Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A fluorose dentária é o resultado da ingestão crônica de flúor durante o desenvolvimento dental que se manifesta como mudanças visíveis de opacidade do esmalte devido a alterações no processo de mineralização (MOSELEY et al., 2003). Secreção da matriz - estágio em que a matriz do esmalte é depositado por ameloblastos (FORMAÇÃO PROTÉICA DA MATRIZ - amelogeninas) Maturação: pré-eruptiva – AUMENTO DO CONTEÚDO MINERAL - até um pouco antes da erupção. Adição pós eruptiva - deposição de minerais pela saliva ao esmalte (perda da porosidade) Período de risco para desenvolvimento de fluorose Hong et al, 2006 Amelogênese – formação do esmalte Sua gravidade depende da dose ingerida, concentração da dose, tempo de ingestão e da resposta individual de cada pessoa Aspectos da resposta individual como possíveis fatores que interferem na fluorose Baixo peso corporal Taxa de crescimento esquelético (fase de maior absorção do flúor) Estado nutricional da criança Alterações na atividade renal Características da fluorose dentária Forma-se um esmalte hipomineralizado (aumento da porosidade. As porosidades estão sempre localizadas imediatamente abaixo de uma fina camada de esmalte externo de conteúdo mais mineralizado. Permanentes Os dentes menos afetados são os incisivos e primeiros molares permanentes Os pré-molares e segundos molares são mais freqüentemente afetados Decídua costuma ser menos envolvida, sendo, os molares mais gravemente afetados Padrão de distribuição na dentição Os aspectos clínicos da fluorose dentária são caracterizados por um espectro de mudanças que vão desde linhas opacas brancas finas horizontais até situações onde áreas do esmalte gravemente hipomineralizadas se rompem e, geralmente, o esmalte restante fica pigmentado FEJERSKOV et al., 1994). Clinicamente as manchas fluoróticas mais leves apresentam-se na forma de manchas brancas, com estrias horizontais e localizadas em dentes homólogos. O aspecto de picos nevados é muito comum nas cúspides de dentes com erupção tardia. dente de erupção tardia Picos nevados Estrias fluoróticas horizontais Estrias horizontais e localizadas em dentes homólogos. Estrias horizontais e localizadas em dentes homólogos. Características clínicas em dentes posteriores. É muito comum na cúspide de dentes e borda incisais nos caso muito leve e leves Os casos mais severos, apresentam áreas hipoplásicas com a coloração podendo variar para tons mais escuros, como também erosão do esmalte Fluorose com coloração Fluorose grave com erosão do esmalte variando para tons mais escuros Flúor não provoca manchamento nos dentes em formação; estes quando irrompem podem estar totalmente esbranquiçados (fluorose moderada) e a pigmentação é pós-eruptiva devido a produtos da dieta que penetram na porosidade do esmalte. Áreas hipoplásicas com a coloração devido ao aumento da porosidade do esmalte e pigmentação da dieta Áreas hipoplásicas com a coloração devido ao aumento da porosidade do esmalte e pigmentação da dieta A fluorose dental torna-se então um problema relevante em saúde pública, porque em suas formas moderada ou severa, provoca alterações funcionais e estéticas que interferem na formação da personalidade, na inserção no mercado de trabalho, exige tratamento odontológico de alta complexidade em casos mais graves. Água otimamente fluoretada tem potencial de causar fluorose, mas restrita aos níveis muito leve e leve, que não comprometem a estética dos indivíduos. Assim, a recomendação de uso de dentifrício não fluoretado não assegura que a criança não apresente fluorose nos dentes permanentes se ela viver em região com água otimamente fluoretada. Lewis & Banting (1994) identificam nos Estados Unidos um claro aumento de cerca de 33% da prevalência da doença em regiões com água fluoretada e de 9% sem água fluoretada A doença tem apresentado prevalências e severidade maiores em idades mais jovens em estudos num mesmo local. Crianças expostas a água otimamente fluoretada não terão risco aumentado para fluorose moderada e severa se elas usarem uma pequena quantidade de pasta fluoretada para escovar os dentes. O acesso precoce a produtos com flúor, incluindo o uso de dentifrício fluoretado, uso de soluções para bochechos e aplicação profissional antes dos três anos de idade, também é apontado como fator de risco à fluorose dentária (MALTZ; SILVA, 2001). O flúor desempenha um papel importante na prevenção e controle da doença cárie, sendo considerado uma das maiores descobertas da Odontologia. Apenas os dentes em processo de formação do esmalte dental estão sujeitos a fluorose. Assim, a idade de risco para o desenvolvimento de fluorose em dentes permanentes anteriores é dos 15 aos 30 meses de idade. Evans & Stamm, 1991 O dente com fluorose não é mais suscetível a cárie por ser menos mineralizado que o não fluorótico; também, ele não é mais resistente a cárie por possuir mais flúor. Se o paciente estiver em risco ou atividade de cárie a aplicação tópica profissional de flúor é recomendável sem qualquer risco de aumentar a fluorose, ocorrida anos atrás durante a formação do esmalte. Principais Fatores de Risco e Proteção Crianças abaixo de seis anos não devem utilizar bochechos com soluções fluoretadas pelo risco de ingestão repetida; Suplementos com fluoretos não são indicados como medida de saúde coletiva; O aleitamento materno por um período maior que seis meses pode ser um fator de proteção ao desenvolvimento de fluorose dentária, evitando assim o uso de fórmulas para o aleitamento artificial (BROTHWELL; LIMEBACK, 2003); A indústria deve garantir a indicação da dosagem de fluoreto no rótulo de águas minerais VILLENA et al., 1996; JOHNSON; DEBIASE, 2003; RAMIRES et al., 2004 Promover o uso de pequena quantidade de dentifrício para crianças abaixo de seis anos (LIMA; CURY, 2001; NEGRI; CURY, 2002; STEINER et al., 2004) Garantia de um sistema integrado de vigilância epidemiológica e sanitária do flúor. Principais Fatores de Risco e Proteção Dentifrício como principal fator de risco Buzalaf et al 2007 Outro estudo conduzido no Brasil envolvendo crianças de 1 a 3 anos relatou que 81% da ingestão diária total de fluoretos é proveniente do dentifrício 48% por crianças de 2 a 3 anos (15 Kg) 42% por crianças de 4 anos (18 Kg) 34% por crianças de 5 anos (20 Kg) Quantidade do dentifrício ingerida durante a escovação limite máximo de risco em função do peso e idade 0,05 a 0,07 mg F/kg diário O desenvolvimento de um índice surgiu da necessidade de investigar os efeitos tóxicos da fluorose O indice de Dean é amplamente utilizado para levantamentos epidemiológicos em saúde bucal Recomendado pela OMS Foi utilizado pelo Ministério da Saúde para o levantamento do Projeto SB 2000 e 2010 Índice de Fluorose O registro é feito com base nos dois dentes mais afetados. Se os dois dentes não estão igualmente afetados, o escore para o menos afetado dos dois deve ser registrado. Quando da classificação dos dentes, o examinador deve começar com o grau mais alto do índice, ou seja, "severa", e ir eliminando cada escore até que se chegue à condição presente. Se houver alguma dúvida, sobre presença ou não de fluorose, deve-se considerar o dente como normal Índice de Dean O esmalte apresenta translucidez usual com estrutura semi- vitriforme. A superfície é lisa, polida, cor creme clara. Organização Mundial Saúde., 1999 https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi09avv453hAhVAFLkGHVkxDWkQjRx6BAgBEAU&url=https://pickeringsquaredental.com/how-to-strengthen-tooth-enamel/&psig=AOvVaw1-TIQwb3cM8wGnMFdTHzQS&ust=1553614835569973O esmalte revela pequena diferença em relação à translucidez normal, com ocasionais manchas esbranquiçadas. Usar este código quando a classificação “normal” não se justifica. Organização Mundial Saúde., 1999 Áreas esbranquiçadas, opacas, pequenas manchas espalhadas irregularmente pelo dente, mas envolvendo não mais que 25% da superfície. Inclui opacidades claras com 1mm a 2 mm na ponta das cúspides de molares e bordas incisais Organização Mundial Saúde., 1999 Organização Mundial Saúde., 1999 Organização Mundial Saúde., 1999 As áreas opacas brancas no esmalte do dentes são mais extensas, mas não envolvendo mais do que 50% do dente. Organização Mundial Saúde., 1999 Organização Mundial Saúde., 1999 Organização Mundial Saúde., 1999 Todas as superfícies dos esmaltes dos dentes estão afetadas e as superfícies sujeitas a atritos apresentam desgastes marcantes. A mancha castanha geralmente é uma característica desfigurante. Organização Mundial Saúde., 1999 Organização Mundial Saúde., 1999 A hipoplasia está generalizada e a própria morfologia do dente está afetada. O sinal mais evidente é a presença de depressões no esmalte, que parece corroído. Manchas castanhas generalizadas. Organização Mundial Saúde., 1999 O Índice de Fluorose Dentária (IFD) da comunidade é obtido através da somatória das freqüências, multiplicado pelos graus de gravidade da fluorose e dividido pelo total de examinados. Dado pela formula : IFD = (f x g) . N Significado do índice de fluorose dentária da comunidade Índice Classificação Interpretação 0,0 a 0,4 Negativo Índice sem importância para a saúde pública sob o ponto de vista da fluorose, porem de alto valor para a prevenção da cárie 0,4 a 0,6 Zona limititrofe 0,6 a 1,0 Leve Recomenda a remoção do excesso de fluoretos na água 1,0 a 2,0 Médio 2,0 a 3,0 Grave 3,0 a 4,0 Muito grave Índice T-F Foi elaborado em 1978 por Thylstrup e Fejerskov O índice T-F classifica as alterações fluoróticas nos dentes em 10 categorias de 0 a 9 de acordo com o aumento dos estágios de fluorose TF 0 Código Características clínicas 0 Translucidez normal do esmalte permanece após prolongada secagem de ar. 1 Linhas brancas estreitas correspondendo ao periquimata (estrias de Retzius). 2 Linhas mais pronunciadas de opacidade que ocasionalmente se unem a linhas adjacentes. 3 Áreas de opacidades fundidas e irregulares. Delineamento pronunciado das periquimáceas freqüentemente visível entre as opacidades. Fonte: Thylstrup & Fejerskov (1994) Índice T-F TF 4/5 8 9 6 7 7 TF 6 TF 7 TF 8/9 Código Características Clínicas 4 A superfície inteira exibe opacidade marcada ou parece branco-calcário. Locais sujeitos à atrição parecem menos afetados. 5 A superfície inteira apresenta marcada opacidade com perda focal de esmalte mais externo, menor que 2mm de diâmetro, formando depressões (pits). 6 As depressões estão regularmente arranjadas em faixas horizontais menores que 2 mm em extensão vertical. 7 Perda de esmalte mais externo em áreas irregulares, envolvendo menos que a metade da superfície. 8 Perda de esmalte mais externo, envolvendo mais que a metade da superfície. 9 Perda da maior parte da camada de esmalte com mudança da anatomia dentária. A margem cervical de esmalte quase intacta é freqüentemente notada. Fonte: Thylstrup & Fejerskov (1994) As hipoplasias tem diferentes fatores etiológicos locais (processo infeccioso e traumas) sistêmicos (fluorose, doenças sistêmicas, deficiência nutricional) genéticos desencadeando hipoplasias de esmalte em dentes isolados grupos de dentes dentição decídua e permanente Hipoplasia não fluorótica. https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjJ6-L4z5ThAhWcDrkGHYRwDDoQjRx6BAgBEAU&url=https://www.clinicadrbrunomachado.com/single-post/2015/03/30/Dentes-Descolorados-ou-Dentes-Manchados&psig=AOvVaw3e07AS3JZJYTuC3hPktG9i&ust=1553305468933351 Hipoplasia não fluorótica. Hipoplasia demarcada Hipoplasia fluorotica http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjJ6-L4z5ThAhWcDrkGHYRwDDoQjRx6BAgBEAU&url=http://www.edutavares.com.br/2012/07/hipoplasia-de-esmalte-dentario/&psig=AOvVaw3e07AS3JZJYTuC3hPktG9i&ust=1553305468933351 Hipoplasia fluorotica http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiC_YvK1ZThAhVFK7kGHSgtARkQjRx6BAgBEAU&url=http://www.fgm.ind.br/site/casos-clinicos-odontologicos/revista-solucoes-minimamente-invasivas-para-a-fluorose-dental-microabrasao-e-clareamento/&psig=AOvVaw08MlE2OAyRj27iFRONUZZr&ust=1553306919625624 Hipoplasia fluorotica https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiHk-z41ZThAhV-JLkGHb1kC2kQjRx6BAgBEAU&url=https://www.rsaude.com.br/cascavel/materia/manchamento-dental-fluorose/2004&psig=AOvVaw08MlE2OAyRj27iFRONUZZr&ust=1553306919625624 Hipoplasia fluorotica http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiO3J3U15ThAhXUB9QKHdbBA9wQjRx6BAgBEAU&url=http://www.clinicavillavita.com.br/mancha-branca-ou-fluorose&psig=AOvVaw08MlE2OAyRj27iFRONUZZr&ust=1553306919625624 Hipoplasia fluorotica Hipoplasia bem demarcada http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjQlMCJ0ZThAhVcIbkGHWGgBXEQjRx6BAgBEAU&url=http://blog.studiosorriso.com.br/2017/08/amelogenese.html&psig=AOvVaw3e07AS3JZJYTuC3hPktG9i&ust=1553305468933351 Hipomineralização Molar-incisivo descreve defeitos do esmalte, afetando um ou mais primeiros molares permanentes, com ou sem envolvimento dos dentes incisivos. Indivíduos com incisivos permanentes afetados não são atribuídos como MIH, a menos que associados à demarcação em pelo menos um dos primeiros molares permanentes. (Weerheijm et al., 2001). Hipomineralização Molar-incisivo Hipomineralização e fluorose dentária Mancha por tetraciclina Mancha por tetraciclina https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiO3J3U15ThAhXUB9QKHdbBA9wQjRx6BAgBEAU&url=https://clinicamood.com.br/clareamento-de-dentes-manchados-por-antibioticos-exige-cuidados/&psig=AOvVaw08MlE2OAyRj27iFRONUZZr&ust=1553306919625624 Amelogêneses imperfeita Refere-se a uma série de malformações do esmalte, de origem genética, e incluem variações de espessura, aspereza e dureza ou combinação destas Amelogênese imperfeita Amelogênese imperfeita (Crawford e Aldred, 2007). Dente 35 Dente 45 DENTES HOMÓLOGOS Dentes homólogos devem possuir as mesmas características fluoróticas. Características Fluorose Mancha branca Área afetada Bordas e cúspides Cervical e mesiais Dentes mais afetados Pré molares e segundos molares (homólogos) Qualquer dente com retenção de placa bacteriana MANCHA BRANCA DE CÁRIE MANCHA BRANCA DE CÁRIE MANCHA BRANCA DE CÁRIE E FLUOROSE DENTÁRIA MANCHA BRANCA DE CÁRIE E FLUOROSE DENTÁRIA Dente úmido Dente seco Melhor visualização das estrias fluoróticas após secagem do dente EFEITO DA SECAGEM DOS DENTES Dente c/ placa Dente s/ placa EFEITO DA REMOÇÃO DA PLACA BACTERIANA Melhor visualização das estrias fluoróticas após remoção da placa bacteriana A prevalência de Fluorose no Brasil Fonte: Projeto SB Brasil- Condições da saúde bucal da população brasileira. 2002-2003 Epidemiologia da Fluorose A prevalência de fluorose no Brasil 2003 9% em crianças de 12 anos 5% em adolescentes de 15 a 19 anos. Para a idade de 12 anos os maiores índices foram encontrados nas Regiões Sudeste e Sul (em torno de 12%) os menores índices foram encontrados nasRegiões Centro-Oeste e Nordeste (cerca de 4%) Fonte: Projeto SB Brasil- Condições da saúde bucal da população brasileira. 2002-2003 Epidemiologia da Fluorose A prevalência de fluorose no Brasil 2010 16,7% em crianças de 12 anos 10,8% FLUOROSE MUITO LEVE. 4,3% FLUOROSE LEVE. 1,5% FLUOROSE MODERADA. Para a idade de 12 anos os maiores índices foram encontrados nas Regiões Sudeste (em torno de 19%) os menores índices foram encontrados nas Regiões Norte (cerca de 10,4%) Fonte: Projeto SB Brasil- Condições da saúde bucal da população brasileira. 2010 Epidemiologia da Fluorose Prevalência de Fluorose dentária no Brasil, anos 2001 a 2004 Localidade Idade Amostra Índice Prevalência Mod/sev Rio de Janeiro-RJ Oliveira et al (2001) 7 a 12 266 T-F 7,9 0,8 Porto Alegre-RS Maltz et al (2001) 12 1000 T-F 52,9 0 Princesa Isabel - PB Forte et al (2002) 10 a 15 142 T-F 20 0,15 Marinópolis -SP Brandão et al (2001) 5 12, 15 320 Dean 17,2 1,9 Curitiba - PR Moysés et al (2002) 12 1494 Dean 23 2,6 Sorocaba-SP Cypriano et al (2003) 7 a 12 2.897 Dean 12,7 0,9 Piracicaba-SP Cypriano et al (2003) 5 6 2.805 Dean 2,6 6,1 0,3 0,7 Chapecó-SC Peres et al (2003) 12 695 Dean 27,8 4,9 Salvador- BA Cangussu et al (2004) 12 15 3.313 Dean 31,4 27,6 0,2 0,2 Paulínia-SP Gomes et al (2004) 7 a 12 665 Dean 30,5 1,8 Curitiba - PR P.M. Curitiba (2004) 12 5 a 19 1.233 996 Dean 36,5 24,6 1,7 1,2 Brasil (2004) 12 5 a 19 34.143 16.314 Dean 8,55,1 0,7 0,3 Moysés
Compartilhar