vitima ingá, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país. 7) Leve a vitima imediatamente ao posto de saúde mais próximo, para que possa avaliar se necessita de receber soro especifico em tempo. Soroterapia Soro Antiaraquinidico- Contra picadas de aranhas dos gêneros loxoceles e phoneutria Soro Antilatrodético- contra picadas de aranhas dos gêneros Latrodectus. Abelhas e vespas Primeiros socorros para picada de abelhas ou vespas 1) Remova o ferrão 2) Lave a região afetada com agua e sabão 3) Passe um antisséptico na pele, como losdopovidona, por exemplo; 4) Aplique uma pedrinha de gelo para reduzir o inchaço e aliviar a dor; 5) Passe uma pomada para picada de inseto na região afetada e deixe secar sem descobrir a pele, caso a vermelhidão não melhore. 6) Anti-histamínico Choque anafilático Intensa dificuldade para respirar. No entanto, isto normalmente só acontece em pessoas que possuem alergia ao veneno das abelhas ou que são picadas por muitas abelhas ao mesmo tempo, o que não é frequente.. Como é feito o tratamento O tratamento para o choque anafilático deve ser feito o mais depressa possível no pronto-socorro ou em um hospital, com a injeção de adrenalina e o uso de uma mascara de oxigênio para ajudar na respiração. Inchaço na boca, olhos e nariz. Dificuldades de respirar com chiado Dor abdominal, náuseas e vômitos. Sensação de bola na garganta Aumento dos batimentos cardíacos Marimbondos A picada de maribondo normalmente é muito desconfortável pois causa uma dor muito forte, edema e hiperemia intensa no local da ferroada. No entanto, esses sintomas estão especialmente relacionados com o tamanho do ferrão, e não com a intensidade do veneno. Para aliviar os sintomas, o que se deve fazer é: 1) Lavar o local com água e sabão, para evitar a entrada de microrganismos pela picada, que podem piorar a reação da pele; 2) Aplicar uma compressa gelada sobre o local da picada por 5 a 10 minutos. Para isso mergulhe uma compressa ou pano limpo em agua gelada, retire o excesso de agua e coloque sobre o local; 3) Passar uma pomada anti-histamínica para picadas, como polaramine ou polaryn. Taturana Todos os tipos de taturanas possuem cedas pontiagudas, fazendo com que o veneno contido nas mesmas seja injetado na pele das pessoas que entram em contato com elas. Isso causa muita dor, uma sensação de queimação, o local fica bem hiperemiado e edemaciado. Um tipo de taturana, conhecido como lonomia, causa além desses sintomas, alterações na coagulação sanguíneas (sangramento gengival, urinário e em outras partes do corpo). Além disso, pode lavar a graves complicações e logo, o socorro deve ser imediato no hospital mais próximo. Como tratar uma queimadura de taturana 1) Aplique fita adesiva, mascara facial removedora (daquelas que secam e sai quando puxadas) ou cola branca sobre a área afetada e , então, puxe (espere que a mascara ou cola seque primeiro). Isso ajudara a remover os espinhos e o veneno. 2) Aplique uma compressa de gelo sobre a área para diminuir o inchaço. Você também pode misturar 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio com agua o suficiente para fazer uma pasta que pode ser aplicada para reduzir o inchaço. 3) Aplique cremes tópicos antissépticos para reduzir a dor e a coceira. Águas-vivas Os principais sintomas são dor forte, edema e ardências acompanhadas por marcas vermelhas ou escurecidas deixadas pela ação do veneno na pele da vitima. Ao perceber a ardência, saia imediatamente da agua. 1) Lave o ferimento, sem esfregar, com agua salgada. 2) Remova, com cuidado, os tentáculos que podem ter aderido a pele; 3) Faça compressas de vinagre para cerca de 30 segundos para aliviar a dor causada pelas toxinas 4) Soro fisiológico ou agua termal; 5) Não se esqueça de aplicar filtro solar na área, pois ela estará mais sensível. O que não fazer 1) Nunca passe agua doce, urina, sabonete ou álcool na área afetada, pois essa substancia, em vez de conter, vão estimular a liberação do veneno que possa estar retido nas células dos tentáculos. Água-viva depois de morta? Os venenos das águas-vivas podem permanecer em seus tentáculos mesmo depois de o animal morrer, portanto não deve tocá-las nem quando estiverem mortas, para evitar ferimentos. Acidentes com águas-vivas 1) Grande irritação na área afetada 2) Vômitos 3) Cefaleia e dores abdominais 4) Intensa sensação de queimaduras 5) Sensação de constrição na garganta 6) Convulsões e câimbras 7) Insuficiência respiratória e arritmias cardíacas 8) Paralisia do SNC Cobras O que não fazer após uma picada de cobra? 1) Acreditar nas várias crenças populares 2) Tentar sugar o veneno para fora da picada 3) Não se devem aplicar misturas caseiras 4) Não cortar e nem perfurar ao redor da Picada 5) Não fazer torniquete ou garrote 6) Não força bebidas alcoólicas ao paciente Primeiros socorros para picada de cobra O mais importante depois de uma picada de cobra é manter o membro que foi picado o mais parado possível, porque quanto mais se movimentar mais o veneno poderá se espalhar pelo corpo e chegar em vários órgãos vitais. Isso se aplica também a qualquer atividade que possa acelerar o batimento cardíaco, já que o aumento da circulação do sangue também espalha o veneno. Sintomas de uma picada de cobra venenosa 1) Dor que piora ao longo do tempo 2) Edema que vai aumentando e afetando mais áreas ao redor da picada 3) Linfonodos doloridos em locais próximos da picada 4) Vesículas na pele 5) Náuseas e vômitos 6) Tonturas, sensação de mal-estar geral e desmaio. O que fazer? 1) Manter o paciente hidratado, se possível. 2) Eleve o local afetado 3) Lavar com água e sabão 4) Colocar gelo 5) O ideal é que a vítima não caminhe e seja transportada por maca até o hospital. Outra opção é ligar para ajuda médica, através do 192 6) Se possível, levar a cobra para identificação. Serpente de importância medica Importância da identificação possibilita: 1) A dispensa imediata da maioria dospacientes por serpentes não peçonhentas 2) Viabiliza o conhecimento das espécies de importância médica em âmbito regional 3) É medida auxiliar na indicação mais precisa do antiveneno a ser administrado Como identificar uma serpente peçonhenta A fosseta loreal, órgão sensorial termorreceptor, é um órgão situado entre o olho e a narina, dá denominação popular de “serpente de 4 ventres. Indica com segurança que a serpente é peçonhenta e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis. Todas as serpentes desses gêneros são promovidas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e moveis situados na porção anterior do maxilar. O animal causador deve na medida do possível, ser encaminhado para identificação por técnico trainado. A convocação dos animais mortos pode ser feita, embora precariamente, pela imersão dos mesmos em solução de formalina a 10% ou álcool comum e acondicionado em frascos rotulados com os dados do acidente, inclusive a procedência. Como identificar uma serpente peçonhenta Os soros comumente aplicados após a picada de cobra são os seguintes: Cobra desconhecida= Soro antiofídico (polivalente) Jararaca= Soro antibotrópico ou soro antiofídico (polivalente) Cascavel= Soro anticrotálico ou soro antiofídico (polivalente) Surucucu= Soro anti-laquetico ou soro antiofídico (polivalente) Coral verdadeira= Soro anti-elapidico ou soro antiofídico (polivalente). Como identificar uma serpente peçonhenta As serpentes do gênero micrurus não apresentam fosseta loreal e possuem dentes inoculadores pouco desenvolvidos e filtros na região anterior da boca. Corais: Apesar de terem o veneno mais toxico, entre as serpentes brasileiras, não possuem fosseta loreal, uma vez que, apesar de noturnas, não se alimentam de roedores (Comem outras serpentes), não necessitando de um órgão térmico para localizar a presa. Principais grupos de serpentes peçonhentas No Brasil, as serpentes causadores de acidentes com potencial para desenvolver quadro clinico grave, as peçonhentas, estão divididas em quatros grupos: 1) Botrópico (Jararacas) 2) Laquético (Surucucus) 3) Crotálico (Cascavéis) 4) Elapídico (Corais) Gênero: Bothrops O gênero Bothrops é encontrado principalmente em zonas rurais e periferias de grandes cidades, preferindo ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação de roedoras (paióis, Celeiro, depósitos de lenha). O acidente Botrópico é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos em nosso país. Jararaca (Bothrops jararaca ) incoloração esverdeada com desenhos semelhantes a um “V” invertido, corpo delgado medindo aproximadamente 1 m. Sua picada causa muita dor e edema no local, podendo haver sangramento também nas gengivas ou em outros ferimentos pré-existentes. É encontrada nos estados do Rio grande do sul, santa Catarina, Paraná, são Paulo, minas gerais, rio de janeiro, espirito santo e Bahia. Seu veneno tem ação proteolítica, coagulante e hemorrágica. Acidente Botrópicos Corresponde ao acidente ofídico de maior importância no país, pois é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos. Características dessa cobra 1) Cabeça triangular 2) Fosseta loreal 3) Cauda lisa 4) Dentição solenóglifa 5) Colorido característico Ação do veneno Ação proteolítica (causa mais lesões locais) As lesões locais, como edema, bolhas e necrose, atribuídas inicialmente à ação proteolítica tem patogênese completa Ação coagulante Convertendo o fibrinogênio em fibrina. Alterações da função plaquetaria bem como plaquetopenia Ação hemorrágica As manifestações hemorrágicas são decorrentes de ação das hemorragias que provocam lesões na membrana basal dos capilares, associados à Plaquetopenia e alterações da coagulação. O veneno da jararaca pode causar lesões no local da picada, tais como hemorragia e necrose que podem levar, em casos mais graves, a amputação dos membros afetados. Podem surgir manchas roxas no local da picada e além do sangramento a vitima sente dor, também aparece edema no local da picada. Consequências da picada da jararaca A Acidentes Botrópico Classificação quando a gravidade e soroterapia recomenda TC normal: até 10 min.; TC prolongado de 10 a 30 min; TC incoagulável: > 30 min. Manifestações locais intensas podem ser o único critério para classificação de gravidade. SAB= Soro antibotrópico/ SABC= Soro Antibotropico-crotálico/SABL= Soro Antibotrópico-láquetico. Se o TC permanece alterado 24 horas após a soroterapia, está indicada dose adicional de duas ampolas de antiveneno. Manifestações e tratamento Classificação Leve Moderada Grave Locais Dor Edema Equimose Ausentes ou discretas Evidentes Intensas Sistêmicas Hemorragia grave Choque Anúria Ausente Ausente Presente Tempo de coagulação (TC) Normal ou alterado Normal ou alterado Normal ou alterado Soroterapia (nº de ampolas) SAB/SABC/SABL 4-8 12 Tratamento geral Medidas gerais devem ser tomadas como: Manter elevado e estendido o seguimento picado Emprego de analgésicos para alívios da dor Hidratação: Manter o paciente hidratado Antibioticoterapia Ciclo reprodutivo da cascavel A gestação dura de quatro a cinco meses e uma fêmea pode gerar de 6 a 22 filhotes numa mesma ninhada Acidente Crotálico É responsável por cerca de 7,7% dos acidentes ofídicos registrados no brasil. Apresenta o maior coeficiente de letalidade devido á frequência com que evolui para insuficiência renal aguda (IRA)Acidentes Crotálico- Quadro clinico Manifestações locais pouco importantes Não há dor Parestesia local ou regional podendo ser acompanhada de edema discreto ou eritema no ponto da picada Manifestações sistêmicas Ao ser picada a vitima sente dificuldades de manter os olhos abertos, formigamento, a urina fica escura e a pessoa sente muita dor. Mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência ou inquietação e secura na boca. Mecanismo de ação do veneno Crotálico Ação miotóxica Principal componente: crotoxina Atividade sobre músculos esqueléticos Rabdomiolise Mioglobinuria Insuficiência renal aguda Ação do veneno Crotálico Ação neurotóxica Inibi a liberação de acetilcolina pelos impulsos nervosos- bloqueio neuromuscular (paralisia motora) Ação miotóxica Produz lesões de fibras musculares esqueléticas (Rabdomiolise) com liberação de enzimas e mioglobina para o soro e que são posteriormente excretadas pela urina Ação coagulante Decorre de atividade do tipo trombina que converte o fribrogenio diretamente em fibrina. O consumo do fibrogenio pode levar a incoagulabilidade sanguínea. Geralmente não há redução do numero de plaquetas. As manifestações hemorrágicas, quando presentes, são discretas. Manifestações sistêmicas neurológicas Decorrentes da ação neurotóxica do veneno: Apresenta-se nas primeiras horas e caracterizam o “fascicies miastenica” (fácies neurotóxica de rosenfeld0 evidenciadas por ptose palpebral uni ou bilateral, flacidez da musculatura da face, há oftalmoplegia e dificuldade de acomodação (Visão turva) ou visão duplas (diploidia) e alterações do diâmetro pupilar (Midríase). Com menor frequência pode aparecer paralisia velopalatina, com dificuldade á deglutição, diminuição do reflexo do vomito, modificações no olfato e no paladar. As alterações descritas são sintomas e sinais que regridem após 3 a 5 dias. Manifestações sistêmicas musculares Decorrentesda atividade miotóxica Dores musculares generalizadas (mialgias) de aparecimento precoce. A urina pode estar clara nas primeiras horas e assim permanecer, ou torna-se avermelhada (mioglobinúria) e progressivamente marrom nas horas subsequentes, traduzindo a eliminação de quantidades variáveis de mioglobina, pigmento liberado pela necrose do tecido muscular esquelético (rabdomiólise). Não havendo dano renal, a urina readquire a sua coloração habitual em 1 ou 2 dias. Manifestações sistêmicas- Distúrbios da coagulação Incoagulabiliadde sanguínea ou aumento do tempo de coagulação (TC), em aproximadamente 40% dos pacientes, observando-se raramente sangramentos restritos as gengivas (gengivorragia). Gênero: Lachesis Surucucu (Lachesis muta) Também conhecida como pico-de-jaca. A cauda apresenta escareas eriçadas como uma escova. É a maior das serpentes peçonhentas da américa, atingindo até 3,5 m. São encontradas apenas em áreas de floresta tropical densa, como Amazônia, pontos de mata atlântica e algumas enclaves de matas úmidas do nordeste. Seu veneno tem ação proteolítica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica. Ação do veneno Ação proteolítica Os mecanismos que produzem lesão tecidual provavelmente são os mesmos do veneno Botrópico Ação coagulante Veneno com atividade tipo trombina Ação hemorrágica Ação neurotóxica Ao ser picada por uma surucucu, a vitima sofrera muita dor, podendo ter edema e equimose, a qual poderá avançar por todo o membro atingido pela cobra. Acidente láctico Estes não são os únicos sintomas apresentados, sendo ainda apresentada a perda temporária da visão, bradicardia, hipotensão arterial, sudorese, vômitos, náuseas, cólicas abdominais e também distúrbios digestivos. Diante dos efeitos do veneno, a vitima pode vir a óbito por IRA. Em um breve resumo, o veneno desta cobra é Laquético, o qual tem a capacidade de lesionar o SNC, sangue e as proteínas do organismo. Gênero: Micrurus Coral verdadeira Possui anéis vermelhos, pretos e brancos ao redor do corpo, medindo entre 70 e 80 cm. Esconde-se em buracos, montes de lenha e troncos de arvores. Após a picada, o paciente apresenta a visão dupla e borrada, a face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento), dores musculares e aumento da salivação. Insuficiência respiratória pode ocorrer como complicação do acidente. É encontrada nos estados do rio grande do sul, santa Catarina, Paraná, São Paulo, minas gerais, mato grosso, mato grosso do sul, Goiás, Tocantins e Bahia. Seu veneno tem ação neurotóxica Acidente Elapídico Corresponde a o,4% dos acidentes por serpente peçonhentas no Brasil. Pode evoluir para insuficiência respiratória aguda, causa de óbito neste tipo de envenenamento Os acidentes ofídicos denominados Elapídico são atribuições a coral verdadeira. Neste tipo de picada, a vitima apresenta sonolência, ptose, embaçamento visual ou diplopia.
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